Depois da festa, Stella não foi capaz de ficar com Mac, ela não podia, estava triste e confusa; triste por sua irmã, ela não era capaz de sentir bem o suficiente para pensar na sua irmãzinha, se odiava por não ter tido muito tempo com ela, por não estar lá meses atrás quando Esther deu à luz ao pequeno Matt, ou por não a apoia-la na decisão de manter uma ordem de restrição contra o ex-marido, o pai de Alice; E estava confusa. Confusa sobre seus sentimentos por Mac, sobre absolutamente tudo que o envolvia. O casamento. As crianças. A “amizade colorida”. Ela não sabia se era isso que ela queria para eles, não foi só por ela, foi pela sua filha e por Mac. Mas tudo foi um sacrifício para ela ter a guarda dos seus sobrinhos.

Respirando fundo, Stella deitou seu corpo na grama, estava há muito tempo sentada lá encarando o horizonte, a vista era de uma beleza só. Esther iria adorar isso tudo. Ela pensou, lágrimas transbordando em ambos seus olhos. Então se permitiu a sorrir, um sorriso bobo que só aqueles apaixonados sabem dar. Seus olhos brilhavam, tanto por causa das lágrimas, mas brilhavam do mesmo jeito de como ela olhava para Mac. Talvez isso tenha acontecido por alguma razão. Ela pensou. Apesar de não acreditar nisso, ela sabia como a vida poderia surpreender, com coisas boas ou ruins, a vida era uma surpresa, mas foi uma surpresa que ela não conseguiu administrar de imediato. A morte de sua irmã mais nova, os filhos dela, seu pai. Lágrimas caíram de seus olhos e ela as secou rápido. Tudo isso foi tão ruim, mas por outra parte, ela se odiava por admitir isso, mas por uma pequena parte ela gostou, tinha o apoio de sua filha, e tinha seu melhor amigo-marido, e agora as crianças de quem ela gostava muito.

Ela queria que desse certo, queria poder apreciar o que “a vida” estava lhe dando. Tudo que estava fazendo era por sua filha e seus sobrinhos, ela não queria perder Esther além de tudo, a menina era tudo para ela apesar do pouco tempo que tiveram juntas. Estava disposta a cuidar de seus sobrinhos como se fossem seus próprios filhos, assim como fez com Esther desde do primeiro momento em que aceitou cuidar dela.   

Quando resolveu levantar-se do gramado, viu Mac se aproximar e ficou parada de pé esperando para ele vir até ela. Ele sorria um pouco para ela o que a fez sorrir também. Mais próximo a ela agora, ele resolveu falar alguma coisa.

Mac T. – Me evitando, Bonaresa? - Perguntou com uma pontada de diversão.

Ela riu.

Estendendo seus braços para frente, ele segurou as mãos dela firmemente e a encarava enquanto ela fazia o mesmo com um sorriso no rosto. Eles estavam de mãos dadas e sorrindo um para o outro, seus corpos estavam próximos, mas não muito, ele soltou uma de suas mãos e usou-a para ir até o rosto dela, acariciando sua bochecha rosada com o polegar, puxou o braço dela com a mão entrelaçando em sua cintura, o que a fez rir, pegou o outro braço e fez o mesmo, e sua outra mão livre foi para o rosto dela segurando-o assim como o outro.

Stella B. – Eu precisava de um tempo. - Confessou ela um pouco rouca.

Mac sorriu entendendo. Não podia culpa-la além de tudo, sua vida mudara de uma hora para outra sem aviso prévio. Aproximando seu rosto do dela, ele roçou seus lábios em menção de beija-la, e ela abriu um pouco a boca, mas ele não a beijou ainda.

Mac T. – Você pode levar o tempo que precisar. - Sussurrou ele rente aos lábios dela.

Sorrindo, ela concordou com a cabeça e juntou seus lábios com os dele de uma vez por todas começando um beijo calmo, mas com necessidade. Ele segurava o rosto dela com ambas suas mãos, e ela o abraçava pela cintura enquanto se beijavam, suas cabeças faziam movimentos assim como os seus corpos, o beijo – de língua – foi se intensificando e eles foram levados pelo desejo. Uma das mãos dela agora trabalhava para arrancar a gravata dele, e a outra continuava na cintura dele. Enquanto isso, Mac levou sua mão para a cintura da grega segurando firmemente, até apertou um pouco, mas não foi nada que machucasse ela – Ela já estava “machucada” demais da noite passada, mas não se incomodava com isso. –, e não ‘infringir’ os danos anteriores. Ofegantes, ambos pararam o beijo por falta de ar, suas testas estavam coladas, a mão dela ainda continuava na gravata dele um pouco desajeitada e a mão dele descia de sua cintura indo para suas costas e chegando em uma parte “particular” [a/i:fala logo que é uma bunda], o que a fez rir quando ele apalpou “a parte particular”.

Mac T. – Ainda precisa de um tempo? - Indagou ele sorrindo ‘um pouco’ malicioso.

Ela deu uma risadinha enquanto passava os braços pelo o pescoço dele e ficando na pontinha dos pés para seu rosto ficar em frente com o dele (e também para ele não precisar ficar com a cabeça abaixada).

Stella B. – Bom, não se você quiser matar o meu tempo. - Palpitou ela sugestiva.

Ele riu.

Mac T. – Sabe, eu adoraria. - Falou isso e logo deu um selinho nela, e então se afastou dela dando um sorriso provocativo. – Mas temos que ir. - Ao ter dito isso ele rir ao ver o beicinho infantil que ela fizera.

Stella B. – Eu odeio você Mac Taylor! - Brincou ela.

Ele riu dela e juntou seus lábios novamente para um beijo, agora mais calmo. Parecia que os dois estavam se acostumando com isso cada vez mais, e só fazia 1 dia desde que tiveram a primeira vez juntos. Quando o ar veio ser necessário, os dois separaram seus rostos, mas Mac permanecia com uma de suas mãos na cintura dela e a outra (no lugar particular) nas costas dela, e Stella continuava com os braços entrelaçados no pescoço dele.

Stella B. – E eu odeio sua gravata.- Reclamou enquanto olhava para ele sorrindo.

Rindo ele a abraçou.

Mac T. – Eu sei. - Respondeu ele em sussurro, provocando arrepios nela. Nem precisa dizer que ele fizera isso de propósito. – Você está pronta? - Pediu se afastando dela e a olhando. Ela sorriu entrelaçando seu braço com o dele e concordou com a cabeça. – Ótimo, porque a Esther está conversando com o Zackary, e os dois estão muito próximos. - Disse o homem com um pouco de ciúmes [a/i:aquele ciúme que todo pai tem sobre sua filha].

Stella gargalhou com ele, não sabia que ele seria “tão pai” para sua filha, ela gostava disso.

Stella B. – Eu tenho medo do que pode acontecer com o futuro namorado da minha filha. - Disse ela fazendo uma careta enquanto andavam para chegar na casa.

Mac a olhou como se ela tivesse dito algo “perturbador”.

Mac T. – Ela não vai ter um. - Respondeu ele fazendo-a gargalhar.

*****

Anoitecera e o recém-casados estavam ansiosos para a chegada dos amigos. Na grande casa dos Taylor’s estava menos ocupada como de costume, tirando pelo fato das crianças menores estarem correndo pela casa com uma das babás, a casa estava até um pouco silenciosa. A ‘tia’ May [a/i;adoro a tia may gente] estava em sua casa, e só Kylie e seu marido estavam na casa de Millie, Stella e Mac estavam sentados na sala de TV assistindo algum desenho animado que Alice e Connor deixaram, mas os dois nem prestavam atenção já que estavam com Matthew, e Millie estava na cozinha com Esther e Zack em uma conversa um pouco “silenciosa” [a/i:traduzinho: conversavam baixinho para certo pai não ouvir].

Mac T. – Ele dorme no carro, mas não dorme quando está em casa. - Bufou Mac. – Nós teremos problemas garotão? - Brincou ele pegando o menino em seus braços e o levantando para cima, o que fez o bebê dá um sorrisinho involuntário mostrando suas gengivas.

Stella riu com a cena, ainda não tinha visto o bebê mostrando seu sorriso gengival, e estava ainda mais encantada em como Mac estava se tornando rápido um bom pai... E talvez ela gostasse disso, do fato dele estar sendo um bom pai para os filhos que são dela, bom, seriam dela já que sua irmã não estava mais ali entre eles.

Mac T. – Ele sorriu para mim! - Disse Mac sorrindo todo bobão.

Novamente Stella riu e se aproximou mais dele no sofá, Matthew agora estava sentado nas pernas de Mac virado para que o homem pudesse ver o rostinho do bebê.

Stella B. – Foi uma contração involuntária dos músculos, ele ainda não sabe o que é sorrir. - Disse Stella “estragando” com a felicidade de Mac. Ela riu da cara que ele fez para ela. – Você é cientista, sabe disso. - Bateu a mão no braço dele devagar.

Mac apenas bufou e voltou a brincar com o pequeno sentado todo mole em suas pernas. Stella riu da atitude dele, sabia que não tinha ferido os sentimentos dele já que os dois se conheciam muito bem para entender quando um deles está provocando. A campainha da casa tocou, mas nenhum dos dois se moveram, Mac conversava com o pequeno fazendo perguntas enquanto ele acariciava seu rosto com as mãozinhas (outro movimento involuntário), e Stella apenas os observavam com um sorriso. Então novamente a campainha toca e Mac percebe que ninguém fora atender, bufando ele resolve ir ver quem estava do lado de fora, entregou o bebê nos braços de Stella que aceitou-o sorrindo bobamente enquanto já começava a brincar, e ele saiu da sala de TV para ir até a porta da frente.

Stella B. – Você é o garanhão da titia? - Brincava ela segurando ele para cima como Mac fizera alguns minutos atrás. – Você é! - Exclamou ela mimando o rapazinho. – Será que sua fralda está sujinha? - Fez uma ‘caretinha’ de nojo como se a fralda dele estivesse mesmo suja. – O tio Mac foi ver quem está lá fora esperando para entrar. - Falou ela como se o bebê estivesse entendendo alguma coisa que ela dizia. – E está tão frio lá fora. Oh Deus, como está frio! - Exclamou fingindo estar tremendo de frio. – Mas aqui está quentinho porque a vovó Millie ligou o aquecedor. Moça esperta! - Ela deu uma piscadela para a porta que levava até a cozinha quando viu Millie observando-os de lá.

A mulher mais velha que observava Stella com a criança, entrou na sala e sentou-se no sofá ao lado dela para ver como o bebê estava indo. Ela estava admirada vendo como seu filho e Stella estavam indo tão bem com as crianças, ela sabia sobre Mac ser apaixonado por Stella por isso não ficou muito impressionada, ficou mais para admirada, o jeito que Esther falava dos dois, a menina quase chamava ele de pai. Estava tão feliz, apesar das circunstancias, ao ver que seu filho estava indo bem, e com tudo ela ganhara netos e mais uma filha.

Stella B. – Onde será que o Mac foi? - Perguntou ainda olhando para o bebê. – Será que vamos ter de busca-lo? Porque seria ruim já que lá fora estar frio. - Estremeceu ela. – Το μικρό μου αγόρι. - Falou em grego (My little boy). Ela se derreteu ainda mais quando viu o bebê contrair seus músculos da boca mais uma vez para um sorriso gengival que derreteu, tanto o seu coração, quanto o de Millie também. Ouviu Mac entrar na sala, tinha certeza que era ele, e expressão sua felicidade pelo bebê ter sorrido para ela (mesmo sabendo que não foi porque ele quis). – Olha Mac, ele sorriu para mim! - Exclamou ela sorrindo bobamente olhando para o bebê. Millie ao seu lado riu, ela também estava boba pelo bebê.

Ouviram Mac rir, mas não olharam para ele.

Sid H. – São contrações involuntárias do músculo, ele não é capaz de sorrir por livre espontânea vontade. - Disse o homem quase as mesmas coisas que ela dissera para Mac minutos antes.

Surpresa ao ouvir a voz de Sid, Stella olhou para ele como se ainda não estivesse acreditando que ele estava ali. O homem mais velho sorriu em direção a Stella quando viu a cara de espanto que ela fez ao vê-lo.

Sid H. – Você é cientista, devia saber disso. - Concluiu ele ainda sorrindo.

Então quando percebeu, mais pessoas entraram na sala, eram sua família ali, e ela ficou tão feliz em vê-los que não disfarçou isso, abriu um grande sorriso e levantou do sofá se colocando em pé com o bebê no seu colo.

Lindsay M. – Tem alguém querendo ver a madrinha e seus novos bebês! - Anunciou Lindsay deixando que Lucy aparecesse na frente dela, mas a menina um pouco envergonhada ficou perto da mãe se contendo para correr nos braços da tia-madrinha.

Stella B. – Eu não acredito! - Exclamou não muito alto para não assustar o bebê.

Seus amigos riram dela enquanto a observava indo até Sid e o abraçando, o abraço dele foi bem cuidadoso por causa do bebê. Enquanto abraçava Sid, Stella deixou algumas lágrimas caírem de seus olhos, e quando desvencilharam do abraço Sid viu as lágrimas da mulher por quem considera como se fosse sua própria filha e levou uma se suas mãos até o rosto dela livrando-se das lágrimas.

Stella B. – Eu senti sua falta! - Admitiu ela olhando para ele com uma carinha triste.

Sorrindo, ele acariciou o rosto dela com sua mão que estava ainda lá, e a outra mão estava nas costas do bebê.

Sid H. – Eu sinto muito querida. - Disse ele. Ela apenas balançou a cabeça concordando e então os olhos dele foram para o bebê. – Hey garotão, será que você quer vim para o vovô? - Perguntou ele estendendo os braços para pegar o bebê no colo, Stella passou Matthew para Sid e limpou suas lágrimas com uma de suas mãos e até ria um pouco.

Stella B. – Ele ainda não sabe fazer suas próprias escolhas Sid. - Brincou ela deixando o homem paparicar o bebê para abraçar o resto do pessoal.

A primeira pessoa que abraçou foi Lucy, pegou a menina em seu colo e deixo-a lá para abraçar Danny e depois Lindsay.

Lindsay M. – Você me fez tanta falta Stella. - Falou a mulher no ouvido da grega enquanto se abraçavam.

Stella riu se desvencilhando do abraço e foi para Adam que estava atrás, depois Flack e por último ela abraçou Jessica. Ainda estava com Lucy em seu colo, mas a menina não a impediu de abraçar um por um.

Jessica A. – Sua B, como você pode ser tão cara-de-pau a ponto de nos cortar do momento mais importante da sua vida! - Reclamou ela quase gritando no ouvido de Stella.

A grega riu olhando para ela que apenas bufou e revirou os olhos.

Stella B. – Senti sua falta também, sua doidinha. - Respondeu ela rindo de sua amiga e suas infantilidades.

Colocando Lucy no chão agora, Stella foi até Sid que estava com o bebê e arrodeado dos amigos que queriam pegar no sobrinho dela e esfregou o braço dele observando-o com o bebê. Mac observava Stella e os amigos com um grande sorriso, sabia que agora Stella estaria mais completa, que agora se sentiria em casa arrodeada de pessoas a quem ama e que amam ela também. Logo Esther veio até a sala de TV dando gritinhos finos juntos com Jessica e a abraçando em primeiro lugar, depois abraçando o resto da equipe e saindo com Lucy para conhecerem Alice que estava na sala de brinquedos.

Lindsay M. – Soube que Jade voltou para Nova York. - Comentou Lindsay que estava próxima a Mac.

O homem concordou com a cabeça e deu um meio sorriso.

Mac T. – Vão abrir um processo, Esther terá que ficar no nome de nós dois e ela tem que falar com outros advogados, o juiz... - Ele bufou. – Vai ser uma longa jornada, mas ela vai garantir que Esther fique conosco até o dia do julgamento. - Explicou ele cruzando os braços com os seus olhos ainda sobre seus amigos e o bebê que estava no colo de Adam depois que passou pelo o de Danny.

Lindsay o olhou e abaixou a cabeça.

Lindsay M. – E como Esther está com isso? - Quis saber ela.

Finalmente ele a olhou, mas desviou o olhar depois como se estivesse tentando achar uma saída para essa pergunta, mas não havia nenhuma.

Mac T. – Ela não sabe ainda. - Disse ele.

Lindsay M. – Você sabe, o melhor é que ela saiba. - Respondeu Lindsay. – Mas eu conversarei com a Stell depois sobre isso. - Falou agora sorrindo ao ver Jessica desajeitadamente pegar o bebê nos braços e Stella com um maior cuidado assim como Millie sobre Jessica com o bebê.

Stella B. – Seja cuidadosa! - Pediu ela para Jessica.

A detetive mais nova bufou.

Don F. – Depois é a minha vez. - Disse Flack antes que a morena respondesse Stella.

Millie T. – Ele é um bebê, tomem cuidado! - Alertou a mulher mais velha rindo do grupo com Stella e Sid.

Danny M. – Depois eu quero pega-lo novamente, para treinar antes da Lacey nascer. - Disse o homem e Stella olhou para Lindsay questionando-a sobre algo.

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Millie Taylor – “Lar é onde o coração estar.”