A casa, um pouco distante da civilização, era enorme, dava-se para ver que tinha um belo jardim, só não dava para ver o que tinha lá. A entrada da casa era rodeada de rosas brancas, a casa foi toda rodeada de verde, mas chegando mais perto via-se quanto ela foi moderna. Os pássaros assoviando pelas árvores, um pouco raro para região, fez as crianças mais velhas no carro pararem para observar. No banco da frente os mais velhos riam para elas com diversão, e então o carro parou finalmente. Estranharam, não tinha carros na frente, Mac jurava que vira o carro de sua mãe entrar na casa, ele só não sabia o que eles estavam fazendo ali. Parou o carro em frente a mansão de sua tia May, desligou o motor, mas não deu o trabalho de retirar suas chaves, Stella o olhou com uma de suas sobrancelhas levantadas esperando uma resposta para o que estavam ali, mas Mac deu de ombros. Ele não sabia o que faziam ali. De longe avistou o carro de sua mãe, mas não a viu, ou qualquer um que estava com ela no carro.

Stella B. – Liga para sua mãe.- Palpitou ela.

Ele pareceu concordar.

Esther B. – Vamos bater!- Anunciou ela retirando seu cinto de segurança e abrindo a porta do seu lado, colocou os pés para fora pronta para sair, mas ouvira um protesto de sua mãe.

Stella B. – Não, Esther...- Estava um pouco “desarrumada” em suas palavras. – Entra no carro, ninguém irá sair.- Avisou ela olhando para a filha como se estivesse fazendo um pedido. E realmente fora um pedido para sua filha, não queria que ela saísse sem que ela soubesse o que estavam fazendo ali.

A menina pareceu ignorar o pedido da mãe, saiu do carro deixando a porta aberta e andando até a porta de entrada para bater. Mac tentou chamar por ela, mas ela não o ouvia, então ele saiu do carro para segui-la, Stella só fez revirar os olhos, não sabia o porquê de sua filha estar agindo dessa forma. Por um momento, a grega pensara que sua filha e a família de Mac estava tramando algo, mas jorrou isso de sua cabeça.

Alice B. – É pala sair mamãe?- Perguntou a inocente Alice, com uma voz calma como sempre tinha.

Stella sorriu olhando para ela no banco de trás. Retirou o cinto e voltou a olhar para a menininha no banco de trás com um sorriso pequeno.

Stella B. – Ajuda-me, ok?!- Pediu ela. – Fique no carro até que eu volte.- Fez esse pedido e apenas saiu do carro quando a menina acenou com a cabeça positivamente.

Vendo Mac e Esther tendo uma discussão infantil, Stella aproximou-se deles impaciente, revirou os olhos quando os escutou, os dois pareciam dois irmãos brigando em frente a TV para assistir a um canal que o outro não queria. Ela riu com esses pensamentos.

Mac T. – Eu sou o mais velho, por isso devo tocar!- Argumentou Mac em sua discussão com Esther.

Esther B. – Não é justo, você vai casar com minha mãe, eu sou a filha dela, por tanto serei sua, então, você deve deixar eu tocar.- Retrucou a menina. – Senão eu não deixarei você se casar com minha mãe!- Cruzou os braços desafiadora. Mac riu, ela tinha o mesmo jeitinho de Stella, isso era engraçado, e fofo.

Mac T. – Você não vai fazer isso.- Afirmou Mac. – Você me ama, não iria viver sem mim.- Se convenceu ele enquanto rebatia para Esther.

Bufando, Stella deu mais uns passos à frente deles e ela mesma pressionou o dedo na campainha. Os dois que discutiam sobre quem iria tocar na campainha fizeram uma cara de descrença para Stella, foi engraçado para Stella que apenas via o reflexo deles pela pequena janela.

Stella B. – Tirem as crianças do carro, sim?- Pediu Stella descaradamente, como se não tivesse feito nada para “magoar” Mac e Esther.

Os dois bufaram e foram fazer o que a grega pedira, aliás não podiam deixar os mais novos no carro sozinho. Chegando no carro viram o pequeno Matt adormecido em sua cadeirinha e Alice tentando sair da sua, riram para eles e os tiraram do carro, Esther pegou Alice e Mac pegou Matthew. Se aproximaram de Stella que ainda esperava alguém abrir a porta e ficaram ao lado dela esperando a porta ser aberta.

Alice B. – Dadda, eu vi borboletas!- Gritou a menina olhando para a imensidão de diferentes tipos de flores perto da garagem da casa.

Os adultos riram enquanto Esther procurava as borboletas, elas faziam lembrar suas viagens em acampamentos no verão, seu avô a levava para uma caçada de borboletas e eles sempre voltavam com um pote cheio dela e vagalumes, depois as soltavam de volta a natureza. A menina sorriu com sua lembrança, era raro as vezes que tinha lembranças felizes com o seu avô, a última já foi traumatizante demais.

Mac T. – Depois te levo para conhecê-las.- Brincou Mac olhando para a mais jovem.

Os olhos de Stella estavam sobre Esther, a menina tinha um sorriso perdido no rosto, parecia que estava tendo uma boa lembrança, ou algo assim, e ela sorriu também. Sua menina não era muito de expressar os sentimentos, mas quando fazia era quando estava ela e Mac, e isso deixava a grega um pouco enciumada, sem razão alguma, ela só não entendia por que sua filha não tinha a mesma facilidade de falar com ela espontaneamente quando estavam a sós. Por outro lado, ela até gostava da interação da filha com o amigo-futuro-marido.

Stella B. – Onde está sua mãe?- Questiona a mulher olhando para Mac.

Antes que o homem pudesse responder a sua futura esposa, a porta da casa fora aberta fazendo a atenção deles ir para ela. Quando a porta estava totalmente aberta, uma mulher apareceu com um pequeno sorriso esperando que eles falassem alguma coisa.

— Pois não?- Pediu a mulher de cabelos curtos um pouco avermelhado, tinha um sorriso no rosto, parecia ser educada, e não vestia roupas de empregada ou coisa assim.

Mac T. – Por acaso a tia May está?- Questiona ele querendo saber o paradeiro de sua tia, sua mãe e seus primos.

A mulher ainda com um sorriso, respondeu de forma educada.

— Não senhor, ela não passou por aqui.- Respondeu ela, surpreendendo o casal.

Antes de dizer qualquer coisa, ainda abrira a boca para isso, mas deu uma olhada de lado para ver Esther de mãos dadas com Alice caminhando para o jardim.

Stella B. – Meninas?- Questionou ela.

Mas não houve resposta delas, apenas continuaram a andar como se Stella não tivesse chamado-as.

Mac T. – Só um minuto.- Pediu ele, entregou Matt nos braços de Stella e foi acompanhar as meninas.

Stella olhou para a mulher que estava na porta com um pequeno sorriso assim que Mac saiu para buscar as meninas de volta. Matt estava acordado, e em pezinho no colo de Stella, ele estava segurando a mão de Stella na tentativa de lava-la até sua pequena boca, mas não estava conseguindo e reclamava.

— Posso segurá-lo?- Pediu a gentil mulher.

No inicio Stella se sentiu desconfortável em entregar seu sobrinho menor para um estranha, mas ela trabalhava na casa (assim pensava), então nada poderia acontecer. Tirando a expressão séria do rosto, ela lhe mostrou um pequeno sorriso.

Stella B. – Claro.- Concordou ela passando o bebê para os braços da mulher mais velha. A mulher o pegou e começou a brincar com Matthew, o bebê segurava sua roupa e não tirava os olhos dela. Stella olhou para trás para ver Mac acompanhando as meninas, não sabia o que estavam fazendo e não podia simplesmente deixar o seu sobrinho com uma estranha.

Assim que se aproximou das meninas, ainda ofegante ele resolveu repreendê-las. Eles já estavam perto da porta que levava até a parte de trás da casa, a única parte fechada da casa na verdade.

Mac T. – Hey! Para onde pensam que vão?- Perguntou ele em tom de repreensão. As meninas olharam para trás, mas não pararam.

Alice B. – Vamos ver as borboletas fly, dadda.- Disse a pequena Alice olhando para Mac e continuando a andar junto com Esther que a puxava para a porta.

Mac T. – Vocês podem ver as borboletas voarem aqui fora.- Disse Mac, ainda em seu tom de repreensão.

Esther deu de ombros, e bufou sorrindo.

Ao entrar pela porta, as meninas olharam para Mac que continuava fora, o homem resolveu entrar e se surpreendeu com o que via ali. Estava em total silêncio, mas tinha muita gente ali, uma decoração de casamento e um caminho de flores brancas. Viu toda sua família (quase toda), olhando para ele com um sorriso, viu Esther e Alice se juntarem a Millie com um sorriso cúmplice no rosto. Ele tinha uma expressão confusa no rosto, então era todo esse segredo, e ainda Esther era cúmplice de sua mãe e sua tia... Olhou para Kylie que sorria, ele sorriu também, só podia ser essa sua prima.

Com a demora de Mac, Stella pediu para ir até ele, a mulher que ainda tinha Matt nos braços disse-lha que poderia ir, mas não deu o menino para ela, apenas a seguiu com ele no colo até onde Mac entrou com as meninas, chegando na porta – que estava aberta – ela olhou para o sobrinho que balbuciava alguma coisa, e não prestou atenção que tinha adentrado pela porta e todos olhavam para ela. Enquanto ajudava a limpar o bebê que estava no braço da mulher desconhecida, uma música começou a tocar atrás dela fazendo-a parar de dar atenção para o bebê e espreitar o olhar, viu o sorriso da mulher e então virou-se de costas e se surpreendeu com o que vira. Ainda estava com a fralda do bebê na mão, mas isso não foi de importância quando percebeu o que estava acontecendo... Era seu casamento. Ela ficou horrorizada – não de um modo ruim, mas porque tinha sido pega de surpresa – e seus olhos foram para Mac que também tinha uma expressão indiferente no rosto. 

A música ainda soava nos fundos, era uma melodia suave, não como uma tocada em todos casamentos. Olhou nos fundos do “altar” e viu uma orquestra tocando a melodia que ela até gostou, também tinha um piano ali.

Millie T. – Acho que vocês têm que se moverem.- Falou Millie com um olhar inocente no rosto.

Stella a olhou, abriu a boca para falar alguma coisa, mas nada saiu, apenas deu um olhar como se quisesse dizer “você me paga”, ou alguma coisa desse tipo. Ela viu que todos ali esperavam alguma coisa – deles para se mover e começarem a pequena cerimônia com o juiz –, viu April ali no meio dos Taylors, viu uma boa parte dos Taylors ali, mas estava incomodada pela falta de seus amigos ali. Mac se aproximou e sorriu fraco pegando na mão dela que olhou para ele e sorriu também.

Mac T. – Você está preparada?- Perguntou ele precisando ter a certeza disso.

Ela suspirou. Não estava totalmente pronta, talvez seu sonho tivesse se concretizando e ele não sabia disso, e foi isso que a deixou mais nervosa.

Stella T. – Me leve ao altar.- Pediu olhando nos olhos dele.

Concordando com ela eles caminharam juntos pelo passagem de flores, com sorrisos nervosos em seus rostos, olhavam para os cúmplices que fizeram o casamento, eles tinha uma cara descarada e sorrisos brilhantes nos rostos. Kylie entregou um buquê nas mãos de Stella que aceitou logo, então o casal continuou a andar. Chegando perto do altar eles se olharam, precisavam ter a certeza que era que ambos queriam, e realmente queriam, só esperavam ser mais real. Seus olhares caíram em Victor e Jade, e deram o mesmo olhar que Stella dera para Millie quando a viu pela primeira vez ao entrar em seu casamento.

Então finalmente estavam no altar, em frente um para o outro de mãos dadas e ao lado estava o juiz que, além de concretizar o casamento, daria também os papéis da guarda dos sobrinhos de Stella para ela.

— Prontos?- Perguntou o juiz. Os dois balançaram a cabeça positivamente. – Vocês podem dizer seus votos.- Disse ele.

E nessa hora os dois não sabiam o que dizer. Ou o que não dizer.

— Vou fazer mais fácil então.- Brincou o juiz quando os dois arregalaram os olhos um para o outro, tinham esquecido dessa parte. – Stella Bonasera, é de seu desejo casar-se com Mckenna Llewellyn Taylor?- Pergunta o juiz. Ele só viera mesmo para que eles assinassem os papéis, nunca celebrara um casamento antes desse modo.

Stella B. – Sim!- Respondeu um pouco nervosa, mas sua voz cheia de emoção.

Todos os olhavam com um sorriso brilhantes em seus rostos, May e Millie eram as únicas que choravam. Esther não podia conter a felicidade, era tudo que ela sempre quis, apesar de não ser de “verdade”, ela sempre quis que sua mãe ficasse com Mac pois ela tinha a certeza que sua mãe era apaixonado por ele, e ele por ela, e ela queria ele como seu pai.

— Mckenna Llewellyn Taylor, é de seu desejo casar-se com Stella Bonasera?- Agora sua pergunta foi voltada para Mac.

O homem olhava nos olhos da grega, se perdia em suas esmeraldas, assim como ela se perdia em seu oceano azul. Com ele a encarando ela abaixou a cabeça com um sorriso envergonhando, e ele sorriu para ela.

Mac T. – Sim!- Respondeu ele.

O juiz o olhou aliviado assim como os convidados.

— Então, pelo o poder investido em pelo estado de Illinois, os vos declaro marido e mulher.- Anunciou ele. Nesse momento todos se levantaram de seus acentos a espera do casal para se beijarem, mas os dois só ficaram se olhando com um sorriso.

Millie T. – Junior, beije-a.- Gritou a mulher recebendo uma risada do casal.

Mac colocara a mão na cintura dela pronto para beija-la, e ela colocara seus braços em volta de seu pescoço, mas quando olhou para a mão fez uma careta.

Stella B. – As alianças!- Exclamou ela quase rindo.

Mac riu tirando um par de alianças no bolso para colocar no dedo dela.

Kylie T. – Digam seus votos, agora.- Pediu – mandou – a mulher gritando para o casal.

Stella B. – Ok.- Concordou Stella com um sorriso no rosto. Mac riu, ela iria mesmo fazer isso. Pegando a aliança maior para ser colocada no dedo dele, ela começara a falar e a colocar o anel que mudaria totalmente o status deles. – Mac Taylor, você é o homem mais charmoso e gentil que eu já conheci.- Com isso conseguira arrancar uma risada do homem. – E o homem por quem eu me apaixonei.- Suas palavras eram reais, mas os dois ainda eram apenas “amigos”. O sorriso de Mac desaparecera, só prestava atenção nas palavras da amiga sem saber se eram reais ou não. – Construímos uma linda amizades que durou anos, derrubamos barreiras, enfrentamos inimigos, nos enfrentamos algumas vezes. Juntos. Você foi o cara.- Disse fazendo ênfase na ultima palavra. – Eu não sei o que faria sem você, e eu tenho certeza que você também não sabe o que fazer sem mim.- Falou convencida e ele riu. – I Love you.- Essas palavras desconcertou Mac, se em seu subconsciente não soubesse que não era real, ele acreditaria. – Obrigada por me ajudar a ter minha filha, a conseguir nossos pequenos, obrigada por ser um pai para eles.- Ele era mesmo como um pai para sua filha e para seus futuros filhos. – Você é a pessoa que eu mais admiro aqui na Terra.- Brincou ela rindo em meio das lágrimas.

Os dois estavam de mãos dadas, olhando um para o outro, Mac já estava com sua aliança só faltava Stella, e ele para dizer seus votos.

Mac T. – Stella Bonasera...- Sua voz a fez arrepiar, ela amava o timbre de sua voz. Ele levou uma mão até o rosto dela enxugando seu rosto consumido por suas lágrimas e deixou sua mão lá, no rosto dela, com isso ela fechou os olhou por uns segundos e logo voltou a olhar para ele. – Você é a mulher mais doce e gentil que eu conheço.- Disse ele arrancando uma risada dela por ter dito quase a mesma coisa que ela dissera para ele. – Quando você entrou na minha vida mudou completamente, no começo fora apenas amizade, e então eu me apaixonei.- Confessou... Mas ela sabia que não era verdade, pelo menos assim pensava. – E anos de amizade não compensou para mudar isso. Quando se ama alguém, não tem mais volta, mas você mantém todos os segredos enterrados porque não quer estragar nada. E no final, os segredos são apenas uma lembrança, do porque hoje estamos aqui. Eu pensei em toda minha vida em ter você, ficar perto para te proteger, não te deixar sozinha, eu não queria. Uma viagem para Grécia muda tudo, hein.- Brincou ele arrancando risada de, não só dela, mas todos ali. – A melhor coisa que aconteceu na minha vida foi ter te conhecido.- A aliança de Stella já havia sido colocada, mas ele ainda não terminara de dizer seus votos. – Obrigado por me permitir ser o pai dos seus filhos. I love you.- Terminou ele olhando nos olhos dela. Por um instante Stella paralisou, se não soubesse mesmo que aquilo era apenas uma “cena” iria acreditar nele e seria mais um motivo para se apaixonar por ele.

Stella B. – Você pode beijar a noiva agora.- Ela brincou sussurrando para ele, apenas o juiz a ouviu e riu.

Sorrindo, Mac colocara novamente o braço em volta a cintura dela e ela colocou os braços ao redor de seu pescoço. Então a puxou mais perto dela e a beijou apaixonadamente, os dois ficaram alguns segundos (longos) se beijando e só sessaram o beijo por quê estavam em público, mas suas testas ficaram ainda coladas e os dois tinham um pequeno sorriso no rosto. Os convidados ali levantaram e começaram a aplaudir depois do beijo do casal e enfim quando eles estavam finalmente casados. Esther não parava de rir toda vez que lembrava que eles esqueceram as alianças, mas estava muito feliz pelo casamente ter acontecido, e ela não deixou de gravar pela câmera que comprara no shopping mais cedo.

Os noivos viraram para os convidados, estavam de mãos dadas e com um sorriso que não tem fim. Uma parte deles estava feliz por terem casado, mas a outra estava “triste”, pois tinham em si que o amor que sentiam não era correspondido. Logo Jade puxara Stella e Mac para dentro da casa junto com Millie e o advogado e juiz, ainda tinha a parte da guarda das crianças para resolverem.    

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Mac Taylor – “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”—Friedrich Nietzsche.