Já era noite, e as meninas Bonaseras estavam se arrumando para encontrar-se com Mac a algumas horas. O jantar seria de 20h00m, e ainda eram 18h50m, mas como elas iriam demorar para terminar de se arrumarem resolveram começar cedo, assim não se atrasariam nem deixariam Mac louco esperando. Stella mudou o vestido três vezes, reclamando de que estava gorda, ou o vestido era curto demais, em seu terceiro vestido que era um verde tubinho que valorizava muito bem suas curvas; Olhando-se no espelho vestida no vestido que não era muito curto; era bem formal na verdade, e ela gostou dele. Foi esse! Ela escolhera esse vestido e não olharia mais nenhum em seu closet. Foi até sua penteadeira e abriu seu porta-joias tirando de lá um bracelete dourado bem bonito e o colocou no pulso, tirou de lá também um par de brincos dourados que tinha uma pedrinha, após ter colocado ela voltou ao seu closet para escolher o sapato que iria usar. Analisou por muito tempo seus saltos; optou por usar um salto preto grosso, colocando nos pés voltou ao espelho e sorriu com o resultado. Foi até o banheiro fazer sua maquiagem e terminar os seus cabelos que estava enrolado. Decidiu fazer uma make rápida, mas bem produzida para a ocasião.

Quando olhou a hora viu que ainda estava cedo demais, soltou seus cabelos que, agora ao invés dos cachos estavam lisos com uma pequena ondulação nos lados. Foi até a cama pegar sua bolsa preta, levou na mão e andou até a sala. Esther que estava em seu quarto ainda enrolada na toalha e os cabelos preso em um coque, colocou a cara para fora da porta quando ouviu o clique dos sapatos de Stella, sorriu ao ver a mãe já pronta, e se surpreendeu ao ver os cabelos de Stella liso. Voltou para o quarto e foi até o armário decidir qual roupa iria usar para sair com sua mãe e o amigo dela. Um vestido azul lhe chamou atenção, mais porque Mac dissera que ela ficava bem de azul e sua mãe concordara com ele. O vestido ia até o joelho e era rodadinho, as costas eram aberta e tinha uma rendinha na frente, o sapato ela escolheu por usar uma sapatilha preta com um delicado laço branco em cima, sua bolsa foi da mesma cor da sapatilha, pequenininha só para levar o seu celular. Seu cabelo foi liso, tinha um laço preto com umas pedrinhas de pérola, e fez uma leve maquiagem no rosto, passou um gloss rosa e passou uma sombra rose nos olhos, realçou os cílios passando um pouco de máscara, e em minutos depois, mas não muito longo a menina terminara de se arrumar. Antes de sair do quarto, ficou diante do espelho para se olhar.

Estava se sentindo estúpida, e um fardo. Como ela poderia sentir-se assim? Ela ganhou tudo o que mais queria; liberdade, uma família e o mais importante, ela ganhou uma mãe. Mesmo com isso, mesmo sabendo que já era amada, ela se sentia um fardo. Não que ela pensava isso com o seu avô, foi assim apenas agora, quando Stella a adotou, ela não estava mais em sua zona de conforto. Na verdade, ela nunca esteve em uma zona de conforto, nunca teve seu próprio quarto ou muito menos uma mãe que a amasse. Esther nunca pensou que sua vida iria mudar dessa forma, a vida a tirou o seu avô, o que mais ela poderia esperar? Uma garota de 14 anos com raiva da vida, do destino, de Deus. Ela sabia que não podia ficar, com esse sentimento; ressentimento dentro dela. Não foi justo, não para ela. O “destino” a trouxe para um lar, com pessoas a quem ela realmente estava se apegando e amando. Deus, ela não sabia viver mais longe de Lucy, a pequena garota que lhe ensinou algumas coisas, a menininha doce com quem podia contar, mesmo não entendida das coisas, do mundo, da crueldade que com ele lhe trazia, Lucy era uma ótima conselheira. Esther riu com os seus pensamentos. Lembrou-se de Sid, o quão gentil o homem mais velho era, como se deram bem juntos, como ele lhe dissera que ela poderia ser o que quiser basta querer, e ela queria. Queria muito ser o que deseja ser, apenas uma garota normal. Olhou-se novamente para o seu reflexo no espelho. Como ela era um carrasco! Estava sendo ridícula com si mesma, todas essas pessoas ao seu redor esperava algo dela. E ela estava trabalhando duramente para isso.

A porta do seu quarto foi destrancada fazendo-a sair de seu devaneio e olhar quem entrara, mesmo já sabendo quem era. Viu sua mãe adotiva sorrir para ela e então lhe correspondeu com um meio sorriso, e voltou-se a olhar o seu reflexo no espelho.

Não. Não era ela ali, a garota doce que parecia. Ela estava quebrada, e estava em um buraco tão fundo que nem a luz conseguia ver mais. Sentiu sua mãe atrás dela, viu o reflexo da mãe adotiva no espelho, sorrindo em compreensão.

Stella B. – O que você está pensando?- Uma preocupada Stella sussurrou para a filha adotiva. A mulher estava preocupada com a menina desde que demorou a sair do quarto, então resolveu chama-la e conferir se estava tudo bem. Quando entrou no quarto viu que algo estava errado, alguma coisa em Esther, algo lhe faltava. Sentiu um aperto no peito. O tempo que tiveram juntas foram bons, ela não queria perder isso, queria mais tempos bons com sua filha, mas algo sempre faltava para Esther, seus olhos sempre em outro lugar, e ela sabia que ela estava em seu devaneio. Seus olhos escurecidos como se estivessem enfurecido, algo que ela nunca viu nela, e sabia que a menina teria que falar, não iria forçar, mas sempre estaria em cima.

Esther B. – Não sei...- Sussurrou a menina. Não queria contar nada para Stella. Não queria ela ser um fardo para Stella. Não ela.

Stella B. – Vamos descer, Mac está lá embaixo.- Chamou para não pressionar em nada, sabia que se ficasse iria querer respostas a quais sua filha não iria responde-la. Deixou sua curiosidade para depois, focou no que precisavam fazer agora. Quem sabe enquanto elas estivessem com Mac a menina não contaria algo sobre? Ela esperava que sim, e até sentia uma pontada de ciúmes de Mac com sua filha, era incrível como ela contava tudo para o homem.

Com um aceno como resposta, Stella pegou a bolsa da filha e a entregou, sorriram uma para outra quando Esther pegou sua bolsa. Abraçadas, saíram do quarto de Esther e foram para sala onde Stella pegou sua própria bolsa e as duas puderam sair do apartamento e irem ao encontro de Mac que as esperavam. Antes de sair de casa, Stella pegou dois casacos, um para ela e outro para a filha, abriu a porta e as duas saíram.

Mac estava em frente do prédio de Stella, esperando ela e sua filha. Estava encostado em seu carro, e parecia bem elegante em seu terno escuro e sua camisa branca. Sem gravatas! Seus olhos azuis brilhavam com a luz da rua, as mãos enterradas no bolso da calça e as pernas cruzadas.

Não foi uma noite fria, mas também não foi uma noite quente. O homem esperava ter escolhido o lugar certo para levar as garotas. Sua escolha foi um restaurante Italiano perto da Central Park, assim os três após o jantar poderiam caminhar no parque e conversarem entre si, depois ele traria as meninas de volta...

Seus olhos se arregalaram quando as duas Bonaseras saíram do prédio. Claro, seus olhos pegaram em Stella, que estava linda em seu vestido e os cabelos lisos. Verde sempre caía bem em Stella. Mac pensara. Ele só voltou ao normal quando as duas se aproximaram dele, e para não parecer um idiota sorriu para as duas que também tinham um sorriso no rosto.

Mac T – Olha só vocês!- Disse ele. – Estão lindas!- Elogiou fazendo Stella corar.

Esther olhou para mãe com as bochechas rosadas e sorriu.

Esther B. – Obrigado, Mac!- Agradeceu a menina. O homem sorriu. – Você não está nada mal, apenas como todo homem.- Ela riu de suas próprias palavras.

Stella B. – É.- Disse Stella, o rubor ainda em seu rosto e um sorriso envergonhado. – Para onde vamos?- Pediu ela, já que o homem não lhe dissera para onde iriam jantar essa noite.

Elas viram um sorriso de Mac de quem não iria contar. O CSI resolveu fazer uma surpresa para elas, como em algumas noites atrás Stella mostrara ser uma “excelente” cozinheira da culinária Italiana, e Esther ter dito que apreciava as comidas do país, ele escolheu o lugar perfeito para leva-las essa noite.

Esther B. – Porque não conta?- Reclamou entrando no carro quando Mac abriu a porta para que ela entrasse. Sentou no banco de passageiros atrás sem uma resposta de Mac, que bateu a porta para feche-lha e abrir a porta da frente para Stella entrar.

Quando estavam os três dentro do carro, o CSI resolveu responder a garota, pois sabia que ela iria insistir o caminho todo. Ele não podia deixar de compara-la com Stella, as duas eram duas impacientes.

Mac T. – É uma surpresa.- Disse o homem ajustando o seu cinto. Olhou para a menina pelo espelho retrovisor e sorriu. – Você não quer mesmo saber.- Convenceu ele. Esther bufou.

Stella B. – Eu adoraria saber.- Olhou para o homem esperando que ele falasse, mas ele não faria isso, não iria estragar a surpresa.

Mac T. – Logo vocês saberão...- Ouviu outro bufo de Esther.

Esther B. – Você não poderia simplesmente contar? Surpresas sempre acabam quando todos já sabem.- Revirou os olhos a menina vendo que Mac não iria conta-la.

Mac riu e tirou o carro do estacionamento dirigindo até o local onde iriam jantar.

*****

Parando o carro em frente ao restaurante Italiano escolhido, Mac olhou para as meninas com um sorriso quando viu suas caras surpresas. Elas nunca esperavam que ele lhes trouxessem para um dos melhores restaurante Italiano da cidade. E como um bom planejador, ele já tinha tudo em sua mente sobre sua noite. Pelo menos esperava que fosse como pensava, ou podia ser melhor. Eles saíram do carro e Mac entregou as chaves para o manobrista, se aproximou delas com um sorriso esperando quaisquer reação.

Esther B. – Você é demais!- Exclamou a menina, ficando entre os mais velhos.

Mac sorriu olhando para a menina entusiasmada.

Stella B. – Aposto que eles não fazem uma omelete melhor que eu.- Brincou a morena entrando no restaurando com sua filha e seu melhor amigo. Realmente ele lhe surpreendeu, ela nunca pensou que ele as traria para um restaurante Italiano.

Se o objetivo foi surpreende-las, então Mac conseguiu o que queria.
A gerente do restaurante se aproximou deles com uma pasta nas mãos, sorriu gentilmente dando-lhes um boa noite.

Mac T. – Mac Taylor.-Se apresentou ele.

A mulher loira com os cabelos presos para trás verificou a lista de clientes buscando o nome de Mac lá, e claro ela encontrou.

— Sim, me acompanhem por favor!- Pediu já saindo em direção a mesa deles. Os três a seguiram até a mesa que ficava perto da janela.

O ambiente era bem familiar, tinha um som no fundo e era muito agradável. As paredes em um tom de pérola e as cortinas douradas que ficavam nas grandes janelas, o lugar onde eles ficariam para o jantar era confortável, assim como Mac pedira que fosse, não foi distante das outras mesas, mas era o lugar perfeito do lado ao da janela.

— Os cardápios.- Entregou a eles os cardápios deixando-os sentar-se sobre a mesa.

Os três pegaram os cardápios e verificaram o que queriam para a entrada. Mac sentou-se de frente para as duas, e observavam verificar o cardápio.

Esther B. – Posso pedir refrigerante?- Perguntou para os mais velhos. Mac e Stella sorriem um para outro.

Stella B. – Claro querida.- Respondeu ela docemente. Esther foi um amor perguntando se poderia pedir refrigerante.

Mac T. – Estrela, você pode pedir o que quiser.- Garantiu Mac, fazendo com que os olhos da menina se arregalasse, não foi porque ele disse que ela poderia pedir o que quisesse, mas sim por quê ele a chamou de estrela. Não que ela foi triste com o fato de Mac chama-la de estrela, mas foi o apelido que seu avô lhe dera quando tinha 6 anos.

O homem riu com a expressão no rosto da menina.

Mac T. – Tem um vinho ótimo. Stella?- Perguntou olhando para ela, se ela fosse no vinho ele também iria.

Stella B. – Defina ótimo?- Pediu sorrindo. Mac sorriu para ela.

Mac T. – Você vai saber quando estiver na sua boca.- Respondeu ele ainda com um sorriso. E ela tinha um sorriso encantador no rosto. – E a entrada?- Pediu para elas. Ele não era bom com essa coisa de escolher comida, se estivesse pizza era ótimo para ele. Mas claro, seu jantar ele escolheria.

Esther B. – Vocês dois...- Fez uma careta engraçada que até a garçonete que já estava atendendo-os acabou rindo com ela.

Depois de terem feito os pedidos, os três tiveram uma agradável conversa, Esther estava sentindo falta de Mac. Os dois tinham criado um vínculo forte um com o outro, foi como pai e filha. Bom, pelo o menos Mac queria ser um amigo para ela, já que não poderia ser seu pai. Ele sabia o seu lugar, e Stella só o via como um amigo, e se fosse para ter esse contato com ela e não perde-la, ele seria seu melhor amigo. Tirando esses pensamentos da cabeça, desde que a amizade dele com Stella fortaleceu ele não queria ser quem estragaria, e esses pensamentos não o ajudava. Sim, ele percebera que com o tempo ele foi desenvolvendo um sentimento por Stella, e quando eles ficaram mais próximos esse sentimento foi aumentado cada vez mais, e realmente Mac não sabia o que faria para tirar isso dele. Sem ao menos perceber, esse sentimento, essa paixão se transformou em amor, e ele não sabia como acontecera, apenas aconteceu...

Stella B. – Então, amanhã eu vou comprar as passagens para Grécia.- Avisou Stella depois de ter dito que seria necessário fazer essa viagem, e mesmo ela queria também, ver o seu pai que a tanto tempo não via, sua irmã mais nova e seus sobrinhos. Deus, como ela sentia falta de sua família! A única pessoa que ela não iria gostar lá seria a sua “madrasta”, a mulher mais nova com quem o seu pai casara. Esse casamento custou o relacionamento de pai e filha que Stella tinha com o seu pai.

Na verdade, o casamento de seu pai com uma mulher mais nova só ajudou a afasta-los mais do que já estavam, seu pai nunca foi um homem presente em sua vida, desde que sua mãe morreu de câncer, o “grande” Alexandre um dos homens mais importantes e influentes de Atenas nunca tinha tempo para suas filhas, e como mais velha Stella sempre cuidou da irmã mais nova. Esther era parecida com sua mãe, vive seus dias como se fosse o último. Já Stella, ela mesma admitia que era como o seu pai: pé no chão e responsável. Mas ela nunca, nunca iria deixar os seus filhos assim como o seu pai fez, assim como sua mãe fez quando a tirou de seu pai para cuidar de sua doença nos Estados Unidos e deixara sua irmã mais nova na Grécia com o pai. Stella podia muito bem voltar para seu país de origem e recomeçar trabalhando ao lado do seu pai, mas quem disse que ela queria isso? Viver em Nova York foi a melhor coisa que lhe aconteceu, ela pôde conhecer essas pessoas maravilhosas que lhe acolheram como se fosse da família.

Mac T. – Isso é bom.- Forçou-se a sorrir quando na verdade ele queria dizê-la para ir junto ou não ir, mas pedir para que ela não fosse seria egoísmo demais. Stella queria ir ao encontro do pai e ele deixaria esse momento para os dois e Esther.

Esther B. – Não.- A menina fez uma careta. – Mac, você poderia ir né, eu não conheço ninguém lá, se você fosse eu teria alguém para conversar enquanto minha mãe resolve os assuntos que tem para resolver.- Propôs a menina, já contando com o homem para ir. Ela realmente queria que ele fosse. – E, nós podemos fazer uma tuor por Atenas, é só chamar um guia.- Tentou convencer o homem que riu disso.

Mac T. – Por quê eu iria para o outro lado do continente só para fazer um guia turístico?- Perguntou Mac em tom de ironia.

Esther B. – Você já fez isso antes, pela Stella.- Foi a única maneira de convencer Mac de ir, ela sabia muito bem se usasse o nome da sua mãe adotiva o homem iria. Pelo menos era disso que estava convencido.

Stella que ouvia tudo isso sem dizer nada acabou rindo. Ela queria ir com Mac, mas seria injusto com ele, apesar de que isso seria um pretexto para tirar o homem do trabalho e fazê-lo tirar uns dias de folga.

Stella B. – Querida, você sabe que o Mac tem suas próprias coisas para fazer aqui nos Estados Unidos.- Falou ainda rindo. Mac a olhou pedindo obrigado por isso.

A menina fez um beicinho triste olhando pra os dois, como se fosse convencê-los. Mas não conseguiu.

Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, um garçom diferente da que lhes atenderam veio até a mesa com as bebidas e a entrada. Como Mac estava dirigindo, optou apenas por beber um taça de vinho, a mesma coisa seria Stella, sendo que ela não estava dirigindo, foi apenas por que não deixaria seu amigo beber sozinho e ela queria mesmo beber algum tipo de álcool, pelo menos só uma noite. Enquanto a mais nova naquela mesa, saboreou de seu refrigerante e da entrada.

Stella B. – Eu sinceramente adoro os pratos Italianos, mas preferia algo mais diferente, Mac.- Comentou depois de ter ingerido sua entrada. – Nós já comemos comida Italiana semana passada.- Brincou ela com um sorriso. Mac não poderia deixar de sorrir ao ver Stella sorrindo também, parecia que ela ficava mais linda quando sorria. Deus, como esse homem a amava!

Mac T. – Muito engraçado.- Murmurou para si, mas Stella pôde ouvi-lo e acabou rindo dele.

Esther B. – Vamos sair do assunto Itália, e vamos falar de música.- Começou Esther. – Eu disse para os meus novos amigos hoje que não sabia nada de música, então eles me mostraram “as músicas que realmente prestam” -fez aspas com as mãos-, e eu realmente gostei disso.- Comentou ela, quando olhou para cima arregalou os olhos quando viu que os dois mais velhos a encarava esperando que ela continuasse. – Oh!- Murmurou ela. – Então, Adele é realmente ótima, eu ouvi duas músicas dela, e eu amei. A música Hello dela, é demais, e não vamos deixar por último Some Like You, é simplesmente perfeita.- Disse a menina com sinceridade, ela tinha mesmo gostado de ouvir as duas músicas de Adele. – Eu nunca tinha ouvido algo tão emocionante além dos meus clássicos Beethoven e...- Arqueou os lábios tentando lembrar-se de quem estava falando. – Mozart, eu acho.- Completou sorrindo. Isso a lembrava o seu avô e seus gostos nada modernos.

Stella B. – É, ela é mesmo muito legal!- Elogiou Stella referindo-se a Adele. – Mozart também é bom, querida.- Comentou sorrindo. Ela gostava de música clássica também.

Esther sorriu.

Mac T. – Concordo.- Ergueu sua taça com um sorriso para Stella, depois levou a taça até a boca ingerindo o álcool nela. – Com ambas as afirmações.- Concluiu ele colocando a taça ainda com um pouco do vinho na mesa.

Esther esboçou outro sorriso mais uma vez, Stella também sorriu em direção a Mac.

O mesmo garçom que trouxera a entrada, veio para a retirada dos pratos e encher mais uma vez a taça de Mac e Stella, os dois não protestaram, o vinho que Mac escolhera era muito bom inclusive. Não demorou muito quando o garçom saiu e veiou outro com os pratos principal que eles escolhera. Os três jantaram e conversaram, sorriam bastante e riam também com as coisas que um ou outro falava. Foi um agradável jantar, e os três pareciam mesmo como se fossem uma família. Logo veio a sobremesa, a parte favorita de Esther, os três saborearam de suas deliciosas sobremesas com muita risada, uma vez ou outra estava Mac roubando um pouco da sobremesa das meninas, assim como Stella estava fazendo isso com o amigo e a filha.

— Hey!- Uma mulher chamou. A voz era bem conhecida para Stella, quando ela inclinou o rosto para ver quem era, se surpreendeu.

Stella B. – Jade!- Cumprimentou levantando-se para abraçar a mulher na frente dela. Sorriu quando a olhou, ainda um pouco surpresa por vê-la ali, e acompanhada. – Que surpresa!-  Disse ainda de pé.

Mac também levantou-se para falar com a mulher, abraçou Zabotto e depois cumprimentou o homem atrás da mulher com um aperto de mão amigável.

Mac T. – Como estão?- Perguntou para o homem sobre algo que só os dois sabiam, incluindo Zabotto também. O homem com quem Mac falara olhou para trás em direção a dois adolescentes que se aproximavam deles.

— Nós conseguimos, mas só a menina.- Respondeu o homem um pouco triste. Eles estavam falando sobre a adoção de dois irmãos que Zabotto e o marido veio tentando a muito tempo, era um casal, a menina estava em seus 13 anos e o menino estava em seus 3 anos de idade, ambos foram tirados da mãe que vivia no Brooklyn, mas era uma drogada e o pai das crianças havia morrido em um assalto, ele era policial.

Mac acenou com a cabeça entendendo a situação, ele conhecia o casal a um bom tempo, o marido de Jade era promotor e os dois viraram amigos quando Mac precisou de uma ajuda para um caso que iria fechar, e então ele conheceu toda a família do homem, e quase teve um relacionamento com a irmã do homem. Ainda bem que nada aconteceu entre ele e Virginia.

Jade Z. – Hey...- Falou a mulher abraçando uma menina morena, bem bonita, seus cabelos cacheados iam até o ombro, não parecia ser filha da mulher branca, e de fato não era, mas a mulher já a considerava como uma filha e estava feliz com a menina. Já seu outro filho era parecido com ela, olhos claros e cabelos negros, sua pele bem branquinha, e parecia ter aceitado muito bem a irmã. Apesar dos preconceitos que a menina ainda recebia, e não era por sua cor, e sim pela sua mãe de sangue, a mulher era uma drogada desde que a menina se entendia por gente. – Esses são os meus filhos.- Apresentou com um sorriso de orgulho. – Jeremy e Joanie Zabotto.- Stella sorriu para os adolescentes.

Stella B. – Hey vocês!- Cumprimentou sorrindo.

Esther percebeu que era muito antipático ficar só ouvindo a conversa, então levantou-se rápido da cadeira para cumprimentar a mulher que ajudou a sua mãe a ser sua mãe. Mas quando viu o menino fez uma careta.

Esther B. – Senhora Zabotto.- Cumprimentou ignorando a presença do menino. – Olá Joanie, me chamo Esther!- Cumprimentou se apresentando para a menina que parecia ser melhor que o irmão.

Joanie Z. – Olá!- Respondeu a menina sorridente. – Você estuda na mesma escola que eu.- Observou a menina, lembrando-se de ter visto já Esther. – Aula de arte, professora Lence.- Lembrou-se ela. Esther pareceu lembrar também.

Esther B. – Oh, sim!- Exclamou. – Eu me lembro de você!- Sorriu. – E de você...- Olhou para o menino a quem ela ignorou a existência por um tempo, e falou com ele sem nenhuma expressão no rosto. – Vocês andam com a gangue da Sarah.- Falou com desprezo.

Stella B. – Esther!- Repreendeu a menina.

Joanie riu.

Joanie Z. – Meu irmão anda, eu sou apenas uma colega.- Respondeu a menina. – Eu comecei faz pouco tempo, então, eu fico com o meu irmão que é o único a quem eu conheço lá.- Explicou ela.

Esther B. – Amanhã você terá sua própria gangue.- Avisou sorrindo. – Sendo que mais legal e que é livre.- Brincou olhando para o menino. – Os meus amigos são super legais, tenho certeza que vão gostar de você!- Garantiu ela. Joanie sorriu.

Jeremy Z. – Claro que vai.- Foi sarcástico, e dessa vez quem foi repreendido pela mãe foi ele.

Jade Z. – Jer!

Mac T. – Hey, meninas, porque vocês não pegam suas coisas enquanto eu peço a conta.- Ele tinha olhado o relógio e estava ficando tarde. – Acho que terminaram a sobremesa.- Brincou sorrindo. Esther terminara sua sobremesa, assim como usa mãe também terminara, só não Mac. Mas não importava muito para ele a sobremesa.

Stella B. – Claro!- Sorriu Stella pegando sua bolsa e a da sua filha.

Esther B. – Me passa o seu contato, eu vou enviar para os meus amigos e nós nos falamos hoje ainda antes de nos encontrarmos amanhã.- Propôs a menina. Joanie concordou na mesma hora e lhe passou seu contato. – Vou colocar como Jo.- Sorriu terminando de salvar o contato da nova amiga.

Jade Z. – Vamos, amor?- Chamou o marido que concordou.

— Vamos!- Sorriu e se despediu de Mac e cumprimentou Stella mais uma vez e então foi embora com a família. Logo quando Mac pagou a conta do restaurante, ele levou as meninas para fora também.

Seus planos de leva-las para um passeio teria que ser adiado por causa da hora, já estava tarde, e ele sabia que as meninas já estavam cansadas. Quando ele pediu para o manobrista trazer o seu carro viu a carinha triste que Esther fez para ele e isso o quebrou o coração. Era de sua vontade também leva-las para um passeio noturno no parque, mas era muito tarde agora e ele teria que leva-las.

Mac T. – Esther, amanhã, eu prometo que nós voltamos para o parque e ficamos o tempo que você quiser!- Prometeu ele.

Esther esboçou um sorriso maior do mundo de felicidade. Stella olhou para Mac repreendendo. O homem riu.

Mac T. – Depois da escola, você pode vim também.- Olhou para Stella que não disse nada, apenas virou as costas para Mac sorrindo, o que o homem não viu.

O carro de Mac chegou e eles entraram cada um tomando seus assentos.

Esther B. – Mac?- Chamou quando o homem deu a partida no carro e já estava dirigindo, os três estavam em silêncio até agora e Esther quebrou.

Mac  T. – Sim?

Esther B. – De onde é sua família?- Perguntou curiosa.

O homem riu.

Mac T. – Chicago.

Esther B. – Eu nunca fui pra Chicago.- Falou ela. – Que país é?- Sua pergunta fez os dois adultos rirem. – Entendi.- Ela riu. – Chicago não é um país, desculpe-me.- Lamentou brincando. – Sua mãe sabe fazer bolo?- Essa pergunta fez com que o homem risse.

#####       

Mac Taylor – “Nossos pensamentos mais importantes são os que contradizem nossos sentimentos.” –Paul Valéry.