Sweet Dreams Club escrita por BTSHunt


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

- Dê meus pêsames para ela. - Jace tinha certeza que ela nem notara o que tinha acabado de falar.
— Clarissa. - ele atraiu a atenção da moça. - Clary lhe mandou seus pêsames.



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A ruiva ficou vermelha. Não havia notado o que havia acabado de ouvir, logo, não havia notado o que tinha acabado de falar. Mas, ele era um dançarino em um clube feminino, devia dizer algo assim pra todas, certo?
– Ah! Eu vou anotar isso na minha agenda e conferir pra quantas mais o Senhor Dançarino Charmoso fala coisas assim.
Ele deu de ombros e sorriu. - Pra ninguém, mas faça o que se sentir confortável em fazer.
– Ah, claro...
Clary queria muito acreditar, muito mesmo, mas não podia, ainda não. Ela ouviu um clique na porta e uma voz feminina chamando o Jace. Pronto, a teoria de "mais ninguém" havia caído por terra.
– Jace, eu vim devolver os seus... - Izzy parou na porta da cozinha com um par de coturnos pretos pendurado nos dedos. Ela encarou Clary com espanto por um segundo e depois abriu um sorriso malicioso. - Clary! - ela disse com voz arrastada. - Olha só... você chegou agora ou passou a noite aqui?
– Cheguei agora.
– Ela passou a noite aqui. - Jace disse junto com ela. A ruiva o fuzilou com o olhar e ele sorriu.
– Eu não passei a noite aqui, Izzy, eu vim devolver o Church.
– Então por que está descalça?
– Eu vim pra cá descalça.
– Seus sapatos devem estar no meu quarto, ou na sala, ou... por aí. - o loiro segurou uma gargalhada enquanto Clary parecia querer entrar em estado de ebulição.
– Ah, compreendo. - Izzy sorriu de lado. - Seus coturnos, Herondale. Obrigada por me emprestá-los.
– Sempre que estiver caindo de bêbada e não suportar seus saltos.
Izzy bufou e deixou os sapatos no canto da cozinha. - Eu vou deixar o casal à sós nessa bonita cena de café da manhã. Já posso chamar a Clary de cunhada?
A ruiva demorou dois segundos para entender com quem Isabelle falava e entendeu com um estralo dolorido. Cunhada? É sério?
– Claro. - Jace sorriu e Izzy saiu dando pulinhos.
– Vai me contar tudo depois, Clarissa Fray. - ela gritou antes de fechar a porta do apartamento.
– Claro, claro... assim que eu entender o que eu vou contar. - ela fuzilou Jace novamente, esperando uma resposta, mas ele parecia entretido demais em seu capuccino. - O que foi isso, Jace?
– Minha meia irmã, Izzy. Achei que você conhecesse.
– Não como sua meia irmã. E por que disse à ela que podia me chamar de cunhada?
– Por que? Ela não pode? Você vai destruir todos os meus sonhos e fantasias, Clarissa? Sua sem coração.
– Você nunca fala sério?
– Eu sempre falo sério, só que com sarcasmo. - ele colocou a xícara na pia e Clary fez o mesmo.
– Obrigada pelo capuccino, realmente é o melhor que eu já bebi.
– Eu disse que seria.
– Claro. Bom, eu vou nessa, tenho que terminar de arrumar umas coisas.
O loiro a acompanhou até a porta e a abriu para ela.
– Até mais, vizinho.
Jace segurou o braço de Clary com firmeza e a girou para ele, abraçou sua cintura com força e beijou suavemente seu pescoço, como havia feito no dia anterior. Novamente ele ouviu um suspiro suave.
– Até mais, vizinha. - ele sorriu para ela e a soltou.
– Você tem que parar de fazer isso. - ela disse, se afastando.
– Me obrigue.
– Nunca na vida. - ela disse sem se virar, deu mais alguns passos e entrou em seu apartamento.
Não podia negar que o loiro bagunçava com todos os seus sentimentos, mas ele também lhe causaria problemas. Como Clary poderia lidar com o fato do cara que ela está apaixonada dançar com outras moças todas as noites? Espera, apaixonada? Tinha conhecido o rapaz na noite anterior, ela só podia estar louca em se sentir apaixonada por ele. Mas a impressão era essa, apesar da ruiva não estar nem um pouco disposta a admitir.
Jace fechou a porta e se jogou no sofá da sala. Novamente, não era para ele ter abraçado a ruiva, beijado seu pescoço novamente, mas ele queria saber, precisava saber, se o suspiro daquele dia era uma reação a tudo ou ao beijo. Agora ele sabia que era por causa do beijo. Não lhe adiantava muito, sabia como essas coisas funcionavam: nenhuma mulher se sentiria à vontade com o seu homem dançando com outras mulheres. Não que Jace fosse dela. Mas a ideia de pertencer à alguém novamente dava ao rapaz um motivo na vida, algo com que se preocupar. Ele afastou os pensamentos quando Church subiu em seu peito e o encarou.
– Obrigado, bola de pelo.
O gato ronronou e se aninhou no peito dele, como quem diz "de nada".

**
– Ah, Clary, qual é? Você estava no apartamento dele tipo, nove da manhã. Não foi uma visitinha.
– Eu fui levar o gato, Isabelle, ele estava no meu apartamento.
– Acha que eu vou cair nessa? - a morena mordeu o pãozinho que estava ao lado da sua xícara de chá; ela havia chamado Clary para um café da tarde em uma cafeteria fofa ali perto, já que o outono começava a ficar mais gelado.
– Mas é a verdade, Izzy. - Clary jogou as mãos para cima. - O que eu tenho que fazer pra você acreditar?
– Jace é um cara difícil de se conversar, baixinha. Ele prefere pegar mulher do que conversar com elas.
– Isso é estranho... porque nós só conversamos.
– Duvido...
– Ele me contou da moça que... bom, você sabe.
– Ele te falou da Aline? - ela parecia realmente espantada.
– Sim.
– E pra quando é o casamento? Sim, porque Jace Herondale falar da vida dele pra alguém fora da família é caso de casamento. Ele nunca se abre pras pessoas, Clary, ele já foi muito magoado, a começar pelo pai dele.
– Que tem?
– Nunca o tratou bem. Ele sempre podia fazer mais, nunca era suficiente, nunca o agradava, nunca o elogiava. A mãe, bem... sumiu, há muitos anos.
– E como ele é seu meio irmão?
– Crescemos juntos e quando Jace fez 15 anos o pai dele deixou ele lá em casa com os papéis de guarda. Disse que ele não prestava pra nada e não lhe era útil, deixou com minha mãe que era cunhada dele.
– Meu... Deus.
– Entende? Jace não gosta de ficar sozinho, gosta de ser útil pra alguém, então escolheu trabalhar com Magnus onde podia ser útil pra muitas pessoas ao mesmo tempo. Ultimamente ser útil pra uma mulher só estava difícil.
– Não vejo como.
– Qual é, Clary, ele é chato, metido, o ego dele é do tamanho do universo. Só alguém que realmente goste dele pra aguentar a peste.
– Achei ele divertido. - Clary deu de ombros e bebeu um pouco de café.
– Ele é, quando quer. O problema é ele querer. E você gosta dele, então...
– Gosto. - Clary não olhava para nada em específico. - Gosto do pouco que conheço, mas é a ponta do iceberg, certo?
Izzy bateu palmas silenciosas e jogou os braços para cima. - Sempre te quis como cunhada.
– Exagerada. - a ruiva fez uma careta para ela e sorriu.
Quem sabe, e somente quem sabe, Jace seria a pessoa que ela tanto havia procurado.


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Notas finais do capítulo

mais um capítulo postado!
pretendo fazer uma short-fic (que fique short mesmo kkkkkkkk ) porque to pensando em uma outra fanfic já... meu cérebro não para!



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