The Kingdom of Hearts escrita por King Of Norway


Capítulo 1
Capítulo 1- O coração é um caçador solitário.


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a todos que resolveram dar uma chance para história *-*
Espero que se divirtam lendo do mesmo tanto que eu me diverti escrevendo.



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Era uma vez...

Já pararam para pensar porque todas as grandes histórias começam assim? Por toda a nossa vida, acreditamos em contos de fadas e no fato de que apesar de todos os obstáculos sempre encontraremos o nosso final feliz.

São histórias sobre guerreiros brandindo armaduras brilhantes, cavaleiros enfrentando bruxas e dragões e heróis que no final sempre conseguem salvar a donzela em perigo.

A história que eu vou lhes contar não é muito distinta da que estão acostumados. Ela também começou em um reino bem distante, onde um membro da realeza precisava de toda a proteção que poderia lhe ser oferecida.

Seu nome era Julian, mais precisamente, Príncipe Julian.

Vocês podem estar se perguntando, e a garota em perigo? Algumas vezes não é a princesa que precisa ser resgatada, mas sim o coração rebelde de um jovem príncipe.

Talvez eu tenha me enganado e o que eu vou lhes contar seja realmente diferente do que estão habituados. Essa não é uma história sobre sapatinhos de cristal, maçãs envenenadas ou rocas enfeitiçadas. Essa é a história de como eu, um Fae, se apaixonou pelo futuro rei.

Há muito tempo, as terras que hoje compunham o reino eram apenas parte do território da Floresta proibida, lar de todas as criaturas místicas existentes. Édipo, o nosso grande monarca, fez daqui o seu lar. Diz à lenda que ele vagou por todos os cantos da terra a procura da única coisa que poderia curar a rara doença da sua esposa: a lendária flor de Ilhus, presenteada pela deusa Azura.

Assim, das pétalas púrpuras foi extraído o poderoso elixir que curou a rainha Helena, trazendo de volta à esperança daqueles que a cercavam. O rei édipo ficou tão agradecido, que escolheu como nome para o seu reino o objeto de salvação da sua esposa e ordenou que construíssem um templo em homenagem a divindade.

Com alguns meses após a sua milagrosa cura, a rainha finalmente engravidou. E para a surpresa e felicidade dos súditos, ela não concebeu apenas um herdeiro, mas sim dois.

Gêmeos. O garoto, que recebeu o nome de Sebastian, possuía uma pele tão clara como o reflexo da lua sobre o lago, e o seus olhos e cabelos eram negros como a noite do caçador. Já a garota, que foi chamada de Nathalia, tinha o mesmo tom de pele e as madeixas do irmão, só que seus olhos eram como duas lâmpadas azuis e acesas.

No entanto os anos que se passaram rapidamente foram cruciais para mostrar que os filhos de Édipo e Helena só possuíam a aparência em comum.

Nathalia cresceu como uma mulher apreciadora da beleza e preocupada com a situação que o seu reino e os seus súditos viriam a passar. Já Sebastian, apenas se preocupava consigo e com o número de pedras preciosas que a sua coroa poderia ostentar.

Quando os irmãos completaram 18 anos, a época em que segundo as tradições de Ilhus um membro da realeza deve ser coroado, Édipo teve a difícil missão de escolher entre seus dois filhos aquele que o substituiria no trono um dia. Na verdade, não foi uma decisão complicada, já que bem no fundo ele sabia qual dos dois era realmente merecedor de governar.

Édipo escolheu Nathalia, o que despertou um ódio sem igual nos olhos de Sebastian. O jovem jurou que um dia se vingaria daquilo que considerou uma traição, então depois de sussurrar uma ameaça nos ouvidos da irmã, ele montou em seu cavalo e fugiu para além dos limites da floresta.

Muito tempo se passou e o reino nunca mais teve notícias do Príncipe renegado. Algumas pessoas acreditavam que ele havia morrido devido às condições perigosas da floresta, outros círculos juravam por suas vidas que Sebastian encontrou uma caverna antiga cheia de magia negra e se tornou um perigoso feiticeiro.

Seja lá qual a versão que estivesse certa, a rainha Nathalia jamais conseguiu deixar de pensar no que o irmão havia dito no dia da sua coroação:

 “Aproveite a sua coroa enquanto pode irmãzinha, pois seus descendentes não terão a mesma sorte que você. Quando ele ou ela completar 18 anos, eu voltarei para pegar o que é meu por direito.”

Desde o nascimento do seu primogênito, a rainha Nathalia fez o possível e o impossível para mantê-lo em segurança. Se ela acreditava realmente naquela promessa, isso eu não sabia dizer. Mas uma coisa era clara: ela não estava disposta a descobrir.

E é exatamente aqui que a nossa história começa.

Capítulo I — O coração é um caçador solitário.

Naquela bela manhã eu estava sentado na clareira da floresta fazendo o que eu sempre fazia: estudando as diversas espécies de plantas mágicas que poderiam ser úteis na fabricação de poções.

Por mais que Faes e feiticeiros possuíssem um estreito relacionamento, eu tinha um acordo com Gideon, um dos mais antigos e poderosos bruxos da vila. Ele me aceitava como seu aprendiz e eu por minha vez estaria disposto a buscar tudo o que ele precisasse para os seus feitiços.

Depois de recolher vários Gladíolos, eu já estava me preparando para voltar para a cabana de Gideon, mas assim que me virei para cruzar a campina fui surpreendido pela figura de uma mulher que me observava com um sorriso.

Ela possuía brilhantes e convidativos olhos azuis, longas madeixas castanhas e usava um longo vestido branco trabalhado com pequenas e delicadas pedras preciosas.

Eu rapidamente coloquei a minha cesta sobre o chão para que pudesse recebê-la de maneira apropriada.

— Majestade? — perguntei surpreso, enquanto rapidamente fazia reverência para ela.

— Amanth, certo? — Ela perguntou.

— Sim — respondi surpreso com o fato de que a rainha Nathalia sabia o meu nome. — O que devo o prazer, vossa majestade?

— Na verdade, eu tenho uma proposta para você — disse ela. — Eu só preciso saber se você está disposto a aceitá-la.

— Uma proposta? — perguntei curioso.

Antes de prosseguir com a sua fala, a rainha Nathalia desviou um pouco a sua atenção de mim, ficando completamente pensativa. O seu olhar longínquo indicava o quanto ela estava preocupada.

— Amanth, você deve estar ciente sobre a promessa que o meu irmão me fez há muito tempo, não é mesmo? — A rainha Nathalia perguntou, voltando os seus brilhantes olhos para mim.

Como o Fae curioso que eu era, sempre encontrei em livros, compêndios e até mesmo profecias, o conhecimento que incessantemente eu sentia necessidade. Parecia que quanto mais eu estudava, mais coisas fantásticas sobre o nosso mundo eu descobria e cada vez mais eu precisava aprender.  A história de Ilhus sempre despertou fascínio em mim, exatamente pelo fato de sempre ter existido perguntas sem respostas.

A sua coroa deverá aproveitar, pois quando o herdeiro de Ilhus 18 anos completar, o Príncipe renegado das trevas voltará. E assim todo o bem consigo ele ceifará. — Citei a profecia que já havia ouvido inúmeras vezes. — Vossa majestade, acreditas realmente que Sebastian está voltando?

— Eu torço para que não — A rainha Nathalia disse parcialmente assustada. — Mas em todo caso, precisamos estar preparados. Julian completará 18 anos em menos de um mês, o que me leva de volta a proposta que eu vim lhe fazer.

— Qual é ela? — perguntei compenetrado, tanto que meus olhos castanhos começaram a brilhar como dois faróis acesos.

— Eu fui pessoalmente ao tribunal das fadas e conversei com a rainha Maryse sobre promover você a escudeiro real.

— Isso quer dizer que...

— Você aceita ser o acompanhante e protetor do meu filho Julian? — Não tive muito tempo para pensar na resposta até perceber que já havia sinalizado sim com a cabeça. Afinal, não se diz não para uma rainha e nem para o seu futuro rei.


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Notas finais do capítulo

E ai? Não deixem de deixar um review para o King ^^
Isso é importante para eu saber o que vocês estão achando e tals.
Até mais 0/