P.O.V  Ares

Estávamos reunidos dentro de refeitório. Deuses e semideuses. Zeus decidiu que era a hora dos meios-sangues saberem a verdade. Gaia está voltando e com força total. Essa maluca! Eu não acho Victória em lugar nenhum. Os  filhos de Hefesto entraram mas eu não a vi lá. Eu fiquei preocupado.  Tenho que relaxar! Vai ver ela só está atrasada.

— Senhores! – Chamou um filho de Hefesto. Acho que o nome dele é Léo. – Quatro meios-sangues sumiram. – Disse o  moleque desesperado.

— Cade minha filha?! – Indagou Valerie a mãe de Victória.

Começou um burburinho no refeitório. Isso já estava me estressando

— Silêncio!!—  Berrei nervoso.

— Temos que procura – los ! – Falou Apolo nervoso.

Então dividimos todos em quatro equipes de busca e partimos para a floresta. Eu fiz questão de ir na equipe  que buscaria Victória. Afinal ela agora era minha e ninguém vai mudar isso!  Eu estava andando do lado de alguns semideuses quando vimos Victória jogada no meio do mato desacordada.

— Victória! – Exclamei espantado. 

Peguei ela no colo e  levei ela para casa grande onde a coloquei no meu quarto. Mandei um meio-sangue  avisar a todos e chamar Apolo e Valerie. Eu alisava os cabelos dela, quando Victória começou a  se debater desacordada.

— A luz! Luz! Não!!!! – Disse ela se arranhando. – Me deixa! Que luz! Bonita! Ai! Não! – Ela dizia coisas desconexas.

— Acorda Victória! – Digo quase entrando em desespero. O que eu ia fazer?!

— Para!Eu não quero! Mulher má sai! Monstro! SAI! – Berrava  se debatendo.

— Calma sou eu! – Digo quando ela pra de se debater. Ela abre os olhos e franzi o cenho. – Você só teve um pesadelo! – Digo lhe lançando um olhar reconfortante.

Ela me abraçou chorando. Ela tremia de medo. O que será que aconteceu?!   Ela afundou a cabeça no meu ombro abafando os soluços. Quando se afastou de mim eu notei que ela parecia abatida. Amedrontada.

— O que houve com você? – Perguntei segurando o seu queixo e a aproximando de mim.

Ela não respondeu e sim me beijou. Foi um beijo repleto de urgência. Quando paramos de nos beijar. Ela me olhou e sorriu triste.

— Eu não sei... – Diz franzindo o cenho. – Só  me lembro de sair do chalé e só... – Diz evitando olhar nos meus olhos.

Antes que eu pude-se falar alguma outra coisa, Apolo, Valerie e Hefesto entram afobados.

— Cade minha filha?! – Diz Valerie desesperada. Ela olha para minha cama onde está Victória e dá um abraço na mesma. – O que houve? – pergunta para Victória.

— Não sei... – Respondeu olhando para as suas mãos.

 - Filha... – tentou falar Hefesto. Mas foi interrompido por Victória que estava a beira de um ataque  histérico.

— Eu.Não.Sei! – Disse pausadamente. – Não me lembro! Não quero saber! Não quero.. – Disse  jogando  os travesseiros no chão.

— Talvez seja melhor deixa-lá com a mãe... – Disse Apolo saindo. Eu e Hefesto saímos logo atrás.

— Olha ... nós não tivemos antes essa conversa por conta dos acontecimentos. Por isso vou te perguntar logo! – Disse Hefesto sério. Eu revirei os olhos, já imaginando que ele queria falar. – Quais são suas intenções com minha filha?! – Pergunta cruzando os braços.

— Eu sei que a má opinião que você tem da minha pessoa, pode dificultar  em você acreditar nisso mas, eu me apaixonei por ela! – Confessei me sentindo um idiota. Eu odeio ser dependente de alguém. Sinto que a cada dia que passa preciso dela ao meu lado. Eu me sinto um marica pensando essas coisas. -  E vou fazer de tudo para mante-la ao meu lado. – Digo determinado.

— Muitas vezes nós deuses fizemos isso por semideusas e mortais  e o que aconteceu? – Pergunta Hefesto, mas logo responde a própria pergunta. – Todas morreram ou foram abandonadas! Mas você diz que quer mante-la ao seu lado, então boa sorte! – Disse Hefesto irado. – Mas se machuca–la  Ares, eu vou faze-lo pagar caro!  - diz  me deixando sozinho no corredor.

— Eu não vou perde-lá... – Murmurei sozinho.

P.O.V Victória Stewart

Pedi a minha mãe para que ficasse até eu conseguir tirar um cochilo ela concordou. Ela me cantou uma das canções que cantava para me ninar. E logo eu dormi ouvindo sua bela voz.

PESADELO ON:

Eu vi a luz tão bela de antes. Depois tudo fica tão escuro. gritos ecoavam em minha mente. A mulher misteriosa estava lá.

— LUZ LUZ! MORTE!NÃO! – Eu gritava desconcertada.

A luz me cegava. A mulher misteriosa tirava sua capa. Eu quase podia ver seu rosto. Quando a luz me cegou completamente e tudo virou escuridão.

PESADELO OFF

Acordei com alguém gritando e me sacudindo. Era minha mãe. Ao notar que já havia cordado ela parou de gritar e me sacudir.

— Para! – Berrei.

— Filha...

— Me deixa sozinha! Por favor... – Pedi deitando na cama. – Chama o Ares mãe! – Implorei a ela.

— Vou trazer comida também! – disse saindo do quarto.

Não demorou muito e Ares entrou. Eu sorri fraco para ele, que se sentou na cama.

— Quer falar sobre o que aconteceu? – Indagou me olhando. Eu neguei com a cabeça.

— Fique! – Digo desesperada. – Chegue mais perto! – Peço me ajeitando.

Ele se deita ao meu lado e eu me aconchego em seus braços. Minha mãe trouce comida e eu como e depois  deitei com Ares novamente.

P.O.V Gaia

Em breve os deuses e meios- sangues irão ver do que eu sou capaz. Despertarei Cronos e juntos iremos governar sobre este mundo e o Olimpo também. Logo irei revelar minhas as escolhidas. As escolhidas. As primogênitas.  Tudo está indo bem. Ninguém irá me parar. A maldade está no ar. O dia da  criação está chegando e junto haverá morte e destruição!