Depois do Orgulho e Preconceito escrita por Princesa ou Sapo


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, eu realmente estou com um bloqueio criativo, espero que gostem.



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A noite caiu e todos foram aos seus quartos, Elizabeth respirou fundo antes de entrar no quarto, Darcy já estava lá de pijamas deitado com um livro na mão, mas não estava concentrado nele. Ele levantou os olhos para ela, que parou na frente da cama.

“Pode falar, você está louco para discutir desde que eles falaram que me conheciam, agora estamos sozinhos, vá em frente.” Disse ela.

“Eu entendi que vocês se conhecem a muito tempo, mas por que ele adotaria vocês? Por que ninguém pode saber? Por que seu pai, Mr. Bennet, deixou que isso acontecesse? Essas são as primeiras perguntas que quero respondidas e talvez depois possamos passar por uma estrada mais tortuosa.”

“Bom, já que começamos assim vou responder suas perguntas. Mas acredito que a história é melhor explicada em ordem diferente. Meu pai estava passando por grandes dificuldades financeiras e minha mãe estava gravida de Kitty, então era difícil para ele sustentar uma casa naquelas condições. Na tentativa de nos manter longe da minha mãe, que fica pior de temperamento na gravidez, ele levou Jane e eu para uma viagem de negócios onde ele se encontrou com Conde Austen e nós conhecemos Edward, ele era uma doce criança assustada, que tinha encarado a morte da mãe sozinho, não falava muito e não interagia com ninguém, Conde Austen ficou impressionado que podíamos conversar e brincar com Edward sem que ele tivesse crises e fez a proposta ao meu pai de nos deixar ali, ele cuidaria de nossa estadia, seria nosso guardião, cuidaria de nossas despesas e poderia nos mandar para casa algumas vezes para passar o mês. Era uma boa proposta que meu pai não recusou.”  Disse ela com os olhos perdidos no passado, Darcy sabia que ela não estava contando tudo.

“E Por que isso precisa ser segredo?” Perguntou ele, desconfiado.

Ela deu sorriso de lado, expirou, e ele sabia que ela ia mentir e ele teria que tolerar aquela mentira até que ela quisesse contar a verdade. “Você conhece minha mãe, imagina quantos jantares eles teriam que suportar. Além disso, eles são pessoas com um nome muito prestigiado, não queria viver na sombra de um nome, você se apaixonou por mim sem saber que eu tinha uma ligação com eles e tudo deu certo.” Ela disse algumas verdades, mas não achava necessário contar tudo.

“Então por que tão de repente você queria contar sobre eles?  Era sobre isso que você ia falar essa manhã, não era? Eles lhe avisaram e você não me disse nada? Ou quer que eu acredite que é tudo coincidência?” Ele começava a elevar a voz irritado e ela deu um passo para trás apreensiva.

“Eles não me avisaram, e qual o problema de ser coincidência? Toda nossa história foi formada por coincidências.”

“E seu querido Edward, quer que eu acredite que não tem nada entre vocês? Ele disse que você já deveria levar o nome dele, além da sua atitude mais cedo de recusar distanciar-se dele.” Ele sabia que estava deixando a raiva leva-lo por caminhos perigosos, mas foi mesmo assim.

“Você realmente não consegue confiar na minha palavra, ele é meu irmão e se não tivesse tão preocupado em ter uma mal visão de mim talvez poderia ver isso.” Ela se irritou intensamente, que uma lagrima correu seu rosto enquanto falava, Darcy logo se arrependeu, porque a única coisa que o machucava mais do que ver sua esposa interagir com outro homem era perceber que ele era o responsável pelas lagrimas que a mulher mais forte que ele conhecia derramava. Ele tentou se aproximar e ela recuou, não intimidado a pegou pela cintura e limpou as lagrimas com a mão livre.

 “Veja pelo meu lado, pessoas que eu não conheço aparecem, abraçam e beijam minha esposa, ela os trata com tanta cordialidade que eu penso que posso perde-la, sem falar das condutas de uma mulher casada com homens diferentes do marido, é algo que você não deveria fazer levianamente. Ele pode ser como seu irmão, mas para aqueles que os verão não será assim, eu preciso de sua compostura e eu prometo tentar entender sua relação, mas no momento você deve ver que é algo que... me desconcerta, e você me escondeu algo importante da sua vida.” Ele disse passando a mão delicadamente pelo rosto dela, tentando ser o mais compreensivo que seu temperamento deixava, ele não queria gritar ou repreende-la, ele só queria que angustia fosse levada e a insegurança fosse embora. “Vamos dormir, você tem um baile amanhã.”

Elizabeth colocou uma camisola e sentou na penteadeira, penteou os cabelos e Darcy observava cada movimento, quando ela se deito ele virou para o lado a encarando e ela fez o mesmo fixando os olhos no dele. “E quando você me conterá toda a verdade?” ele perguntou, estava se sentindo de lado com um segredo que ela não compartilhava, “Logo.” disse ela, quebrada por dentro, fazia muito tempo que esse segredo não era dito em voz alta e ela agora não sabia como ele sairia dos seus lábios, ela passou as mãos pelos cabelos dele o reconfortando, ele levou a cabeça para o peito dela e ficaram assim até pegarem no sono.

No dia seguinte Darcy se levantou cedo, se vestiu e sentou do lado de Elizabeth na cama, a cobriu com os lençóis, passou a mão pelos cabelos dela e lhe beijou a testa, apenas então saiu, Elizabeth abriu os olhos no momento que ele saia, ela sentiu cada gesto e sabia o que significavam, ele estava tentando se prender a ela, com medo do que ela escondia, ele não podia saber que dependia apenas dele para as coisas não mudarem. Ela saiu e logo a tia de Darcy, Lady Catherine de Bourgh, acompanhada de Anne e Coronel Fitzwilliam chegariam para o baile, ela quase se arrependia de ter convencido o marido a deixar as rixas de lado, em tempos de tormenta não se precisa de uma tempestade.

Quando eles chegaram, Elizabeth abriu a porta os cumprimentou, Lady de Bourgh a ignorou, como faria com uma servente e entrou na casa olhando para tudo, “Vejo que não mudou as coisas de minha irmã, pelo menos não a poluiu com seu gosto, mas ainda trouxe os seus com você.” Disse olhando para os convidados que apareciam aos poucos, seus olhos se demoraram em Jane quando disse “os seus”, Anne veio logo atrás, Elizabeth capturou seus olhos e podia jurar ter visto um pedido de desculpas ali, balançou a cabeça como se dissesse que não era necessário.

“Ela não alterou nada de minha mãe, o que é uma pena, pois insisti que fizesse o que quisesse com Pemberley e ela se recusou.” Disse Darcy se colocando ao lado da esposa e enfrentando sua tia sozinho, apesar de decepcionado com a mulher com quem se casara não toleraria ofensas de outros, ao lado de Anne estava Coronel Fitzwilliam que reprimiu um sorriso e levantou uma sobrancelha.

“Você deve estar louco, como pode incentivar que tal mulher polua o bom gosto de Pemberley?” Disse Lady Catherine ultrajada, Caroline sorria em deleite esperando que aquilo calasse Darcy.

“Bom, tal mulher é minha esposa, querida tia, e o bom gosto de Pemberley será aquele que ela escolher, afinal ela é a Senhora deste lugar.” Disse Darcy com um olhar provocador, que Lady Catherine nunca havia visto, mas que a esposa era acostumada e ele a excitava com facilidade.

“Lady Catherine de Bourgh, não a vejo desde o enterro de seu finado marido, que era um bom amigo meu. Não sei se lembra de mim, me chamo Conde Austen Wolff e esse é meu filho Edward Wolff.” Disse Conde Austen, tentando desviar as atenções da senhora de Elizabeth que estava com as mãos serradas.

“Oh, como eu poderia esquecer, você é um dos mais estimados conselheiros do parlamento e do rei, seu filho foi criado com a amizade do Príncipe de Gales e as moças que você era guardião foram cortejadas pelo próprio príncipe, quem eram elas afinal? Esse sempre foi o maior segredo da sua casa.” Disse Lady Catherine deslumbrada com o homem a quem se dirigia, ele lhe deu o braço que ela se agarrou e foram a sala de visitas seguidos por todos, Darcy e Elizabeth ficaram para trás.

“Príncipe de Gales?” Perguntou Darcy em um sussurro próximo a Elizabeth.

“Pensei em deixa-lo lidar com Edward primeiro, para depois falar sobre ele.” Disse Lizzy um pouco culpada.

“Foi uma boa ideia, pena que minha tia não tem tanta consideração.” Disse ele pegando a mão dela e seguindo para a sala de visitas.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram comentem, ainda temos tempo para ter ideias para o baile. Eu estava pensando em pequenas vinganças, mas vcs são sempre mais criativos que eu nessas partes.



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