Depois do Orgulho e Preconceito escrita por Princesa ou Sapo


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Não estou conseguindo estudar, então temos mais um capitulo em um curto espaço de tempo.
Obrigada por todos os comentários e apoios que estão me dando para continuar a escrever.



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“Se me derem licença, tenho algumas coisas para resolver, acredito que estarão bem acompanhados, mesmo se mim.” Disse Darcy, seu último comentário foi feito com o olhar direcionado a esposa, ninguém notou, mas ela pode sentir um calafrio e logo entendeu os pensamentos do marido que se retirou. Elizabeth não pode notar o olhar trocado por Jane e Bingley, eles eram o tipo de casal que sabiam exatamente o que o outro está pensando, e apesar dele não ter notado o desconforto da cunhada a esposa certamente o fez, ela se moveu para o lado da irmã e ele foi atrás do amigo.

“Darcy, o que você está fazendo? Acabamos de conhecer pessoas importantes a nossas esposas, deveríamos ficar e ser cordiais.” Disse Bingley, quando alcançou Fitzwilliam no corredor.

“Como você pode estar bem com isso? A intimidade como eles as tratam, a forma receptiva como elas os olham, minha esposa foi atacada por um cão e tudo o que fizeram foi rir, eles são condes, os admirei pela educação e cortesia, mas são diferentes quando estão na presença delas, ela é diferente na presença dele.” Disse Darcy, irritado e fora de si.

Bingley se assustou com a atitude do amigo, ele pegou o pulso do outro e o arrastou até o escritório. “Você está fora de si Darcy, eu nunca o vi assim, a única vez que o vi perder a compostura foi em nossos casamentos, nós queríamos passar a noite no altar da igreja esperando as mulheres que estão na sala agora.” Disse Bingley, esperando que a lembrança de um momento feliz o acalmasse, o que funcionou, mas não levou a angustia do peito de Darcy.

“Como você consegue ficar bem com isso?” Perguntou Darcy exasperado.

“Eu não estou, eu senti ciúmes deles, eles claramente têm uma história. Mas eu confio em Jane com todo o meu coração, pois na igreja ela olhava para mim como se eu fosse o único homem do mundo para ela, e se ela tinha a possibilidade de casar com um conde, por que ela me olharia daquela forma?” Bingley falava, mas sua mente não estava ali, estava na lembrança do dia do seu casamento.

Darcy logo foi levado para as suas lembranças também, as anteriores ao seu casamento e as posteriores, ele logo suavizou a expressão e deu um sorriso de canto. “Eu nunca te contei Bingley, mas eu havia pedido Elizabeth em casamento quando a vi na visita a minha tia, ela me recusou. Ela disse que não era cavalheiresco, me reprovou por ter interferido entre você e Jane, isso me fez pensar e acabei tomando coragem para deixa-lo seguir seus sentimentos, quando a pedi novamente e ela disse sim foi um dos dias mais felizes que já tive, depois do meu casamento. Mas agora não tiro da cabeça possibilidade dela ter casado comigo por falta de algo melhor.” Ele estava perdido em pensamentos, quando terminou de falar olhou para baixo sentindo-se desgraçado pela possibilidade.

“Ela o recusou a primeira vez, não se casou com um conde depois e pelo que entendi são conhecidos de muito tempo. Eu entendo sua angustia, meu amigo, mas deixe que ela venha e se explique.” Disse Bingley, solidário ao amigo. “Deixe que ela venha e conversem.” Ele não esperou uma resposta e se foi, Darcy sentou-se na cadeira atrás da mesa e começou a mexer em folhas sem prestar atenção.

Charles Bingley voltou a sala, encontrando Georgiana profundamente envolvia em uma conversa com Edward Wolff, enquanto brincavam com Winter que estava aos pés deles, Elizabeth estava em pé pensativa e Jane sentada conversando com Conde Austen, ela se virou quando viu o marido entrar, pediu licença, juntou-se a ele tomando lhe a mão, aproximaram se da irmã. “Você deveria ir falar com ele. Ele é um pouco difícil as vezes.” Disse Bingley tentando se justificar no lugar do amigo.

Aquilo animou Elizabeth, ele queria ser difícil, mas ela seria impossível. Pediu licença e foi atrás do marido, entrou na sala do escritório sem bater e trancou a porta, Darcy levantou os olhos irritado pela invasão, ela não se intimidou, sabia o homem que havia casado e simplesmente avançou até sua mesa, foi para de trás dela e sentou-se colocando os pés em cada lado da cadeira de Darcy. “Temos que conversar e não vou sair até terminarmos. Você está irritado por que não contei que fui criada por outras pessoas? Eu ia lhe contar essa manhã, você sempre quis saber como minha irmã e eu nos salvamos e foi assim, com um viúvo bondoso, pai de uma criança traumatizada pela morte da mãe.”  

Ela se aproximou mais de Darcy colocando sua boca próxima a dele, ele estava relutante demonstrava indiferença, mas estava agitado por dentro. “Você disse que estaria eternamente em dívida comigo por aceita-lo, eu disse que usaria isso quando você ficasse com raiva.” Disse Elizabeth, em voz baixa e rouca, que sabia que o excitava.

“Eu disse que nunca ficaria com raiva de você.”  Ele passou a mão sob o vestido, onde as coxas estavam cobertas pela calçola, ele pensou o quanto era inconveniente a moda europeia. Elizabeth se distanciou e colocou o dedo indicador sobre a boca dele. “Então o que é isso que está fazendo? Bordando que não é.” Ela disse de forma irônica e maliciosa.

“Você está abraçando um homem na minha frente, eu não gosto da forma que ele olha para você, e o jeito confortável que esta agindo me faz pensar que você o quer também.” Disse ele, colocando o rosto na curva do pescoço de Elizabeth, “Eu queria que você guardasse isso só para mim, e é loucura como isso soa já que eu sei que você me ama, tudo o que eu posso fazer é me irritar com você.”

“Nós não temos nada, ele e eu, somos como irmãos. Eu te amo, não me casaria com você se não fosse isso, eu lhe asseguro.” Elizabeth falou. Ele se levantou da cadeira, colocou-se entre as pernas dela e deixou o rosto próximo o suficiente para ela sentir a respiração.

“Não se aproxime dele se é assim, prove suas palavras.” Disse Darcy, em um sussurro rouco e capturou os lábios dela deslizou a língua para sua boca, provou seu gosto, ela revidou com a própria língua, ele a puxou pela coxa e ela prendeu as pernas no quadril dele. Elizabeth estava com a mente nublada e molhada, não ajudava ter o volume do lugar mais masculino dele encostado em sua feminilidade, separados apenas por tecidos, mas ela se prendeu ao pouco de sanidade que lhe restava, colocou a mão no peito dele e o afastou.

“Pedir para que não me aproxime dele é o mesmo que eu pedir a você que não se aproxime de Georgiana.” Disse ela.

“Não é, não. Georgiana e eu compartilhamos sangue, você apenas foi deixada a eles.” Disse ele, expressando o que pensava, assim como fez na primeira vez que a propôs. Eles ouviram uma batida na porta, “Darcy? Elizabeth? Nós estamos indo dar uma volta no bosque, se quiserem se juntar a nós, estamos saindo agora.” Disse Charles Bingley do outro lado da porta, sem resposta, ouviram ele ir embora. Darcy e Elizabeth se encaravam, até que ela voltou a si.

“Pensei que minha palavra seria o suficiente, se precisa de mais, sinto muito, é tudo que posso lhe oferecer. Agora se me der licença, Mr. Darcy, eu tenho convidados para entreter e você tem que voltar a sua disposição anti-social e taciturna, divirta-se.” Disse Elizabeth afastando-o, desceu da mesa foi até a porta e saiu, deixando Darcy com suas palavras secas e feridas no ar.


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Notas finais do capítulo

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