Depois do Orgulho e Preconceito escrita por Princesa ou Sapo


Capítulo 19
Coração da família Wolff


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, eu sem querer tinha apagado o q eu fiz p esse capítulo, então saiu algo diferente do q eu tinha planejado. Mas, estou satisfeita com os resultados, espero q fiquem tbm.
Ps: eu fiz pelo celular, então perdoem meus erros.



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A Luz do luar Conde Austen parecia pálido, parecia mais um cão abandonado do que o lobo alfa que era, o pobre pobre homem conheceu mais do que ninguém a crueldade das mulheres que ama, pouco sabia sobre a profundidade da crueldade da filha. Erro dele acreditar que um corpo tão pequeno e delicado não levava um coração feroz, erro dele esconder verdades de um faro aguçado para as mentiras, tantos erros, estava na hora de acertar sobre o olhar feroz de um verdadeiro Wolff (lobo).
Enquanto Elizabeth o observava ele deu alguns passos, “Pare. Podemos conversar sem você se aproximar.”, disse ela dando um passo para trás e esbarrando na varanda. Conde Wolff tinha sua oportunidade, mas não sabia o que fazer com ela, ele puxou ar como se seus pulmões não conseguissem ar e o oxigênio faltava, quando soltou tomou coragem, “vc sabia esse tempo todo? Vc leu o diário, vc sabia quem eu era… então por que você nunca veio até mim? Eu não entendo, Elizabeth, eu a criei e a amei por todos esses anos sem escutar da sua boca a palavra ‘pai’. Por que vc fez isso?” Ele parecia desesperado e frágil, ela soube naquele instante que não poderia mentir, mas poderia tirar algo disso.
    “Diga me você, Conde. Valeu a pena, andar sobre os cadáveres de duas mulheres, apenas para ter o que já tinha? Se elevar ao status de mão direita de um príncipe mesquinho, era uma ambição tão profunda em você que tinha vergonha daqueles que o amava?” ela sorri, sabendo que o que diz o faz sangrar, no entanto, é dividida pelo amor que sente por ele a necessidade de fazê-lo pagar pelo abandono, “ Não faz muita diferença não é, conde Austen? Você a culpa por ter me tirado de você, mas você me abandonou antes dela fazer qualquer coisa, ela apenas me protegeu do seu mundo de sanguessugas, manipuladores perversos e sedutores histéricos.” ela não alterava a voz, mas o desprezo escorria seus lábios e o sorriso se tornava mas amargo.
    “É assim que você vê o que eu fiz?” ele pergunta desnorteado, “ isso foi exatamente o que vc fez” ela disse sentindo um aperto no coração. “Eu a protegi, de todas as formas que estavam em meu poder. Eu a amei mais do que ela suspeitou, eu tinha um conde como pai, que esperava de mim o mesmo que ele conquistou, quando descobriu sobre Keira ele ameaçou destruir a vida dela, a desgraçar na sociedade até que a única opção que lhe restasse fosse ser puta em um bordel barato, eu o conhecia, um homem sem escrúpulos ou piedade, esse era meu pai. Foi quando eu tomei a decisão, a levei para fora de Londres, em uma cidade pequena que ele não a acharia, eu a visitava com frequência, mas quando meu pai começou a suspeitar eu diminuí minhas visitas e mandava cartas para que ela não pensasse que eu a deixei. Minhas cartas, depois descobri, não estavam sendo entregues a minha amada, estavam nas mãos de meu pai que com muita alegria fez questão de lê-las para mim, sua preferida era na que eu dizia que pretendia me casar com ela, para que nosso filho fosse aceito em meu círculo social.” ele contava a sua história, e era a primeira vez que Elizabeth finalmente escutava outra versão.
      Conde Austen deu um passo a frente, com coragem e determinação, Elizabeth não tinha para onde ir, mas não queria que ele a tocasse, tinha medo de si mesma, mas ele não a tocou parou na frente dela para que ela pudesse ver seus olho. “Eu fiz um acordo com meu pai naquele dia, eu me casaria com quem ele decidisse e eu poderia manter sua mãe e você naquela cidadezinha. Foi quando eu conheci a mãe de Edward, ela era uma menina doce que estava com medo do futuro marido, nós ficamos amigos e eu contei a ela tudo, como o anjo q ela era, ela aceitou toda a situação e disse que se casaria comigo da mesma forma, porque princesas não têm direito a escolher com quem se casam e que um amigo era melhor do que uma fera de homem. Eu contei para sua mãe nas cartas que lhe mandei depois, mas ela não me respondia a um tempo quando fui vê-la novamente, então você nasceu.” Pela primeira vez vez em toda a conversa ele estendeu o braço e acariciou a face da filha, “ eu protegia você que era o transbordar de um amor impossível que se negava extinguir, por um segundo tudo estava certo, quando eu cheguei na casa do campo ela sangrava e meu bebê não estava mais lá, ele disse que a dor a sugava e que era o fim, morri mil vezes com a dor. Mas, só descobri a morte da alma quando Keira morreu e vc não estava nos meus braços aos pés daquela árvore maldita q se alimenta do meu amor. Agora diga a verdade, porque eu a conheço, lobinha, vc é parte dela tanto quanto minha, se você realmente me odiasse e quisesse me machucar de verdade teria feito deixando claro o que vc estava fazendo, afinal é sua filosofia, faça tudo q quiser mas banhe na tempestade que criou, não é coisa sua esconder o q pensa.” Ele a conhecia em uma profundidade q a assustava, ele sabia cada gesto da menina dele. Elizabeth não pensou e falou:
       “Em algum momento depois de ler o diário eu descobri algo fundamental sobre a minha existência, eu poderia ser a solução para todos os seus problemas ou o início de mais alguns. Essa foi minha vingança, a única vingança que uma criança poderia elaborar, eu não o chamei de pai quando era o que você queria de mim, eu fugi quando você me tinha. Foi um jogo, queria te machucar como você a machucou, eu a amava sem tê-la conhecido.” Elizabeth falava olhando o pai, o homem mais corajoso que ela conhecia, se desfazendo na sua frente, tornando-se menor, ela sabia que o machucava, a dor era evidente no semblante opaco dele. “Depois fui crescendo e descobri que as vias não eram tão estreitas, descobri que eu não precisava ser a solução para um problema, nem o início de outros, descobri que você nunca vai se curar da dor de tê-la perdido e as palavras no diário dela eram a sua tortura diária, sem a necessidade da minha ajuda.” Ela disse se aproximando dele, as lágrimas q corriam o rosto do homem brilhavam na luz pálida da lua, Lizzy limpou as lágrimas q caiam com o polegar alinhando o rosto dele em suas mãos, ela via a história do tomando corpo, tendo tantas verdades quanto pessoas contado. “Pobre homem você é conde, condenado a sofrer pelo sofrimento q infligiu a outro. Eu não preciso me vingar, você vai sofrer sozinho até o final dos tempos.” Com isso dito ela se aproximou e beijou seu rosto com carinho, tirando dele um fardo e botando outro, Conde Austen entendeu que ela aceitava em certo ponto ele como progenitor, mas que independente disso ele estava condenado a um sofrimento velado que não poderia expor.
    “Vá dormir, suas dores não vão embora com a insônia e sonhos são um bom escape.” Ela disse botando a distância de braço entre eles, ele fez menção a falar e ela o calou com o indicador sobre os próprios lábios, conde Austen se retirou, dando as costas p a filha, os ombros caídos é o andar arrastado. Quando percebeu a distância ela se virou p encarar as estrelas mais uma vez e inspirou forte olhando para o alto.
    “Por quanto tempo vai encarar em silêncio, querido.” Elizabeth ainda estava olhando para o céu quando discretamente Edward saiu de trás da porta, o conde poderia ter o visto ao sair, mas estava muito cabisbaixo p reparar no ambiente, o mais novo se aproximou aos poucos e passou os braços na cintura da moça e colocou a cabeça para o lado da dela próximo ao ouvido, “Bad ,Bad Wolf. Você o condenou a tormentas, sua vingança o partiu a alma, então se vai fazer algo assim não venha derramar lágrimas” disse ele calmo, levado a mão aos cabelos dela e acariciando, quando o cabelo não estava mais sobre o rosto dela ficou nítido o que ele falava, duas lágrimas travessas corriam as maçãs do rosto, brilhando na lua pálida, como se a própria lua fosse testemunha da desgraça que assolava o coração da moça. Elizabeth virou e enterrou o rosto no peito do irmão, ele manteve ela perto enquanto passava a mão pelo cabelo dela.
“Ele sabe que eu terei de negá-lo mesmo com a verdade, nunca pensei que doeria tanto.” Ela se desfazia nos braços do irmão, o moço beijou o topo de sua cabeça e deu um sorriso reconfortante enquanto movia o rosto dela p encará-lo, “ Você pelo menos sabe a verdade e eu fico feliz de saber q ele também amou minha mãe, de alguma forma, a vida dela não foi tão ruim, nem a de Keira, Elizabeth. Vamos, acho q podemos ter uso de um pouco de leite com mel.” Eles andaram até a cozinha, ele se sentou na mesa e Lizzy ferveu o leite e serviu em xícaras, cada um colocou mel no líquido branco, a moça observava Edward colocar uma quantidade quase absurda de mel, ela balançou a cabeça e sorriu, “ Isso vai te matar um dia, lembra como conde brigava por causa da quantidade de mel q você usa?”
“Ah, isso…” ele riu levando a xícara aos lábios, “ não fazia muita diferença, nos sempre entrávamos escondidos na cozinha e a cozinheira chef nos dava todo mel q quiséssemos.”, eles olharam um para outro juntaram os dedos de uma mão e levaram aos lábios em um beijo estalado “É questão de sabor.” Ambos falaram em uma imitação mal feita do sotaque francês da antiga chef, com isso, botaram se a rir, aliviando toda a tensão q tinham.
Edward ficou sério de repente, olhou para a xícara e tomou coragem, “Eliza, eu vou para a América.”, o sorriso da menina morreu, ela abaixou a xícara com um pouco de força e olhou o irmão desnorteado, ele estendeu a mão para pegar a dela, “vou cuidar da propriedade que temos, ficarei pelo menos um ano por lá.”, ele completou falando calmo e suscito, como se não estivesse abrindo os portões do desespero na irmã.
“Mas, por quê? Você acabou de voltar para a minha vida e pensei que você estava interessado em Georgiana.” Ela falou, tentando argumentar, ele sacudiu a cabeça e apertou de leve a mão dela, “Não seja assim, eu sempre estarei na sua vida, mesmo q me expulse gritando, como daquela vez q vc tinha 12 anos, você gritou e jogou coisas em mim. Nunca me esquecerei de ‘A arte da guerra’, é um pouco pesado e doloroso quando jogado na sua cabeça.” Ele disse passando a mão livre na testa como se ainda sentisse a dor, depois colocou a mão no rosto dela, “mas eu peguei uma escada e entrei pela janela, e te abracei até o choro acabar. Não tem como eu sair da sua vida, pensei q estava claro desde então.”.
Ele retirou suas mãos e se ajeitou na cadeira, “ E quanto a Georgiana, eu não entendo a história dela direito, não estamos prontos p lidar com isso, ela não está pronta para me ver como um interesse. Talvez seja melhor assim.” ele viu a forma q a Irmã o olhava, revirou os olhos quase lendo o q ela pensava.
“Eu não estou desistindo, estou dando um espaço para ela saber o que quer, funcionou com você, não foi? Me apoia nisso, eu não sei como a história dela funciona, mas ficar de longe como amigo, ela pode se decidir depois desse ano.” Ele estava sendo racional e Elizabeth não podia ir contra a lógica, mas ela via q ele tentava se proteger de algo q ele não queria que fosse confirmado, ela abaixou a cabeça balançou um pouco e quando o encarou sabia o q dizer, “Tudo bem, você está certo. Você tem a escolha q sua mãe não teve e é um grande homem por deixá-la decidir também. Mas vc não entende algo, vc não é como sua mãe, independente de tudo q aconteça vc vai ser amado incondicionalmente.” Ela disse com um sorriso, pegou q mão dele e a beijou, eles ficaram ali naquela madrugada fria, tendo a cumplicidade e o amor de irmãos como companhia.


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Notas finais do capítulo

Ao escrever esse capítulo eu me apaixonei ainda mais pelos Wolff, espero q vcs tbm. Deixem seus comentários, o q vcs pensaram sobre o coração dos meninos Wolff.
Eu fiz uma pequena referência e um joguinho de palavras discreto, quem pegou, pegou.