Incríveis Aventuras em CASTELOBRUXO escrita por Flávio Trevezani


Capítulo 4
Uma Despedida, Uma viagem e um Saci


Notas iniciais do capítulo

É difícil dizer Adeus, eu sei, mas até logo é empolgante, porque isso precede possivelmente coisas novas e fantásticas que ainda estão por vir e que serão contadas a quem ficou assim que voltar, pena que essa aventura não pode ser com um saci. =(



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 O Jantar com sua avó e seu tio avô foi um pouco estranho. Tião tinha muitas perguntas, mas na primeira sua avó chamou sua atenção e disse que eles teriam muito tempo para falar de Castelobruxo e esse tipo de assunto. Então começaram a conversar sobre coisas do passado, sobre seu avô, sua mãe, algumas coisas sobre o lado bruxo da família que ele não conhecia, mas nada de muito relevante. Ele estava tão nervoso e ansioso que não conseguia prestar muita atenção nas conversas sobre velhos tempos de sua avó e seu tio avô. Então, ao terminar seu prato, sua avó o dispensou e ele se despediu de seu tio avó, de sua avó e foi para seu quarto. Ainda era cedo e ele não costumava dormir cedo, mas com a ansiedade do dia que viria, ele mal podia pensar em fazer qualquer coisa. Deitado em sua cama já há algum tempo, com a carta de Castelobruxo em suas mãos, ele ficava imaginando um turbilhão de coisas. Como seria Castelobruxo, que tipo de feitiços ele poderia fazer, quais criaturas mágicas existiam de fato, enfim, muita coisa. Tudo isso lhe tirava o sono e fazia suar as mãos e os pés, por isso seu anel estava sobre a cama de cabeceira, ele ainda não estava acostumado a usar anel o tempo todo. Então sua avó bateu a porta e a abriu.

— Ainda acordado?

— Sim! Não consigo dormir, por mais que eu queira.

Disse ele se sentando na cama, então sua avó se sentou na cama com ele e em sua mão trazia um envelope.

— Tome, acho que você merece levar isso também.

Dentro do envelope havia três fotos de sua mãe e seu pai. Fotos Mágicas. Uma de sua mãe e seu pai se abraçando, eles ficavam brincando um com outro na foto, fazendo um ao outro rir. A outra estava sua mãe, seu pai, seu avô, sua avó e um gato preto aninhado no pé de seu avô. Ele ficou meio encantado de ver pela primeira vez seu pai. Ele nunca havia visto uma foto de seu pai antes, agora ele acha que sabe por quê.

— Só tinha essas fotos mágicas deles, não sabia como lhe mostrar elas. Agora acho que já pode vê-las e acho que deve ficar com elas.

Ele olhou bem a foto. Seu pai era bonito, alto, bem mais alto que sua avó, seu avô e sua mãe. Loiro, alto, de cabelos encaracolados feitos o dele, com cachos grandes e volumosos, e belos olhos verdes. Mas sua mãe era linda, ele nunca imaginara ver ela assim, se mexendo em sua frente e sorrindo, parecia feliz. Ela era mulata de pele mais escura que a dele, mas mais clara que de sua mãe, afinal, seu avô era um homem branco, magro, baixo e de cabeleira grossa, lisa e preta, começando a ficar calvo na foto e ela era uma mistura bem equilibrada dos dois, enquanto ele estava mais para cor de café com leite ou de leite queimado, pele levemente dourada. Ele gostava de sua cor, mas queria mesmo ser negro como sua avó, a quem ele venerava. E sua mãe tinha um sorriso lindo e um longo cabelo cacheado que estava solto na foto, cachinhos menores que os seus. As fotos com certeza o emocionaram, mas ele se segurou, porque ele prometera nunca chorar na frente de ninguém, pois ele tinha uma regra, “eu não tenho medo, eu não desisto, eu não choro na frente de ninguém e nunca fico triste”, principalmente na frente de sua avó. Ele havia prometido que sempre seria forte para cuidar dela.  Mas ele não estava completamente triste, estava mais feliz do que triste, por incrível que pareça. Finalmente pode ver seu pai e conseguiu ver sua mãe sorrindo ao segurar a barriga de gravida e ele sabia que era por ele que ela sorria naquela foto.

— Bom, acho que vou deixar você descansar. Tente dormir cedo, porque seu tio avô disse que irá madrugar. Ele quer sair bem cedo, para evitar “trouxas” bisbilhoteiros.

Riu ela, logo após lhe deu um beijo na cabeça como de costume de boa noite e se retirou. Na cama ele observava as fotos, então virou uma das fotos e lá estava escrito “Clério, Eu e nosso futuro bebê”. Fazia tanto tempo que ele mal se lembrava do nome de seu pai. Eles pareciam felizes na foto, não fazia sentido ele os ter abandonado. Em meio aos seus devaneios, ele simplesmente pegou no sono.

Num susto ele acordou, estava sendo cutucado por algo gelado e quando viu, era o nariz de Zulim. Sua avó não era de deixar Zulim entrar em casa, mas, talvez agora que ficaria sozinha por um tempo, ela tivesse repensado. Ele meio sonolento olhou as horas e eram pouco mais de cinco e meia da manhã. O magro cachorro preto estava sentado sobre a cama olhando para ele, atentamente com seus olhos bi colores.

— Vó Quitinha já acordou foi?

Fez um carinho no cachorro, no pescoço, mas nunca na cabeça, Zulim detestava que passassem a mão em sua cabeça. Então ele saltou da cama e foi em direção à janela, que dormia aberta devido ao calor que fazia naquela época do ano. Apesar de ser uma casa de um único pavimento, a casa era alta, com porão embaixo da mesma, na verdade era um deposito, com coisas velhas e piso batido mesmo e logo a janela tinha aproximadamente dois metros de altura. Tião olhou melhor para o quarto, pois havia dormido com o abajur ligado e viu sua porta fechada. O que intrigou Tião, pois, a única forma de Zulim ter entrado no seu quarto seria pela janela e não fazia sentido, pois, como um cachorro saltaria dois metros de altura? E daí Zulim saltou pela janela. Fazendo Tião saltar da cama assustado.

— Cachorro doido, vai se arrebentar assim.

E correu em direção a janela para ver se o cachorro estaria bem. Ao olhar pela janela, não vira o cachorro ali embaixo como esperava, mas bem distante no terreiro, a uma distância bem longa para um cachorro que acabou de saltar dois metros de altura chegar, então ele simplesmente correu para a mata que ficava próxima ao pomar e sumiu nela.

— Cachorro doido. Como esse cachorro fez isso?

Então sua avó bateu a porta e ele respondeu para que entrasse. Então ela adentrou o quarto.

— Já acordado meu miúdo?

— Na verdade Zulim me acordou.

Sua avó fez uma cara de espanto e ele continuou.

— A senhora não deixou ele entrar né?

E ela fez aquela torcida de nariz típica e nem precisou responder.

— Pois é, também fiquei impressionado. Como um cachorro magrelo daquele conseguiu subir minha janela? Deve ter uns dois metros de altura até aqui. E o mais engraçado foi que ao sair, ele saltou como se fosse um gato e quando fui ver, já estava no meio do terreiro e dai se embrenhou no mato feito bicho.

— Acho que ele veio se despedir de você apenas.

— E ele lá entende que eu tô indo embora vó?

— Entende sim, eu sempre te disse que esse cachorro é especial.

— Bem especial, nunca vi cachorro fazer o que ele fez essa noite.

— Bem! Aproveitar que você já acordou e se arrume, seu tio avô já está lá na cozinha tomando um cafezinho que acabei de passar. Troque de roupa, lave esse rosto, escove esses dentes e pegue sua mala para comer alguma coisa, que vocês logo sairão.

— Tudo bem.

Disse ele já bem esperto. Então se levantou, fez tudo que tinha de fazer, arrumou-se, pegou sua mala mágica e ainda saindo quando lembrou de seu anel sobre o criado, voltou correndo e o colocou e sentiu novamente o estampido no ouvido e  a língua formigar, riu disso empolgado e foi para a cozinha. Lá encontrou seu tio avô já sentado tomando uma xícara de café junto a sua avó. Ele colocou a mala próxima à porta da cozinha e se sentou para comer algo, mas estava tão empolgado que seu estômago estava embrulhado, então seu tio avô disse.

— Acho melhor não comer nada por agora, você nunca saltou por um portal mágico e normalmente a primeira vez de alguém é sempre meio complicada.

— Então eu vou fazer um lanchinho pra você meu querido e você come assim que chegar, tudo bem?

— Tudo bem.

Disse assustado, mas risonho, estava bem empolgado com tudo que iria acontecer. Seu tio tomou mais um gole de café e disse.

— Está tudo pronto? Seu desenrolalingua está no seu dedo?

E ele mostrou a mão para seu tio.

— Não se esqueceu de nada?

E ele respondeu que não com a cabeça.

— Bom. Pena não poder levar o saci com você. Estão criando muitas regras desde minha época lá. O forte de Castelobruxo são as muitas plantas raras e exóticas, inclusive as árvores errantes que lá existem nos jardins da Amazônia, assim como os mascotes mais formidáveis de todos. Lembro-me de Frederico Ruibosa com seu dragão anão da Patagônia. Criaturinha assustadora, mas formidável. Hoje eles mal permitem um gato preto quem dirá esse saci que Sebastião elou-se há tantos anos. Impressionante a fidelidade dele com vocês comadre, normalmente quando seu mestre morre, o encanto acaba e ele se liberta do elo mágico que liga ele a seu companheiro e vai embora, com um quente e dois fervendo.

E rio tio Aroldo sozinho.

— Saci?

Então dona Quitinha acenou sutilmente para ele com a cabeça com cara de preocupada visivelmente com os olhos negros dela arregalados, como se dissesse para não falar disso, mas já era tarde.

— Caiporas! Ele não sabia sobre o saci comadre? Veja, seu avó uma vez... digo, a muito tempo ele teve... tinha no caso...

Então dona Quitinha tocou gentilmente em seu braço com a mão como se dissesse que deixasse com ela a explicação. Mas Tião era esperto, até demais para um menino de onze anos e se adiantou.

— A senhora quer dizer que Zulim é um saci?

— Mais ou menos, mas sim.

Disse ela meio risonha, com o típico sorriso de quem tentava tirar por menos algo que ela fez de errado.

— Mas achei que saci era um menino negrinho de uma perna só, no caso, ele deveria ser uma assombração, não é? A lenda diz que ele é um menino escravo que foi torturado e virou assombração. Assombração existe tio Aroldo?

— Claro que existe meu jovem. O céus, ele não sabe de nada do mundo, tenho muita coisa a lhe ensinar até amanhã, oh se tenho.

— Saci é uma criatura mágica Tião, assim como curupira, mães d’água, caiporas...

Disse Vó Quitinha, sendo interrompida por tio Aroldo esbaforido.

— Por falar em caiporas. Primeira coisa a aprender sobre Castelobruxo. Ele é infestado de caiporas, aqueles duendezinhos peludos vivem nos arredores do Colégio e apesar de não serem perigosos com os alunos, normalmente, eles podem ser bem agressivos se você fizer algum mal a eles ou a qualquer outra criatura da floresta. Por isso não faça nada, nem a uma borboleta. Tive uma péssima experiência com eles. Mas enfim, prossiga comadre.

— Como dizia Tião, o saci é uma criatura mágica e devido a isso, protegido pelos bruxos e logo não é facilmente visto por humanos normais como eu, mesmo que no passado muitos o vissem e uma de suas habilidades, digamos assim, é se transformar em qualquer animal que ele conheça, assim como virar um redemoinho de vento e fugir bem rápido.

— Sempre preto, ele não se transforma em nenhum animal de outra cor, sempre se transforma em um animal preto e a única forma de reconhecer um saci transformado é pelos olhos, ele sempre ficará com um olho amarelo intenso, que é a cor do olho dele mesmo. Desculpe novamente comadre.

— Então Zulim é um saci? E eu nunca soube disso? Caramba!

E um sorriso imenso surgiu em seu rosto. Sua avó estava preocupada que ele ficasse zangado por mais um segredo guardado dele, mas ao contrario, ele ficou muito empolgado em saber disso.

— Isso explica como ele conseguiu entrar no meu quarto a noite. Na verdade isso explica muita coisa. Ah vó, por isso a senhora disse que ele era um cachorro especial e havia vindo pra se despedir de mim. Me falem, mas ele é mesmo um menino negrinho de uma perna só?

— Na verdade não. Mesmo que na sua verdadeira ele lembre bem distante algo meio homem, meio macaco, meio menino devido a sua estatura e ele só tem uma perna, talvez dai tiraram essa historia dele meu filho, mas eu só vi uma vez, quando seu avô estava prestes a morrer, depois disso nunca mais eu vi ele daquela forma de novo. Na verdade, desde então ele só fica daquele jeito, como um cachorro preto e magrelo. Eu até fiquei meio preocupada com isso, mas depois de um tempo vi que ele continuava bem, então me despreocupei.

— E como ele é vó? Quero detalhes.

— Parece um menino macaco como disse, peludo e preto, com orelhas grandes meio largas e pontudas e um pouca caídas de lado e uns dentinhos bem finos, uns braços cumpridos e umas mãos com uns dedos bem grandes e uma perna só. Ah! E usa um gorro vermelho mesmo, na verdade é trapo velho que ele cobre a cabeça, mas é vermelho.

— Caramba, eu queria ver – disse Tião meio desapontado.

— Eles não se mostram pra ninguém Sebastião, porque na verdadeira forma deles é que eles podem ser capturados.

— Com uma peneira e uma garrafa tio Aroldo? Que nem nas histórias do Sitio do pica-pau?

— Claro que não rapazinho – riu ele – apesar de garrafas encantadas serem uma forma bem eficaz de aprisiona-los. Mas a única forma de você domesticar um saci é tocando na parte alta de sua cabeça, uma parte sem pelos. O encanto está ali, por isso eles usam esses gorros, sacos, chapéus e coisas do gênero na cabeça, para proteger essa parte e na forma animal, o gorro some magicamente, logo não funciona, somente na verdadeira forma deles.

— Caramba! Por isso ele não gosta de carinho na cabeça. Ele é mesmo um saci e podia se transforma em qualquer bicho preto. Poderia se transformar até em um cavalo preto?

— Sim – disse tio Aroldo sorridente ao ver o menino tão empolgado com a ideia, afinal, meninos bruxos normalmente tem medo de sacis, pois, Zulim era um dócil e domesticado saci, mas os selvagens podem ser bem perigosos, apesar de serem normalmente brincalhões.

— Um touro preto? Não! Uma onça preta?

— Sim menino, qualquer animal que ele já tenha visto.

— Que legal.

— Bem. A conversa está demasiadamente divertida, mas estamos atrasados. Vamos, pegue sua mala e despeça-se de sua avó, chegou nossa hora. E comadre, desculpe falar demais, eu não estou acostumado a falar “trouxiano” – disse ele sorrindo e se levantando.

Tião levantou-se da mesa, pegou sua mala e foi em direção à porta. Antes de sair, deixou a mala perto da porta e voltou correndo até sua avó e a abraçou bem forte, um abraço longo e apertado que foi retribuído da mesma forma, acompanhado do choro dela.

— Não chore vó, eu terei férias lá não terei? – e ela acenou que sim com a cabeça – então, eu vou estar aqui. Pensa que eu estou viajando e já volto. Tudo bem?

— Tudo bem meu miudinho. Eu estou apenas feliz em ver você se tornando um rapazinho.

— Não vó, rapazinho não. Rapazinho é coisa de se falar com criança, eu já sou um adolescente agora – disse ele rindo para ela, o que a fez rir também.

Então eles se despediram num ultimo abraço, assim como ela se despediu do tio avó Aroldo.

— Obrigado por cuidar de meu menino. Cuide bem dele e interceda por ele enquanto estiver no Castelobruxo. Você vai ser o responsável dele lá, então, qualquer coisa me informe.

— Não se preocupe comadre. Apesar de não ter tido contato com esse rapazinho antes, tenho ele como uma joia preciosa, afinal, ele perpetuará o nome de nossa família. Isso é primoroso comadre, muito primoroso.

Todos terminaram de se despedir e saíram e se encaminharam para o quartinho de ferramentas ali não muito distante da porta da cozinha. Abriram a porta e lá dentro havia uma lamparina de querosene verde e velha, sobre a mesa de madeira.

— Vê Sebastião. Aquela lamparina ali é nossa Chave de portal. Não iremos aparatar, pois é uma distância muito longa daqui até São Paulo. Iremos usar um portal Mágico, não foi fácil conseguir um assim de ultima hora, porque precisa encantar ele com precisão geográfica, mas quem tem os amigos bruxos certos, tem o que precisa na hora certa. Aprenda isso.

Então ele acenou para Tião se aproximar.

— Veja bem. Antes de usarmos a lamparina chave, você precisa saber umas coisas básicas. Mantenha os braços e pernas juntos do corpo, tente não se mexer muito e principalmente, não solte a lamparina em hipótese alguma, largue ela somente quando chegarmos. E claro, não solte sua mala, se não, sabe-se lá curupiras onde ela irá parar. Creio que Acio não irá funcionar, afinal vivemos em um país bem grande meu menino.

— E se eu soltar, o que acontece?

— Apenas não solte ok?

Disse Tio Aroldo batendo de leve em sua cabeça, visivelmente nervoso com a pergunta.

— Pronto?

Nervoso com esse feito extraordinário em sua vida, ele estava temeroso, mas muito mais ansioso e meio triste por sua avó, mas mais tranquilo em saber que Zulim na verdade era um saci, uma criatura mágica. Assim ele poderia se transformar em um bicho feroz e proteger sua avó muito bem e isso o tranquilizava. Então, ele correu até sua avó e deu um ultimo abraço nela, que estava próxima da porta do quartinho de ferramentas e então gritou bem alto.

— Zulim, cuide da vó Quitinha direito, eu estou te nomeando o homem da casa agora, porque nós sabemos que Chico não é muito corajoso.

Correu, pegou a mala e disse que estava pronto. Então sua vó se despediu.

— Vá com Deus meu filho. Boa sorte. Vó te ama tá?

— Também vó.

Tio Aroldo disse.

— Precisamos pegar na Lamparina ao mesmo tempo, essa aqui está ajustada com um atraso de alguns segundos, mas uma vez que pegar, não solte, entendeu?

Ele acenou que sim com a cabeça e então seu tio contou até três, e no três eles pegaram, bem na hora que Tião ouviu do meio da mata próxima um assovio alto e agudo e alguma coisa nele tinha certeza de que era Zulim se despedindo. Então... Zumpt!


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Notas finais do capítulo

*Capitulo Revisado e Alterado em 16/05/2016.



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