— Clarke Port, Suíça —
Capitulo sete — Interrogações

   Talvez o fato de Alexander foi embora não tenha sido o pior de tudo. Ele me pedir para cuidar de Heidi. Como ele queria que eu cuidasse dela? Ela tinha simplesmente me expulsado da casa dela quando tentei ajudá-la; E, ele tinha me beijado, como eu olharia para ela, que pode ou não estar esperando um filho de Alec? Minha mente está viajando, eu me sinto enjoada. Talvez eu também esteja grávida.

   Bebi o leite e voltei para me quarto. Mandei uma mensagem para Alec, mas ele não respondeu. Joguei-me na cama, frustrada demais para fazer alguma coisa. Alec morava apenas três casas depois da de Charlie, eu poderia muito bem ir lá e confrontá-lo, mas eu não fiz isso. Eu não tinha feito absolutamente nada para impedir que ele fosse.

    Amanheceu. Charlie veio me acordar no horário de sempre, surpreso em constatar que eu já estava de pé. Eu não tinha dormido nada, nem mesmo cochilando. Eu literalmente tinha virado a noite fazendo nada, algo que Bella dizia que eu fazia muito.

   Descer e encontra com os gêmeos me fez ficar tonta. Eu não estava em condições para a animação matinal de Seth ou para o desanimo matinal de Leah. Eu realmente nem estava em condições para aturar a mim mesma. Talvez fosse o sono horrível que estava, mas eu não comi nada. Nem mesmo bebido um copo água. Eu tinha plena consciência de minha palidez, eu me sentia fraca.  

   Essa mudança repentina de estado tinha me feito mal, muito mal. Mas, eu me negava a aceitar que se tenha a Alec e sua partida brusca para a Itália. Simplesmente não era ele. Eu nem se quer o conhecia.

   Mesmo com muita insistência de Charlie e Sue que eu ficasse em casa, preferi ir para a escola e enfrentar o mundo. Carlisle tinha notado meu estado de espírito em sua maravilhosa aula de historia. Disse que tinha um filho medico e, que ele podia ver como eu estava. Ele realmente parecia se importar comigo, eu acabei negando, mesmo que eu soubesse que eu não estava bem.

   Encontrei com Emmett no almoço. Ele tinha comentado que eu parecia um zumbi de tão pálida. Tentei rir, mas não adiantou. Sentei a mesa com ele, Renata e Afton. Eu também não comi nada, o que gerou mais piadas vindas de Emmett. Heidi apareceu um tempo depois, ela parecia melhor, mais alegre. Mas tinha preocupação em seus olhos.

—Desculpe pelo modo como te tratei na minha casa, ontem, Renesmee. — A voz de Heidi estava chorosa. Ela rodeou a mesa, sentando ao meu lado, me abraçando. — eu estava tão nervosa…

— Tudo bem, Heidi — falei — eu entendo.

— Você sabe algo sobre Alec? Ele não retornado minhas ligações...

— Alec foi para a Itália — disse, com um nó na garganta — Disse que precisava de um tempo para pensar.

  Heidi sentou-se na cadeira, ela parecia abalada. Era de se esperar, o pai? Do filho dela tinha ido embora sem dizer nada a ela. Eu também ficaria mal. Nos fomos juntas para a classe depois do almoço, sentei perto dela, mesmo que ela não ligasse muito para o que eu dizia.

   Peguei carona com Seth e Leah para ir para casa. Os gêmeos não diziam muita coisa, apenas comentaram o que ouviram de Jane Volturi, sobre Alec ter saído de casa, deixando apenas um bilhete para avisar aos pais.

   Não surpreendente Aro e Sulpicia estavam na casa de Charlie. Sulpicia parecia desolada, enquanto Aro estava serio. Charlie parecia preocupado e eu resolvi não fazer perguntas, apesar de saber o que estava acontecendo.

    Alec estaria encrencado quando voltasse. Se ele voltasse.

  Subi para meu quarto, deixando minhas coisas em cima da cama e voltando para o andar de baixo. As coisas tinham mudado, Sulpicia chorava e Aro estava na janela.

— Eu sempre vi aquele menino como um bom garoto, e agora ele me apronta isso — Aro disse, ainda de costas para todos nos.

— Ele deve ter tido um bom motivo — Sulpicia falava enquanto as lagrimas rolavam por seus olhos. Cheguei por trás, e comecei a afagar os cabelos loiros dela.

— Qual motivo, Sulpicia? — Aro virou-se, seu rosto tomado por fúria — Alec foi imprudente. E se algo acontecer a ele? Ele não tem para onde ir.

Quis falar sobre a Itália, mas ele provavelmente me interrogaria sobre como eu sabia sobre aquilo. E, eu acabaria falando sobre a gravidez, algo que eu não podia falar. Era algo que Alec resolveria com eles.

— Quem sabe a casa da minha mãe? Alec sempre gostou de lá.

— Acho improvável, Sulpicia. Martha teria nos avisado sobre sua chegada. — Aro voltou a sentar — talvez a minha mãe?

— Rhaena? — ela falou em tom de deboche — Alec não suporta sua mãe, querido.

Aro bufou.

— Quem sabe algum amigo? — Charlie perguntou. Era visível que ele estava se esforçando para ajudar os amigos.

— Não, já tentamos todos. Heidi também não sabe.

   Franzi o cenho para a fala de Sulpicia. Heidi sabia, eu tinha contado a ela. Por que ela não tinha contado? A não ser que eles tenham perguntado antes de eu contar.

— Ele gosta de algum lugar especifico? — perguntei, tentando mostrar a eles um lugar que Alec poderia ter ido, sem demonstrar que eu sabia.

— Sim, ele sempre gostou de Londres. — encolhi meus ombros para Sulpicia. Ele não estava em Londres. — Espanha, Itália. Ele gostava de vários países.

— Ele tem parentes, lugar em que possa ficar em algum desses lugares?

Eu estava parecendo uma desesperada, fora a minha força absurda que eu tinha que fazer para ficar em pé, sem parecer que iria cair.

— O que você sabe? — Charlie perguntou, serio. Olhei para ele, balançando a cabeça, negando. — eu sou policial, Renesmee, sei quando alguém incita alguma coisa. Vou perguntar, novamente: O que você sabe?

— Alec está na Itália — disse, sussurrando e baixando a cabeça — ele me contou, me mandou uma mensagem contando.

— Por que ele iria para lá? Ou melhor, por que ele sairia de casa?

— Eu não sei Aro, desculpe...

— Não minta Renesmee. — Charlie levantou da cadeira, vindo até mim. Encolhi os ombros.

— É algo que não cabe a mim, contar. — disse — por favor, não sou eu quem tem que contar. Eu já disse onde Alec está, perguntem a ele.

  Soltei-me de Charlie, subindo para meu quarto. Mas, eu parei no meio da escada, tonta demais para continuar. A falta de comida finalmente dando as caras. Eu cai, felizmente Charlie tinha subido para me pegar.