Alexander escrita por Helena Lourenço


Capítulo 13
Capitulo Treze — Um impasse


Notas iniciais do capítulo

Vamos para a reta final? vamos ;')
Só digo uma coisa: preparem os corações.
Notícias: tô com história nova! Quem quiser, dê uma passadinha e dê uma chance a Obscuro, onde nem mesmo na família se pode confiar!



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—Claker Port, Suíça
Capitulo Treze — Um impasse


O hospital estava cheio aquela noite de sexta-feira. Enfermeiros entravam e saiam pelos corredores e mais pacientes chegavam a cada minuto. Era agonizante a espera. Alec ao meu lado respirava profundamente, enquanto a mãe dele, Sulpicia, tentava manter o filho são.

   Heidi tivera uma queda de pressão quando contamos a novidade a ela. Ficou pálida e ela precisou ser levada as pressas para o hospital. Alec e eu enrolamos o máximo para contar a ela, já tinha se passado cinco meses e meio. Heidi estava com seis meses de gestação.

  Meu pai – eu ainda estava me acostumando com isso – fez questão de atender Heidi. Ele a levou para uma sala, onde Alec e eu fomos restritos de entrar.

Suspirei. Eu estava me sentindo tão culpada. Nada disso teria acontecido se eu nunca tivesse me apaixonado por Alec. Heidi continuaria com sua gravidez normalmente até os nove meses e, provavelmente, ela e Alec se casariam. Tudo era minha culpa.

 Coloquei minha cabeça entre as mãos, cansada demais para fazer qualquer coisa. Pude ouvir a respiração pesada de Alec em meu pescoço. Eu apenas me aninhei a ele, seus braços me envolvendo em um abraço.

 — Estou com medo... — ele sussurrou. Pude sentir a dor em sua fala.

  Alec ainda tinha duvidas sobre a paternidade da criança – nós não sabíamos o sexo –, mas ele sentia-se responsável por Heidi. Segurei sua mão, afagando-a. Eu me sentia igual a ele: se algo acontecesse a criança, eu jamais me perdoaria.

— Também — confessei a ele.

  Mais duas horas inteiras se passaram. Nada de meu pai, ou qualquer outro médico, que pudessem dar noticia, apareceu. A tensão no ar era grande, e eu podia sentir a mãe de Heidi, Didyme, me encarando. O peso do seu olhar era tanto que me fez abaixar a cabeça.

  Marcus, o pai de Heidi, não estava ali. E, eu nem esperava que estivesse depois da reação que ele teve quando soube da gravidez e que Alec não iria casar com a filha dele. De novo, me senti culpada por tudo.

Finalmente, depois de duas horas e meia esperando, meu pai apareceu. Alec foi o primeiro a levantar. Eu podia ver a duvida em seus olhos azuis.

— Edward... Err... Dr. Cullen, como ela está? E o bebe? — Alec esfregava as mãos uma na outra. Sua voz era vacilante e eu senti vontade de abraçá-lo.

— O quadro dela é instável. — meu pai disse — por sorte conseguimos rentabilizar a queda de pressão. — seu olhar era nervoso, agora. — o bebe nasceu. Tivemos que fazer uma cesárea. Ele está na incubadora.

— Ele? Então é um menino? — Aro, que eu nem lembrava que estava ali de tão quieto, perguntou. Seus olhos brilhando.

— Sim, um menino— meu pai confirmou — apesar de ser prematuro, ele me pareceu bem forte a primeira examinada. Claro, teremos que mantê-lo em observação. Apenas um procedimento em garantia.

— Claro, claro.

— Podemos vê-lo? — Alec parecia ansioso.

— Ainda não — meu pai respondeu — ele ainda está sendo limpo e cuidado. As enfermeiras virão avisá-los quando puder vê-lo. Agora, eu tenho que voltar ao trabalho.

  Antes de ir, ele deu um beijo na minha testa. Didyme parecia mais aliviada, mas seus olhos ainda pesavam em mim. Encolhi-me, incapaz de falar qualquer coisa. Alec se aproximou de mim, sorrindo.

— Você ouviu? É um menino!

Tentei sorrir para ele.

Peguei em sua mão.

— Sim — confirmei — tenho certeza que tão forte quanto você.

— Isso se ele for realmente meu — comentou em tom baixo — sabe que ainda tenho minhas duvidas. Mas, mesmo assim...

— Eu sei — toquei eu seu rosto — você o ama. Mesmo com essa duvida em sua mente.

Alec sorriu e me beijou.

 

 

O bebe era tão pequeno, mas tão fofinho. Ele tinha penas gordinhas e braços grandes. Mesmo dormindo, seu sorriso de bebe era contagiante. Alec mantinha uma mão dentro da incubadora, a mão gordinha do bebe seguravam um dedo dele.

O sorriso no rosto de Alec era tão grande que eu não resisti e tirei uma foto sem que ele percebesse.

— Já tinham conversado sobre o nome do bebe, Alec? — Sulpicia perguntou.

— Não, mãe — ele disse sem tirar os olhos do bebe — ainda não tínhamos pensado nisso.

— Alec? — era meu pai. Ele estava parado na porta, de braços cruzados — Heidi quer ver você.

Alec suspirou e seguiu meu pai pelos corredores do hospital.

Virei-me para Sulpicia.

— Você é uma boa menina, Renesmee — ela disse, olhando para mim — você faz meu filho feliz, muito mais do que Heidi. Mas — ela sentou ao meu lado — tenho medo.

— Medo de que?

— Os pais de Heidi. Marcus e Didyme. — ela suspirou — eles sempre foram a favor do relacionamento entre nossos filhos. Didyme principalmente. Ela sempre foi ambiciosa... Nossa família é muito rica, Renesmee e Didyme tem ambições maiores que o marido dela pode dar. Não foi uma surpresa quando Heidi engravidou.

— Você acha que é um golpe? — perguntei, perplexa.

 — Sempre achei Heidi muito... Dispersa. — ela suspirou — eu via que ela gostava de Alec, mas ela não parecia feliz, entende?

Assenti, mesmo estando meio confusa.

— Marcus fez um escândalo lá em casa quando Alec disse que não casaria com Heidi, e foi ali que eu percebi. Eles a obrigavam a namorar Alec, engravidar e depois...

— Se contra nosso namoro — completei sua frase — meu Deus.

Olhei para minhas mãos, sem saber realmente o que dizer.

— Heidi me contou uma vez que tinha um sonho — Sulpicia comentou — queria ser escritora. Mas Didyme a proibiu. Disse que era um sonho fútil.

— Ela ficava me encarando na sala de espera.

— Provavelmente porque sabia que Alec preferia você à filha dela. — ela suspirou. A porta foi aberta e, Alec entrou. Ele parecia atordoado, como se estivesse chorando. — Alec?

Sulpicia e eu nos erguemos e fomos a seu encontro. Ele desabou sobre nos, chorando. Senti sua mão puxar minha blusa, como seu eu fosse seu alicerce naquele momento.

Ergui seu rosto, buscando respostas.

— Ela... Ela — ele gaguejava — Ela morreu. Teve uma parada cardíaca.

  Paralisei e tive certeza que Sulpicia também. Ela arregalou os olhos. Ela se afastou um pouco e deixou que eu sustentasse Alec. Ficou um tempo de costas para nós e então exclamou:

— Preciso de um pouco de ar.

E saiu.

  Alec e eu sentamos e ele apoiou sua cabeça em meu ombro.

— Ela me disse... — ele fungou — me disse que o filho era meu.

Apertei mais sua mãos.

— Isso é bom.

— Sim, é. — Alec ergueu a cabeça e me encarou — ela disse que ele vai ter uma boa mãe. — ele conseguiu sorrir e depois me beijou.

Pude sentir a urgência em seu beijo. Ele repousou sua cabeça em meu peito e eu me vi chorando a morte da minha amiga.

 

 

  Depois de umas horas, meu pai praticamente ordenou que eu fosse para casa de Charlie dormir um pouco. Estava louca de sono, então não protestei. Ele me deu a chave de seu Volvo. Eu já estava no estacionamento externo do hospital quando senti algo em minha nuca.

— Não se mexa, sua praga!

Arregalei os olhos, paralisada.

Era a voz de Jacob.

— Vire-se!

  Lentamente e com as mãos erguidas, eu me virei para ele. Jacob ainda era o mesmo, mas suas roupas eram outras – uma blusa cinza assim como a calça: ele tinha fugido da prisão onde esteve preso junto com a minha mãe.

— Jacob...

— Quieta, ou eu atiro. — ele não tremia, segurava a arma como se aquilo fosse à coisa mais normal do mundo — não quero matá-la. Ainda. Primeiro você tem que ouvir algumas coisas.

Eu suspirava pesadamente, torcendo para ter câmeras naquela parte do hospital.

— Minha vida toda eu tive que suportar você e sua mãe. Duas cadelas que eu tive que suportar até que seu avozinho, Charlie, ou até mesmo o Cullen, morressem e vocês pegassem a grana que eles têm. Marcus me disse que isso não demoraria a acontecer. Mas demorou tanto que eu não agüentava mais. — Marcus? O pai de Heidi? — a única coisa que me mantinha firme era a grana que você representava. Nem mesmo quando eu a estuprava valia à pena, seu pedaço de lixo!

A arma ainda estava em mirada em minha cabeça. Mas ele começou a se afastar e me puxou junto. Ele me ajoelhou no chão. A arma mirada na minha cabeça.

— Feche os olhos.

E eu fechei, esperando meu fim.

Então, senti meu corpo ser jogado para o lado. Primeiro pensei que tivesse sido Jacob, mas quando abri meu olhos, pude ver quando ele disparou para o lugar que eu estava. Então para a pessoa que me empurrou.

  Ele atirou.


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Notas finais do capítulo

:')



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