Alexander escrita por Helena Lourenço


Capítulo 11
Capitulo Onze — Impaciência


Notas iniciais do capítulo

Vamos com mais um? Vamos o/



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—Clarke Port, Suíça —
Capitulo Onze — Impaciência

  Ele era absurdamente diferente do que eu esperava. Ele era alto, tinha brilhantes olhos verdes e usava um cabelo bagunçado. Eu não soube como agir perto dele. Na verdade se não fosse por Alec está ali comigo, provavelmente eu teria me trancando no quarto. Ele segurava meu braço, indicando que ele estaria ali, se eu precisasse. Minha mãe tinha se encolhido em um canto da sala, enquanto ele a encarava com raiva.

—Então, Isabella, quer dizer que eu abandonei minha família, deixei você e Renesmee sozinhas e que fui um egoísta mimado? — Edward cruzou os braços, encarando minha mãe. — foi isso que você contou para nossa filha, Isabella?

— Edward, eu...

— Quieta — frisou ele — por todos esses anos eu mandei diversas cartas, cartões postais, e-mail e ligava todo mês, mas você sempre fazia parecer que ela recebia, enquanto falava para ela que eu tinha a abandonado? — ele parecia histérico — Eu não acredito que você foi capaz disso, eu não acredito.

— Primeiro, eu não teria que ter feito nada se você não tivesse insistido em fazer aquela droga de faculdade na Flórida!

— Está me culpando?

— O clima está ficando pesado aqui... — Alec sussurrou em meu ouvido e eu estava concordando com ele. Minha vida toda foi uma mentira, criado e manipulado pela mente de Isabella, aquela que dizia ser minha mãe. Eu via os dois brigarem e não sabia o que fazer, minha mente estava fervilhando.

— Sim, estou te culpando. — Bella disse firme, encarando os olhos de Edward — você já era rico o bastante, podia ter sobrevivido sem esse sonho idiota de ser médico.

— Então agora é crime um homem ter sonhos? — ele fez menção a se aproximar, mas Jacob – que estranhamente ainda estava na sala – segurou-o — Você foi baixa o bastante, Isabella.

— Pare de me chamar de Isabella! — ela soltou, bufando — agora, saia daqui, eu e minha filha não precisamos de você.

— Espere, está falando por mim? — sai do abraço de Alec a contra gosto, encerando minha mãe — não tem mais esse direito, Isabella. Você mentiu minha vida toda, me humilhou e me fez de capacho para seus caprichos e desse porco que você chama de marido — suspirei, era à hora de por tudo para fora — você sabe o que esse seu genro fazia comigo? — perguntei diretamente para Charlie — ele abusava de mim enquanto Bella estava fora. Ele me usava da maneira mais suja que você pode imaginar. E, eu sofri tudo calada. E sabe o que isso me proporcionou? Sabedoria. Por mais doloroso que seja lembrar, eu vejo isso como um recomeço.

Charlie e Edward arregalaram os olhos.

— Tem mais — disse confiante — eu quero denunciá-lo formalmente, vovô, o senhor me ajuda?

— Claro que sim — ele abraçou-me — e você, Jacob Black, está preso por estupro.

— Não pode fazer isso com ele!

— Vai defendê-lo, Isabella? Renesmee é sua filha!

Ela encolheu-se, abaixando os olhos.

— Você sabia? — perguntei, enojada — como pode?!

  Senti Alec me abraçar, então as lágrimas rolaram por meu rosto. Eu podia ouvir os gritos de Edward e de Charlie. Cedi, caindo ao chão. Alec ao meu lado chorava também. Então tudo ficou escuro.

— Está melhor? — Alec perguntou depois de um tempo, quando minha visão melhorou. Ele afagava meus cabelos, eu estava deitada em seu colo.

— Ótima — ironizei — minha cabeça dói.

   Edward, que estava sentado em uma poltrona perto da cama, levantou-se e veio até mim. Aquele homem era um estranho, mas ainda era a família mais próxima que eu tinha. Ele colocou a mão em minha testa.

— Você está com febre — disse — pálida também. Acho melhor levá-la ao hospital, o que acha? — perguntou a Alec.

Estávamos sozinhos na casa de Charlie, meu avô tinha levado Jacob e Isabella para a delegacia, onde, segundo ele, passariam até o caso ser enviado ao juiz e ele decidir o que fazer com eles até um julgamento futuro. Sendo assim, Alec era a única pessoa a quem Edward podia recorrer sobre mim.

— O senhor é o medico aqui — ele disse levemente envergonhado — eu sou só amigo dela.

Ele apertou meu ombro no amigo.

— Sendo assim, vamos. Meu carro está estacionado lá fora. Pode me ajudar, Alec, a carregá-la até o carro.

— Claro.

  Já estava escuro. Alec me colocou delicadamente no banco da frente do Volvo prata de Edward, então se sentou no banco de trás. Ele ia inclinado para frente, conferindo se eu estava bem. Acho que Edward percebeu que Alec é algo mais que amigo para mim, mas preferiu não comentar.

Olhei pela janela, as luzes passando pela gente como um raio de luz. Eu gostava de Clarke Port, mais até que gostava de Forks. Era uma peculiaridade.

— Alec — Edward chamou por ele — não acha que deva avisar a seus pais que está indo ao hospital?

— Acho que sim — meu namorado murmurou, pegando o celular do bolso e discando o numero da casa, bem eu supus. Em minutos ele já tinha avisado e despreocupado Sulpicia sobre sua ida ao hospital.

Quando chegamos, eu já me sentia melhor, mas Alec fez questão de me servir de suporte todo o caminho. Edward tinha saído na frente, falando ao celular com quem eu supus ser Irina, sua noiva. O processo foi rápido, eles me levaram para um quarto – a qual Alec foi restrito de entrar – e fizeram todos os exames necessários.

Eu estava tonta do tanto que tiraram sangue de mim.

— Edward — chamei por ele, que, surpreso, olhou para mim — você não me abandonou realmente?

— Não faria isso — ele sentou-se na cama e pegou minha mão que tinha uma agulha de soro. — eu amava você, Renesmee, desde que descobri sobre você. Amava Isabella também, mas eu tinha sonhos, planos... Bella não quis ir comigo quando disse que ia me mudar para a Floria e cursar medicina. — suspirou — você tinha apenas dois anos...

— Eu ainda não sei muito sobre você, mas — apertei sua mão — podemos mudar isso, certo?

— Claro que sim — ele sorriu, beijando minha testa — mas, a titulo de curiosidade, Alec não é apenas seu amigo, ou é?

Sorri para ele.

— Não, nos namoramos — confidenciei — era para ser um segredo, mas todo mundo já sabe.

— Ele parece gostar de você — comentou — e você dele.

—Alec foi um grande alicerce quando vim para Clarke Port — falei, mas rapidamente mudei de assunto — então, você é noivo, certo? Quando vou conhecê-la?

— Quer conhecê-la?

— Sim, claro que sim — falei, sorrindo — ela meio que é minha madrasta.

— Você vai gostar dela — prometeu — agora durma um pouco, amanhã será um dia cheio.

  Ele colocou o sonífero em meu soro, percebendo que eu não iria dormir. Apesar de está dopada, eu pude ouvir bem quando ele disse que estava feliz em me ter de volta.


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Notas finais do capítulo

E então, quem mais quer matar a Bella?
Edward ♥



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