Filhos do Império - Chapeuzinho Vermelho(Livro Um) escrita por Ally Faro


Capítulo 6
Capítulo Seis - Enferma


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Divirtam-se.



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          Charlotte andava pela Floresta e parou ao encontrar um lago, se abaixou e lavou o rosto.
—Me pergunto por que sempre na floresta. —Disse ela ao escutar um galho se quebrar.
—Perguntas demais. —Disse divertido e ela bufou.
—Grande coisa. —Rebateu se colocando de pé e se afastando do lago. —Você nunca responde as minhas perguntas.
—Você parece irritada hoje. —Ele pareceu curioso.
—E se eu estiver? —Ele riu.
—Teremos que dar um jeitinho nisso.
          Antes que Charlotte pudesse questionar, ela estava presa nos braços dele e os lábios do homem beijavam levemente seu pescoço. Mas aquele cheiro que inundou suas narinas não era seu cheiro de sempre, ela fez careta, mas logo o cheiro comum retornou.
         Charlotte suspirou e ouviu o rugido ali perto, os uivos iniciaram impiedosos, quase como se estivessem sobre eles.
—Vá. —Mandou.
          Charlotte sabia que era um sonho, mas não conseguia controlar as pernas, que se esforçavam o máximo possível para manter a distância que logo seria quebrada pelo Lobo. Char sentiu, instantes depois, as garras arranharem suas costas e as patas pesadas a derrubarem, ouviu e sentiu o rosnado que reverberou pelo seu corpo, sentiu o hálito quente do Lobo próximo a seu ombro, então sentiu os dentes começarem a afundar em sua carne e gritou, gritou desesperadamente por causa do pânico e dor.

 

          Charlotte sentiu braços firmes a segurando pelos ombros.
—Desculpa. —Disse ela, ainda confusa e parando de se debater, e sentiu a garganta arranhar.
—Pesadelo? —Questionou a soltando e ela assentiu.
—Por que você estava me segurando desse jeito?
         Char não o encarou, estava olhando para a entrada da caverna, onde a água pingava fracamente, mas a chuva em si parara.
—Você estava se debatendo, foi o único jeito. —Seu tom não trazia nada de diferente, mesmo quando estendeu o cantil de água.
—Entendo.
         Charlotte permaneceu calada após devolver o cantil, logo se encostou na pedra novamente e fechou os olhos, respirando fundo. Tinha esse pesadelo desde que conseguia lembrar, sempre era da mesma forma e mesmo lugar, só o que mudavam eram alguns sutis detalhes, porém o pesadelo se tornou bem mais frequente após seus quinze anos.
—Se estiver pronta, podemos ir. –Alfred anunciou. –Temos algum tempo para um banho e depois voltaremos para o meio da caravana.
         Charlotte assentiu e respirou fundo antes de abrir os olhos e encara-lo. A pouca luz que começava a entrar na caverna permitia que ela conseguisse ver a silhueta a sua frente.
—Obrigada. —Falou pegando a capa do rapaz com as mãos e se colocando de pé.
         Char estava pronta para devolver quando saíram da caverna e quando estendeu, o vira olhar para a capa e virar de costas, começando a caminhar. Charlotte a colocou em volta dos ombros e amarrou no pescoço, o início de manhã estava frio e nublado.
          Alfred caminhou até um córrego, seguido pela garota em total silêncio e lhe dando liberdade e privacidade.
—Estarei do outro lado se precisar de algo. —Avisou e Char o viu apontar para além de várias pedras, não seria possível verem um ao outro. —Assim que terminar seu banho, me chame.
—Espero que tome um também, está precisando. —Zombou ela, tentando voltar ao humor comum.
—Você precisa mais. —Debochou ele enquanto se afastava e ela sorriu.

         Charlotte e Alfred voltaram quando todos tomavam café, ninguém deu importância ao fato de os dois terem passado a noite fora, pegaram suas refeições e sentaram na terra molhada, comendo sem cerimônia. A viagem reiniciou logo em seguida, Char ainda usava a capa de Alfred, que cheirava a neblina, grama, chuva, estrada e um perfume que ela não conseguiu reconhecer.
         Char o viu pegar seu estojo do alaúde e o abrir, o alaúde reluzia a luz do sol de modo bonito e encantador.
—Você milagrosamente vai tocar? —Zombou ela e ele sorriu.
—Não toquei noite passada.
—Então toque. —Disse.
—O que? —Ele a olhou em uma surpresa fingida. —Você querendo que eu toque?
—E por que não iria querer? —Ela perguntou sorrindo.
—Sempre fica distante. —Ele deu de ombros e dedilhou.
—Isso não quer dizer que não ouça.
          Ninguém disse mais nada, porém ele tocou, tocou músicas que eles cantavam na infância, as quais ela lembrava bem e sorriu por isso.

          Charlotte estava encolhida dentro da capa vermelha, o fim da tarde estava frio e segundo Alfred, anunciando mais uma tempestade.
—Toma. —Disse ele oferecendo o cantil de água para a menina, que deu um gole longo, a garganta estava seca.
—Obrigada. —Ele assentiu.
—Só ela ganha sua atenção? —Marília provocou e Alfred encarou a mulher, sem preocupação.
—Você está com um cantil cheio, não tem porque eu lhe oferecer outro.
—Mas isso seria gentil. —Disse ela sorrindo e ele continuou com a expressão neutra.
—Não me importo muito em ser gentil e achei que você soubesse.
          Marília bufou e murmurou algo inaudível, mas Char ainda viu o rubor no rosto da mulher, o que a fez prender o riso.
—Infelizmente teremos que aguentar a chuva novamente. —Jonas comentou das rédeas e Marília bufou.
—Mais uma noite fria.
          Charlotte se aconchegou mais dentro da capa, se o fim de tarde estava frio, ela nem queria imaginar como seria a noite e com chuva.
—Acha que dará tempo de preparar o jantar? —Alfred questionou.
         Charlotte observou Jonas olhar para o céu contemplativamente e depois de um momento respondeu.
—Teremos tempo suficiente, mas é bom acelerarmos, só por precaução.
         Char notou que a caravana chegara ao seu destino antes do horário normal, mas todos já pulavam das carroças, querendo ajudar para acelerar o processo e conseguir comida aquela noite, mesmo Alfred e Charlotte ajudaram, a menina descascou uma quantia considerável de batatas, enquanto Alfred carregava lenha para o fogo da fogueira ficar alto o suficiente para cozinhar rapidamente o jantar.
        Char sentou afastada de todos durante o jantar, mas assim que terminou, Alfred surgiu a sua frente, ela se ergueu com o prato nas mãos.
—Irá ficar e passar a noite pegando chuva com todos? —Perguntou em voz baixa e ela sorriu.
—Nunca fui muito ligada a esse tipo de sutileza e não sou a pessoa mais prestativa que alguém pode conhecer.
—Não era o que parecia na Vila. —Zombou.
—Aparências, tá aí uma coisa que engana muito. —Ele rolou os olhos.
—Então vamos logo, não vai demorar a chover.
         Charlotte o acompanhou, mas havia algo errado naquela parte da Floresta, talvez errado não fosse a palavra exata, porém tinha alguma coisa diferente ali.
—Você tá bem? —Alfred quis saber.
—Por que não estaria? —Sorriu pra expressão do rapaz.
—Porque milagrosamente você está quieta. —Ela bufou.
—Muito engraçado.
—Eu achei. —Ele deu um sorriso de canto.
        Charlotte o acompanhou de perto, percebendo que estava certa sobre Alfred. Diante de todos ele andava quase que preguiçosamente, mas ali na Floresta, somente com Char, ele não percebia ou talvez não se importasse, porém era felino e predatório seu caminhar. A menina não comentou, mas o analisou meticulosamente, o andar de Alfred era o oposto do que ele fingia, diante da Caravana ou na Vila, ela o vira andar preguiçoso e relaxado, quase arrastando os pés, ali ele mal fazia barulho e era de uma elegância atrativa.
          Alfred dizia que ela escondia coisas, mas ele não era diferente dela quanto aquilo. Char não desgrudara os olhos dele até que ele parasse na entrada de uma caverna, é claro que aquela parte havia muitas cavernas, a estrada principal era composta por diversas montanhas com aquelas aberturas.
—Só não faremos uma fogueira porque qualquer madeira que encontrarmos estará no mínimo úmida e não vai adiantar nada. —Alfred informou.
—Pelo menos sabemos disso e não vamos ter trabalho desnecessário. —Ela disse passando por ele e indo para a parede no fim da caverna.
          Alfred sentou silenciosamente ao seu lado e talvez fosse sua imaginação, porém ouvira alguma coisa uivar ao longe, o que a fez lembrar do sonho da noite passada e estremecer levemente.
—Odeio coiotes. —Resmungou Alfred.
—Por que? —Questionou Char, mas ficara aliviada por ser somente um coiote e ter alguém para lhe confirmar isso.
—Porque eles não nos deixam esquecer, mesmo fora da Lua Cheia, dos monstros de verdade.
—Me pergunto de onde os Lobos surgiram e o que exatamente os leva a Vila sempre.
—É uma boa pergunta.
          Charlotte suspirou e puxou as pernas para o peito, apoiando o queixo nos joelhos.
—É, é sim. —As palavras foram quase sussurradas.
           O silêncio tomou conta do ambiente e só era ouvido o som de suas respirações e da chuva, que começara a cair naquele momento.
           Charlotte se acomodou o melhor possível, com cabeça e costa apoiadas na parede e as pernas esticadas diante do corpo. Não demorou muito pra dormir, os dias de viagem geralmente eram cansativos, porém aquele em especial a deixara exausta.
           Não houve sonho naquela noite, porém fora um sono incômodo e quando acordou estava suando, mesmo com toda a chuva forte do lado de fora, parecia que a caverna estava abafada, Char retirou a capa vermelha e a colocou ao seu lado, no chão, se ergueu silenciosamente e foi até a abertura do lugar.
           A tempestade seguia forte e despreocupada, os raios cortavam o céu em clarões brancos e estrondos. Char colocou as mãos em forma de concha pra fora da caverna e pegou água, logo a levando ao rosto e lavando, estava muito quente para uma noite tão chuvosa, era estranho. Passou água no pescoço e em toda a pele exposta, a prata era a única coisa verdadeiramente gelada que tocava sua pele, sua vontade por um momento fora sair da caverna e deixar a água fria correr por seu corpo, porém a conteve com um suspiro.
          Charlotte sentiu estar sendo observada e nesse momento um raio cortou o céu, ela virou e viu Alfred, ele a olhava, ainda sentado no fim da caverna, o relâmpago apagou e ela não o via mais.
—Achei que estivesse dormindo. —Ela disse para o escuro.
—Estava.
          Char sorriu e virou de costas pra ele novamente, voltando a encarar a chuva, logo o sentiu parar ao seu lado.
—Por que está sem sua capa? —Ele a encarou.
          Charlotte se voltou pra ele, não era possível ver muito naquele escuro da Floresta, mas conseguia ver sua silhueta e notar seus olhos nela.
—Estou com calor.
—Calor? —Ele questionou, como se achasse ter escutado errado.
—Sim, está abafado aqui dentro.
          Charlotte o viu erguer a mão e logo ele tocou seu rosto, ela ergueu uma sobrancelha, as mãos de Alfred eram calejadas, assim como as pontas dos dedos, porém ainda assim era macia e de um toque suave.
—Você está com febre. —Resmungou ele.
—Isso explica muita coisa. —Respondeu ela.
—Mas deveria sentir frio, mais que o normal, é assim que as pessoas comuns se sentem quando estão com febre. —Disse ele, já a puxando para onde estavam antes.
—Eu não, eu fico com calor. —Falou. —As coisas ficam abafadas.
—Senta.
          Char notou algo na voz do rapaz, mas não sabia dizer o que, sentou e sentiu ele sentar ao seu lado.
—Acho bonitinho você ficar preocupado, mas ainda não vou morrer. —Zombou e ele grunhiu baixinho.
—É bom mesmo, sua mãe me mata. —Ela riu.
—Assim me mágoa. —Zombou. —Eu aqui, achando que sentiria minha falta e você só está preocupado com a minha mãe. —Ele riu.
—Ao que parece a febre já está fazendo você delirar. —Ela fez beicinho de brincadeira, mesmo que ele não pudesse ver.
—Eu gosto do som do seu riso. —Soltou ela de supetão, pegando a si mesma de surpresa.
—Não disse? Está delirando. —Riu de novo, porém muito baixo.
—Provavelmente. —Concordou.
         Char sentiu o toque leve da mão dele em sua testa e logo depois que o toque desapareceu, ouviu o som de algo rasgando. Ela notou que Alfred fora até a entrada, não ficou mais de dez segundos ali, logo voltou e sentou com ela novamente, em seguida sentiu o pano molhado tocar sua testa.
—Uma ideia eficiente. —Disse ela erguendo a mão pra pegar o pano e acabou tocando a mão do rapaz. —Mas você coloca o pano como se ele fosse me machucar.
—Está escuro e to tentando não machucar. —Resmungou ele, soltando o pano.
         Char e Alfred não falaram mais, porém ele a tocava frequentemente para sentir sua temperatura, vivia indo até a entrada da caverna e molhando o pano para ela. Assim que amanheceu, Alfred suspirou, a luz começava a entrar na caverna, porém ainda chovia fracamente.
—Já vamos? —Ela quis saber.
—Temos que ir, mas eu preferiria que não tivéssemos.
—Por que?
—Porque você tá com febre. —Bufou.
—Febre que logo irá passar.
—Não se ficar pegando chuva.
          Alfred se colocou de pé e a viu se erguer em seguida. Char sentiu tudo girar e achou que iria cair, mas Alfred a segurou.
—Acho que levantei rápido demais.
—Você tá tonta por causa da febre.
—Discordo. —Disse ela e ele suspirou.
—É claro que discorda. —Ele a encostou na parede. —Fica aí.
—Ao que parece vou cair de cara se não ficar, então onde mais eu iria?
—Sei lá, você gosta de contrariar. —Char sorriu.
          Alfred se abaixou e pegou sua capa, logo a devolvendo e a menina vestiu, em seguida ele retirou a própria capa e entregou.
—A minha já fará calor o suficiente.
—É pra evitar que pegue muita chuva.
           Charlotte suspirou e a vestiu também, puxando os dois capuz pra cima da cabeça, sentia como se estivesse ao lado de uma grande fogueira.
—Me sinto em uma tarde de um rigoroso dia de calor. —Ele riu e a apoiou levemente. —E me sinto muito constrangida por necessitar de apoio pra caminhar.
—Você constrangida? —Zombou enquanto saíam da caverna. —Isso sim é uma novidade. —Ela bufou.

          Chegaram no acampamento quase uns quarenta minutos mais tarde, Jonas correu assim que os viu.
—O que aconteceu? —O homem estava pingando de tão molhado. —Ninguém sabia onde vocês estavam e já devíamos ter partido.
—Charlotte está com febre e precisamos de algum remédio. —Informou Alfred, já indo pra carroça e ignorando Jonas.
          Char percebeu que não estavam indo para a carroça que viajavam normalmente. Essa tinha uma cobertura atrás, a menina franziu o cenho, apenas a carroça de mantimentos e uma que funcionava exatamente como enfermaria tinham cobertura. Ela suspirou.
—Enferma e inútil, é assim que me sinto.
—É a primeira vez, desde que sua febre começou, que fala algo coerente.
—Muito engraçadinho. —Sentiu o corpo dele balançar levemente por causa do riso.
          Alfred a ajudou a subir na carroça, havia um senhor de cabelos alvos e ralos lá dentro, a pele morena brilhava diante da luz.
—Dante. —Alfred cumprimentou.
—Olá rapaz. —A voz era forte, não uma voz que Char associasse a alguém aparentemente tão velho. —O que ela tem?
—Febre.
         Alfred a colocou sentada em uma espécie de colchonete no chão, Char suspirou e tirou a capa do rapaz, a devolvendo em seguida e logo tirou a sua.
—Você não está com frio? —O velho, a quem Alfred chamara de Dante, quis saber.
—Não. —Disse ela e sentiu as mãos do senhor tocarem sua testa, pescoço e pulso.
—É melhor você ir pra sua carroça, Alfred, ela ficará por aqui por hora.
         Alfred o encarou seriamente, o velho o olhou de volta e manteve o olhar firme.
—Qualquer coisa me informe, estou responsável por ela.
—Enferma, inútil e que precisa de um guardião. Que maravilha. —Bufou e Alfred deu um sorriso de canto, logo saindo dali.

         Charlotte estava a dois dias ali dentro, a vantagem era que se livrara da chuva durante a tarde toda, porém se irritava por não poder sair dali, até mesmo as refeições eram levadas até ela, que começava a se sentir realmente irritada. Devia ser por volta de duas da tarde quando Dante entrou ali, havia, milagrosamente, abandonado as rédeas e deu um sorriso sábio.
—Paramos para trocar uma roda de uma das carroças e logo partiremos. —Ela assentiu sem vontade. —E aproveitei pra dizer que se desejar, já pode voltar pra sua carroça.
—Finalmente! —Soltou ela e se ergueu rapidamente. —Melhor notícia nos últimos dois dias.
—Imagino. —Ele sorriu novamente, mas o sorriso não chegava aos olhos escuros, notou ela.
—Obrigada. —Disse ao descer e ele assentiu.
          Charlotte caminhou rapidamente para a frente, a carroça de Jonas era sempre a primeira da Caravana, rapidamente a achou, Alfred estava encostado tranquilamente do lado de fora, enquanto Marília, sentada dentro da carroça, falava algo.
—Você parece quase feliz. —Zombou Char, pois Alfred estava com expressão neutra, e ele a encarou dando de ombros.
—Era a calmaria de não ter você perturbando. —Char sorriu.
—Sei que sentiu minha falta. —Zombou.
—Acho que ainda está com febre e delirando. —Ele deu um pequeno sorriso torto.
—Já podemos partir. —Jonas anunciou, indo para seu posto nas rédeas. —Que bom que está bem. —Disse para Char, que assentiu.
—Obrigada. —Mas ela não sorriu.
          Charlotte pulou pra dentro da carroça e sentou onde costumava sentar, Alfred logo ocupava seu lugar também e Marília a encarou.
—Achávamos que estava se aproveitando pra não ficar na chuva. —Charlotte notou o sorrisinho da outra e a encarou, sem dizer nada. —É terrível se aproveitar disso enquanto todos estávamos na tempestade.
E?
          Char notou que a mulher pareceu ficar roxa de irritação, enquanto ela não demonstrava nada.
          O resto da viagem foi silencioso e com Marília a fuzilando com o olhar, Alfred encarava a expressão vazia de Char as vezes e continha um sorriso. Assim que a Caravana parou pra montar acampamento, Marília se afastou.
—Você a deixou irritada. —Alfred comentou e ela sorriu abertamente.
—O problema não é meu. —O tom era leve e divertido, o que o fez sorrir.
—Você diz que eu sou irritante, mas é pior que eu.
—É um dom. —Zombou.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Deixem.seus comentários pra que eu saiba o que acham.
Beijos e até o próximo capítulo.



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