Filhos do Império - Chapeuzinho Vermelho(Livro Um) escrita por Ally Faro


Capítulo 58
Capítulo Cinquenta e Oito – Amigável?


Notas iniciais do capítulo

Sim, sei que demorei muito e que a cada capítulo estou demorando mais a postar, contudo a culpa é da faculdade.
Estou cheia de trabalhos pra fazer e apresentar, estou ficando louca já, mas ainda assim tirei um tempo e escrevi um capítulo.
Espero que vocês gostem.
E obrigada por não terem me abandonado.



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                Mark ainda encarava Char, a presença magnificamente forte parecia não se importar que ele a notasse, o que era curioso, embora não sentisse algo assim com os demais Anciãos, não durante os últimos anos que passara com eles.

               Lira tinha de concordar, embora soubesse que seria difícil convencer Darla, mas precisava se livrar do peso das palavras de Ronald e chegar ao Vale Vermelho. Contudo, mesmo que estive ali por conta das palavras de Ronald, ela sempre tivera curiosidade ao se tratar do Vale Vermelho e do Vilarejo, todavia não imaginara que conheceria daquele modo.

—Eu só tenho uma preocupação. –Dilan comentou, atraindo atenção de todos.

—E qual seria? –Mark quem questionou.

—Estaremos de volta ou em um lugar seguro antes da Lua Cheia? E se não, o que acontecerá se deixarmos nosso pessoal aqui? Será perigoso deixá-los expostos no meio da Floresta.

                Char já pensara nisso e sabia que chegariam a esse ponto, não teria dado uma possibilidade da qual não possuísse solução, principalmente se isso a obrigasse mostrar estar errada. Charlotte sabia que não poderia arriscar, principalmente sua reputação em meio a Elite, não que ela tivesse bons laços com eles, contudo seria pior bater de frente tão descaradamente, e o pedido central dos Anciãos era para que a menina evitasse tal atrito.

—Você decide, Lottie. –Mark alertou.

                Char encarou o fogo, que dançou a sua frente e ela sorriu.

—Não se preocupe, Cabeça de Fogo. –Ergueu os olhos e encarou o amigo ao lado. –Eu sei para onde os levaremos.

               Mark não soube bem o que pensar do olhar da menina, Charlotte tinha uma mente perigosa em grande parte do tempo, mas por fim assentiu.

—Que seja.

                Char sabia que Mark não a compreendeu de fato, mas sabia também que ele não iria contra sua decisão, a não ser que achasse muito estúpido.

—Vá atrás de Alfred, por favor, mande que ele leve meus irmãos de volta ao Vale. –Informou. –Diga a ele tudo que aconteceu aqui e mande-o informar pra Sra. Ornet que em breve eu levarei a Princesa até o Vale, diga que pedi para ela nos encontrar na casa do Alfred, sozinha, já que é assunto dos Anciãos, não Elite. –Mark assentiu. –E diga para Alfred se juntar ao Stephan e ir nos encontrar nas Masmorras.

                Mark odiava vagar pelo escuro com tantas pessoas desconhecidas ao redor, mas se ergueu e bateu a parte de trás da calça, para limpa-la.

—Volto daqui a alguns minutos, provavelmente. –Mark a encarou, havia algo tenebroso nos olhos dela. –Iremos ao amanhecer, estejam preparados. –Ele avisou aos outros dois e voltou novamente para Charlotte. –Você me deve mais uma, Lottie.

—Eu sempre devo algo pra você, Cabeça de Fogo. –Eles trocaram um sorriso. –E se ver os amigos de Lira, mande-os se juntar a nós, sim? –Ele assentiu, entendo que deveria ir atrás do grupo de Lira.

                Mark pegou uma lamparina a óleo, sabia que os dois não faziam ideia do que eram as Masmorras, já que todos a conheciam por outro nome, embora fosse somente caminho para o lugar real e que Char protegia tanto desde que descobrira, mas todos o reconheciam como uma simples lenda, seria engraçado ver a expressão dos recém-chegados ao entrar no local, principalmente dos dotados em magia.

                Charlotte permitiu que Mark se distanciasse, antes de voltar a sorrir para os dois convidados.

—Não deixarei seus amigos desprotegidos, Lira. –Ela assegurou. –Sou muita coisa, mas não perversa a esse ponto. –Sorriu.

                Lira admitia duvidar dessa declaração, mas não assumiria isso para Charlotte, havia algo nos Ancião que ela aprendeu a temer, um dos poucos medos de sua existência, principalmente após passar pelo treinamento dos Canários.

—Fico grata. –Lira respondeu.

—Creio que seria melhor chamar sua Brigada de volta. –Ela anunciou. –Por isso pedi a Mark que os mandasse, espero que não se importe.

—De modo algum. –Sorriu. –Mas você está preocupada com seus... irmãos? –Lira questionou, fazendo Char sorrir um pouco.

—Não, sei que ninguém ousará tocar neles. –Char sorriu de modo frio. –Não se gostar de viver.

                Lira sentiu o gelo nas palavras da menina. Charlotte parecia ser alguém amigável, contudo o pouco tempo a qual a conversa durara, Lira poderia afirmar que havia muito escondido por trás dos sorrisos gentis.

 

                Mark encontrou a pequena esquadra a alguns metros dali, todos parecendo impacientes e virando em sua direção assim que ele surgiu na pequena clareira onde eles estavam aglomerados. Mark se sentiu uma presa fácil naquele momento, todos estavam bem armados e sabiam manusear seu armamento perfeitamente. Ele sabia que poderia ter seguido a rota que Alfred fizera com Fernanda e Harry, ignorando o pedido de Lottie, mas Char queria que a Brigada ficasse sob sua vista e foi por isso que viera atrás deles.

—Onde está...? –A mulher, a qual Lira chamara-la de Darla, começou a exigir, fazendo Mark arquear a sobrancelha ruiva.

—Sua princesa está bem e continua a conversa com Charlotte. –Cortou, muito tranquilamente. –Se quiserem ir até elas, sintam-se a vontade.

               Mark simplesmente lhe deus as costas e começou a se retirar.

—E pra onde você pensa que vai?

                Mark riu e se virou pra Darla outra vez. O cabelo castanho curto fazia um ótimo contraste com os olhos cor de safira, ele tinha de admitir.

—Eu não penso que vou, eu estou indo. –Ele respondeu sorrindo. –E não acho que seja boa ideia me seguir, sua princesa deu a palavra dela de que ficaríamos todos em harmonia e a Char fica impaciente quando se sente traída. –Sorriu mais abertamente. –E a não ser que queira desapontar duas pessoas como elas, aconselho a não tentar nada. –Ele lhe deu uma piscadela. –Sua princesa pode ser perigosa, mas minha querida Lottie pode ser pior que ela se desapontada, na verdade, a poucas pessoas que eu consideraria pior que Lottie, caso ela queira.

                Darla ficou em silêncio, vendo o rapaz desaparecer por entre as árvores.

—Ela é mais poderosa que a Princesa, Coronel. –Connor alertou, em voz baixa, parando ao lado da mulher. –Eu senti isso.

—O quão mais poderosa?

—Não consegui ver um parâmetro pra magia dela. –Ele admitiu. –Só sei que muito mais poderosa.

                Darla respirou fundo.

—Vamos voltar para onde Lira está! –Foi tudo o que anunciou para o grupo, fazendo todos se erguerem e começarem a marchar de volta ao lugar que deixaram a princesa herdeira. –Você acha que isso pode representar perigo para Lira? –Questionou, voltando a falar baixo.

                Connor ponderou.

—Depende do que Lira esteja planejando, Darla. –Ele foi direto. –Não se trai alguém como aquela garota.

—Ela é uma Maddox. –Darla informou.

                Connor sempre achara engraçado a forma como eles faziam um nome justificar todas as ações de alguém, principalmente ao se tratar dos Maddox.

—Ela é muito mais do que só uma Maddox, pode ter certeza disso. –Ele encarou a mulher ao seu lado. –Se você já a considera perigosa somente pelo nome que ela carrega, é melhor redobrar o cuidado. O garoto ruivo tá certo, ela não parece ser do tipo que fica bem ao ser traída e eu não quero estar na mira dela, ou mesmo perto, se isso ocorrer.

                Darla se perguntou o que exatamente era aquela garota, que parecia tão inofensiva de primeiro momento, mas que deixara Connor tão alerta.

                Darla viu a menina mexer no longo cabelo e sorrir para Dilan, tão tranquila e amigável, não demonstrando qualquer sinal de perigo ou que deveria deixar alguém em alerta. Mas talvez fosse isso que a tornasse tão perigosa, essa astúcia de não se mostrar.

                Charlotte ergueu os olhos, focando diretamente a quem a encarava. Darla, a mulher de olhos cor de safira.

—Sejam bem vindos. –Char cumprimentou. –Fui um tanto indelicada logo que nos conhecemos, por favor, sentem-se.

                 Havia algo tão estranho em se sentir ameaçada por alguém tão amigável e gentil, Darla pensou, mas seja o que a garota fosse para Deixar Connor alerta e Lira, que aparentemente não se interessava por ninguém, a estudando tão meticulosamente, valia a pena ficar de olho.

                 Charlote Maddox valeria o tempo.


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Notas finais do capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo.



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