La Petite Princesse Argent escrita por shadowhunter


Capítulo 9
A reunião


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, perdão pelo cap pequeno
Aproveitem



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Eles estavam deitados em um sofá, ele a abraçava por traz e ambos pareciam rir de alguma piada. Estavam em frente a uma lareira, pareciam curtir cada segundo junto, quem visse de longe poderia afirmar com toda certeza de que eles se amavam. A ruiva, que parecia estar em seus últimos dias de gestação, parou de rir de repente e o moreno que a abraçava a olha preocupado.

— Marie – fala o moreno – O que foi mon amour (meu amor)?

— O que será de nós três Reg – fala a ruiva preocupada – O que será dessa criança? – uma lagrima escorre pelo rosto da veela

— Ficaremos juntos – fala beijando a cabeça da mulher – Ficaremos junto até o fim e juntos veremos nossa pequena anjinha crescer, farei de tudo para que ela seja amada e feliz

— E se não pudermos estar presentes na vida dela? – fala a mulher se virando para o moreno – Reg, você é um comensal e comensais não amam – a mulher fala triste – E eu sou a última veela Argent ainda viva, Você-sabe-quem pôs minha cabeça a prêmio, ele sabe do que sou capaz.

— Ele nunca diz o homem – Nunca tocará um dedo em você ou na nossa filha, nem que eu precise morrer para garantir isso.

— Prometa para mim – fala a ruiva pegando a mão do amado, a essa altura ela já estava chorando – Prometa que a nossa menina ficará bem, que ele não irá toca-la – implora desesperada

— Je promets, mon ange (Eu prometo, meu anjo) – fala a tomando em seus braços, como se fosse a última vez.

E realmente foi.

 

Acordo assustada, meus olhos pareciam inchados, como se tivesse chorado a noite inteira e algo me diz que realmente chorei. Levanto e vou em direção ao banheiro, meus olhos estão vermelhos e inchados, provando que chorei a noite inteira. Não é para menos, sonhar com os meus pais causam esse efeito em mim, é como se eles sempre estivessem ao meu lado, só que eu nunca percebo.

Eu preciso falar com Dumbledore, eu preciso entender o que está acontecendo e o que vai acontecer. A minha mãe era como eu? Voldemort a queria por isso? Por que ela seria capaz de saber quando o seu fim estaria próximo? Por que que sou assim? O que eu sou? Por Merlin, estou tão confusa! Saio do banho e decido ir tomar café, não sem antes dar um jeito em meus olhos inchados.

Duas semanas já tinham se passado desde a primeira reunião da A.D e todos pareciam estar mais animados por causa disso. Fazer algo que ia contra a ditadura imposta pela sapa rosa era motivo de orgulho entre todos, nós sabíamos as consequências de nossos atos e isso só tornava tudo mais emocionante. Eu podia perceber que todos aguardavam pelo dia de mais uma reunião, onde poderíamos ser realmente livres. Mas com a animação da A.D vieram as visitas constantes a sala do diretor, onde eu tenho que relatar sobre a reunião da semana e os avanços ocorridos. Não era tão ruim assim, ajudava a preencher as aulas da sapa.

Com a aproximação dos jogos de quadribol tivemos que achar um jeito de nos comunicar para poder alterar as datas das reuniões. Então Hermione teve a brilhante: Ela deu a cada membro da AD um galeão falso (Rony ficou muito excitado quando viu a cesta de moedas e convenceu-se de que Hermione estava realmente distribuindo ouro).

— Vocês estão vendo os números na borda das moedas? – explicou Hermione ao final da quarta reunião, erguendo uma para mostrar. A moeda brilhava maciça e amarela à luz dos archotes. – Nos galeões verdadeiros, este é apenas o número de série referente ao duende que cunhou a moeda. Mas, nas moedas falsas, os números vão ser trocados para informar o dia e a hora da reunião seguinte. As moedas ficarão quentes quando a data mudar, então se vocês as carregarem no bolso poderão sentir. Cada um vai levar uma, e quando Harry mudar os números na moeda dele, porque eu usei um Feitiço de Proteu, todas mudarão para se igualar à dele.

 A ideia foi logo acolhida por todos, o que ajudou bastante a marcar as outras reuniões. Quando o primeiro jogo da temporada, Grifinória contra Sonserina, começou a se aproximar, as reuniões da AD foram suspensas porque Angelina insistiu em fazer treinos quase diários. O fato de que a Copa de Quadribol não se realizava havia tanto tempo aumentava o interesse e a excitação que cercava o próximo jogo; os alunos da Corvinal e da Lufa-Lufa estavam vivamente interessados no resultado, porque eles, é claro, estariam jogando com as duas equipes no ano seguinte; e os diretores das Casas das equipes competidoras, embora tentassem disfarçar sob um falso espírito esportivo, estavam decididos a ver o seu próprio time vitorioso.

Outubro terminou numa investida de ventos uivantes e chuvas impiedosas, e novembro chegou, frio como uma barra de ferro congelada, com espessas geadas matinais e correntes de ar cortantes que queimavam as mãos e os rostos desprotegidos. O céu e o teto do Salão Principal estavam um perolado cinza pálido, os picos das montanhas que cercavam Hogwarts, cobertos de neve, e a temperatura do castelo caíra tanto que muitos estudantes usavam grossas luvas de pele de dragão para se proteger quando saíam para os corredores no intervalo das aulas.

A manhã do jogo alvoreceu clara e fria. Quando acordei, depois de mais um sonho estranho, as meninas ainda estavam dormindo. Decidi tomar um banho rápido e me arrumar para desejar boa sorte aos meninos. Visto uma grande camisa de gola alta, uma calça preta e botas marrom, prendo meu rabo de cavalo com um laço das cores da minha casa e desço para o salão principal. O salão principal estava quase vazio quando cheguei, mas aos poucos passou a se encher, todos ansiosos para o grande jogo. A mesa da Grifinoria estava toda em vermelho e dourado e quando os jogadores apareceram todos gritaram animados.

Abracei Rony desejando boa sorte e puxei Harry para um canto, para poder conversar com ele sem que as pessoas interfiram. Quando estávamos sozinhos o puxei para um abraço forte. Eu sabia que algo ruim aconteceria.

— Boa sorte moreno  - falei ainda abraçada a ele

— Me trouxe aqui só para dizer isso? – ele pergunta rindo e acabando com o abraço

— Não foi só para isso – falo – Não assistirei o jogo – falo sorrindo culpada

— Por que não? – ele me pergunta surpreso – Seria a primeira vez que me veria jogar - fala chateado

— Eu sei, mas não me sinto bem – minto – Vou passar na Ala Hospitalar atrás de uma poção que ajude – falo pegando suas mãos – Eu queria muito ir, muito mesmo

Então ele faz algo inesperado. Ele me beija. Claro que ele já tinha me beijado antes, mas toda vez que nos beijamos parece sempre a primeira vez, talvez eu realmente esteja me apaixonando por ele. Ele me beija de um jeito doce e calmo que me faz querer mais, nos separamos por falta de ar e nos encaramos. Já disse o quanto sou louco por esses olhos verdes?

— Tudo bem – ele fala ponto uma mecha de cabelo atrás da minha orelha – Se cuida, okay?

— Okay – falo sorrindo e lhe dando um selinho – Bom jogo

Assim que o moreno sai, corro direto para o meu dormitório, me sentindo culpada pela mentira. Mas ele não pode saber quem eu sou ou o que sou capaz de fazer, eu não sou capaz de conta para ele o que descobri. Quando estava perto do salão comunal acabo esbarrando em alguém e acabo caindo. Sem que eu perceba começo a chorar.

— Lotte, o que aconteceu? – pergunta Stiles, a pessoa em que esbarrei

Sem pensar dou meia volta e vou para o escritório de Dumbledore. Digo a senha o subo correndo as escadas, chegando lá para e tento me recuperar para bater na porta. Quando estou preste a bater, a porta se abre e Dumbledore pede que eu entre. Quando eu entro vejo que ele está se preparando para sair.

— Atrapalho algo? – pergunto me aproximando

— Claro que não – ele fala gentilmente – Já estava mandando algum elfo chamá-la

— Me chamar? – pergunto estranhando

— Iremos aproveitar o jogo e vamos para a reunião da Ordem – ele diz – Nem todos estarão lá, mas eles precisam ser atualizados

— E eu preciso ir? – pergunto preocupada – Eu nunca estive numa reunião da Ordem, nunca foi necessário

— Mas agora é – ele fala – Temos que ir – fala me guiando até a lareira – Largo Grimmauld Número 12 – fala a localização

Entro na lareira e falo a localização jogando o pó de flu.

***

Quando chego na sede encontro um elfo muito estranho na sala, me encarando estranho. Saio da lareira e olho para o elfo esboçando um pequeno sorriso.

— Olá – falo para o pequeno

— Esse é o Monstro – fala Dumbledore – Elfo da família Black

Então a minha família tem um elfo estranho com um nome mais estranho ainda. Dei de ombros e segui o diretor até a cozinha, onde todos nos esperavam.  Assim que me viu Tonks correu e me abraçou, a abracei de volta ainda mais forte. Logo depois fui apresentada ao resto e a reunião começou. Todos me ouviram atentamente enquanto eu falava sobre a A.D e como Harry estava.

— Ele está bem, de certo modo – falo – Ele não costuma comentar sobre sonhos, mas desde que a A.D começou ele aparenta estar melhor – termino de falar

— E como pode saber disso? – pergunta Marlene Mckinnon— O quão próximos vocês são? – ela pergunta curiosa

— Ela não vai falar sobre isso com vocês – fala Tonks se intrometendo – A missão dela é observar o Harry e ela está aqui para contar o que observou, não para falar da intimidade deles

— Acho que já podemos encerrar essa reunião – falo para Dumbledore – Malia vai notar o meu sumiço – falo olhando Marlene com um certo rancor

Então abraço minha irmã e Lupin, depois vou em direção ao Sirius.

— Sei que você e meu pai nunca se deram bem – falo dando um sorriso triste – Mas ele o amava muito

— Eu também o amava muito – ele fala me abraçando.

Quando voltamos para o castelo vou direto para o quem quarto, ignorando a todos e guardando para mim o sonho que tive. Guardando para mim mais um segredo.

Lilian Evans estava gravida quando foi morta.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham de um cap com o ponto de vista do Harry?