La Petite Princesse Argent escrita por shadowhunter


Capítulo 19
A morte de Almofadinhas


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, espero que curtam o cap
Aproveitem!



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Sirius não tinha sido pego, ele estava a salvo em casa. Monstro tinha enganado a todos e agora Harry e os outros estão correndo perigo no ministério. O pessoal da Ordem tinha acabado de sair para resgatar os outros, eu tentei impedir Sirius de ir, mas ele fará de tudo por aqueles que ama e a filha dele e seu afilhado estão em perigo, nada que eu falasse mudaria sua opinião.

É tão estranho saber quando alguém está preste a morrer, ainda mais alguém que amo. É claro que saber que o meu pai foi um Comensal que torturou e matou diversas pessoas é mais estranho ainda, acho o fato de que eu o admirava tanto sem nem saber direito sobre ele contribui bastante. Quando eu perguntava sobre o meu pai as pessoas apenas diziam que ele me amava mais do que a si mesmo e que se sacrificou para criar um mundo melhor para mim, então eu sempre o vi como um herói e sempre o admirei por seu sacrifício, mas a verdade é que ele era um Comensal que tentou pular fora e acabou sendo morto por isso. Mas eu não posso deixar isso me afetar, não agora.

Eu estou na Sede esperando Dumbledore, para que monstro pudesse contar a sua história e então pudéssemos partir para o ministério ajudar os outros. Embora eu saiba que todos irão me odiar pelas mentiras que contei, pelo jeito que o enganei e os iludi, provavelmente perderei o namorado. Mas nada disso importa, nada disso importa se não impedirmos Voldemort de assumir o poder e dominar o mundo bruxo, se ele chegar ao poder, não haverá mais nada para ninguém.

Dumbledore chegou depois de um tempo, parecia transtornado. Monstro explicou toda a sua doentia história e eu já sabia o que estava por vir. Olhei para o homem a minha frente, que parecia calmo e perguntei:

— Está na hora, não está?

— Creio que sim – ele fala – Você sabia que esse dia iria chegar

— Isso foi antes de tudo ter acontecido – falo – Eles irão me odiar

— Uma hora eles entenderão, precisamos ir – ele fala me estendendo o braço – Eles precisam da gente

— Depois teremos uma conversa – falo pegando em seu braço estendido – Sobre o meu pai

Então aparatamos. Acabamos em uma sala cheia de cérebros (nojento, eu sei), Dumbledore segue porta a fora e eu vou atrás. Encontro Neville e Harry na escada e estes gritam o nome de diretor, que os ignora. Descemos depressa os degraus passando pelos dois garotos e os ignorando completamente, não era hora de desviar a atenção do principal objetivo. Já estávamos no final da escada quando um dos Comensais percebeu a presença do diretor e gritou para os outros. Um dos Comensais da Morte correu o mais que pôde, trepando como um macaco pelos degraus de pedra do lado oposto. Um feitiço de Dumbledore o trouxe de volta com a maior facilidade, como se o tivesse fisgado com uma linha invisível...

Foi então que eu vi. Lá estavam eles, lutando até a morte, sem notar nossa presença. Vi Sirius se desviar de um raio vermelho de Belatriz: ria dela.

— Vamos, você sabe fazer melhor que isso! – berrou ele, sua voz ecoando pela sala cavernosa.

O segundo jato de luz o atingiu bem no peito.

O riso ainda não desaparecera do seu rosto, mas seus olhos se arregalaram de choque. De repente o mundo parou, eu perdi a forças e cai de joelhos, as vozes pareciam aumentar ainda mais e o mundo ficou silencioso.

Sirius pareceu levar uma eternidade para cair: seu corpo descreveu um arco gracioso e ele mergulhou de costas no véu esfarrapado que pendia do arco. Eu vi a expressão de medo e surpresa no rosto devastado e outrora bonito de Almofadinhas quando ele atravessou o arco e desapareceu além do véu, que esvoaçou por um momento como se soprado por um vento forte, depois retomou a posição inicial.

Ao longe pude ouvir o grito triunfante de Belatriz Lestrange. Mas estava tudo, estava tudo bem. Sirius está agora junto com James e Lily, ele agora está com o meu pai e talvez eles finalmente se acertem. Tudo iria ficar bem.

Harry parecia esperar o padrinho reaparecer e rir, dizendo que era tudo uma brincadeira.

Mas Sirius não reapareceu. Ele não iria reaparecer.

— SIRIUS! – berrou Harry. – SIRIUS!

Eu queria gritar. Queria matar Belatriz, matar Voldemort e, acima de tudo, eu queria me matar. Foi a minha culpa, eu deveria ter tentado mais, ter dito o que iria acontecer, eu deveria... Então eu gritei, gritei liberando toda a raiva e pesar dentro de mim. Gritei por Sirius, pelas coisas que me trouxeram até aqui, pelo fato de que nada que eu fizesse o traria de volta. Eu tento dizer que está tudo bem, mas não está, não está nada bem.

Eu estava em transe, apenas acordei quando vi Bella fugir. Eu não posso deixá-la fugir, ela em que pagar pelo que ela fez, tem que morrer perlas minhas mãos ou ao menos ser torturada. Tentei correr atrás dela, mas Tonks me impediu, me debati e gritei tentando me soltar, mas ela se recusou. Mas então Dumbledore apareceu e pediu que eu o seguisse, e assim o fiz.

Não cheguei a falar nada enquanto íamos atrás de Harry, eu não tinha o que falar. Eu queria perguntar sobre o meu pai e sobre Sirius, queria saber se era tudo culpa minha, se eu devia ter me esforçado mais para manter Sirius em casa. Mas esse não o momento para perguntas, nem para culpa ou raiva, eu preciso me concentrar e focar no meu dever, meu mundo pode terminar de desabar mais tarde.

Quando chegamos Harry estava sendo atacado por Voldemort, mas o diretor conseguiu proteger o moreno, fazendo com que a estátua da fonte ganhasse vida, saltando do pedestal e se pondo entre Voldemort e o garoto. Assim, o feitiço apenas ricocheteou no peito da estátua quando ela abriu os braços para proteger o garoto.

— Quê...?! – exclamou Voldemort, olhando para os lados. E então sussurrou: – Dumbledore!

Voldemort ergueu a varinha e um jato de luz verde coriscou no ar contra Dumbledore, que se virou e desapareceu com um rodopio da capa... No segundo seguinte, ele reapareceu atrás de Voldemort e acenou a varinha em direção ao que restara da fonte. As outras estátuas ganharam vida. A da bruxa correu para Belatriz, que gritou e lançou feitiços, mas estes deslizaram inutilmente pelo peito da estátua, que se atirou sobre a bruxa e a pregou no chão. Entrementes, o duende e o elfo doméstico correram para as lareiras ao longo da parede e o centauro sem braço galopou de encontro a Voldemort, que desapareceu e reapareceu ao lado da fonte. A estátua decapitada empurrou Harry para trás, afastando-o da luta, quando Dumbledore avançou para Voldemort, e o centauro dourado iniciou um meio galope em torno dos dois.

Eu apenas observava tudo de longe, não há nada que eu possa fazer a não ser observar e manter Harry a salvo. Corri até o moreno e me coloquei em sua frente, eu iria protegê-lo até a morte se preciso. Harry Potter é o futuro do mundo bruxo, sua morte precoce significaria a ascensão de Voldemort.

— Foi uma tolice vir aqui hoje à noite, Tom – disse Dumbledore calmamente. – Os aurores estão a caminho...

— Altura em que estarei longe e você morto! – vociferou Voldemort. Ele lançou outra maldição letal contra Dumbledore, mas errou o alvo atingindo a mesa do guarda de segurança, que incendiou. Dumbledore agitou sua varinha: a força do feitiço que dela emanou foi tal que, embora estejamos escudados por um guarda dourado, podemos sentir o feitiço, quando o raio passou, e desta vez Voldemort foi forçado a conjurar do nada um reluzente escudo de prata para desviá-lo. O feitiço, qualquer que fosse, não causou nenhum dano visível ao escudo, embora produzisse uma nota grave como a de um gongo – um som estranhamente enregelante.

— Você não está procurando me matar, Dumbledore? – gritou Voldemort, seus olhos vermelhos apertados e visíveis por cima do escudo. – Está acima de tal brutalidade?

— Ambos sabemos que há outras maneiras de destruir um homem, Tom – disse Dumbledore calmamente, continuando a andar em direção a Voldemort como se nada temesse no mundo, como se nada tivesse acontecido para interromper o seu passeio pelo saguão. – Admito que meramente tirar sua vida não me satisfaria...

— Não há nada pior do que a morte, Dumbledore! – rosnou Voldemort.

— Você está muito enganado – disse Dumbledore, ainda avançando para Voldemort e falando naturalmente como se estivessem discutindo a questão enquanto tomavam um drinque. Era incrível a calma que emanava dele, ele não tinha o que temer e isso era o que irritava Voldemort, e Dumbledore sabia disso. – Na verdade, sua incapacidade de compreender que há coisas muito piores do que a morte sempre foi sua maior fraqueza...

Mais um jato de luz verde voou de trás do escudo de prata. Desta vez foi o centauro de um só braço, galopando na frente de Dumbledore, quem recebeu o impacto e se partiu em mil pedaços, mas, antes mesmo que os fragmentos batessem no chão, Dumbledore recuara a varinha e a vibrara como se brandisse um chicote. De sua ponta voou uma chama longa e fina que se enrolou em Voldemort, com escudo e tudo. Por um momento, pareceu que Dumbledore vencera, mas então a corda de fogo se transformou em uma serpente, que se desprendeu de Voldemort na mesma hora e se virou, sibilando furiosamente para enfrentar Dumbledore. Voldemort desapareceu; a serpente se empinou no soalho, pronta para atacar... Surgiu uma labareda no ar acima de Dumbledore ao mesmo tempo que Voldemort reaparecia sobre o pedestal no meio da fonte, onde até recentemente havia cinco estátuas.

Cuidado! — berrou Harry.

Mas, enquanto o garoto gritava, outro jato de luz verde voou da varinha de Voldemort contra Dumbledore e a serpente deu o bote...

Fawkes mergulhou à frente de Dumbledore, abriu o bico e engoliu o jato de luz verde inteiro: então rompeu em chamas e tombou no chão, pequena, enrugada e incapaz de voar. No mesmo instante, Dumbledore brandiu a varinha em um movimento fluido e longo – a serpente, que estava prestes a enterrar as presas nele, voou muito alto e desapareceu em um fiapo de fumaça negra: e a água na fonte subiu e cobriu Voldemort como um casulo de vidro derretido.

Durante alguns segundos, Voldemort continuou visível apenas como uma figura ondeada, escura e sem rosto, tremeluzente e difusa sobre o pedestal, tentando visivelmente se livrar da massa sufocante...

Então desapareceu e a água caiu com estrondo na fonte, extravasando impetuosamente pelas bordas, encharcando o chão encerado.

— MILORDE! – gritou Belatriz.

Com certeza terminara, com certeza Voldemort batera em retirada, Harry fez menção de correr de trás da estátua-guarda, mas Dumbledore bradou:

— Fique onde está, Harry! – então eu segurei seu braço e o joguei para trás, me posicionando novamente em sua frente

— Daqui você não sai – falei

Então algo aconteceu. Harry começou a gritar de dor e então caiu no chão. Ele se contorcia. Me ajoelhei ao seu lado juntamente ao diretor, então Harry olhou para o homem grisalho e disse:

Você perdeu, meu velho— mas aquela não era voz dele, não era a voz do meu Harry, era uma voz oca e vazia. Voldemort

O garoto se contorcia e gritava, mas não havia nada que pudéssemos fazer para ajuda-lo, agora dependia dele. Dumbledore parecia chocado ao meu lado, acho que nem ele esperava por isso, a ligação entre os dois é mais forte do que imaginávamos.

— Harry – eu disse pondo a mão na boca, o moreno precisa lutar, ele não pode se render.

— Harry – disse Dumbledore – Não são as semelhanças entre vocês, são as diferenças

— Vamos Harry, eu sei que você consegue

Então o garoto olhou para mim e em seguida olhou para algo atrás de mim. Hermione, Rony e Malia, junto com os demais, tinham chegados, eles pareciam mais assustados do que eu.

— Você é o fraco – disse o moreno com sua verdadeira voz – E nunca vai ter amor ou amizade, eu tenho pena de você

Ele estava conseguindo, ele estava lutando contra Voldemort. Ele finalmente percebeu que o que realmente importa são as diferenças. Sei que ele e Tom tem certas coisas em comum, mas Harry é amado, pelos pais, pelos amigos, pela sua família, e isso é algo que Voldemort nunca foi e nunca será.  Então, não sei como, Voldemort saiu de dentro do garoto.

— Você é um tolo Harry Potter – ele disse – E irá perder, tudo

Então o ministro e os Aurores chegaram, Voldemort olhou para eles e então aparatou. Fudge parecia chocado, a ficha tinha finalmente caído para ele. Enquanto o diretor e o ministro conversavam e eu apenas fiquei quieta ao lado de Harry, ele parecia bravo comigo, com razão, e eu tenho medo de falar algo que o faça surtar. 

— Pegue esta Chave de Portal, Harry – falou Dumbledore – Você também Charlote

Ele estendeu a cabeça dourada da estátua e pousei a mão nela, já sabendo para onde iriamos e o que aconteceria. Estava na hora de revelar tudo.

— Verei vocês em meia hora – disse Dumbledore brandamente. – Um... dois... três...

E então tudo sumiu.


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Notas finais do capítulo

A hora da verdade está chegando, será que Harry irá surtar? Será que ele e Charlote continuarão juntos? Não deixem de comentar!
Bjs!!!



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