La Petite Princesse Argent escrita por shadowhunter


Capítulo 15
La vie en rose


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, estou me esforçando para poder postar os capítulos o mais rapído possível, quero terminar a fic antes do meio do ano e talvez começar uma nova temporada, o que acha?
Aproveitem!!!



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Acordei cedo, como sempre, e decidi descer junto com Hermione, aproveitando para contar o episódio de ontem com a Cho e perguntar como tinha sido a aula de Harry com Snape. E é claro que eu já sabia que a aula seria um desastre, acho que qualquer pessoa poderia ter previsto isso, Snape odeia Harry, é claro que ele pegaria pesado. É claro que nada que eu fale poderia mudar as atitudes do meu padrinho, e eu não quero falar com ele tão cedo, então é melhor só observar como as coisas estão indo e se precisar intervir quando a coisa ficar feia.

Já estávamos todos sentados para tomar café quando o Profeta Diário chegou nas mãos de Hermione, ela abriu e deu uma espiadinha na primeira página e então soltou um gritinho que assustou a todos.

— Quê? – perguntamos todos juntos

Em resposta, ela abriu o jornal na mesa diante da gente e apontou para dez fotografias em preto e branco que ocupavam toda a primeira página, nove caras de bruxos e, a décima, de uma bruxa. Alguns deles zombavam em silêncio; outros tamborilavam os dedos nas molduras dos retratos, com insolência. Cada foto trazia uma legenda com um nome e o crime pelo qual a pessoa fora mandada para Azkaban.

Um aberto surgiu no meu coração ao encarar as fotos. Eu sabia quem eles eram, eu sabia o que cada um deles tinha feito, principalmente a bruxa e os enojava por isso.

Antônio Dolohov, informava a legenda sob o bruxo com o rosto pálido e torto que sorria troçando, condena do pelo brutal homicídio de Gideão e Fábio Prewett. Os irmãos de Molly Weasley.

Augusto Rookwood, lia-se sob a foto do homem com o rosto marcado por bexigas e os cabelos oleosos, que se apoiava na borda da foto com ar de tédio, condenado por passar Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado segredos do Ministério da Magia.

Mas meus olhos eram atraídos para a bruxa. Eu já vi tantas fotos dela, era uma mulher jovem e bela, provavelmente umas das bruxas mais desejadas da época, os homens sentiam seu cheiro nas poções do amor e as mulheres desejavam intensamente ser ela. Mas agora seu longo e sedoso cabelo estava desgrenhado e malcuidado. A beleza que um dia tinha parece ter sido levada junto com os longos anos em Azkaban.

Belatriz Lestrange, condenada pela tortura e incapacitação permanente de Frank e Alice Longbottom.

Ela pode ter sido condenada por isso, mas ela fez muito mais. Ela matou diversas pessoas a sangue frio, torturou uma das únicas pessoas que via algo bom nela e deixou que Voldemort matasse essa pessoa, sangue do seu sangue, aquela vadia torturou o meu pai. Sabe como eu sei disso? Ela fez questão de deixar o seu corpo na porta dos Tonks e quando foi presa confessou para a própria irmã que tinha o torturado e levado o corpo e que se tivesse que fazer isso de novo faria com a maior alegria.

Então olho para a manchete.

FUGA EM MASSA DE AZKABAN

MINISTÉRIO TEME QUE BLACK SEJA O “PONTO DE REUNIÃO” PARA ANTIGOS

COMENSAIS DA MORTE

O Ministério da Magia anunciou à noite passada que houve uma fuga em massa em Azkaban.

Em entrevista aos repórteres em seu gabinete, Cornélio Fudge, ministro da Magia, confirmou que dez prisioneiros de segurança máxima escaparam no início da noite de ontem, e que ele já informou ao primeiro-ministro dos trouxas a natureza perigosa dos fugitivos.

“Nós nos encontramos, infelizmente, na mesma posição de dois anos e meio atrás quando o assassino Sirius Black fugiu”, comentou Fudge. “E achamos que as duas fugas estão relacionadas. Uma fuga nessa escala aponta para ajuda externa, e devemos nos lembrar que Black, a primeira pessoa a escapar de Azkaban, estaria em posição ideal para ajudar outros a seguirem seus passos. Cremos que muito provavelmente esses indivíduos, entre os quais se inclui a prima de Black, Belatriz Lestrange, se agruparam em torno de Black como seu líder. Estamos, no entanto, envidando todos os esforços para capturar os criminosos, e pedimos à comunidade bruxa que se mantenha alerta e cautelosa. Em nenhuma circunstância devem se aproximar desses indivíduos. ”

— Não acredito – vociferou Harry. – Fudge está culpando Sirius pela fuga?

— Que outra opção ele tem? – disse Hermione, amargurada. – Não vai poder dizer: “Desculpe, pessoal, Dumbledore me avisou que isto poderia acontecer, os guardas de Azkaban se uniram a Voldemort”, pare de choramingar, Rony, “e agora seus piores seguidores também fugiram. ” Quero dizer, ele passou uns seis meses anunciando para todo o mundo que você e Dumbledore eram mentirosos, não?

Eu me vi incapaz de falar. Eu estou com tanta raiva, tão indignada. Eu sempre achei que Azkaban era muito pouco para Bella, sempre achei que ela devia receber um beijo do dementador ou que eu devia tortura-la até a loucura, assim como ela fez com os Longbottom e o meu pai, porque a morte seria um privilegio para ela.

— Lotte – chamou Harry preocupado – Tudo bem?

— Não – falo pondo a cabeça em seu ombro – Não me sinto bem

— Quer me contar o que aconteceu?

— Agora não – falo simplesmente e ele entende, voltando sua atenção para Hermione

Sinto sua mão pegando a minha e aperta-la, trazendo uma espécie de conforto. É como se ele quisesse dizer que entende e que esperara até que eu me sinta pronta para falar, e saber isso me faz bem. Simplesmente dou um sorriso triste e continuo com a cabeça em seu ombro.

Com o passar do dia não só Harry como todos os meus amigos estavam preocupados com o meu estado. Me recusei a tomar café, fiquei calada durante a manhã e me recusei a almoçar, então acabei desmaiando e indo para a ala hospitalar.

— Voltamos para te ver depois das aulas – disse Harry me dando um beijo carinhoso na testa e saindo com Rony e Hermione.

Os dias foram passando e eu continuava na Ala Hospitalar. Não falava e mal comia, estava começando a preocupar a todos. Todos os dias meus amigos vinham me visitar em horários alternados. Eu sei que pode parecer bobagem para muita gente, mas a mulher que torturou o meu pai a sangue frio está a solta e tudo o que eu fiz foi guardar ódio dela e agradecer a Merlin que ela estava presa. Mas desde que foi solta as vozes passaram a gritar constantemente, eu venho sonhado com Sirius frequentemente e eu não quero que ele morra, eu não quero perdê-lo também.

A coisa estava tão seria que Dumbledore teve que intervir. Era início de fevereiro, faltava apenas dois dias para o dia dos namorados, Kat tinha acabado de sair, quando ele entrou na Ala Hospitalar. Eu estava como sempre, deitada e olhando para o nada, ele sentou do lado da maca e segurou a minha mão, dizendo:

— Não pode se deixar consumir por essa raiva – fala sabiamente – Precisar seguir em frente.

Então eu o olho, pela primeira vez em dias me vejo na necessidade de falar algo. Ele veio, ele realmente veio, eu pensei que eu não era importante o suficiente para fazê-lo vir, mas ele veio.

— Você veio – falo meio rouca, até porque estou a dias sem dizer uma palavra

— Terei vindo mais cedo se Dolores não estivesse mexendo em tudo – ele fala sorrindo

— Achei.... Achei que não viria, que eu... eu não era... era importante – falo com certa dificuldade

— É claro que é – fala gentilmente – A mais importante de todos – então ele me oferece um copo de água que bebo em questão de segundos – Pode me dizer o que está acontecendo?

— Estão gritando – digo – Muito alto

— E ela nunca param? – pergunta curioso

— Elas só gritam a noite, antes que eu durma – falo me abraçando – Elas gritam um nome

— Qual nome?

— Black – falo – Elas gritam Black

— Não se preocupe – fala tentando transmitir segurança – Irei resolver isso, pedirei a Papoula que receite uma poção para você dormir sem ser obrigada a ouvi-las

— Certo

— Também pedirei que lhe dê alta o mais rápido possível – fala sorrindo – Não quero que perca o eu encontro

Então ele vai falar com Madame Pomfrey, me deixando sozinha mais uma vez. Depois de um tempo ele volta junto com ela, que me receita uma poção do sono todas as noites, apenas 3 gotas, e uma poção revigorante, que tive que tomar na ala hospitalar, e logo estou liberada. Visto o meu uniforme e vou para o salão comunal, as aulas do dia já acabaram e o jantar já passou, onde eu encontraria o pessoal.

Quando cheguei o salão comunal estava cheio, a maioria alunos quarto ano em diante, e todos pararam o que estavam fazendo e se vivaram para me olhar, me deixando desconfortável. Ignorei os olhares e fui em direção aos meus amigos que estavam perto da lareira, não disse nada, apenas sentei ao lado de Harry que sorriu e depois de um tempo sendo encarada finalmente disse:

— Eu estou bem – falei os surpreendendo – Acham mesmo que Madame Pomfrey me deixaria sair sem que eu tenha dito nenhuma palavra? – perguntei sarcástica

— Claro que não – fala Hermione – É só que...

— Você passou muito tempo daquele jeito... – continuou Rony

— Que acabamos achando que... – continua Malia

— Não ia sair de lá tão cedo – termina Harry

Então eu olho para eles e começo a rir

— Ensaiaram isso?

— Estamos falando sério Lotte – fala Hermione – O que aconteceu?

— Nada – digo cansada – Eu só não estava bem e agora eu estou – falo nervosa – E seria muito bom se meus amigos parassem de agir como se eu devesse algum tipo de explicação a eles

E então saio revoltada do salão comunal. Eu só não quero ter que compartilhar a droga da minha vida e nem se eu quisesse poderia falar a verdade, então teria que mentir e eu cansei de mentir para eles. Qualquer coisa é melhor do que chegar e falar a verdade.

— Sabia que ia lhe encontrar aqui – fala Harry se sentando ao meu lado, eu estava ao lado do quadro da mulher gorda, sentada no chão

— Se for para me dar lição do moral pode ir embora – falo emburrada

— Sei que me contará tudo quando estiver pronta – ele fala – É claro que fiquei preocupado e quero uma resposta, mas posso esperar

— Okay – falo sorrindo culpada

— O passeio do dia dos namorados ainda está de pé? – ele pergunta esperançoso

— Me surpreenda Potter – falo sorrindo

Então ficamos um tempo conversando e depois de um tempo decido ir para o dormitório dormir. Ignorei a todos, eu só queria dormir e esquecer tudo isso, mesmo sabendo que não conseguiria esquecer, tomo as três gotas da poção e acabo caindo em um sono profundo.

A manhã de 14 de fevereiro amanheceu mais alegre que o normal, estava tudo bem. Malia iria em um encontro com Stiles, Henry finalmente teve coragem de chamar a Kat para um encontro e Maya iria sair com um gato da Lufa-Lufa. Como ótima amiga que sou tinha decidido ajuda Malia a se arrumar e eu devo admitir que eu fiz um ótimo trabalho. Ela está usando uma blusa azul escuro, um jeans escuro, botas da mesma cor, um cachecol preto e um sobretudo preto também, os cabelos estavam soltos e a maquiagem é bem simples, ela estava maravilhosa.

— Se ele não te beijar, ele tem problemas – falo a fazendo rir

— E se Harry não te pedir em namoro, eu peço – ela fala rindo – Você está perfeita Lotte

Estou usando uma camisa branca de manga, uma saia rodada,  um par de saltos nudes, um sobretudo rosinha e um cachecol branco. Meus cabelos estavam soltos e a maquiagem era bem simples. Eu não vi nada de mais, sempre me arrumo assim, é claro que tinha caprichado mais no perfume e usava a corrente que Harry me deu, já que eu nunca e tiro, mas não via nada demais. Eu já fui em muitos encontros e admito que nunca fiquei tão nervosa quanto hoje, mas não vejo nada de mais no meu visual.

Depois de dar mais uma checada no visual, resolvemos descer para tomar café. Por onde passávamos atraiamos olhares, segundo Malia isso sempre acontecia comigo, mas eu nunca notava, eu ainda acho que é porque estamos bem vestidas e isso chama atenção. No meio do caminho acabamos encontrando Kat e Maya, que iam na mesma direção.

— É assim o tempo todo? – pergunto a elas

— Assim o quê? – pergunta Kat

— A pessoas olhando – falo – Elas sempre olham pra mim?

— O tempo todo – fala Maya rindo – Você que não percebe

— Passaram a olhar mais depois que souberam que está namorando o Potter – fala a sonserina

— Mas não estamos namorando – falo – Pelo menos não ainda

— Não foi o que a Cho disse – fala a loira – Ela fez questão de espalhar que vocês estão namorando e que você prende Harry em uma coleira

— Ela é ridícula – afirmo entrando no salão principal e me sentando longe do trio de ouro.

Passamos o café conversando e rindo, até que Malia lembra que tem que se encontrar com Stiles para o encontro deles. Eu apenas fico sentada esperando pelo par, depois de um tempo ele se aproxima sorrindo, retribuo o sorriso e pego em sua mão indo em direção aos portões.

Entramos na fila de alunos a serem liberados por Filch, nossos olhos se encontrando ocasionalmente, dando sorrisos, mas não conversamos, ele parecia nervoso. Senti um alívio quando chegamos lá fora, é mais fácil caminharmos em silêncio do que ficar parados constrangidos. Era um dia fresco, do tipo em que sopra uma brisa, e, ao passar pelo estádio de quadribol, vimos de relance Rony e Gina sobrevoando as arquibancadas e Harry mandou um olhar triste para os amigos.

— Sente falta, não? – pergunto – De estar voando e jogando

— Sinto – ele confessa – E muito, acho quando se faz uma coisa por muito tempo você acaba se apegando a ela e quando para de fazer você se sente incompleto

— Voar faz parte de você – falo entendendo o seu raciocínio – Está no seu sangue

— Meu pai era o capitão do time dele – ele fala – Sirius disse que ele era o melhor, então é como se ele estivesse comigo em cada jogo

— Eu entendo – falo sinceramente – Eu também não sei muito sobre os meus pais, sei muito menos do que você sabe sobre os seus, e quando me contam algo que eles faziam e que eu faço, é como se isso me conectasse a eles

— E o que sabe sobre eles? – ele pergunta curioso – Sobre os seus pais

— Bom... minha mãe era a última Veela Argent e meu pai um sonserino – começo a contar – Meu pai era um dos melhores alunos de poções da sua turma e foi o capitão da Sonserina, voar está no sangue

— E você gosta de voar?

— Amo – falo rindo – Mas sou péssima em quadribol – falo o fazendo rir

— Então quer dizer que existe algo em que você não é boa – fala brincando

— Descobriu o meu segredo – brinco – Eu não sou perfeita

— E alguém é? – ele pergunta me olhando nos olhos

Então passamos o caminho todo conversando e rindo, de vez em quando parávamos e no encarávamos por um tempo e em seguida voltávamos a caminhar. É incrível como a conversa consegue fluir com ele, é mais incrível ainda o jeito que ele parece me entender, em nenhum momento ele me pressionou sobre o que aconteceu na Ala Hospitalar ou porque as vezes eu sumo ou como as vezes eu aparento saber de mais, ele apenas sorrir e diz que irá esperar até que eu esteja pronta para contar e isso só o torna mais incrível.

— Então... aonde é que você quer ir? – perguntou Harry quando entramos em Hogsmeade. A rua Principal estava cheia de estudantes que caminhavam olhando vitrines e tumultuando as calçadas.

— Não sei ao certo – falo pensativa – Podemos andar um pouco e depois decidimos, o que acha?

— Perfeito! – ele fala sorrindo docemente

Nós fomos andando em direção à Dervixes & Bangues. Um grande cartaz fora afixado à vitrine, e alguns moradores de Hogsmeade o liam. Eles se afastaram para um lado quando nos aproximaram, e me vi, mais uma vez, diante das fotos dos dez Comensais da Morte fugitivos. O cartaz, “Por Ordem do Ministério da Magia”, oferecia uma recompensa de mil galeões a qualquer bruxo ou bruxa com informações que possibilitassem a recaptura dos condenados retratados.

— Se fosse Black teriam dezenas de dementadores a solta – falo indignada – Eles fizeram coisas piores e não há um único dementador

— Tem razão – ele concorda – Embora eu esteja feliz com a falta de dementadores

— Todos estamos – falo sorrindo de lado e me lembrando das experiências horríveis que o garoto de olhos verdes passou em seu terceiro ano

Os dez fugitivos estavam em todas as vitrines pelas quais nós passamos. Na altura da Loja de Penas Escriba, começou a chover; pingos grossos e frios batiam no meu rosto e na minha nuca.

— Que tal nos abrigarmos – pergunto

— Onde? – ele pergunta olhando ao redor

— Qualquer lugar menos Madame Puddifoot – falo rindo – Fui lá no ano passado e me arrependo amargamente

— Por quê? – ele pergunta rindo

— Aquele é o lugar mais cafona que eu já vi, e eu estudei em Beauxbaton – falo rindo

— Confia em mim – ele pergunta com um sorriso maroto

— Sempre – falo sorrindo

Então ele tira a capa de invisibilidade e nos cobre. Então corremos em direção a casa dos gritos, o melhor lugar para se esconder. Quando chegamos tiramos a capa e rimos, nós realmente tínhamos feio isso, duvido que a Cho fizesse isso. Dou uma olhada no lugar e subo as escadas me deparando com um quarto arrumado.

O quarto tinha grandes almoçadas e velas para iluminar o local, no centro se encontrava uma cesta de piquenique e uma toalha estendida no chão. Tinha flores pelo quarto, rosas azuis e jasmins, estava fantástico.

— E eu achando que você não tinha ideia do que fazer – falo rindo e me virando para ele.

Ele estava encostado na porta do quarto, dando o sorriso mais lindo que já vi. Ele andou em minha direção, pegou minhas mãos e as beijou, então ele passou uma das mãos pelo meu rosto e então me beijou. Um beijo doce e singelo, que fez minhas pernas virarem gelatina e eu com certeza cairia se ele não estivesse segurando a minha cintura. Quando o beijo acabou sorrimos um para o outro e então nos sentamos para aproveitas as guloseimas dentro da cesta.

Ficamos conversando e fazendo perguntas aleatórias um para o outro, para nos conhecermos melhor e passar o tempo. Até que ele me faz uma pergunta que me surpreende, não porque era profunda, era até boba, mas sempre mexia comigo essa pergunta.

— Qual sua música favorita? – ele pergunta

— La Vie En Rose – falo sem pensar duas vezes – Andy disse que meu pai cantava pra mim antes de morrer, porque era a preferida da minha mãe – explico – Então Andy passou a cantar pra mim depois que ele morreu

— Nunca ouvi essa música – ele fala sorrindo

— É a música mais linda que eu já ouvi – falo sorrindo – Me apaixonei ainda mais ao ouvir a versão em francês

— Você podia canta-la pra mim – ele fala

— Jamais – falo rindo – Eu não canto em publico

— Bom... estamos sozinhos aqui – ele fala sorrindo, ele anda sorrindo muito ultimamente

Eu sorrio e então começo a cantar.

Hold me close and hold me fast

The magic spell you cast

This is La vie en rose

(Abrace-me forte e abrace-me rápido

O feitiço mágico que você lança

Essa é a vida em cor-de-rosa)

 

When you kiss me heaven sighs

And though I close my eyes

I see La vie en rose

(Quando você me beija o céu suspira

E mesmo que feche meus olhos

Eu vejo a vida em cor-de-rosa)

 

When you press me to your heart

I'm in a world apart

A world where roses bloom

(Quando você me aperta contra seu coração

Estou em um mundo à parte

Um mundo onde as rosas florescem)

 

And when you speak...angels sing from above

Everyday words seems...to turn into love songs

(E quando você fala... Anjos cantam de cima

As palavras banais parecem... Transformar-se em canções de amor)

 

Give your heart and soul to me

And life will always be

La vie en rose

(Dê seu coração e alma para mim

E a vida sempre será

A vida em cor-de-rosa)

 

Quando acabo de cantar ele se levanta e eu faço o mesmo. Então ele se ajoelha e convoca um lindo buquê de rosas azuis, eu já não sei mais como reagir, ele realmente vai me pedir em namoro. Eu não sei se sorrio ou se choro, isso parece tão irreal que assusta.

— Desde o primeiro momento em que a vi me encantei – ele fala – É claro que todos estavam encantados, você é perfeita, mas eu sempre vi muito mais que beleza em você, eu vi mistério e vi bondade e algo em seus olhos me atraiu – então ele sorri – Eu nunca pude imaginar que você me notaria, te chamei para o baile pronto para receber um não e então eu recebo um sim e aquele foi um dos melhores momentos da minha vida – a esse ponto eu sorrio feito boba – Quando você foi embora eu achei que nunca fosse te ver outra vez, que iria voltar para a França e nem ia se importar em mandar cartas, mas lá estava você, no primeiro dia de aula, linda como sempre e misteriosa como sempre – então ele ri – Eu também achava que estava totalmente apaixonado pela Cho e mais uma vez me enganei, porque eu me apaixonei por você a cada momento que passamos juntos e a ideia de te perder passou a ser absurda – ele sempre foi tão fofo assim? – Eu te amo e quero estar ao seu lado enquanto eu viver – ele fala me fazendo dar um sorriso triste – Charlote Argente, namora comigo?

— É claro que sim – falo sorrindo e me jogando em seus braços.

Tudo parecia estar perfeito. Eu estava nos braços do homem que amo, estávamos junto e enquanto estivermos juntos nada poderá no abalar. Parece besteira me sentir completa ao lado dele, mas eu realmente me sinto assim. Com tanta coisa acontecendo no momento, Voldemort e as vozes, que me parece certo estar nos braços da pessoa que amo, a pessoa que me compreende.

Eu sei que tudo isso pode ir por água a baixo no momento que ele descobrir toda a verdade, sei que ele e os outros podem me odiar e sei que talvez eu tenha que voltar para Beauxbaton (porque serei odiada por todos). Mas pela primeira vez eu não estou me importando com o futuro, eu estou com Harry e tenho amigos maravilhosos e, por agora, é só o que importa.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!
Bjs!!!!!!



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