La Petite Princesse Argent escrita por shadowhunter


Capítulo 13
Então é Natal


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Primeiro capítulo do ano, feito com tudo amor e carinho
Aproveitem.



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Harry estava estranho desde que voltaram do hospital, alguma coisa tinha acontecido para o deixar tão quieto e calado desse jeito. Mas eu ainda estava o evitando, não me sentia bem em falar com ele depois de tudo que aconteceu e preferi ficar o mais distante. Durante esse tempo Marlene voltou para a Sede e foi apresentada aos outros, que ficaram tão confusos quanto eu, e Sirius e eu nos tornamos bem próximos e, quando estamos sozinhos, eu o chamo de tio e começamos a rir, eu nunca imaginei ter um tio e ele nunca imaginou ser chamado assim. Em nenhum momento cheguei a falar com os Weasley mais novos, me sentia uma intrusa perto deles, apenas mantinha contato com Sirius, Remos, Tonks e Molly (que fazia questão de saber mais sobre mim e cuidar de mim).

Então teve uma noite em que Harry não desceu para o jantar, me deixando preocupada. Algo tinha acontecido e ele estava se isolando por isso, por culpa. Então no dia seguindo eu falaria com ele nem que tivesse de obrigá-lo a falar.

Na manhã seguinte todos animavam a casa para o natal. Sirius parecia ser o mais animado, cantava músicas natalinas e ria, satisfeito por não passa o natal sozinho.

— Eu sempre gostei do natal – ele me disse – Passei a amá-lo depois que conheci James e Remus, depois da morte de James e Lily parei de ver graça no natal – falou emocionado – Mas agora tenho Harry, Malia e principalmente você – fala sorrindo – Obrigada por star em minha vida

— Obrigada você – falo o abraçando – Por estar em minha vida, tio

Então vamos todos almoçar, menos Harry. Por volta das seis horas a campainha tocou e minha querida vovó começou a gritar, logo foram abrir a porta revelando Malia e Hermione que chegaram para o natal. Hermione veio logo me abraçar e falar com o outros, já Malia ficou parada no lugar sem sabem o que fazer. Marlene tinha ido para algum lugar e pareceu não se importar com a chegada da filha, pois ainda não voltou. Andei até a morena, que parecia assustada, e a abracei.

— Ela teve que sair – falo tentando acalmá-la – Deve estar voltando

— É estranho saber que passarei o natal com ela, depois de anos – fala a menina – Estou com medo dela não gostar de mim – admite

— Não tem como ela não gostar de você – garanto a ela – Você é maravilhosa, ela tem sorte de ter uma filha tão linda e talentosa como você

— Você acha?

— Eu tenho certeza – falo pegando suas mãos e sorrindo – Vamos antes que seu pai surte – falo a fazendo rir e então ela vai ao encontro do pai que lhe dá um abraço bem apertado

Vou subindo de fininho para o meu quarto, quero ficar um pouco só. Sei que Hermione conversará com o Harry então não preciso ir falar com ele, não é como se ele quisesse falar comigo. Por incrível que pareça, dessa vez eu que não desci para o jantar, não estava afim de ficar na presença de pessoas e amanhã seria natal e eu queria fazer algo.

— Papa (Papai) – falo para o nada – Se estiver ai, se conseguir me ouvir – as lagrimas começam a descer incontrolavelmente - Je suis ton père manquant (Sinto sua falta papai)

Sem faço isso na noite anterior ao natal. Eu sei que ele não está vivo, mas é coo se ele estivesse comigo. Eu não tive a chance de conhecê-lo e fazer isso me faz bem, eu queria que ele estivesse realmente aqui comigo, mas ele está morto e eu tenho.

— Queria ter te conhecido, mal falam de você e as vezes até parece que você não existe, mas você existe e eu o amo – sorrio entre o choro - Je vous aime papa (Eu te amo papai)

Ao acordar na manhã de Natal me deparo com uma pilha de presentes. Eu amo o Natal e amo ainda mais os presentes de Natal. Quando estudava em Beauxbaton costumava passar o Natal com os Delacour, eles faziam um grande baile na véspera de natal e na manhã seguinte todas as meninas se reuniam para abrir seus presentes, era bem divertido. Nos anos anteriores a Beauxbaton, eu costumava abrir os presentes com Tonks, e era sempre uma bagunça. Esse ano parece ser a primeira vez que abro os presentes sozinha, mas isso não é razão para me desanimar.

Mas eu estava enganada, porque logo batem na minha porta e quando eu abro me deparo com Malia e Hermione com presentes nas mãos e sorrisos travessos. Dou espaço para elas entraram e logo elas se sentam no chão envolta da grande pilha de presentes. 

(Roupa das meninas)

— E eu achando que tinha ganhado muitos presentes – fala Malia rindo

— Não são tantos assim – me defendo

— Sim, são – fala Mione rindo também

Então eu pego os presentes que elas trouxeram e os abro animada. Primeiro abri o de Hermione, que me deu um lindo par de brincos, e em seguida o de Malia, que me deu uma bela pulseira de berloques.

— Uma vez você me disse que era louca por Alice no País das Maravilhas – ela fala explicando os berloques

— Eu amei – falei para elas – Obrigada

— Nós também amamos o seu presente – diz Mioe sorrindo

Para Mione dei uma linda corrente de ouro com um pingente de rosa, eu já tinha comentado com ela que ela me lembrava a Bela de A Bela e a Fera*. Para Malia dei uma jaqueta de couro preta, que era a cara dela.

— Eu sei, tenho muito bom gosto – falo as fazendo rir

Então comecei a abrir os outros presentes. O primeiro veio em uma caixinha azul claro de veludo, já sabia de quem era, junto com a caixa veio uma carta.

“Ma chère princesse (Minha querida princesa),

Estou morrendo de saudades de você, é incrível como as pessoas conseguem ficar mais chatas que o normal sem a sua presença. Está tudo o mais normal possível, as vezes nos preocupamos com a guerra que está por vir (você sabe que ela está por vir) e ai me preocupo com você, porque nós duas sabemos o que vai acontecer nessa guerra, sabemos que você estará na linha de frente e isso me preocupa.

Então eu pensei. Nós estaremos distantes quando a guerra estoura e eu vou querer saber cada detalhe das coisas que passou quando tudo isso acabar e estivermos todos vivos. Quero saber as dores e as alegrias, tudo. Por isso dentro dessa caixa está algo para lhe fazer lembrar de me contar cada detalhe.

Tu me manques (Sinto sua falta).

Avec amour (Com amor),

Julie”

Abro a caixa e encontro um lindo diário azul claro, o diário mais lindo que já vi em toda a minha vida. Dentro do diário está escrito: “Escreva com o coração, porque quando escreve o mundo se torna mais lindo”. Era o presente ideal!

Depois de um tempo admirando o meu presente decidi abrir o restante. A maioria eram de umas amigas de Beauxbaton, sendo que a maioria era roupa. Alisson me deu um pequeno álbum com nossos melhores momentos. Andy e Teddy me deram um lindo globo de neve. Remus me deu diversos livros de poções. Tonks me deu um novo par de sapatos, que eu estava louca para comprar. Os gêmeos me deram vários produtos que eles criam. Rony me deu vários sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores. A senhora Weasley me deu um lindo suéter azul claro com estrelas brancas. Meu padrinho me deu um livro de poções. Gina não se importou em me dar presente, assim como Harry e Sirius (me sinto mal por ter mandado para eles). O último presente era uma pequena réplica do chapéu seletor, eu sabia muito bem de quem era mas não poderia deixar que as meninas descobrissem o meu segredo.

— Não faço ideia – disse quando elas perguntaram de quem era.

Então as meninas voltam para seus quartos e decido me trocar para descer. Quando termino de me arrumar alguém patê na porta, abro e vejo que é Sirius. Ele segura uma caixinha preta na mão direita. Ele entra e então fala:

— Eu adorei o presente

Eu tinha dado a ele um cachorro, um cervo e um lobo de cristal, para representar os marotos. Os animais brilhavam com uma luz azul que estava ligado a cada maroto, a luz do cervo era verde para representar a sua morte, o mesmo aconteceria com os outros animais se um dos outros marotos morressem.

— Eu queria lhe dar pessoalmente o seu presente – ele falou me estendendo a caixa

Quando abro a pequena caixa me depara com um dos anéis mais lindos que já tinha visto. Ele era prata e tinha duas pequenas esmeraldas e no centro tinha o brasão da Sonserina, ele era perfeito.

— Está na família a gerações – falou o meu tio – Por tradição deveria ser passado para o Black mais velho, mas eu fui para a Grifinoria e minha velha mãe se recusou a me dar, não que eu quisesse – ele explica – Então foi dado ao seu pai em seu primeiro natal na Sonserina e eu tenho certeza que ele adoraria que agora fosse passado para você

— Eu não sou da Sonserina – falo com lagrimas nos olhos

— Mas é a filha dele – ele fala sorrindo – E tenho certeza que ele ficaria orgulhoso em vê-la com esse anel

— Obrigada – falo o abraçando – É perfeito

— Você merece princesa – ele fala sorrindo – Mas não o use ainda, ninguém sabe quem você realmente é e não queremos causar confusão

— Pode deixar – falo sorrindo

Então guardo o meu anel junto com o meu diário e sigo Sirius escada a abaixo. Descemos e estão todos a nossa espera, corro para abraçar a minha irmã e aos outros, sempre sorrindo e rindo, não tem como ficar triste no Natal. Antes do almoço Harry pediu para falar comigo em particular, então fomos para uma sala vazia.

— O que quer Potter? – falo como se não me importasse com ele

— Queria agradecer o presente – ele fala – É lindo.

Dei a ele um globo magico que continha uma foto da família Potter (ele e os pais) e quando balançava flocos de neve surgiam e se espalhavam pelo globo. Eu não sabia muito bem o que dar a ele, então dei algo ligado aos seus pais porque sei que seria o presente perfeito, fico feliz que ele tenha gostado.

— E eu queria também me desculpar com você – ele fala devagar – EU fui um idiota, a Cho me agarrou e eu não soube o que fazer, não que eu a esteja culpando, a culpa também é minha, eu dei espaço para ela fazer isso e deixei que ela me beijasse

— Potter – o interrompo – Vai direto ao ponto, eu gostaria de almoçar ainda hoje

— A verdade é que eu não gosto de você – ele fala partindo o meu coração

— Era só isso que você tinha para dizer? – pergunto me segurando para não chorar – Eu estou com fome

— Não – ele fala desesperado – Não é o que você está pensando – ele diz depressa

— Então o que é?

— Eu não gosto de você – ele repete – Eu te amo, entendeu? Eu te amo e me sinto um idiota por não ter percebido isso antes, por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto, por te magoar e me magoar – então ele pega a minha mão – Lotte, eu te amo

— E você acha que isso vai resolver alguma coisa? – pergunto irônica – “Eu te amo” não diz tudo

— Você razão – ele fala – Mas talvez isso diga

Então ele abre uma caixa preta e de lar tira uma corrente com um pingente de coração, como se me dar um coração simbólico fosse mudar as coisas entre nós. Então ele pede para pôr a corrente e quando coloca o coração começa a brilhar e pulsar, o que me assusta no início.

— Enquanto eu te amar e estiver vivo esse coração irá brilhar e pulsar – ele diz – Eu não posso literalmente lhe dar meu coração, mas posso dar algo simbólico para representa-lo

— É lindo – falo admirando o presente

— Meu pai deu a minha quando eles começaram a namorar – ele falou – Estava com o Remus esse tempo todo

— Obrigada – falo dando um pequeno sorriso

— Não vou pedir para me amar de volta ou namorar comigo – ele fala – Mas me dá mais uma chance, prometo não errar dessa vez

E então eu o beijo. O meu coração estava cheio de alegria, ele me ama, ele realmente me ama. Isso é tão surreal, mas é tão bom que eu nem ligo. Eu só espero que dessa vez dê tudo certo.

Depois do almoço natalino, os Weasley, Harry, Hermione e Malia estavam programando visitar mais uma vez o Sr. Weasley, acompanhados por Olho-Tonto e Lupin. Mundungo apareceu em tempo de provar o pudim de Natal e a sobremesa, tendo conseguido pedir um carro “emprestado” para a ocasião, pois o metrô não funcionava no dia de Natal. Harry insistiu que eu fosse com eles, mas ia aproveitar sua ausência para abrir o presente de Dumbledore.

Subi para o meu quarto e peguei o pequeno chapéu seletor, aquele não podia ser apenas o presente, deveria ter algo a mais. Então viro e reviro a pequena replica atrás de algo, mas nada acho. Por fora seria muito fácil alguém achar, se eu fosse Dumbledore e escondesse algo em uma réplica para que somente a penas para o dono achar, onde eu esconderia? Dentro! Dentro do chapéu ninguém acharia, apena eu. Abro o chapéu e encontro um bilhete.

“Para quando perder a fé!”

Olho para o que tinha dentro do chapéu e encontro um delicado anel de ouro com um símbolo gravado, um símbolo que conheço muito bem. Mas o que ele quis dizer com o bilhete? Por que eu perderia a fé?

Prefiro deixar essas perguntas para outra hora. Deito em minha cama e começo a escrever em meu diário, um dia ele dará uma grande história.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar
Bjs!



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