O filho de Ártemis - The Last Key escrita por Apolo_22


Capítulo 7
O reencarnado


Notas iniciais do capítulo

Mais un domingo chegou e aqui estou eu novamente trazendo um capítulo novo para vocês. O que houve galera? O numero de comentários diminuirá... Bom mesmo assim eu respondi a todos eles. Agora o que muitos esperavam finalmente ira acontecer.



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Me sentei ainda sentindo minha cabeça doendo. Eu entendia o que tinha acontecido com ele, como ele se tornara eu e o que estava por vir. Mesmo sabendo que eu e ele éramos a mesma pessoa ainda éramos tão diferentes. Ele também havia tido um passado marcado por ignorância e preconceito, mas nunca desistira de seus sonhos e seus companheiros. Ele havia dado o seu melhor em busca da paz ao mesmo tempo em que respeitava seus ideais. Eu por outro lado havia apenas aceitado o comportamento das pessoas e me isolado, havia sido injustiçado e deixado isso me abalar. Ele era cheio de positividade e eu de ceticismos e desconfiança. Ele era luz e eu sombras... mas eu não precisava ser o mesmo. Eu e ele éramos o mesmo. Ele também havia cometido varias falhas em vida que eu não cometeria. Eu podia não ser um herói da paz, mas seria o meu próprio herói! Eu não sentia que devia nada a ninguém exceto minha mãe. Se eu quisesse eu poderia encontrar o meu próprio jeito de viver nesse mundo e superar aqueles que me fizeram mal. Eu ficaria cada vez mais e mais forte para derrotar aqueles que nos matarão no passado.

   – Vejo que chegara a um ponto em comum comigo. Eu apareci aqui apenas para lhe conceder o único poder verdadeiramente eu tive que fora ter mais energia que outras pessoas. Em troca quero que me prometa se tornar o mais forte e vencer nossos os overlords – dissera Naruto com seriedade.

   – Nem precisava me pedir isso. Eu terei que vence-los de um jeito ou de outro para viver – disse com a mesma seriedade.

   – Ótimo – dissera Naruto sorrindo enquanto seu corpo brilhava se tornando uma esfera azul que voara até mim entrando no meu peito fazendo meu corpo ficar repleto de energia. Era como se eu e ele houvéssemos nos tornado um. Sua determinação e minha ambição haviam encontrado um meio termo.

[Titulo “O reencarnado” obtido.]

[Habilidade passiva “energia Uzumaki” obtida.]

[Elemento “vento” obtido.]

Fechei os olhos me concentrando em sair do meu reino da alma. Aquela havia sido a primeira vez que eu havia entrado em meu reino da alma. Depois de receber as memorias de Naruto admito que senti falta de ver uma grande raposa em meu reino da alma, mas isso era o de menos. O pior era a saudade da Hinata, das crianças e de meus amigos. Eu havia recebido a habilidade passiva energia Uzumaki que elevava os meus status de inteligência, magia com base no meu nível e dobrava minha energia. Eu também havia recebido o titulo “o reencarnado” que me permitia entrar em contado com uma de minhas vidas passadas a cada dez níveis recebendo o conhecimento e uma fração do poder deles. Abri meu status para conferir as mudanças que havia sofrido.

Nome: Menma.                                     Idade: 16 anos.

Mãe: Ártemis/Kushina.                          Pai: ???.

Titulo: Herói Lunar, o reencarnado.       Classe(s): 1º Witcher, 2º Curandeiro.

Nível: 17.                                            Exp: 78. Next: 180.

Estagio: Iniciante espiritual.

Status:

Mana/Ki: 3276Mp/3276Kp.                       Aura: Verde.

Força: 22,0.                                 Constituição: 85,0.

Defesa: 42,5 (22,5+15).             Inteligência: 85,0.

Destreza: 85,0.                           Fama: —15,0.

Sorte: 42,5.                                 Magia: 85,0.

Elemento: Luz Lv 1, sombra Lv 1, vento Lv 1, vazio Lv 1.

Benção: Luz da lua, Sombra da lua.

Pericia: Arquearia (Max), marcenaria (max), rastrear (max), domar (max), medicar (max), alquimia witcher (max), escrita rúnica (max).

Habilidade passiva: Corpo reforçado Lv 2, energia Uzumaki Lv 1, resistência a mutagênicos Lv 1.

Habilidade ativa: Analisar Lv 5.

Habilidade única: X-Cura (max), recarga Lv 3.

Pontos de Status: 50.    Pontos de Habilidade: 80.

 

Meu status parecia mais do que satisfatório para um iniciante. Eu recebi ótimos aumentos de estatísticas e dois elementos lunares – que eu não sabia usar. Eu não poderia reclamar da minha reserva de ki e mana ou da maioria de minhas estatísticas. As únicas que estavam abaixo do que eu desejava era força, sorte e fama. Com o meu conhecimento atual eu sabia que poderia usar elixires enquanto fazia exercícios para acelerar o desenvolvimento de minha força física. Eu também poderia usar runas magicas para diferentes efeitos relacionados aos meus status. Por hora eu iria investir quarenta pontos em força e dez em fama. Witchers podiam realizar combate com espada ou corpo a corpo não dependendo exclusivamente do arco e flecha por isso eu precisava investir alguns pontos em força. A minha fama poderia afetar os negócios que eu vinha pensando em fazer por isso era melhor melhorá-la um pouco.

Passei a analisar os menus das bênçãos ao clicar neles. Haviam habilidades próprias das bençãos, mas elas normalmente não poderiam ser usadas em batalhas. Haviam algumas opções interessantes em ambas as bênçãos como Dia de sorte da benção da luz e o 30% de desconto ou bônus da benção das sombras. O dia de sorte poderia me ajudar em coisas simples como estudar, jogos de azar e coisas que dependessem da sorte. Já o 30% de desconto ou bônus era usado em questões referentes negociações de compra ou venda. Haviam muitas outras opções, mas eu teria que trabalhar nelas aos poucos.

Eu havia feito vários planos do que eu tinha que fazer, mas para isso eu precisava de dinheiro e o que queria dizer que eu teria que ir até a guilda ou vender os materiais direto para os comerciantes. Como minha fama agora estava no mesmo de antes quando eu viera para esse mundo. Eu não teria grandes problemas em negociar com os comerciantes com minha fama atual, mas teria que tomar cuidado do mesmo jeito. Eu tinha pouco mais de três mil e quinhentos dris, mas eu precisava de mais dinheiro se quisesse fazer metade de meus planos.

Sai de minha cabana e peguei a trilha que levava a cidade. Eu não gostava de Idris, era uma cidade que até o momento me trazia péssimas recordações. Quando vi as grandes muralhas de mais de cinquenta metros me senti desanimado – pra que muralhas tão grandes? Entrei na cidade depois de me apresentar aos guardas. Eles não pareciam tão irritados quanto antes, mas também não estavam exatamente felizes em me ver – não estava felizes na verdade. Segui para a guilda indo direto até a recepção onde uma recepcionista chamada Cléo me olhara com uma expressão cansada – era logico que ela não queria me atender. Passei a negociar com ela os diferentes itens que eu havia trazido por um bom tempo. Quando as negociações terminaram eu tive que pegar meu cartão da guilda para ela atualizar as pontuações de rank. Ao entregar meu cartão da guilda para ela eu a vi arregalar os olhos e olhar de mim para o cartão varias vezes.

   – H-Ham... lunar-sama aqui diz que você já está no nível dezessete e possui duas classes sendo uma delas evoluída. Isso é verdade? – perguntara Cléo parecendo descrente.

   – Sim. Eu participei de uma missão especial por isso recebi algumas mudanças – disse dando de ombros.

   – Eu poderia confirmar com um de nossos avaliadores? – perguntara Cléo.

   – Não vejo problema – disse dando de ombros novamente.

   – Só um minuto, por favor – dissera Cléo saindo apressadamente indo para o segundo andar da guilda.

Após alguns minutos Cléo descera acompanhada por um garota usando roupas brancas de sacerdotisa. Ela tinha pele clara, cabelos castanhos, um olho verde e o outro azul e uma expressão neutra.

   – Então Elise-sama? - perguntara Cléo impaciente enquanto a garota chamada Elise me olhava atentamente.

   – Ele não está mentindo – dissera Elise por fim sem mudar sua expressão.

   – Igual no palácio. Eu disse que não havia feito nada – disse um pouco irritado enquanto Elise me olhava.

   – Ele diz a verdade – dissera Elise novamente assentindo.

   – Ará... então você não fizera nada com Mein-sama? Nesse caso peço perdão por acreditar nos boatos que eu ouvi – dissera Cléo fazendo uma reverencia me pegando de surpresa.

   – S-Sem problemas... se pudermos terminar logo eu estou com presa – disse desviando o olhar. Eu não tinha presa, mas eu não estava muito acostumado com as pessoas se desculpando.

   – Mentira – dissera Elise me fazendo sentir como se tivesse sido atingido pelas costas.

   – E-Então sobre a atualização do rank? – perguntei dando forçando um sorriso.

   – Ah sim. Você subira de Ranf F para E. Agora você pode pegar missões de rank F,E e D. Missões de rank superior a esse apenas se estiver acompanhado de um membro que possa receber essas missões. O valor pelos itens que trouxera fica em dois mil dris – dissera Cléo colocando um saco de moedas sobre o balcão.

   – Obrigado. Hm pode ser estranha a minha pergunta, mas se eu quisesse conseguir membros para um partido, mas não confia-se em desconhecidos e não tivesse nenhum conhecido com quem eu pudesse contar. Qual seria minha melhor alternativa nesse tipo de situação? – perguntei vendo as duas se entreolharem por um momento. Eu tinha um ovo de uma criatura misteriosa, mas por mais que eu tenha canalizado energia ao ponto de quase desmaiar ele não chocara de jeito algum.

   – Huum... você pode comprar um escravo para lhe ajudar nas missões. Eles são considerados como ferramental por mais cruel que isso seja. Por esse motivo eles não tem direito a receberem parte da recompensa das missões e não irão lhe trair já que o selo deles impede que isso ocorra. Você também pode coloca-los para cumprirem missões em seu lugar, mas se eles falharem quem será responsabilizado será você – dissera Cléo de forma pensativa após analisar minha pergunta.

   — Entendo. “Não me surpreende que escravos existam nesse mundo podre”. Caso eu queira vender poções e elixires eu posso vir diretamente aqui? – perguntei de braços cruzados ainda pensando no assunto de comprar um escravo.

   – Pode, mas recomendo que as venda diretamente em uma botica ou na guilda de comerciantes. Seu lucro será maior e caso os produtos não sejam de boa qualidade a guilda não será prejudicada – dizia Cléo enquanto pegava uma folha de papiro e desenhava de forma tosca um mapa – No caso de escravos recomendo que vá ao lado oeste da cidade. Lá a um vendedor de escravos de quem poderá comprar por um preço mais baixo que na guilda dos comerciantes. Nesse ponto fica a guilda de comerciantes e nesse o comerciante de escravos.

   – Eu acho que vou dar uma olhada em breve. Por hora eu preciso comprar equipamento de alquimia e ervas – disse pensativo. Eu passava a listar em minha mente o que eu precisava – Ah sim vou pegar esse missão de subjugação de lobos noturnos também.

   – Certo. Tome cuidado – dissera Cléo anotando a missão que eu havia pegado do mural.

Sai da guilda e fui a alguns locais diferentes comprar uma capa negra com capuz, equipamento de alquimia, fracos vazios, ingredientes, tintas, pergaminhos e alguns acessórios de baixo nível. Voltei para a floresta e passei a colher algumas plantas que eu não havia encontrado por um preço mais baixo na cidade. Tendo terminado de colher as plantas, cogumelos e raízes voltei para minha cabana e passei a trabalhar na produção de poções de cura. Como o esperado apenas ter o conhecimento não era o suficiente eu precisava da experiência. Após terminar de preparar algumas poções pequei um pergaminho e passei a escrever vários círculos feitos de runas. Quando terminei de escrever aquela formula coloquei um anel de prata no centro do circulo e canalizei mana nele enquanto recitava um encanto. As runas no pergaminho começaram a brilhar se arrastando para o anel. O anel brilhava intensamente num tom azul. Quando ele se apagara o anel se partira no meio. Refiz o processo varias vezes até conseguir fazer um anel que suportara o encantamento. Sorri satisfeito e o coloquei ao lado de alguns frascos. Fora preciso varias tentativas e erros, mas parece que comecei a pegar o jeito depois de um tempo. Fiz mais algumas poções e anéis até ficar sem matéria prima.

Nome: Poção de cura.       Grau: Bronze.    Nível: 3.               Tamanho: médio.

Descrição: Poção de cura com poder intermediário de cura capaz de curar e fechar ferimentos.

Preço: D$ 250,00 dris (unidade).

 

Nome: Poção de energia.    Grau: Bronze.   Nível: 3.               Tamanho: médio.

Descrição: Poção de energia com poder intermediário de recuperação.

Preço: D$ 250,00 dris (unidade).

 

Nome: Anel protetor.    Grau: Prata.    Nível: 1.

Descrição: Esse anel recebe o dano no lugar de seu portador quando ativado. Pode receber apenas um único ataque.

Preço: D$ 3.000,00 dris.

 

   - Ótimo até aqui as minhas experiências estão indo bem. Agora eu preciso testa a benção da luz corretamente... – disse abrindo o menu da benção da luz olhando as opções que ela fornecia, marquei uma das opções fazendo um encantamento em uma língua estranha vir a minha mente. Coloquei um dos anéis no chão e ergui minhas mãos em sua direção – Que a luz da lua mostre seu poder, que o espelho da lua reflita a verdade, que o minério da lua refine seu corpo. Benção da luz da lua.

Ao terminar de recitar o encanto o anel que estava brilhando e flutuando começara a girar brilhando intensamente. Ele pousara lentamente no chão de madeira parando de brilhar e girar. Eu estava me sentindo um pouco cansado tendo gasto quase toda a minha energia naqueles experimentos. A benção da luz da lua tinha poucos encantamentos para objetos e o gasto de energia deles era considerável. A classe que era responsável por dar efeitos e habilidades para objetos era a de alquimista ou encantador. Eles poderiam encantar os objetos com diferentes efeitos, habilidades e elementos indiferentes aos elementos ou habilidades deles. Outro ponto era que eu não tinha a habilidade “encantar” o que só tornava o gasto de energia muito maior. Para isso eles usavam matérias primas especiais.

Ainda me sentindo cansado olhei para o anel usando o analisar nele.

Nome: Anel guardião.    Grau: Prata.    Nível: 3.

Descrição: Esse anel recebe o dano no lugar de seu portador quando ativado. Ele pode receber uma grande quantidade de dano. Ele também tem efeitos mágicos que beneficiam o portador.

Habilidade: Recuperação de energia, aumento de defesa (+30).

Preço: D$ 30.000,00 dris.

   - E-Eu acho que acabo de criar algo incrível!!! Eu preciso fazer mais experiências!!!

Naquele dia eu aprendi algo muito importante chamado moderação. Após gastar toda a minha energia em minhas experiências desmaiei e só fui acordar no dia seguinte com uma forte dor de cabeça. Precisei tomar duas poções de energia e repousar para aquele mal estar passar. Após comer algumas frutas eu escovei meus dentes usando a escova de dente e pasta que eu havia conseguido na dungeon – não era algo valioso, mas era útil. Guardei meus produtos e voltei para a cidade para vende-los. Fui direto para o prédio que indicaram como sendo a guilda dos comerciantes. Era um local grande e refinado. Precisei fazer um registro como cliente para só então um dos corretores me levar para uma sala de negociação. Enquanto ele avaliava meus produtos eu acionei o “305 de bônus” e esperei.

   – Você tem produtos muito bons aqui. Apesar de sua fama eu poderia vende-los como sendo de um cliente anônimo. Pelas dez poções de cura vou pagar três mil duzentos e cinquenta. Pagarei o mesmo pelas de energia. Já pelos anéis guardiões pagarei trinta e nove mil por cada, o que da cento e noventa e cinco mil pelos anéis. No total tenho que lhe pagar... d-duzentos e um mil e quinhentos dris. Você poderia esperar até eu ir ao cofre da guilda? - perguntara o corretor suando depois de fazer os cálculos.

   – Sem problemas – disse dando um sorriso de canto. O 30% de bônus tivera um ótimo efeito.

Eu estava tendo que lutar para esconder a minha satisfação. Eu havia conseguido uma quantia muito alta e com pouco esforço. Eu não poderia realizar esse tipo de transação continuamente porque isso poderia afetar o preço de mercado desses produtos, mas eu poderia criar outros. Com esse dinheiro eu poderia começar a colocar meus planos em pratica. Alguns minutos depois o corretor voltara com um saco repleto de moedas de ouro e prata.

Deixei a guilda dos comerciantes e segui para o outro lado da cidade. Coloquei minha capa e ocultei meu rosto com meu capuz me permitindo andar sem chamar atenção. Era uma área evidentemente mais pobre e sombria. Segui até o local indicado no mapa de Cléo chegando a um dos poucos prédios de quatro andares daquela área. Ele era muito amplo e tinha uma arquitetura estranha, as janelas eram cobertas de madeiras e as portas eram grandes feitas de madeira e ferro. Do lado de fora havia dois guardas grandes e fortes usando balaclavas ocultando seus rostos.

   – Eu vim realizar uma compra – disse com seriedade entregando a carta de recomendação da guilda dos aventureiros para um dos guardas. Ele olhara para o selo da guilda e assentira batendo duas vezes rápido e dera uma segunda batida depois de uma pequena pausa.

      – Mar profundo – dissera uma voz do outro lado da porta

    – Kraken destruidor – dissera o guarda me entregando a carta em seguida. A porta se abrira e um jovem vestindo roupas de mordomo sairá para fora.

    – Bem vindo caro cliente. Siga-me, por favor – dissera o rapaz me guiando para dentro do prédio.

O interior do prédio era muito bem iluminado candelabros e lustres. Fui guiado para uma sala muito confortável de com lareira, sofás, mesa de centro e uma poltrona. Sentei em um dos sofás e esperei até o responsável pelo local aparecer. Quando a porta reabrira um homem entrara vestindo um fraque e um chapéu, que parece ser feito de seda, óculos fundo de garrafa, estatura baixa, rechonchudo, bigode branco em caracol, nariz de coxinha e com uma cartola bizarra na cabeça. Eu o rotulei como “Pessoa extremamente suspeita”.

   – Bem vindo caro cliente. Oh... muito interessante!!! – dissera o homem se aproximando velozmente de mim e inclinando seu corpo ficando muito próximo de mim.

   — Não chegue tão perto! É nojento! – disse tentando afasta-lo com um empurrão com minha mão esquerda, mas ele desaparecera reaparecendo sentado em sua poltrona.

   — Eu gosto do seu olhar... ele é um pouco confuso. Odio, ganancia,... determinação e fé? Você é uma pessoa rara, não é? Falemos de negócios. Pode me chamar de Alan. Pelo que fui informado você é o herói lunar, Menma. Certo? – perguntara o comerciante de escravos sorrindo.

   — Sim. Gostaria de comprar um escravo – disse com simplicidade. Era incrível ele já ter recolhido informações sobre mim, mas isso queria dizer que ele não era um simples comerciante.

   — Temos garotas lindas de todas as idades e com belos atributos. Ou tem preferencia por garotos? – perguntara Alan com um sorriso asqueroso.

   — Eu não estou procurando um escravo belo. Eu preciso de um para usar em meus experimentos. Por isso não tente me vender um caro. Eu quero um escravo sem família, barato e fraco – disse com seriedade mantendo os braços cruzados.

   — Eu... possuo alguns escravos que cumprem essas características. Mas eles estão muito machucados e alguns possuem até mesmo maldições. Recomendo que escolha os que valem um pouco mais já que o senhor não possui um partido formado e logo a próxima onda ocorrera... – dizia Alan parecendo inquieto.

   — Não a problemas. Se eles estão amaldiçoados quer dizer que ninguém irá compra-los. Sendo assim não a porque não me vender um deles por um preço baixo. Se possível eu gostaria de resolver essa transação o quanto antes – disse de forma áspera.

   — Oh eu gosto muito do seu olhar! Sinto como se estivesse apaixonado – dissera o velhote se aproximando demais novamente fazendo eu tentar afasta-lo com um soco, mas novamente ele desaparecera reaparecendo em sua poltrona – Eu irei leva-lo até os escravos que deseja, sim. Siga me, sim.

Eu o segui por corredores com salas cheias de escravos e escravas fortes e belos, mas quanto mais para o fundo íamos a qualidade deles caia cada vez mais. Quando chegamos a ultima sala pude sentir o claro cheiro de morte. Dei uma olhada ao redor vendo diversas espécies de escravos de diferentes raças doentes e aterrorizadas, mas algo chamara minha atenção me atraindo para o fundo como se estivesse sendo atraído para lá. Me abaixei diante de uma jaula e olhei seu interior vendo uma criança encolhida coberta por um pano sujo. Ela parecia estar totalmente mutilada coberta por bandagens sujas e cobertas de sangue.

   — Se aproxime e me deixe ver o seu rosto – dissera Naruto com seriedade assustando a criança com seus olhos frios a fazendo se encolher mais ainda.

   — Você ouvira o senhor – dissera o Slave Dealer batendo na jaula com a bengala – obedeça!

   — H-Hai – dissera a criança se aproximando das grades. Ela era uma garotinha de longos cabelos pretos azulados, pele clara, orelhas de raposa azuladas, calda branca, olhos azuis, com três riscos em cada bochecha. Para meu espanto ela conseguira conquistar minha pena. Ela tinha apenas uma das orelhas, seus braços estavam quebrados, seus olhos estavam cobertos por bandagens, não possuía uma das pernas e nem metade de sua calda. Olhei com raiva para o comerciante de escravos fazendo meus olhos brilharem em um tom prateado luminoso.

   — E-Ela me fora vendida assim!!! Eu cuido muito bem de meus escravos, senhor!!! – dissera Alan recuando. Ele parecia estar dizendo a verdade. Resolvi deixar assim... por hora.

   — Nome? – perguntara Naruto.

   — A-Ahri s-senhor... cof-cof...

   — Essa garota raposa fora uma decepção se fosse de uma qualidade melhor poderia ser vendida por um preço alto. Ela é tem pouca energia vital, tem problemas de pânico, fora mutilada na ultima onda, além de estar doente – dissera Alan secando o suor que escorria por seu rosto – Eu esperava que ela fosse muito melhor já que é uma beastmans da tribo Flamefox.

   — Beastman? – perguntei arqueando uma sobrancelha. Eu tinha imaginado que ela era algo alguém que fora amaldiçoado como um lobisomem, mas parece ser diferente.

   — O senhor não deve saber, mas nesse continente existem vários reinos que sempre viveram em guerra. Cada reino é dominado por uma raça e existem vários tipos de raças diferentes. As raças com os maiores continentes são a dos elfos, beastmans, eladrins e evilas. Nosso reino é aliado do reino dos eladrins por isso somos protegidos por eles em troca de alguns serviços especiais. A raça dos beastmans é constituída por diferentes tribos. Nossa raça é considerada uma das mais fracas por raramente nascer com habilidades únicas e ter dificuldade de aprender novos poderes, mas diferente de nós as outras raças são muito superiores. Por exemplo os beastmens sofrem uma aceleração em seu crescimento quando sobem de nível muito rápido. Talvez por serem tão superiores é que a onda da devastação fora mais destrutiva com eles do que conosco – dissera Alan me surpreendendo. Então essa garota vinha de uma raça especial, isso a tornava mais interessante para meus experimentos.

   — Dou cinquenta moedas de prata por ela – disse Naruto ainda olhando a garota.

   — Vendido! – dissera Slave Dealer recebendo o dinheiro de Naruto.

A cerimonia para implantar a marca da escravidão em Ahri fora bem simples. Eu derramei algumas gotas de sangue em um pote com tinta e o Slave Dealer usara um pincel para desenhar a marca no peito da garota que gritava de dor. Após a cerimonia estar completa nas telas de menu vi que havia uma nova janela chamada “Escravos/Familiares” e que o nome da garota estava lá junto com seus status... decepcionantemente baixos. Ela possuía algumas habilidades, mas também possuía uma maldição chamada “underdog = oprimido”. Essa maldição parecia reduzir drasticamente todas as vantagens raciais que ela possuía, reduzir drasticamente todas as suas estatísticas e níveis de energia, enfraquecer seu corpo ao ponto de ser mais fraca até mesmo do que uma criança humana.

Perguntei se podia pegar um pouco da tinta usada para fazer a marca da escravidão e recebi o pote de brinde – não seria mais usado já que possuía o sangue de um contratante. Derramei um pouco do conteúdo na joia de meu arco e ela absorvera a tinta liberando um arco.

 

[Requerimento para desbloquear o arco escravocrata alcançado].

Nome: arco escravocrata.                          Nível: 1.

Efeito: zona de contenção.              Bônus: Correção de crescimento.

 

Coloquei o pote com o resto da tinta em meu inventario e deixei o local levando Ahri em meus braços coberta por um lençol.

Aluguei um quarto em uma hospedaria apenas para aquela noite e entrei nele, após pagar um extra para evitar perguntas. Coloquei Ahri deitada na cama que tremia. Tirei o lençol dela vendo o terrível estado em que se encontrava.

   – Não tenha medo. Eu tentarei lhe curar agora. Apenas não se mexa – disse vendo o lábio de Ahri tremer.

   – M-Me... curar? – perguntara Ahri hesitante.

  – Pelo menos o seu corpo. Eu tenho algumas habilidades que podem ser usadas para curar seu corpo e lhe livrar da maldição que a aflige, mas não espere muito na primeira tentativa. Eu nunca usei esses poderes para essa finalidade então não se mova e permaneça em silencio – disse erguendo minhas mãos cruzando elas as colocando sobre a perna amputada dela.

  – H-Hai – dissera arhi segurando a respiração em seguida.

  – X-cura – disse me concentrando fazendo tanto minha mana quanto meu ki fluírem ao mesmo tempo indo para minhas mãos fazendo as joias verdes nos dorsos de minha mão brilharem intensamente.

Para usar essa habilidade era preciso uma grande concentração, pericia medicar no máximo, muita energia e paciência. Eu tinha que me concentrar em cada tecido, cada nervo, veio, osso e etc. A energia fluía de minhas mãos cobrindo o local onde a perna fora amputada fazendo a ferida antes fechada se abrir fazendo Ahri reprimir um gemido de dor. AEu não podia me preocupar com o que ela estava sentindo naquele momento e sim no que eu estava fazendo. Aos poucos  o osso começara a sair do ferimento, criando ligamentos, mais ossos. Em seguida os nervos, veias, músculos carne e todo o resto começara a surgir. Para mim aquilo todo era muito cansativo, mas o resultado parecia estar sendo bastante satisfatório. Quando terminei me sentei no chão olhando para Ahri deitada.

   – Tente mexer suas pernas – disse com seriedade.

  – H-Hai... m-minha, cof-cof-cof... perna, cof-cof-cof... g-goshujin-sama curou minha perna... – dizia Ahri após conseguir mexer sua perna sem problema nenhuma aparentemente.

   – Ótimo. Irei levar um tempo para curá-la completamente. Não poderei curar tudo de uma vez, mas fazendo algumas pausas para recuperar a energia devo terminar até o fim do dia. Então não se mova para não me atrapalhar – disse com seriedade ficando de pé novamente.

    – H-Hai... – dissera Ahri.

Demorei horas e horas para concluir tudo. O gasto de energia fora maior que o esperado me forçando a repousar varias e varias vezes. Quando faltava terminar apenas os olhos eu mantive as bandagens que os cobriam... aparentemente ela perderas os olhos, as pálpebras e boa parte da pele ao redor. Coloquei minhas mãos sobre os olhos dela ativando minha habilidade me conectando a cada pequeno detalhe avariado. Para os olhos o cuidado era muito maior. Reconstituir algo tão delicado não fora nada fácil, mas também me fazia sentir satisfeito comigo mesmo. Fazia tanto tempo que eu não ajudava alguém que eu havia até mesmo esquecido como era a sensação. Eu sabia que estava fazendo aquele em meu beneficio já que eu estava praticando minha habilidade – pelo menos eu dizia que era apenas por esse motivo... não era como se eu quisesse ajudá-la ou algo do gênero (tsundere).

   – Acho que acabei. Como já está de noite eu posso remover as bandagens sem a luz causar nenhum problema... se tudo tiver ocorrido direito – disse para Ahri que estava sentada na cama com as mãos sobre as pernas apertando o vestido esfarrapado que estava usando. Passei a remover lentamente as bandagens que cobriam o rosto dela. Quando eu as removi completamente mesmo no escuro eu consegui ver que não parecia haver nenhum sinal de cicatriz em seu exterior – Agora lentamente abra seus olhos.

  – H-Hai, cof-cof-cof... e-eu, cof-cof-cof... estou vendo... – dissera Ahri começando a chorar.

   – N-Não chore. Mesmo eu tendo curado todo os ferimentos de seu corpo é melhor você pegar leve por enquanto. Você ainda precisa se recuperar de sua doença. Ah! Claro que eu não fiz nada disso por você! Você ira me ajudar em meu trabalho daqui em diante! Então de duro para me recompensar adequadamente – disse cruzando os braços virando o rosto. Admito que nunca fui muito bom com crianças e mulheres chorando... nesse caso fora muito pior.

    – Hai... goshujin-sama – dissera Ahri sorrindo para mim com lagrimas ainda descendo pelo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Matara a saudade de vocês pela Ahri? Agora é que a historia começa a seguir novos rumos. Espero que estejam gostando.



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