30 motivos para odiar Benjamin Lacerda escrita por Huntress


Capítulo 9
23 de junho (quarta-feira) – 9º defeito


Notas iniciais do capítulo

Um agradecimento especial à Guilianaamoedo, Izzy, Filha de um Snow, Vina e Tatá Ribeiro pelos reviews ♥
Já falando da Tatá, aproveitem e leiam a história dela, vale à pena. Vocês vão se apaixonar por Não Conte aos Paparazzi e pelos personagens em si. Deem uma passada: https://fanfiction.com.br/historia/687884/Nao_Conte_aos_Paparazzi/
Boa leitura!



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23 de junho (quarta-feira) – 9º defeito

Apesar de toda tensão em casa – e durante o percurso até a escola –, acordei melhor do que ontem. Já estava sentindo a diferença de não ter que aturar Benjamin falando do protótipo de Barbie e suas aventuras repletas de saliva.

Pode me chamar de egoísta, Diário, mas aquilo estava me fazendo bem.

O fato de não ter mais os apertos no peito ao ficar sempre lembrando que teria de falar com Benjamin sobre seu namoro e suportar os sentimentos que queriam explodir de meu peito toda vez que me sentia substituída por Mariana, era ótimo. A antiga Lívia parecia voltar nesse momento.

Mas a ideia de estar preocupando, e pior, deixando Benjamin triste, parte meu coração. A última coisa que quero no mundo é magoá-lo, mas acho que chegou o momento de colocar minhas necessidades acima da dos outros.

Carol e Vinícius perceberam a mudança repentina de humor e vieram perguntar o que tinha acontecido, mas apenas disse que era complicado e eles entenderam que não queria falar sobre o assunto. Além disso, quando fiquei sozinha com Vinícius, aproveitei para confirmar que estava livre na sexta-feira, arrancando um sorriso de seu rosto.

Liguei para minha mãe e disse que somente almoçaria na escola. Entretanto, depois que escutou a versão de Benjamin, ficou brava demais para cooperar comigo e disse que, se quisesse continuar com isso, teria que voltar à pé para casa.

Obviamente, eu fiz o sensato.

Eu voltei a pé.

Quando disse ‘sensato’, quis dizer o que era sensato para mim.

Infelizmente, o tempo não cooperou muito e logo começou a chover. Isso fez com que tivesse que abraçar minha mochila e tentar avançar o caminho desviando de poças d’água, buscando me esconder em locais cobertos e escapar e de motoristas que gostavam de encharcar inocentes estudantes que quiseram voltar a pé para evitar seus melhores amigos. 

 Quando cheguei na minha rua, acelerei o passo, ignorando os tênis encharcados e as roupas e mochila pingando. Ao entrar em casa, deixei uma poça na sala que teria de limpar depois, já que a prioridade era tirar aquele uniforme, que consistia em uma jaqueta azul e uma blusa branca (ambas com o símbolo do colégio) acompanhadas de uma calça jeans qualquer.

Tirei a jaqueta e o tênis e fui pegar um ventilador para deixar em frente aos cadernos e coloquei a água para ferver, pois ainda estava com fome. Devido à praticidade, iria de miojo mesmo. Subi correndo e logo posicionei o ventilador, que estava fazendo seu trabalho.

Suspirei e continuei recitando mentalmente que aquilo era necessário. Apesar de insistente, depois de algumas semanas Benjamin desistiria e apenas me olharia com mágoa, mas não correria atrás. Permiti-me relaxar por perceber que teria algumas horas livres até Benjamin chegar da escola e voltar a me perseguir.

Foi então que escutei batidas na porta e a campainha foi apertada. Estranhei o horário, mas com certeza seria Dona Marília pedindo algo. Abaixei o fogo e segui para a porta, abrindo-a em seguida.

Não era Dona Marília.

Era Benjamin.

O pulo que meu coração deu não foi só pela surpresa. Ele estava com seu moletom azul-marinho e uma calça preta. Algumas gotas pingavam de seu cabelo e molhavam ainda mais meu tapete de entrada. Benjamin estava com os braços apoiados nos batentes e pequenas olheiras se encontravam abaixo dos olhos tomados por ódio.

Ele não poderia estar mais lindo.

Benjamin bravo não é realmente agradável – principalmente se for comigo –, mas seus olhos assumiam um tom que me fascinava ainda mais do que o verde já adorável. É simples ler Benjamin só de olhar para aqueles olhos apaixonantes e que pertencem ao garoto que eu amo.

Sim, eu amo Benjamin.

É óbvio e eu não posso negar – não para você, Diário. Era como se, só de vê-lo, meu coração entrasse em pane e meu cérebro precisasse do dobro de trabalho para formular uma frase. Eu o via parado a minha frente, observando-me da cabeça aos pés e, enquanto eu estava com os cabelos em gomos embaraçados, a roupa velha, sem graça e esgarçada e a maquiagem completamente borrada, Benjamin era lindo de qualquer jeito e ainda tinha um poder magnético sobre mim, atraindo meu olhar e fazendo aquelas malditas borboletas voltarem a dar cambalhotas em meu estômago.

Aquele olhar me lembrou o exato momento em que descobri que deixara de apenas gostar dele e percebi que o amava. Não era um amor de irmão e isso ficou óbvio assim que a verdade bateu na minha cara.

Há pouco mais de dois meses, em um sábado, Benjamin me chamou para ir ao cinema assistir algum filme de super-herói. Eu estava muito ansiosa, achando que ele estaria considerando isso como um encontro – sim, eu era meio iludida – e comecei a me arrumar, sempre achando um defeito em tudo e atrasando nossa saída.

— Lívia! Desce logo, caramba! – ele gritou da sala e logo ouvi passos na escada, sinalizando que ele queria subir. Comecei então a me arrumar no banheiro, terminando de passar a maquiagem lá.

Foi então que me lembrei de um detalhe muito importante: Não tinha escovado os dentes ainda.

Se tratando, na minha cabeça, de um encontro, eu teria que escovar os dentes. Peguei a pasta de dente e comecei a procurar minha escova. Onde estava a maldita? Revirei minhas estantes e as gavetas, caso eu tivesse guardado por ali quando me distraí, mas não achava de jeito nenhum.

Saí do banheiro e fui em direção à suíte de meus pais, pensando que era uma das minhas últimas opções, mas também não estava ali. Eu estava nervosa e já achava que tudo daria errado. Esperançosa, comecei a olhar em todos os lugares que passava, mas nada dela. Por que, quanto mais você precisa de algo, mais isso parece fugir de você?

— Lívia! – ele gritou de novo.

— Já estou descendo! – gritei ainda mais alto e ele se calou, mas ouvi um pesado suspiro.

Revirei todos os armários e não a encontrava em lugar nenhum. Desci, passando reto por Benjamin, que estava na escada, e comecei a olhar o lavabo e os armários lá embaixo, que eram minha última esperança. Meu vizinho observava tudo em silêncio, então já soube que daí não viria coisa boa. Estava prestes a me convencer de apenas pegar um simples chiclete quando escuto a voz do meu vizinho:

— Quer saber, Lívia? – disse, erguendo os braços. – Esquece! Não vamos mais a cinema nenhum. O filme já está prestes a começar. Da próxima vez, vê se não enrola.

 Não podia acreditar que ele cancelou tudo. Aquilo foi como um tapa na cara e não se faz isso com quem está apaixonado. Tive vontade de insistir para que fôssemos, para que não desistisse de sair comigo, mas como ele estava jogando toda a culpa para mim – o que, em parte, é aceitável – meu lado orgulhoso tomou conta.

— Ah é? E o que você fez além de reclamar? Não ofereceu ajuda, sequer perguntou se precisava, mas adivinha? Eu precisava. Você estava tão entretido gritando comigo que nem ofereceu ajuda para achar a merda da minha escova de dente.

Dei uma pausa, recuperando o ar. Benjamin me encarava, calado, claramente surpreso pela minha reação.

— Mas pode deixar, Benjamin, não precisa me chamar pra assistir filme nenhum. Vá assistir o herói salvar a porra da mocinha sozinho e me esquece! – empurrei-o para fora de casa, interrompendo-o toda vez que tentava dizer algo, até conseguir expulsá-lo e bati a porta na sua cara.

Fiquei sentada no sofá, com as lágrimas de raiva caindo e com os punhos fechados, sem fazer nada. Eu tinha culpa, sim, mas não queria admitir, especialmente porque eu era a culpada de não ter saído com Benjamin. Parte de mim esperava que, por algum motivo, meu vizinho voltasse e pedisse desculpas, mas ele não o fez. O único som era a chuva pesada e os trovões, o que não melhorou nada meu estado. Acabei ficando o resto da tarde na sala assistindo a um filme qualquer.

Quando já estava dando o horário da chegada de meus pais, para que não vissem meu estado, subi para meu quarto com o intuito de tomar banho. Estava pegando minha toalha quando reparei em algo. Havia um pequeno embrulho em cima do travesseiro. Era pequeno e retangular.

Aproximei-me e rasguei o embrulho, dando de cara com uma escova de dente azul. Fui obrigada a sorrir com o presente de Benjamin. Era como se mais nenhuma mágoa existisse no meu coração. Foi mais um menos nessa hora que o pensamento invadiu minha cabeça, quase que inconsciente, e eu disse em voz alta:

— Meu Deus, eu amo esse menino.

Quando raciocinei o que tinha dito, foi como se a verdade fosse um trem que acabara de me atropelar. Eu amava Benjamin e era de forma verdadeira. Seu presente era algo simples, sem nenhuma relevância para uma mulher apaixonada por brincos e bolsas, e a escova de dente trouxe à tona uma verdade escondida que nenhuma joia conseguiria arrancar de mim.

Benjamin dá presentes inusitados. Nada chique ou caro, mas posso ver que é de coração. Tudo que ele já me comprou, desde a escova de dente até os chocolates de minha loja favorita, foi entregue com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos, o que só mostrava o quanto ele se importava comigo e sabia que eu iria gostar do presente, não importava o que fosse. O problema surge quando você percebe que Benjamin não pede desculpas. Ele é orgulhoso demais para isso, então mostra o quanto está arrependido por meio de presentes ou gestos, assim como fez naquele dia.

Mas não tinha certeza se o faria hoje.

E vê-lo ali, mais bravo do que eu naquele dia, tendo que suportar a mesma chuva e a mesma tensão entre nós, só me fez perceber que esse dia sem encontrá-lo não alterou nada em meus sentimentos.

Foi aí que lembrei que hoje Benjamin tinha aula à tarde.

— Benjamin, o que está fazendo? – perguntei um pouco mais alto devido ao ruído da chuva. Ele riu, cínico.

— O que é que você está fazendo, Lívia. Acho que eu tenho o direito a ter minha resposta primeiro, não é? Que porra foi aquela ontem de ignorar minhas ligações? E me bloquear? – perguntou, avançando para dentro de minha casa e batendo a porta atrás de si, sem desviar por um segundo o olhar do meu.

Meu corpo parecia se encolher a cada passo que ele dava para frente e eu recuava um. O surto de adrenalina que ver Benjamin proporcionou ao meu corpo não parecia mais tão agradável e os pelos de minha pele arrepiavam não só pela roupa molhada.

— E acha que não sei que ficou na escola para não me ver? Eu tive que ligar pra todo mundo para entender se você estava passando mal ou se tinha morrido. Mas não... – ele riu, seco. – Acontece que ninguém sabia de nada e sua mãe ainda me diz que você está chateada pela discussão que nós tivemos, discussão essa que eu nem sabia que existiu.

Benjamin continuou avançando até me prender entre a parede e seu corpo, de uma forma nada agradável. O nó que se formava em minha garganta parecia só piorar o desespero que se alastrava dentro de mim por não saber o que dizer a ele.

— Então, Lívia, acho melhor você me explicar o que está acontecendo.

Ele se calou e respirou fundo, sem desviar o rosto. Enquanto as engrenagens do meu cérebro trabalhavam, meu vizinho continuou ali, apenas me analisando com aqueles olhos acusadores. Uma solitária e silenciosa lágrima rolou por meu rosto. Baixei o olhar, evitando o julgamento de Benjamin.

— Eu não posso contar – falei quase em sussurro e Benjamin socou a parede ao meu lado.

— Para com isso, Lívia! – ele quase gritou. – Conta agora que merda está acontecendo – solucei com o choro involuntário e ele revirou os olhos. – E nem tente me amolecer chorando que nem da outra vez. Vai, desembucha.

Eu realmente não sabia o que fazer nem por que estava chorando, eu só não queria nem planejava passar por isso. Não iria falar sobre sua namorada e muito menos contar sobre meus sentimentos, mas Benjamin não ia me deixar sair enquanto não lhe desse uma justificativa convincente. Eu sentia seu olhar em mim e sua respiração estava muito perto. Respirei fundo e comecei minha desculpa:

— É complicado, Benjamin. Meu mundo não gira ao seu redor de você e eu tenho meus problemas para lidar, mas o tempo que deveria estar gastando resolvendo meus conflitos, eu gastei te ouvindo falar sobre as nada interessantes histórias sobre seu namoro.

Desvencilhei-me dele e mantive uma distância segura, para evitar que Benjamin fizesse aquilo novamente. Já era desconcertante tê-lo ali, imagina estar ainda mais perto do que as barreiras da amizade permitiam. Meu vizinho estava com o cenho franzido e parecia esperar o resto da explicação, que estava saindo mais verdadeira do que eu esperava.

— Eu entendo que você goste dessa Mariana e ela pareceu muito legal – percebeu a grande mentira? –, mas ela é sua namorada e não nossa. Não sou obrigada a ter que aturar suas explicações do quanto ela beija bem e sua ausência sem explicações na hora do almoço, até porque tenho problemas maiores para resolver.

Não foi uma total mentira, sendo que várias verdades permaneceram ocultas, mas, ao mesmo tempo, foram mencionadas. Eu realmente esperava que ele percebesse como o assunto ‘Mariana’ me incomodava. Um trovão soou ao fundo e pude ver Benjamin engolindo em seco.

— Mas eu fui te ajudar com química anteontem e você praticamente me expulsou de seu quarto sem mais nem menos – explicou, achando que meus problemas envolviam apenas química. Quem dera. 

— Ajudando? – ri, falsamente. – Você jogava conteúdo em mim e nem preocupava em saber se eu estava entendendo só porque fiz uma brincadeira dizendo que você estava com ciúmes – disse.

— E você queria que eu não tivesse? Com você me trocando na cara dura pelo Daniel? Sério, tinha que ser com um dos meus amigos? Como você queria que eu reagisse se pegasse vocês dois se beijando?

— Eu queria que você agisse como um amigo normal e entendesse que eu não sou sua namorada e você não pode me proibir de beijar ninguém. Nós somos amigos, e nada além disso – esclareci.

Deve ter sido minha mente brincando comigo, mas eu juro ter visto um rastro de tristeza no rosto de Benjamin, como se sua pose tivesse falhado. É verdade que somos só amigos, mas você não sabe o pulo que meu coração deu ao ouvir da boca de Benjamin que ele realmente tinha ciúmes de mim.

— Você tem que ter ciúmes da sua namorada, não da sua amiga.

— Eu tenho ciúmes dela, mas... mas você desviou completamente do foco dessa conversa – Benjamin comentou. – Você está passando por problemas, sendo que ninguém sabe quais são, e não considerou contá-los nem para mim, que estou a uma varanda de distância? E por que estava me evitando? O que aconteceu? – ele suspirou. – É horrível saber que você esconde coisas de mim, Lívia.

— Certas coisas ficam melhores escondidas. Confie em mim.

Um silêncio se instalou sobre nós, deixando que o som da chuva ocupasse nossos ouvidos. Porém, isso só durou até Benjamin ficar furioso novamente por eu não contar os problemas pelos quais passava e ir embora, batendo forte a porta e me deixando sozinha ali.

Passei a mão pelos cabelos e decidi tomar banho, ainda soluçando e sentindo as lágrimas em meu rosto secarem. Já debaixo do chuveiro, deixei a água quente levar toda a tristeza e sujeira, esperando que estar limpa melhorasse um pouco as coisas.

Quando desci, tive de desligar o fogão correndo e escorreguei na poça de água que esqueci de secar. Fervi novamente a água e comi meu miojo em silêncio, sentindo mais culpa a cada momento.

Entretanto, não pude deixar de me perguntar por que Benjamin teria faltado em seu período à tarde. Não teria sido por minha causa, teria?

Não, claro que não.

Devido ao meu estado de tristeza e cansaço, meu cérebro deve ter entendido que eu realmente precisava dormir. O barulho da chuva me acalmou e pude finalmente fechar os olhos.

Quando acordei, a chuva já estava diminuindo e eu decidi bolar alguma coisa para Benjamin ao menos não ficar tão bravo. Já estava na hora de resolver isso. O alívio que antes surgia em mim por não ter mais que esconder sentimentos foi suprimido pelo peso na consciência de magoar muito meu melhor amigo. A errada ali era eu, por ter sentimentos indevidos, e eu não podia culpá-lo por ter me apaixonado. 

Foi então que tive uma ideia.

Há algumas semanas, fomos a uma loja de doces e Benjamin comprou vários, fazendo um desafio em seguida para ver quem conseguia colocar mais doces na boca. No fim, Benjamin alcançou 40 enquanto não aguentei nem 20. Para comemorar, ele me obrigou a sorrir para a foto, mesmo estando cheia de balas na boca.

Poucos dias depois, eu revelei a foto, porque ela ficou realmente descontraída e nós saímos muito engraçados, mas não contei a Benjamin que fiz isso. Decidi, então, escrever um pequeno discurso no verso da foto que eu esperava que pelo menos o fizesse sorrir e pensar se era possível me desculpar.

Depois de escrever, pulei minha varanda e olhei rapidamente para conferir se Benjamin não estava lá dentro. Ao notar que estava vazio, abri a porta e colei a foto no vidro, voltando para o meu quarto em seguida.

Eu sabia que ele não viria falar comigo hoje, então não poderia dizer aos meus pais que realmente tinha voltado a conversar com Benjamin. Por isso mesmo, tive que aguentar mais um jantar silencioso, do qual escapei após comer muito rápido.

Agora estou aqui, colocando mais um filme de terror enquanto atualizo você de todas as novidades não tão boas do meu dia. Apenas torça, Diário, para que Benjamin não esteja tão bravo amanhã.

Lívia.

PS: Abaixo está o que eu escrevi no verso da foto.

“Se Benjamin Lacerda é importante para mim?

Não, ele é só um vizinho egocêntrico e orgulhoso, mas que não consegue me ver triste e não se preocupar. Acredita que ele odeia o próprio nome? Eu não entendo como, já que eu adoro o nome Benjamin. Ele teima em dizer que me deixa ganhar as partidas porque é cavalheiro, mas eu sei que ele não é páreo para mim.

Entretanto, se ele me perdoar, eu prometo que começo a engolir essa desculpa.

(Mas isso não quer dizer que ele é importante para mim).

Lívia.”

9º Defeito: Benjamin não pede desculpas da forma tradicional.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo!