Ela ainda não sabe... escrita por Susu Picanço


Capítulo 31
Cap. 31


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meninas... Só que aconteceram tantas coisas que fizeram com que eu me atrasasse.... Espero que vocês gostem do novo capítulo. Estarei esperando os comentários para saber o que vou escrever a partir de agora :)

Beijos e Boa Leitura ♥



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Os dias estavam passando arrastados para Bella. Estava tentando organizar a bagunça que seu mundo virou despois que chegou com Edward na casa, e encontrou Leah completamente instável, com uma revelação que deixou tudo de cabeça para baixo naquele dia que era para ser tão especial. Ainda tentava similar o fato de que Emmett foi um dos cara que foi responsável pelo que aconteceu com sua prima.

Tinha uma grande chance de que o filho seja dele.

Bella passou a mão pelo cabelo sem saber o que fazer.

— Como está Leah? - Renner colocou o café da manhã na mesa. - Ela não sai do quarto já faz dias. Isso não é muito bom.

Bella apenas deixou um sussurro fraco sair:

— Ela ta melhorando aos poucos.

— Pensei que os dias fora iriam fazer bem para ela, mais foi tudo ao contrário; - Ela se sentou de frente para filha, querendo mais respostas. - O que aconteceu?

Bella virou o rosto para não encarar a mãe. Tinha prometido que não contaria nada até que tivessem provas que Emmett realmente não era culpado do que foi acusado.

— Na hora certa contarei, mãe.

Dito isso, se levantou e foi para o quarto vê como Leah estava. O que a deixava ainda mais triste era o fato de que com toda essa confusão, a relação dela com Edward ficou estremecida, e ainda tinha a noiva que reapareceu para deixar as coisas ainda mais difíceis.

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Edward escutava com o estomago enjoado, tudo que o irmão de Emmett dizia.

— Sim! Comprei aquela garota sonsa para o nosso prazer.

— Como teve a coragem de fazer isso!? - Emmett estava enfurecido olhando o irmão. - Como pode me fazer isso?

Mike apenas sorria como se tudo fosse engraçado. Edward se sentiu mal por ter batido no amigo quando descobriu que ele teve participação do que aconteceu com a prima da Bella. Agora sabia que ele não teve culpa do que tinha ocorrido.

— Quem mais teve participação do abuso?

— Quem mais? - Mike gargalhou alto. - Você é um babaca mesmo.

Emmett acerta um soco na cara de Mike.

— Não estou brincando! Quero os nomes de todos os envolvidos. Agora!

— Merda! Você quebrou meu nariz! - Mike colocou a mão no nariz que sagrava.

— Vou quebrar muito mais se não falar!

Emmett estava furioso com tudo que descobriu. Sentia uma grande fúria dele mesmo por ter feito algo que nem se lembrava. Ainda não conseguia acreditar que ele tinha feito mal a uma garota inocente e pior que poderia ser pai de uma criança, fruto de algo abominável.

Ele estava pronto para acerta mais um murro na cara do irmão, quando Mike recua.

— Só você! Foi o único que transou com a garota naquele dia.

— Mentira! Ela disse que tinha outros no quarto!

— Isso é verdade! Tinha planos de todos pegarem ela, mais o Gustavo teve a péssima ideia de aplicar em você uma droga que te deixou incansável, e impedia qualquer um que tentava te afastar da garota. - Ele falou apressadamente, para depois soltar uma risada maliciosa. - Se não acredita, tenho os vídeos que fiz daquela noite. Você parecia um animal no cio, irmão.

Emmett da outro murro na cara do irmão que cai no chão com a força do impacto.

— Seu merda!

Emmett chorava por Leah, por ele, e pelo bebê inocente. Sua vida tinha se tornado uma confusão. Já não sabia quem realmente era o irmão e a noiva. Foi traído pelas pessoas que mais amava, e estava sendo doloroso encarar isso de frente.

— A quanto tempo você vem tendo um caso com a minha noiva? - Perguntou. Precisava saber de toda verdade. Só assim poderia tomar uma decisão sobre o futuro.

— A muito mais tempo que você possa imaginar! Eu a conheci primeiro que você! Só que como não sou rico, ela escolheu ficar com você.

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Bella estava saindo do banheiro quando viu a mãe entrar pela porta.

— Você tem visita. - Ela fala toda risonha. - Edward, está lá em baixo te esperando.

Ela fica sem reação, não sabendo o que deveria fazer. Bella olha para Leah que estava sentada na beira da janela.

— Não quer recebe-lo querida? - Renner pergunta confusa.

— É claro que ela quer, tia. - Leah diz dando um sorriso sem graça. - Bella apenas estar preocupada comigo.

— Leah...

Bella começa a dizer, só que é interrompida pela prima.

— Vai lá... - Ela incentiva. - Vou ficar bem.

Bella se arruma de forma automática, pensando em tudo que ele poderia falar. Ela olha para Leah antes de desce as escadas nervosa, imaginado mil coisas.

Charles estava sentado do outro lado do sofá com a cara amarrada. Sabia que o pai não gostava de Edward.

Assim que Edward viu Bella, ele se levantou. Por um momento, os dois sorriram um para o outro, então o sorriso de Bella desapareceu.

— É muito bom vê-la, Bella. - Edward começa a dizer, com o coração aos pulos por estar vendo ela. - Como tem estado?

— Estou bem na medida do possível.

Renner se aproxima chamando o marido, que não fica nada feliz em deixar Bella com aquele homem.

— Venha querido, preciso mostrar algo para você.

— Você pode me mostrar mais tarde.

— Charles!

Ela olhou de cara feia para o marido, até que a contragosto ele a seguiu escada a cima.

Bella agradeceu mentalmente a mãe por deixar os dois a sois. Ela olhou para Edward que parecia tão abatido quanto ela, e tudo que ela queria era se jogar em seus braços e nunca mais sair de lá. Só que aquilo parecia impossível naquele momento.

— Como estar sua noiva? - Pergunta curiosa.

Respirando fundo, Edward se aproximou dela:

— Ela não é mais minha noiva. - Fala gentilmente colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. - A única que me importa agora, é você.

O coração de Bella acelera com aquela declaração tão vigorosa. Sentido aumentar ainda mais aquela vontade louca de beija-lo e jogar todas as precauções para o espaço.

Não! Não podia fazer isso. Pensou se recuperando. Tinha que pensar em Leah.

— Eu não sei o que fazer. - ela diz em um sussurro baixo. - Agora parece tão errado. Você é amigo de Emmett, e ele fez um mal tão grande com a minha prima.

— Ele não teve totalmente culpa no que aconteceu, Bella. - Ele dá um passo para trás, querendo olha-la nos olhos. - Emmett foi drogado pelo irmão. Ontem, o irmão dele confessou toda a verdade, e foi doloroso para ele descobrir a crueldade do irmãos e a traição da noiva. Ele estar se destruindo por se sentir culpado por algo que ele nem se lembra mais sabe que é verdade. A única coisa que está o mantendo em pé é a criança.

Uma esperança dentro dela se ilumina com força. Sabendo que a criança poderia sarar algumas das feridas da prima, e saber que Emmett não teve tanta culpa aliviava sua alma.

— Encontraram o bebê da Leah?

— Sim.

Os dois estavam alheios que estavam sendo escutados por Leah, que ao ouvir saltou de onde estava, e foi correndo até os dois:

— Onde está meu bebê? - Leah aparece com o rosto cheio de lagrimas, mais lagrimas de felicidade. - É verdade? Meu bebê estar vivo? Onde estar?

Bella corre para abraça-la.

— Sim, Leah. - Ela limpa as lagrimas do rosto da prima. - Logo ele vai estar aqui com você.

Depois de acalma-la, Bella volta a descer para encontrar Edward que estava sentado no sofá ainda a esperando. Leah ficou muito agitada e teve que dá um calmante para a prima que rapidamente caiu em um sono profundo.

— Como ela estar? - Edward perguntou.

— Vai ficar bem, acabou dormindo.

— Bella...

Ela levanta a mão o silenciando:

— Estou muito feliz por você estar aqui. - Ela dizia com a mão no coração. Sentido que estava arrancando seu próprio coração ao dizer as próximas palavras. - Que tenha trazido boas notícias. Mas, não podemos ficar juntos.

— Bella, quero falar algo importante. - Ele começa a dizer. Tinha tomado a decisão de contar toda verdade, não tinha muito tempo a perder. Principalmente com Esme o perseguido. Sabia que Bella estava se afastado por causa dela.

— Sua noiva me procurou. - Ela o interrompe novamente, precisando dizer tudo antes que se derramasse em lagrimas. - Ela disse que você a ama muito. Que apenas ficou comigo como uma válvula de escape, que se senti culpado, por isso não consegue terminar tudo. Eu entendo se quiser terminar tudo, não precisa se sentir culpado.

O corpo de Edward estremeceu com as mentiras que Esme contou para Bella. Devia ter imaginado isso, quando ela disse que não desistiria tão fácil dele.

Ele se aproxima e para quando Bella se afasta. Doeu nele aquilo, sabia que precisava fazer algo ou tudo estaria arruinado. Ele olhou em volta, tomando coragem para contar o que poderia causar ainda mais a distância dela. Foi a mesma coisa com Esme, ela o dizia amar, mas quando soube que estava com câncer, o deixou sozinho. Sabia que Bella era diferente, mas, ainda sentia muito medo de contar.

— Bella.... Não tenho muito tempo a perder.  - Edward olha para ela. Que subitamente fica paralisada. - Tudo que Esme disse é mentira. É verdade que teve um tempo que pensei ama-la, mas tudo isso mudou quando te conheci. A sua entrada na minha vida mudou muita coisa em mim, antes eu apenas sobrevivia, e hoje quero viver por você. Tudo que quero é passar meu tempo com você, não quero perder um segundo a mais, pois não sei quanto tempo me resta ao meu favor.

— O que está dizendo? - Bella sentiu uma pontada no coração. - O que isso significa?

— Não quero sua compaixão. Quero que esteja comigo de coração. - Ele desabafa, e vira o rosto não querendo olhar qual é sua reação. - Não me resta muito tempo, os médicos disseram que as chances são mínimas. Tenho câncer. E tudo que quero é ter você nem que seja por um minuto. Mas, não quero que fique comigo apenas por pena. Parece até castigo que quando eu podia viver eu não queria, e agora que quero as chances são quase nulas.

Bella tinha as mãos na boca, sufocando os soluços que vinha de sua alma. Ela correu até Edward o abraçando com força. Sentido que morria se ele a deixasse para sempre. Ela não queria acreditar que o tempo era o pior inimigo deles.

Olhou para ele sem acreditar.

— Vai ficar tudo bem, não é?

— Com você a meu lado já me sinto bem. – Edward sussurrou carinhosamente. – Você é minha vida.

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As coisas estavam fugindo da harmonia que eles haviam criado.

Com um estrondo, um homem passa pela porta, invadindo o que parecia ser uma reunião. Todos se voltam para olhar para quem se atrevia a interrompe-los, e levam um susto quando se deparam com o destino, nada feliz.

— Posso saber o que está acontecendo aqui? – Ele fala numa voz grossa que dizia que não aturaria uma mentira.

Os que o temiam se encolhem, envergonhados por terem sidos pegos desprevenidos.

— Estamos falando o quanto você está sendo incompetente! – Rugi um homem no fim da mesa.

 O destino dá um meio sorriso. Não tolerava ser enfrentando por ninguém. Olha para os homens ali reunidos, e os desafia com o olhar. Olha fixamente para quem o desafiava.

— Diga-me no que estou sendo incompetente?

— No destino das pessoas! – Grita em pleno pulmões para que todos escutassem. – Está sendo incompetente no seu próprio trabalho!

O destino se aproxima perigosamente para perto do homem. Percebendo o perigo, ele dá um passo para trás, mais logo é erguido pelo pescoço, por um furioso Destino.

— Está dizendo que não faço bem o meu trabalho! – Ainda segurando com força o homem, ele olha para todos ali na sala. – Alguém mas pensa o mesmo?

Tinha quase certeza que eles estavam quase se mijando nas calças, era uma vergonha ter medrosos o desafiando. Ele era o destino, e nunca era desafiado. Os únicos que poderia dizer ou reclamar de algo, eram seus superiores. Não suportava ter idiotas querendo opinar no que deveria fazer com o seu trabalho. Estava a muito tempo neste cargo, sendo o guardião do Destino, para ser desafiados por um bando de retardados que pensavam que poderia ser melhores do que ele. Não sabia a carga que era ser o Destino e suas responsabilidades.

— Não... não... é o que...

— Não sabíamos.

Chegava a ser engraçado o quanto eles estavam amedrontados, se não fosse tão sério a situação que se encontravam.

— Não sabíamos o que estava acontecendo. – Diz uma voz conhecida.

Com um movimento rápido, ele larga o homem. E se dirige em direção a voz da mulher.

— Becca?! – Estava surpreendido com a presença dela naquela maldita reunião contra ele. – Que merda! O que faz aqui?!

Ela se levanta e o encara de cabeça erguida.

— Não sabia para o que era essa reunião. – Diz apontado para a mesa. – Pensei que você estaria presente. Estou tão surpresa quanto você.

Ele se controla para não cometer nenhuma coisa que pudessem vim a se arrepender. Volta seu olhar para o homem que se levantava com a mão no pescoço dolorido.

— Quero que diga que merda está acontecendo aqui!

Se recompondo, o homem o encara de igual para igual. Talvez ele não tivesse pena dele próprio por aquele ato de desafio.

— Não foi convidado para estar reunião.

Destino começa a rir. Tendo absoluta certeza que o cara não tinha um pingo de juízo por esta pedido para morrer. Como ele se atrevia a expulsa-lo de uma reunião que se tratava dele? Estava louco se achava que deixaria aquela sala sem uma explicação.

— Não! – É impedido por Becca de se aproximar daquele babaca. – Somos civilizados, e aqui não é um lugar de brigas.

— Não sairei! – Recruta puto da vida com o que estava acontecendo. - Não até que me contem que palhaçada é essa!

— Fui convocado para anunciar o seu afastamento do cargo de Destino. - Diz o homem que ainda massageava a garganta. - Por sua incompetência uma vida que não era para existir, acabou sendo novamente concebida.

Naquele momento todos se sentiram à vontade para dizer o que estavam pensando:

— Isso jamais devia ter acontecido!

— Era seu dever que aquela menina jamais voltasse a ser concebida.

— Sua incompetênciairá interferir no futuro de todos!

— Podemos fazer como fizemos a séculos atrás.

— Sim. - Concordou um deles. - Será a melhor forma.

Um outro guardião os interrompeu:

— Não podemos fazer nada para interferir nesta nova vida. Nos foi permitido fazer isso uma vez, não temos uma segunda chance para isso, não enquanto ela estiver no ventre da mãe. - Ele continuou falando, revirando os olhos por eles terem esquecido daquele detalhe. - Lembrem que agora ela tem uma linha temporal permanente, mesmo que tentemos contra a vida delas, a garota agora tem uma porta de entrada para voltar. A vida dos pais dela criou um laço, unido seus destino e caminhos. De uma forma a outra eles sempre iram se encontrar.

— Podemos refazer essa linha temporal. - Contra taca o outro. - Quando ela nascer podemos elimina-la. Na próxima geração, iremos separar os dois até que ela deixe de existir novamente.

— Não será permitido toca-la até que tenha no mínimo três anos de idade. - Informou o outro. - E quanto mais tempo ela viver, a linha temporal dela vai se fortalecendo, tornando mais difícil de elimina-la.

— Deve ter alguma forma de burla isso! Não podemos deixar isso acontecer.

O Destino olhava vendo eles falarem como se ela não fosse nada além de um inconivente problema.

— Já aconteceu... - Ele comenta ironizando. - Consigo senti-la se tornar mais forte a cada minuto que se passa. É como se ela fosse uma parte minha. Talvez por ser uma vida que não era para existir.

O guardião que ele havia pendurado, troca um olhar com outro guardião que estava na ponta da mesa.

— Você está sendo afastado de suas funções de Destino, Sr. Tom. - Decreta o guardião. - Sua punição será ficar em exílio no mundo dos homens. Perdera sua posição dentro dos guardiões. Quando chegar o momento de fertilidade de nossas guardiões, elas serão enviadas para você. Por mais que eu queira, não posso tirar o seu sucessor da linha de sucessão. É seu dever dá um herdeiro de sangue puro.

— Você não pode fazer isso! - Tom estava furioso. Não seria tratado como um ninguém. - Só os superiores podem!

O guardião da um sorriso de vitória:

— Foram ordens deles. - Falou apreciando ver a derrota do poderoso Destino. - Hoje mesmo você será um simples homem, não terá nada e ninguém.

Tom girou e saiu para bem longe deixando todos para trás.

— Agora que ele saiu, o que faremos? - Perguntou um deles.

— Fazer limpeza e concertar os estragos.

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