Quero você escrita por Miss Luh


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente voltei a postar! A maioria das pessoas vai provavelmente reclamar pela grande demora, pela falta de regularidade das potagens, por eu não estar sendo legal com as pessoas que acompanham e vão dizer que nem se lembram mais da fic de tanto tempo desde o ultimo capítulo. Eu entendo isso, e também sei que como autora é vacilo com vocês e muito injusto porque vocês que dão credibilidade a isso. Só que entendam gente, que eu escrevo isso não só pra vocês como pra mim, eu tentei várias vezes escrever isso de forma que ficasse perfeito pra voces ( mania minha, espero ter dado certo kkkk), que não julguem esse sumiço porque assim como vocês, tenho vida lá fora, compromisso, amigos e encontrar tempo para parar e escrever de forma que fique legal é um desafio porque eu não sou tão dedicada como gostaria. Peço que não desistam disso e que continuem lendo, eu nunca esqueço dessa fic e das palavras de motivação, depois de muito tempo sem entrar, eu li TODOS os comentários, mensagem privada, só não respondi alguns porque nem eu mesma sabia quando iria voltar a postar. Espero que me desculpem e que sempre se lembrem dessa fic, porque apesar de não parecer, foi feita de coração pra vocês por uma adolescente descabeçada que só quer que todo mundo acredite que há sim um final feliz pra todo mundo, embora quase sempre pareça que não tenha. Aproveitem, comentem a vontade, que dessa vez vou responder todos!! Obrigada por tudo :D



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Quero Você Capítulo 8

— Você não devia ter dito a ela. – minha mãe continuou reclamando, enquanto sentava-se na cadeira e bebia o pouco do champanhe que tinha comprado especialmente para o jantar. – Esperava que ela fosse aceitar isso tudo como um conto de fadas, eu lhe disse que se queria que ela soubesse, era melhor que fosse por mim e pelo seu pai.

Franzi o cenho, cruzei os braços e permaneci ali observando-a. Estava tão diferente, mas ainda assim, parecia a mesma Lou que conheci naquele mesmo anexo. O vestido vermelho ainda cai-lhe tão bem, exatamente como me recordava nas minhas lembranças, seu cabelo, sentia vontade de tocá-lo novamente, e queria tanto olhar para seus olhos. Suas bochechas, que as conheci tão rosadas pelo frio daquela pequena cidade, se encontrava tão pálida. Era linda.

Ficava me perguntando como nunca antes tinha parado para olhá-la tão atentamente. Talvez preocupado com a minha morte, com o impacto que isso teria na vida da minha família e de Louisa, eu tinha esquecido como era ter uma vida amorosa, uma vida real.

— Você e papai mal conversam desde que acordei. Eu sou um adulto, não preciso de vocês dois cuidando da minha vida agora que estou consciente. Nathan, o que acha?

Nathan continuou analisando Louisa e tirando sua pressão. Ela parecia estar recuperando a cor aos poucos.

— Ela já está voltando. Lou? Pode me ouvir? – ele acenou para Louisa.

Quando a vi abrindo os olhos, meu coração começou a bater mais rápido. A ansiedade tomou conta de mim. Odiava isso, fazia tempo que não sentia tanta emoção em tão poucos minutos. Era tão bom, mas eu estava tão pouco acostumado.

Olhei para minha mãe. Ela levantou-se, e saiu do anexo.

Sentei-me perto de Louisa. Nathan se levantou e apenas me desejou boa sorte com o olhar. Não sabia o que pensar, não sabia como reagir, só sabia que ela estava ali, que eu estava vivo e que a queria ali e agora de todos os sentidos possíveis. Era delicada e tão desajeitada. Dei um sorriso quando ela abriu os olhos e começou a me encarar fundo. Ela já não exibia surpresa, o que me surpreendeu. Esperava aquela reação de criança, abrindo a boca e a tapando com a mão, como era típico dela e como a imaginei fazendo quando me visse. Ela não parecia feliz.

— Você está bem? – passei a mão pelo seu rosto. Rapidamente aqueceu com o toque.

Ela olhou-me profundamente.

— Se isso for um sonho, me avise para não acordar. – ela balançou a cabeça, tocando na minha mão em seguida e olhando-me outra vez.

— Então não acorde. Não precisa, isso é real.

— Isso já é um avanço, eu nunca conseguia te tocar em nenhum dos sonhos que eu tive sobre você.

Dei uma risadinha. Ela não acreditava.

— O que aconteceu? – perguntou ela, ainda em choque. – Isto não pode ser real. Você deve ser algum sósia ou então, Will teve um irmão gêmeo e ninguém me contou. – ela segurou na minha mão, se atropelando nas palavras e começando a ofegar, provavelmente de choro outra vez. Seus olhos recomeçaram a lacrimejar de tanta emoção que ela sentia. – Se for isso, me conte logo porque essa brincadeira é injusta comigo. Você tem ideia do quanto doeu? Do quanto doeu estar ali no ultimo momento da sua vida e nunca...nunca mais poder ver nem ouvir você?

— Eu sei... e tudo tem um motivo. Antes de tudo, quero que me desculpe. – levantei minha mão e entrelacei meus dedos com os dela. Me sentia tão bem.

Senti uma lágrima tocar minha pele. Olhei para seus lindos olhos azuis e fiquei pensando como não tinha parado para admirá-los melhor, talvez um dia inteiro. Até inchados, conseguiam ser maravilhosamente lindos. Não era um choro de tristeza, era de raiva. Não conseguia descrever a expressão que ela estava fazendo. Ela me encarava e não desviava um minuto sequer. Talvez para lembrar sua mente como eu era e reconforta-la que eu estava ali.

— Me desculpe, me desculpe por ser tão egoísta. Por ter sido tão cruel com você e ter lhe feito passar por tudo isso. Por ter partido seu coração dessa forma e acabado com suas esperanças. Eu não queria mais aquela dor, Clark! Não queria sofrer. E achei justo que eu escolhesse meu destino como qualquer um. Mas não era minha hora de partir, agora eu sei disso.

— Onde você esteve? – ela perguntou, sem olhar para mim, com o olhar estático.

— Meus pais desistiram do procedimento quando eu ainda estava desacordado. Você, aquela altura, já tinha partido para os Estados Unidos. Um amigo do médico que estava cuidando da minha morte disse que havia uma possível cura e então sem eu saber, fui encaminhado até esse médico e eles iniciaram a cirurgia da medula. Eles não tinham certeza de nada, se eu ia morrer ou não, mas era uma chance e eles queriam tentar. Tudo deu certo, porém por algum erro, acabei entrando em um coma de 2 anos. Quando acordei, tive que me acostumar com meu corpo. Tudo é um sonho ainda, e apesar de parecer um conto de fadas, é a realidade. Eu estou aqui, na sua frente, e bem vivo. E pronto para ter uma vida novamente.

Olhei firmemente para Louisa. Quando terminei de falar, ela saiu do estado estático, encarou nossas mãos e rapidamente voltou os olhos na minha direção. Ela parecia mais calma. Sua boca, tingida por aquele vermelho de batom me tentava. Apesar da maquiagem ter espalhado pelo seu rosto, não conseguia deixar de admirá-la. Seu perfume inundava aquele quarto e a minha vontade de morder seu pescoço chegava a me incomodar seriamente. Queria tocá-la, mas não do jeito que estava acostumado. Olhá-la de tão perto fazia tudo ser bem mais intenso. “Pare com isso, controle-se”. Ela inclinou o corpo na minha direção, apertou a mão na minha e pude sentir através dela o quanto seu coração estava disparado. Seu corpo parecia quente e eu queria me reconfortar nele.

— Por que não me procurou? Por que ninguém me contou nada?

— Meus pais acharam melhor manter em segredo. Eu podia não acordar e isso poderia te trazer falsas esperanças e prolongar a dor. Você teria perdido dois anos da sua vida me esperando e podia ser em vão. Pensei em te chamar logo que acordei, mas meus pais queriam evitar um escândalo.

Lembrei-me do cara que a tinha visto dentro daquela loja. Era namorado da Clark. O ciúmes novamente tomou conta de mim, e odiava sentir isso depois de tanto tempo. Era como uma sensação nova. Quando ela namorava aquele atleta, eu sentia. No entanto, não dava atenção aquele sentimento porque sabia que eu não tinha chances nenhuma e que provavelmente depois que eu morresse, eles se casariam e teriam uma linda casa com dois filhos como todo casal costuma ter. Porém tudo agora era diferente. Ela namorava um outro homem que parecia fazê-la bem mais feliz do que Patrick. E apesar de eu ter chances, poderia ser apenas um passado. Eu tinha que confirmar essa teoria.

— Eu senti sua falta, Clark. – me aproximei lentamente, quase sussurrando. Não sei se eu ainda sabia como flertar com uma mulher, mas acho que estava indo bem.

— Eu também. – ela engoliu em seco, fitando minha boca.

Eu não parava de olhar a dela.

Queria tanto bagunçar aquele vermelho forte dos seus lábios, abraçá-la, tocá-la do jeito que eu não pude naquela praia. Talvez fosse meus instintos masculinos ativando há tanto tempo, mas era um desejo tão forte. Aquele corpo quente, aquele perfume, sua pele branca tão suave me chamando. Pude sentir seu coração disparar somente pela circulação da sua mão pequena ficando cada vez mais, e mais rápido. Queria deitá-la, e fazer tudo o que quisesse ali mesmo, sentia falta do toque. Eu não sabia se podia ou não, não sabia se isso ia piorar tudo, mas sabia que com certeza estava indo rápido demais para uma noite tão perturbadora como aquela. Mas quer saber, eu não ligava. E ela também não ligava naquele momento. Nós dois precisávamos um do outro. Molhei meus lábios a querendo naquela cama e fui me aproximando até nossos lábios se tocarem. Esqueci todo o medo que sentia só de tocar aqueles lábios quentes e macios. Jamais teria esquecido do gosto do seu beijo, mas aquele beijo era diferente. Ela permitiu que eu a beijasse e rapidamente permitiu que minha língua dançasse com a dela. Senti o molhado da sua boca e quis mais. Foi o meu pecado. A abracei e segurei no seu pescoço. Era maravilhoso tocá-la eu mesmo. Me sentia vivo, um homem de verdade. Segurei firme e a senti se levantar na cama. Impedi que ela saísse dali grudando seu corpo no meu. Queria isso. Mordi seu lábio e voltei a beijá-la. Minhas mãos percorreram suas costas e senti seus pelos eriçarem. Ela sentia arrepios com meu toque. Até que sem querer, meus dedos notaram um zíper ali. Isso a fez acordar.

Ela saiu dos meus braços e eu cedi. Fui um completo idiota.

Ela arrumou o vestido, colocou rapidamente os sapatos e saiu do quarto sem olhar para mim. Ela tinha lembrado da vida que tinha agora, da vida que eu não estava mais presente. Consegui ouvir seus passos apressados da escada. Ela havia partido.

Não me arrependi, no entanto. Eu estava vivo, e eu tinha o direito de recomeçar minha vida. E queria que Louisa estivesse nela.

Toquei minha boca e me olhei no espelho do quarto, tocando com a língua o batom manchado na minha boca. Pelo menos eu tinha uma certeza:

Aquilo não tinha acabado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura!! >



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