Quero você escrita por Miss Luh


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa por ter parado de postar! Sei que muitos ficaram ansiosos pela parte que eu parei na história e com uma vontade de pular encima da autora aqui que deu uma sumida! Mas eu estou passando por uns probleminhas na vida pessoal e aí, acabei de novo parando de escrever. Algo que eu me arrependo de vdd! Parei um dia desses pra ver um filme qqr e era justamente o tema da minha fic. Foi aí que decidi entrar de novo pra ver o que o pessoal tan achando e muita gente cobrando do meu sumiço e um novo capítulo! Nem respondi alguns porque fiquei com medo de que não ficasse bom o suficiente e eu desse um tempo de novoo...a verdade é que rescrevi tanto esse capítulo por conta das minhas expectativas que espero realmente que gostem! Escrevi com carinho pra vocês que sei que sentiram falta da fic e aguardavam tanto por esse momento! Lembrem-se pessoal: comentários agradam dms o autor, então porfa aguardo esse retorno aí de vocês!
XOXO



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Capítulo 7

— Como assim você vai na casa dos Traynor hoje á noite? – perguntou-me Treena, sentando-se na cadeira da escrivaninha do meu quarto com os olhos arregalados. – Você está falando sério?

— Você me forçou a falar. – suspirei pesadamente. – Eu nem tenho certeza se vou mesmo.

— Você estava guardando isso desde ontem e tenho certeza que estava morrendo de vontade de contar para alguém. – ela apontou para mim, dando um riso logo em seguida. – Oh Deus, olhe seu nervosismo.

Terminei de colocar o vestido vermelho enquanto me analisava no espelho e olhava para minha irmã de relance. – Eu tenho medo do que vou encontrar lá.

— Por que? É apenas um jantar, Lou.

— Eu não sei explicar, estou com uma sensação estranha. Desde que vi Will em Londres, não consigo parar de pensar nele. – franzi o cenho, olhando-me no espelho e relembrando da noite em que fomos ao recital.

— Não fica insistindo nisso. Will escolheu o destino dele e você tem que finalmente aceitar isso. Sam não vai ficar te aguentando pra sempre.

— Eu sei que tenho. Mas o que você acha? – perguntei a ela,  admirando-me no espelho apesar do cabelo estar um pouco diferente do que era anos atrás.

— Você está linda.

Peguei um táxi na saída de casa. Como meus pais tinham saído de casa com Sam e deixaram Treena me interrogando, fiquei o dia inteiro pensando na conversa que havia tido com a sra.Traynor e se realmente eu deveria ir. Desde que Will morreu, minha vida tinha mudado a tal ponto que considerar entrar na vida dos Traynor novamente, por um minuto que fosse, me faria lembrar do quão profunda e angustiante foi viver com a ausência constante de Will, sabendo que por mais que eu sentisse falta, jamais tornaria a vê-lo. Minha cabeça estava voando tanto, conseguia sentir um friozinho na barriga e um forte tremor na minha mão segurando a barra do meu vestido que quando meu celular vibrou alto dei um pulo no carro que fez o taxista virar os olhos na minha direção.

Olhei a mensagem rapidamente, pensando que talvez fosse sra. Traynor avisando-me do horário, mas era apenas de Sam. Franzi o cenho, lembrando-me que havia me esquecido totalmente dele o dia inteiro. Surpreendi-me com a quantidade de mensagens.

— O que está fazendo, querida?

— Hoje é meu dia de folga, posso passar aí pra te pegar? Ou está ocupada?

— Hoje é aniversário do meu sobrinho, prometeu que vinha, se lembra?

— Onde você está???

Além de inúmeras ligações.

— Ai merda! – xinguei a mim mesma em voz alta, recebendo apenas uma olhada demorada do motorista. Encarei-o com um sorriso vacilante de desculpas. – Como pude esquecer de Sam?

Resolvi ligar pra ele quando voltasse para casa. Se ele soubesse para onde estava indo e como estava vestida, principalmente depois das várias brigas que estavámos tendo desde que aparentemente Will entrou nas nossas vidas novamente, ele iria querer dar um tempo e essa seria a última coisa que eu iria querer: Sam magoado comigo.

Quando saí do táxi em direção a casa dos Traynor, a mistura de sensação de alívio, felicidade e tristeza me consumiu por dentro de uma forma inexplicável. Tudo ainda continuava o mesmo. Parecia que meu passado havia se tornado meu presente e eu estava ali parada em frente a casa dos Traynor, mordendo meus lábios vermelhos de batom e provavelmente manchando meus dentes brancos. Segurei minha bolsa preta e como se estivesse sendo observada, andei até lá torcendo para que meu salto de ponta aguda não quebrasse ou eu acabasse tropeçando na grama que parecia há pouco tempo ter sido aparada. Tentei ser confiante, mas eu estava tão nervosa.

A pergunta não parava de revirar na minha cabeça e me deixar com um embrulho no estômago. Fazia tanto tempo que eu não ia até lá, que não vivenciava aquele frescor delicioso dos jardins da casa dos Traynor e o ambiente sofisticado e tradicional daquela mansão. Tive vontade de chorar por um momento, tudo ali me lembrava Will. Absolutamente tudo.

Estranhamente as luzes estavam apagadas, como se a casa estivesse desocupada há tempos. Pensei que talvez um funeral ou um culto estivesse acontecendo no jantar e eu como sempre ia entrar no meio da cena. Sempre a Clark, claro.

Apressei o passo e quando abri a porta me dei de cara com uma escuridão total que me cegou por um momento. As janelas estavam fechadas e uma fina cortina estava cobrindo o vidro. Um silêncio dispersou-se pela entrada. Ouvia apenas o som que meu salto fazia andar pelo chão de madeira. Engoli em seco.

Tudo bem, se a sra.Traynor queria me fazer sentir medo, conseguiu. – pensei comigo mesma.

Sra. Traynor? Eu vim como havia pedido.

Dei mais alguns passos, tentando procurar alguma pessoa conhecida, mas estava muito escuro. Paria não haver ninguém casa. Será que ela havia me informado a data errada? Ou será que havia sido cancelado e esqueceram de avisar? Tantas possibilidades passaram-se na minha cabeça. Quanto mais eu andava, mas eu me perguntava o que estava acontecendo.

Olhei para os lados, os movéis continuavam cobertos pelo plástico como eu havia visto da última vez que havia saído de lá logo após a morte de Will. A única coisa que ainda havia sido deixado lá e ainda estava intacto eram os porta-retratos. Parei por um momento para olhar para eles, só para lembrar de como Will odiava que eu ficasse olhando para o passado dele. Meus olhos lacrimejaram ao olhar para o rosto de um Will ainda criança com sua irmã em uma infância distante. Fotos dele com a família e com os amigos, todos tão felizes. Apesar de terem passado-se anos e eu ter entedido a decisão dele, não parava de discordar na minha cabeça. Ele tinha tudo para sorrir. Ele tinha a mim.

Finalmente parei no último porta-retrato, em que exibia a foto do Will que eu já conhecia e já tanto tinha amado. Um Will sorridente, com seu terno de executivo, seus cabelos louro bronze arrumados com gel, as covinhas de seu sorriso simpático e aquele jeito tão expressivo e irônico de ser Will Traynor.

De repente, as luzes se acenderam e antes que eu pudesse pensar qualquer coisa, ouvi uma voz que meu coração derreter por dentro e minha pele arrepiar de surpresa.

— Pode continuar a admirar minha vida surpreendente, Clark. Sei que adora fazer isso. -Senti seu olhar de longe, pousando sobre mim. Nunca ouvi tão alto sua respiração assim e o som de sua voz depois de dois anos me deixou tão chocada que senti todo meu corpo paralisado por um momento.

Will está morto. Aceita isso, Lou.

Comecei a chorar, e me virei pra ele.

— Isso é impossível. – segurei no vestido enquanto olhava pra ele com os olhos já vermelhos e o corpo inteiro tremendo.

— Não é. – ele sussurrou, aproximando-se. – Eu estou aqui e tudo isso é verdade. Eu também pensaria que é uma mentira, mas estamos eu e você aqui, Clark. Eu sou real.

Afastei-me lentamente, assustada ao olhá-lo de corpo inteiro. Ele me olhava preocupado e de um jeito atencioso, mas eu só conseguia pensar em sair dali. Em fugir daquela atmosfera tão pesada e esquecer que tinha entrado naquela casa.

Balancei a cabeça negativamente, deixando escorrer uma lágrima quente no meu rosto avermelhado. – Não. Você está morto. Você morreu e eu fui no seu enterro.

— Tudo isso é uma mentira. – ele franziu o cenho ao me observar dando uns passos para trás. – Eu não sabia que nada disso estava acontecendo. Eu estava inconsciente e eu juro Clark, se eu soubesse, você estaria do meu lado o tempo todo.

Comecei a respirar devagar e a sentir meu coração batendo de um jeito descompassado. Eu não conseguia acreditar em nada do que estava vendo.

— Antes de eu morrer, eu recebi uma visita de um médico alemão que ofereceu aos meus pais uma oportunidade de viver. Eu estava inconsciente, preparado para receber a medicação, quando meus pais tomaram essa decisão por mim. Não foi nada planejado, Clark.

— Ficou dois anos inteiros na Alemanha? Como espera que eu acredite nisso? – perguntei, incrédula e chocada, sentindo meus olhos marejarem cada vez que olhava seus olhos e os movimentos do seu corpo.

— Acredite. Porque sou eu, Louisa. – ele se aproximou e tocou no meu rosto com carinho, secando minhas lágrimas. – Eu não mentiria e não voltaria desse jeito se isso não fosse verdade. Por favor, me perdoe por ter sido tão cruel com você. Me perdoe, Clark. – ele aproximou seu rosto do meu, fechando os olhos de um jeito que pude sentir meu corpo e o dele ligados novamente, sua respiração se encontrava com a minha e ele tocava cuidadosamente minhas feições, parecendo ter se esquecido dela ao me analisar apenas com o tato. – Não imagina como senti a sua falta.

Senti minha bochecha começar a ficar vermelha e meu corpo aqueceu-se com seu toque. Eu sentia tanto a falta dele, e apesar de tudo parecer tão surreal, a visão do seu rosto intacto como ainda estava nas minhas lembranças me fazia sentir um frio no estômago. Parecia um sonho e eu tinha certeza absoluta disso. Mas eu não queria acordar.

— Você está andando. – dei um sorriso emocionado.

Comecei a chorar e chorar como uma criança. Agarrei seu ombro e ali deitei minha cabeça, reconfortando-me. Apertei minha mão esquerda na sua camisa e senti meu corpo contra o dele. Eu o amei tanto. E agora ele estava na minha frente, acariciando meus cabelos, passando a mão pelas minhas lágrimas e apertando minha cintura, ouvindo meus soluços e observando meu rosto em silêncio.

— Como pode fazer isso comigo? – sussurrei, baixinho e aos prantos. – Como pode ir embora e me deixar assim? Me deixar sem nem ao menos eu saber que estava vivo?

— Clark... – me senti fraca quando ele começou a falar, tentando encará-lo sem cair em seus braços. Meu coração acelerava disparado a ponto de minha respiração falhar conforme minhas lágrimas caíam pelo meu rosto avermelhado. Minha visão começou a ficar turva e meus braços, que antes batiam no ombro de Will, ficaram amolecidos pela sonolência do meu corpo. Tentei lutar para ficar acordada porque não queria acordar daquele sonho. Queria ficar com Will. Queria ele comigo. E nunca mais queria deixá-lo partir. Senti ele segurar meus braços com força, e mesmo eu ordenando para que meu corpo reagisse, meus olhos não conseguiam mais enxergar. Tudo ficou escuro e antes que eu pudesse cair, apenas escutei meu nome novamente ecoando pela sala.  


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Notas finais do capítulo

Tem mais no próximo capítulo, então CALMAA, postarei o que vai acontecer em seguida. Mas garanto pra vcs que não foi só um sonho!! Até o capítulo 8 e de novo gent, comentem aí pra que eu possa ver o que estão achando do andamento da fic!