Quero você escrita por Miss Luh


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores!!! Bom, eu sei que eu dei uma sumida por aqui, mas como as férias estão chegando, uma série de trabalhos e provas atolando, tenho ficando sem tempo de dar uma passada por aqui. Mas desculpa gente pela demora, pro pessoal que pensou que eu parei de escrever, não foi isso. É apenas falta de tempo. Ainda mais agora que vai lançar o filme, to super ansiosa e pretendo estar lá na estreia só pra ver como vai ser o filme que mais esperei nesse ano. Espero que gostem desse capítulo, que apreciem a leitura e que comentem pelo amor de Deus. Vou responder, quero saber a opinião de todos e incentivos para continuar a fic e saber que vcs estão gostando. Esse capítulo ficou longo, mas foi feito pra deixar todo mundo com um gostinho de quero mais. Comentem, please!!!



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Capítulo 3

Duas coisas que eu mais tinha aprendido a odiar durante o tempo confinado sob uma cadeira de rodas: alguém tentando falar por mim e ser obrigado a dormir quando não queria. Além da miserável compaixão que sentia recair sobre mim toda hora que olhava para os lados.

Tinha-se passado exatos cinco meses e eu ainda não tinha me acostumado com a inebriante felicidade toda vez que eu sentia meu corpo se remexendo, buscando sensações de prazer e liberdade. Também era difícil de me acostumar com as constantes visitas incomôdas que era obrigado a receber toda vez pela manhã.

Batidas na porta interromperam meus pensamentos e minha tranquila e repetitiva manhã de telejornais do período matutino. Revirei os olhos, sentindo-me um adolescente preso e confinado sobre a autoridade dos pais. Peguei a chave de metal e lancei direto para o lixo do outro lado da cômoda. Fiquei contente de ter acertado.

— Quem é? – perguntei, exausto.

— Sr. Traynor, o senhor novamente trancou a porta? –perguntou a enfermeira Campbell com sua voz rouca e lamentável de sempre. - É a hora da sua refeição matinal. – afirmou ela, mexendo com força na maçaneta de metal da porta de madeira, como se estivesse prestes a arrombá-la.

As batidas persistiam e enfermeira Rosie parecia chamar seu batalhão para outra batalha. Imaginei a velha enfermeira, alta, com cabelos escuros e grisalhos, olhos vesgos e óculos dos anos 70 bufando e falando mal de mim pelas costas.

— Senhor Traynor. – ela chamou continuamente, e pude sentir suas longas e fundas respirações de calma, contando até três, tentando achar a chave da porta. – Abra a porta imediatamente, ou serei obrigada a reclamar com a sra. Traynor sobre seu comportamento infantil novamente.

— Eu não sou uma criança, enfermeira. Também não estou com fome. – gritei em direção a porta depois de 10 minutos, quando percebi que eles não iam embora. – Se quiser dizer algo a sra.Traynor, ficarei grato se ela aparecer por aqui.

Fiquei de braços cruzados enquanto fingia escutar o nítido sotaque de Berlim do âncora do telejornal enquanto dava um riso divertido ao estar sentindo o bom gosto de estar finalmente dando o troco na velha enfermeira.

Seria um sonho inalcançável se eu acordasse todas as manhãs e não tivesse uma voz rouca e ácida me oferecendo em uma bandeja, uma dieta fraca e inútil, variando de acordo com os dias da semana, com a expressão séria e seca que eu sentia me vigiar cada vez que eu respirava, só para se certificar que eu não teria um ataque cardíaco de repente.

No entanto, a alegria visível de brincar um pouco com os enfermeiros pela manhã e distrair-me para assim sair daquela vida entediante foi interrompida pelo barulho forte e estrondoso vindo da porta. Fechei os olhos, como se estivesse meditando, sentindo-me decepcionado por ela ter tido um fim tão rápido.

— Will. – reclamou Nathan, segurando a maçaneta quebrada da porta. – Hoje é domingo, será que não dá só para relaxar?

— Eu já estou relaxando. – justifiquei, olhando para Nathan, contente por vê-lo ali. – É sempre bom começar bem o dia, Nate.
— Meu Deus. Os coitados dos enfermeiros se esforçam para cuidar de você. – disse ele, ao jogar bruscamente a maçaneta no lixo.

— Não é culpa minha se não consigo ver o jornal da manhã em paz. – expliquei, fingindo prestar atenção na tv, não entendendo absolutamente nada sobre a nova notícia que eles expunham na bancada.

Nathan olhou para a televisão, foi em direção ao controle e desligou a tv.

— Você deveria prestar mais atenção. O tratamento é uma fortuna, sra. Traynor está em uma situação delicada e você fica causando confusões no hospital.

— Eu estou cumprindo minha parte. Consigo andar, correr. Posso até andar de moto se tentar. Mas estou aqui, preso nessa cama. – falei, com ódio da minha situação. – E ainda tenho uma quadrilha me vigiando a cada minuto. – virei o rosto ao ver a enfermeira Campbell e sua patrulha entrando no quarto. - Eu só quero que me contem o que aconteceu. Parece que todos e até você estão me escondendo algo. O que é? – fiquei ansioso e me remexi na cama, ignorando os olhares furtivos e curiosos da equipe de enfermagem. Meu pensamento voou longe e pude já sentir aonde estava. – É sobre...

— Eu já te contei tudo o que eu sabia sobre Louisa. – disse  Nathan, previndo aonde eu queria chegar. – Desde que me chamaram para Alemanha, eu não soube de mais nada. Nem na Inglaterra eu morava mais.

— Está bem, Nathan. Vou dizer que acredito em você. – murmurei depois de avaliar seu silêncio por alguns segundos, desistindo. Analisei sua expressão forçada, evasiva e o modo como ele parecia terrivelmente incomodado e rígido.

Fiquei me perguntando o que poderia ser assim tão doloroso ou incomodo que nem mesmo Nathan gostaria de me dizer. Meus pais não me olhavam direito nos olhos quando perguntava sobre minha antiga cuidadora, não gostavam quando eu tocava no assunto e agora, nem mesmo meu único e melhor amigo parecia querer falar sobre isso.

Mas não era só Louisa o problema. O doutor Lionel Ruschel era já em si, um homem estranho. Quase nunca aparecia, não dava notícias, deixava-me farto e sem impaciência e parecia, ás vezes, não se importar com o “caso especial do quarto 209”    ( foi assim que alguns enfermeiros fofoqueiros decidiram me apelidar). Ruschel guardava um sorriso pequeno e falso, seus risos pareciam interesseiros e cada vez que o via, guardava uma espécie de ressentimento contra ele e minha família que sentia tramar alguma coisa juntos. Era isso o mais estranho. Quem era o doutor Lionel Ruschel? Por que me ele me mantia tão preso? Como ele surgira tão de repente? O que havia acontecido durante todo esse tempo que eu estavam em coma?

Eram tantas perguntas.

Enfermeira Rosie entrou segurando uma nova bandeja, repondo-a com alimentos mais agradáveis, com frutas e suco, expulsando a comitiva inteira de enfermeiros que conversavam silenciosamente entre si, reclamando e fofocando na minha direção de cara feia, pensando que eu não estaria compreendendo nada o dialeto de Berlim.

Suspirei cansado, abri um sorriso e pensei em revidar e dar outro susto nos enfermeiros, mas me segurei. Teria muitos outros dias, talvez anos, para atormentá-los.

Uma garota bem mais jovem entrou ao lado da enfermeira, como se fosse sua pupila, andando atrás dela com passos firmes. Fiquei olhando fixamente para ela, observando seus cabelos castanhos curtos e castanhos de trás, sua estatura baixa e a normalidade que ela aparentava. Suspirei fundo quando ela virou em minha direção e deu um sorrisinho tímido, mexendo no seu cabelo e na franja, como se quisesse me agradar. Olhei para outro lado, decepcionado quando não vi os olhos azuis, a pele esbranquiçada e o sorriso expressivo, feliz e contagiante. Aquela não era minha Clark.

— Sr. Traynor, é o horário do seu café. – disse a enfermeira Campbell, tomando a xícara da frente da ajudante e me oferecendo com um sorriso estranho. Ao ver que eu não fiz nenhum movimento, ela pareceu insatisfeita. – O doutor Ruschel quer conversar com o senhor no consultório. Posso acompanhá-lo...

— Eu tenho pernas, enfermeira. – recordei-a com orgulho. – Nathan, poderia...

Ele deu um riso ao olhar para a coitada da enfermeira e para mim. – Vamos. – disse Nathan, com o pensamento distante.

Levantei da cama e sai acompanhado de Nathan, observando-o pelos cantos dos olhos. Fiquei infeliz por um momento, pensando em como pessoas que eu prezava estavam bem ali, ao meu lado, abrindo mão de tudo, da vida pessoal, profissional e familiar para ajudar um aleijado em recuperação. A sra.Traynor, embora eu esteja desde sempre insatisfeito com ela, ela estava do meu lado. Meu pai, embora esteja tomando novos rumos com outra pessoa, estava ali. Georgina, mesmo que esteja na Austrália vivendo a sua vida, estava comigo. Nathan, que estava noivo da neozelandesa das Ilhas Mauricio, abriu mão dela e estava ali comigo. Mas Louisa? Por que ela, justo ela, não estava ali?

Pensei na menina de pouco mais de 20 anos, que por um momento, pensei, alucinei, ser ela. Será que era possível um homem pensar tanto, dia e noite, por uma mulher assim?

Eu precisava ver Clark o mais rápido possível. Eu não sabia como, nem quando ou aonde, eu havia me tornado esse completo idiota que eu era agora, mas eu não poderia viver com aquela vontade assustadora de viver sem ter a garota do vestido vermelho do meu lado.

 Mas por que a pessoa que mais tinha me apoiado, que mais tinha insistido para viver esse amor impossível e que tinha tentado me convencer a viver de forma tão irresistível, não estava agarrando a minha mão nesse tempo todo?

— Sr. Traynor. – Doutor Lionel se levantou da cadeira de couro marrom em frente a escrivaninha aonde estava sentado e abriu um sorriso. – É bom vê-lo.

— É. Faz um bom e longo tempo. – falei, lançando uma indireta que senti que ele havia percebido. Nathan me observou com repreensão.

Observei meu pai e minha mãe, levantando-se das duas cadeiras em frente ao doutor e olhando na minha direção.

— Filho, como você está? – perguntou meu pai, dando-me um abraço leve e sorrindo alegremente. Minha mãe deu um sorriso vacilante, senti que ela desejava dar um passo na minha direção, mas ficou ali parada, perto da mesa de madeira do médico.

— Filho... – ela começou, com um olhar tendendo a emoção, tentando sorrir.

— Por favor, sentem-se. – pediu o doutor. – Como você sabe, Will, o seu caso é especialmente curioso. Impossível, eu poderia dizer. Mas hoje, você parece muito bem.

— O tratamento vem surtindo com muito efeito, Ruschel. – comentou meu pai, com um sorriso de gratidão. – Não sabe como somos gratos a você.

— Além de médico, sou um pesquisador e não sabia como isso ia reagir em você. Mas você tem vontade de viver e sua recuperação, segundo os relatórios do seu fisioterapeuta, são excepcionais. Nunca vi uma recuperação em tão pouco tempo. A verdade é que fiquei receoso em deixa-lo sair antes de completar no mínimo seis meses. Mas as reclamações dos enfermeiros e a desconfiança dos meus superiores em relação a você, tem deixado a situação um pouco “insustentável”. Nesses últimos meses, vim pensando se poderia liberá-lo.

Fiquei sem reação, claramente pego de surpresa. Não esperava por aquilo. Me liberar? Não sabia se corria em direção a saída do hospital ou continuava com aquela conversa ambígua. De repente, algumas perguntas vieram á tona.

— Estou sendo tratado em segredo até mesmo dos seus superiores? – perguntei.

Ele ficou surpreso, arregalando um pouco os olhos, como se estivesse sendo encurralado de repente. Disfarçou antes que eu aprofundasse minhas desconfianças sobre ele. Meus pais me observaram e abaixaram a cabeça, como se eles estivessem consentindo com a pergunta e respondendo minha pergunta pelo doutor.

— Não foi isso que eu quis dizer, William. Meus superiores apenas estão impacientes em relação a você, e querem vê-lo completamente recuperado.

— Eu estou bem. Não sinto dores, meus ferimentos e hematomas são quase inexistentes e consigo até mesmo escalar um muro. – lembrei da tentativa com êxito.

— Você tentou escalar um muro? – perguntou minha mãe, franzindo o cenho.

— Tentei. – respondi com normalidade. – Nathan tinha me lançado um desafio.

— Will. – Nathan balançou a cabeça. Sorri.

— Meu objetivo é curá-lo, fiz um acordo com seus pais, eles terminaram de me pagar o que me deviam e analisando sua situação nesses últimos meses, eu decidi liberá-lo. Você pode sair desse hospital hoje a noite se quiser.

Fiquei incrédulo com essa liberação tão rápida. – Não vai apresentar meu caso ao mundo? Você curou alguém com problema na medula? Isso é uma grande descoberta no campo da medicina.

— Eu poderia fazer isso, mas como conversava com seus pais, não trabalho para o mundo. Trabalho com ofertas que estipulo com os pacientes.

Dei um sorriso torto, não parecendo surpreso com aquela revelação do Doutor Ruschel. Ela já parecia suspeito e havia cogitado aquela possibilidade, mas a verdade era que a única coisa que me interessava era estar bem, não morrer dentre os limites da lei. Eu estava vivo e era isso que importava. Olhei meus pais e dei um suspiro profundo.

— Não vou dizer que não tinha me perguntado isso. Eu poderia ter morrido nesse tratamento, sentido dores ainda mais piores do que eu sentiria em Dignitas, mas talvez não faria diferença. Diga, doutor Ruschel, eu tenho alguma garantia?

— Garantia? – perguntou ele, parecendo desinteressado enquanto escrevia um laudo médico no papel.

— De que vou viver. Por muito tempo. De que não vou acordar uma noite e estar sentindo dores, estar em uma cadeira de rodas de novo. Eu tenho alguma garantia? – perguntei, olhando nos olhos do médico, que tinha levantado o olhar na minha direção, largando a caneta na mesa.

Ele entregou o papel na minha direção e dos meus pais.

— Você está curado, Will. – afirmou ele. – Pode ir atrás da sua vida agora. Se alguma coisa acontecer, volte para cá, mas com certeza, você não vai morrer ou voltar para uma cadeira de rodas. Garanto isso como médico. – disse ele. – Satisfeito?

— Só mais uma pergunta. – não me segurei. - Seus superiores realmente não estão cientes do meu caso, dos outros casos que o senhor trata?

— Não. – ele disse, parecendo não se abalar mais com a minha pergunta. – Por isso, se você reencontrar alguém conhecido, jamais revele o tratamento que aconteceu aqui. Seus pais e tanto você estão comprometidos no contrato que assinaram comigo.

— Eu terei cuidado. – não temi a ameaça, já esperava por ela. Tanto Nathan como minha família não pareciam surpresos, eles já sabiam, já estavam cientes do perigo que tinham me colocado quando tiraram-me de Dignitas e de como eu iria reagir. – Eu vou voltar para Inglaterra.

— A partir de agora, nada mais me importa daqui para frente. Nossos negócios estão resolvidos. Parabéns sr. Traynor, finalmente vai poder sair desse hospital. – disse dr. Ruschel, levantando-se da poltrona, voltando a esboçar o sorriso falso e apertando minha mão. – Foi bom conhecê-lo.

Sai do consultório junto com Nathan. Minha família continuou na sala conversando com o médico, que mesmo depois de ter confirmado minhas suspeitas, não deixei de me perguntar quais eram suas verdadeiras intenções? Por que não revelava ao mundo minha cura? Quanto foi esse pagamento milionário?

— E então Will, o que pretende fazer agora? – disse Nathan, com um breve sorriso, parecendo compartilhar da minha felicidade.

— Acho que já sabe. Tem uma coisa que eu deixei na Inglaterra. – disse a ele, esquecendo-me do médico, do tratamento e do mistério estranho que rondava aquele consultório no final do corredor só de pensar em Clark. – Eu preciso pegar de volta.

— Deveria desistir disso. O que acha que vai encontrar? – perguntou Nathan, franzindo o cenho e olhando para mim, preocupado.

— Por que está me olhando assim? Você disse que não sabia nada sobre Clark. – perguntei, desconfiado. – Eu estou há 1 ano e 5 meses sem vê-la, penso todos os dias como é o seu rosto para não esquecê-la. Preciso encontrá-la.

Pensei nas brigas quase todos os dias que tive com minha mãe, com meu pai e com Georgina, que tentavam me convencer a qualquer custo a ficar na Alemanha, a construir uma nova vida ali, para não complicar ainda mais a situação, para não deixar a cidade inteira ao redor do castelo sabendo da minha recuperação surreal e fazer os jornais ingleses averiguar a situação e descobrir a respeito dos casos acobertados que o renomado dr.Ruschel fazia dentro daquela unidade hospitalar. Mas eu não poderia construir uma nova vida sabendo que Louisa também estava viva, esperando por mim. O que ela estaria fazendo?

— Eu sei que você e minha família estão omitindo algo a respeito de Louisa, mas eu vou ver com meus próprios olhos o que aconteceu. Ninguém pode me impedir, Nate. – sai andando pelos corredores do hospital, alegre por dar em primeira mão a notícia a enfermeira, alegre por arrumar minhas coisas e alegre por simplesmente estar feliz.

— Espere, Will. – chamou Nathan, a metros de distância. – Encontrei isso no fundo da sua mala depois de Dignitas. Esqueci de te dizer, mas achei que fosse gostar.

Segurei a foto nas minhas mãos. Louisa sorria, com as roupas coloridas e chamativas, sorriso forçado em direção a foto, com o rosto um pouco franzido, a pele delicada, os olhos vibrantes e alegres, olhando na minha direção, parecendo ter sido pego de surpresa quando a foto foi batida. A foto parecia de alguns anos atrás, mas só de vê-la, mesmo em uma foto, supriu aquela vontade obsessiva que me sufocava todos os dias. Respirei fundo, imaginando o tão sonhado reencontro, como ela reagiria quando descobrisse que eu estava vivo. Vivo por ela.

— Peguei isso na última vez que passei na casa dos Clark. – disse Nathan. – Todos estavam em luto na época, até eu.

— Você não me contou. – murmurei enquanto olhava fixamente e tocava lentamente a foto, desejando ardentemente que ela estivesse ali, para que eu pudesse mover meus braços e tocá-la, só para admirá-la e poder dizer o que eu não disse nas Ilhas Maurício: que eu estava incondicionalmente apaixonado por ela. E por mais idiota e tonto que eu soava, poderia repetir mil vezes. Eu amava Clark. – Por que Nathan? 

— Você vai descobrir sozinho, Will. Mas lembre-se, você mesmo, antes de morrer, disse a ela para viver. O que acha que ela está fazendo agora?

Franzi o cenho e mordi o lábio. Finalmente, a suposição de Nathan chegou na minha cabeça.

Ignorei e recusei a acreditar naquilo.

Eu estava vivo, eu amava Louisa e mesmo voltando dos mortos, eu tinha certeza de uma coisa: mesmo que a vida dela tenha mudado absurdamente, ainda tinha algo que jamais mudaria.

— Eu não sei. Mas é melhor Clark saber que terei de ser obrigado a bagunçar a vida dela outra vez.


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Notas finais do capítulo

Gente, é isso. Espero que tenham gostado, que comentem no final, esse cap ficou meio longo, parece até de livro hahaha. Mas, sei lá, eu gosto e prefiro escrever muito e com bastante detalhes mesmo. Postarei em breve!!