The Kingdom: Os Sete Pecados Capitais escrita por Jolly Roger CS


Capítulo 15
Capítulo 14 - O inesperado acontece


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês?

Espero que curtam esse capítulo!

Boa leitura!



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O sangue escorria pela face do Hyuuga. Seus dentes brancos estavam avermelhados com o líquido que havia saído de si.

O garoto segurou o cabo de sua espada com força. Sem hesitar jogou seu aço para cima de Rock, assuntando-o, mas sendo bloqueado.

— Você... Você me fez sangrar! — esbravejou Neji, com seu corpo trêmulo — Acho bom se preparar, pois agora você verá o verdadeiro poder de Neji Hyuuga! — declarou, atacando o oponente novamente.

Os dois começaram a colidir suas armas. Golpes viam, golpes iam. A respiração dos rapazes já estava falhando. Não viam mais alternativas a não ser finalizarem a luta logo.

 As forças dos ataques de Neji aumentavam desproporcionalmente, deixando Lee assustado com aquilo. O Hyuuga estava com sangue nos olhos, havia se enfurecido com aquilo, queria destruir a vida do membro do reino Ira.

— É melhor o Lee tomar cuidado, senão o Neji vai acabar matando-o — opinou Shikaku, apreensivo com o que estava vendo.

Neji e Lee trocavam golpes com frequência, por vezes, Rock tentava acertar algum soco ou chute no Hyuuga, mas este havia ficado esperto com isso.

A intensidade dos rapazes fez com que ambos andassem para trás, em busca de fôlego para uma continuidade no combate.

Neji trocou a espada de mão, deixando Lee curioso com aquilo.

— Ele trocou a mão da espada porque não estava mais aguentando desferir os golpes com o braço direito. Mas por quê? — Lee se perguntou, procurando fôlego para prosseguir.

Neji conseguiu recuperar a respiração mais rápida, assim partindo em direção do oponente.

— É isso! Ele trocou de mão porque está com ela machucada. Aquela colisão entre sua espada e o escudo de Kidomaru fez com que ele se machucasse. Por isso desde aquela luta ele não está tanto na ofensiva, não aguenta imprimir o ataque preciso pra controlar uma luta. Precisa pensar em uma fraqueza do oponente, esperar um mísero erro para conseguir vencer a luta. Foi assim com Kidomaru e está sendo assim comigo — Lee concluiu seu pensamento.

Rock Lee bloqueou com sua lança. A espada do Hyuuga partiu a arma do oponente ao meio. Lee pouco se importou, sua estratégia deu certo. Percebendo a guarda baixa de Neji, o garoto acertou um chute violento no braço direito dele.

Neji caiu no chão, a dor era insuportável. Contorcia-se como podia. Seus gritados eram escutados por todos. A única reação presente pelos espectadores era a de espanto.

O que acontecia com o espadachim mais forte da geração? Por que ele sentia dificuldade em vencer um simples guerreiro da Ira? Todos tinham perguntas a fazer, mas o lamento era maior.

Parecia ser o fim do herdeiro do reino Orgulho. Lee se aproximou, segurando uma metade da sua lança partida que havia sido partida ao meio. Parou próximo de Neji, sentou-se ao lado dele.

— Por que esse maluco sentou? Ele tem que finalizar a luta logo! — bradou um homem qualquer que estava na plateia.

— Eu admiro o seu jeito de ser, Neji, você é uma grande inspiração para essas crianças que estão aqui — Rock Lee começou a falar — Você se machucou contra o Kidomaru, não foi?! — Neji olhou assustado para o adversário — Eu percebi. Você é destro, não manejaria algo com o braço esquerdo se não estivesse com algum problema. Eu posso parecer burro, mas não sou. O grande Neji foi impedido de demonstrar toda sua força e habilidade devido um golpe tosco... Já naquela luta você começou a ficar mais na retaguarda, aquilo estava estranho, me perguntei o motivo disso ter ocorrido, e encontrei a pergunta só agora na nossa luta. E mesmo com essa contusão conseguiu provar que é forte. Dificultou o combate tanto para mim como para Kidomaru, nos deu trabalho. Puta que pariu, você é mesmo brilhante! Agora eu me pergunto o quão forte tu és. Será que eu teria chance contra você? — Lee desabafava, havia esquecido que estava em um torneio — Eu quero lutar contra você no futuro, ter ideia do seu poder, e eu vou trabalhar para conseguir alcançá-lo, porque eu sei que não cheguei ao seu nível ainda e ninguém aqui conseguiu perceber que você só está lutando com menos de 50% de toda sua força ou habilidade — o garoto terminou, respirou, se levantou — Apesar disso tudo, eu não posso esquecer qual meu objetivo nesse torneio. Me desculpa, Neji, mas não há o que se fazer — Lee subiu em cima do Hyuuga, acertando um forte soco nele, fazendo-o apagar.

O examinador foi até o local, percebeu que Neji estava desacordado. Assim proclamou em seguida o fim do combate, dando a vitória para Rock Lee.

Todos estavam chocados. O silêncio reinava sobre a arena. Lee não comemorava. Estava envergonhado por ter vencido seu oponente devido um machucado que o limitou.

Olhou para cima, avistando seu pai comemorando explosivamente. Abaixou a cabeça e caminhou a andar até a saída. Tinha que se preparar para enfrentar Sasuke Uchiha.

 [...]

Jiraiya caminhou até a sala onde Naruto estava se recuperando. Ao chegar no local, os médicos dificultaram sua entrada, mas devido o pedido de Minato concederam a entrada do mais velho.

— Como ele está? — Jiraiya perguntou para Minato, que estava ao lado do seu filho.

— Falaram que ele sobreviverá, e que o chute não causará sequelas — o rei Luxúria respondeu, não tirando seu olhos de Naruto — Ele me surpreendeu, Jiraiya... Meu filho me surpreendeu. Eu nunca imaginei que ele conseguiria fazer aquilo. Parabéns por ter transformando-o em um cavaleiro de verdade!

— Sinceramente? Eu não sei o que deu nele — Jiraiya continuou — o Naruto que lutou não é o mesmo que eu treinava. Ele amadureceu. Cresceu com o medo que sentia sobre um adversário de alto nível. Sasuke não imaginava que nosso futuro rei era tão bom ao ponto de machucá-lo — Jiraiya se aproximou na cama de Naruto.

— Subestimaram nosso menino, Jiraiya. Nós subestimamos nossa própria criação! Eu sinto vergonha de mim mesmo por ter agido dessa forma — uma lágrima deslizou pelo rosto de Minato — Mas eu sinto orgulho dele... Eu sinto orgulho do meu filho — o homem se levantou da cadeira, e retirou-se dali. Deixando Naruto aos cuidados de Jiraiya.

— Pare de fingir que está dormindo, Naruto, vamos, abra os olhos — ordenou Jiraiya, assim que Minato saiu pela porta. O garoto acatou a ordem — Por que você fingiu que ainda estava inconsciente?

— Eu não queria olhar nos olhos dele depois de ter pedido de forma tão humilhante. Estou envergonhado, mestre — respondeu o loiro. Sua voz estava rasa, aquele nem de longe parecia o menino agitado que todos conheciam.

— Seu pai — Jiraiya fora interrompido por alguém que abrira a porta.

Ao entrar no local, a moça percebeu que os homens estavam conversando.

— Desculpa por inco — Hinata estava fechando a porta quando Jiraiya a interveio.

— Não saia, lady Hinata. Eu que sairei. Converse com Naruto, caso você tenha vindo realmente falar com ele — o homem mais velho levantou-se e saiu, fechando a porta, e deixando os dois jovens a sós naquela imensa sala.

— Hinata... Desculpe-me por não ter vencido — Naruto se perdoou para garota, que começou a rir.

— Pra que as desculpas? Você lutou bem pra caralho! Colocou aquele Uchiha no chão, mostrou a todos quem é que mandava naquela porra de campo! Você foi bem demais, Naruto Uzumaki — comentou Hinata, com a mais sincera honestidade que havia nela.

— Mas agora eu não vou poder pedir sua — a Hyuuga interrompeu o Uzumaki.

— Por que não? Ao fim do torneio você pode fazer isso, ninguém vai ousar me pedir minha mão. E se fizerem isso, jamais consumirão do casamento. Eu não vou me tornar esposa de mais ninguém a não ser sua, Naruto — a Hyuuga colocou sua mão no rosto do Uzumaki, acariciando aos poucos — Eu te amo, e nada, nem ninguém vai me fazer trocar de opinião — o loiro sorriu com aquelas palavras.

Hinata moveu seu rosto em direção ao do rapaz. Abriu seus lábios, ele fez o mesmo. Beijaram-se. Um beijo rápido, mas intenso, com todos os sentimentos em jogo.

— Você ficou maravilhoso com esses hematomas no rosto — brincou Hinata, indo dar mais um beijo no rapaz.

[...]

A luta a seguir era entre Shikamaru Nara contra Chouji Akimichi. O clima entre os dois era bastante amigável. Eram amigos, seus reinos eram parceiros em diversas coisas.

Estavam preparados, o combate já ia iniciar. O examinador deu a última conferida, autorizou o início da luta.

Shikamaru esbouçou correr para cima do amigo, Chouji fez o gesto com a mão mandando o Nara parar. O membro da Preguiça obedeceu, mesmo confuso. Colocou a amizade em primeiro lugar.

— Shika, nós somos amigos, não somos? — o Nara assentiu — Então... Acho que as vezes a amizade tem que prevalecer independente de qualquer coisa. Posso ser gordo e querer comer a todo o momento, porém sou inteligente. Sei que não tem como eu te vencer. Eu te conheço, sei a técnica que usa. Não quero fazer você gastar seu tempo — Chouji continuou — Aliás, somente você, entre nós dois, tem chance de ser campeão. Eu vou fazer isso por você, e por mim também. Não quero morrer — o Akimichi sorriu para seu amigo.

— Eu não vou deixar vo — Shikamaru não conseguiu completar, foi interrompido.

— Eu desisto! — anunciou Chouji, jogando sua espada ao chão, e caminhando até a saída.

Todos olhavam para o Akimichi. Estavam surpresos com sua reação. Por que ele iria fazer aquilo? Sua dignidade, seu futuro estava em jogo.

E mais uma vez Shikamaru havia se classificado sem sequer lutar. Ninguém sabia o que esperar desse garoto.

— O próximo combate é entre Gaara Sabaku contra Kabuto Yakushi — o examinador anunciou — Por favor, compareçam até o campo imediatamente!

Gaara respondeu ao chamado rapidamente. Levantou-se da cadeira que estava, e desceu as escadas. Durante essa breve caminhada lembrou-se do que havia sido dito para ele.

ALGUNS MOMENTOS ATRÁS

Todos estavam em choque com a frieza que Gaara havia tomado ao matar um homem inocente, tudo em nome de um torneio.

Com o recesso dado os rapazes foram para suas salas, assim tinham tempo para descansarem e se prepararem para a próxima luta.

Gaara estava sozinho. Preferiu assim, seus irmãos até tentaram fazer companhia à ele, mas rejeitou. Queria ficar sozinho. Conversas sobre suas atitudes não eram indicadas naquele momento, ele tinha plena noção disso, qualquer ação poderia resultar em algo pior. 

De repente a porta se abriu. Gaara esbouçou uma reação, mas nada pôde fazer. A pessoa que entrara estava acima de qualquer um dos reinos.

— Deixe-nos a sós — pediu o homem que entrou, seus guardas saíram.

— O que desejas, rei Sarutobi? — Gaara perguntou, causando risos em Hiruzen.

— Não banque o tolo, Sir Gaara. Você sabe muito bem o que vim fazer aqui — o velho pegou um cálice e a jarra de vinho, jorrando a bebida no recipiente — Sua atitude foi bem deselegante.

— Eficiente, eu diria — Gaara interrompeu.

— Que seja — Hiruzen continuou — Matar no nosso torneio é passivo a punição, você sabia? — Gaara soltou um sorriso de canto, quando foi se pronunciar, Sarutobi não deixou — Com certeza sabe! Mas não estou aqui para puni-lo, muito pelo contrário. Você agiu como as regras pedem. Não me lembro do seu oponente pedindo misericórdia, ou seja, o seu assassinato não passou de uma tática para vencer. Compreensível — o rei andava de um lado para outro, sendo sempre acompanhando pelos olhos do Sabaku — Com certeza se tivesse uma nova oportunidade não faria aquilo. Concorda?

— Sim — Gaara respondeu a pergunta retórica — Com certeza não o mataria pelas costas, faria mil vezes pior — Hiruzen parou de andar, frisou seu olhar no garoto — Arrancaria a cabeça daquele inútil, e colaria nas costas do irmão dele. Passaria minha espada com todo amor que reside em mim, em sua barriga, retirando depois todas suas tripas, e dando para meus animais comer. Eu faria tudo de novo, mas dessa vez muito pior, e nada, nem ninguém me impediria, porque senão eu faria o mesmo com quem se meteu em meu caminho — terminou Gaara, dando um sorriso sádico.

— Acho que você não entendeu, Gaara Sabaku — Sarutobi colocou a taça sobre uma mesa, e aproximou-se do jovem — Você não vai fazer isso de novo. Você não vai tentar matar seu próximo oponente. E se por algum motivo vier a fazer isso, se prepare, pois arrancaremos sua cabeça. Você que perder essa porra? — o rei disse, apontando para a cabeça de Gaara.

— Fará comigo igual fez com o antigo rei? — Gaara rebateu, não ligando para as consequências que aquilo poderia ter — Pois saiba, Hiruzen, você não vai conseguir. Antes de me decapitar, eu deceparei sua cabeça e, darei para meu animalzinho favorito comer — Sarutobi apenas riu, não levou aquela ameaça a sério.

— Você não faria isso. Eu sei que não — Sarutobi colocou sua mão sobre o peito de Gaara, dando uma tapa de leve.

 O Sabaku pegou a mão do rei, assustando a ele.

— Sabe Hiruzen, eu não tenho medo de perder minha cabeça. Eu sei que irei morrer, é isso que acontecerá com todos nós — Gaara começou a contorcer a mão do rei, fazendo com que ele ficasse espantado com a frieza do Sabaku de agredi-lo — Porém antes disso acontecer eu tenho alguns objetivos, e se eu não cumpri-los, morrerei feliz mesmo assim. Já matei inúmeras pessoas. Aliás, eu tenho uma lista de quem desejo retirar a vida. E adivinha. O seu nome está lá — Sarutobi continuava com seu semblante de seriedade, nem mesmo a sua mão sendo torcida mudava isso, apenas estava surpreso pela forma que Gaara o tratava — É uma pena não poder quebrar sua mão, uma pena mesmo, eu até faria isso, mas com certeza viria consequências, e eu só consegui matar uma pessoa hoje. Eu desejo matar Sasuke Uchiha ou Neji Hyuuga. E se possível meus dois próximos oponentes — o rapaz soltou a mão do rei — Agora pode ir, se retire da minha sala. Eu preciso me concentrar para as demais batalhas. Até um próximo encontro, velhote.

Hiruzen deu um último sorriso para Gaara antes de se retirar.

— Chame o lorde Yamanaka, eu preciso conversar com ele urgentemente — avisou o rei Sarutobi para um de seus soldados, logo após sua conversa com Gaara.

MOMENTOS ATUAIS

Com os dois homens prontos, o examinador autorizou o início do combate.

Diferente da outra vez, Kabuto estava com um escudo, sabia do perigo que corria desta vez.

Gaara não hesitou, correu pra cima já no início. Sabia onde atacar de forma precisa, tinha um plano para seguir. Com um rápido movimento jogou sua espada na horizontal e atacou o pescoço de Kabuto, o Yakushi desviou jogando seu corpo para trás, o aço passou milimetricamente sobre seu nariz.

Mesmo de costas, Gaara tentou atravessar sua espada na lombar de seu adversário, este conseguiu move-se precisamente. Virando-se, o ruivo deu um mais um rápido ataque, dessa vez mirando o peito do oponente, esse golpe acabou sendo efetivo. O aço de Gaara raspou sobre a couraça de Kabuto, abrindo um corte no mesmo. Em mais um rápido movimento, o Sabaku tentou acabar com o adversário. Mas o ataque foi bloqueado com o escudo que este estava.

O inevitável aconteceu. O golpe dado pelo Gaara quebrou o escudo de madeira de Kabuto. O rapaz havia ficado em choque com a força do irmão da Temari. Vendo que precisava se afastar dele, resolveu correr para o canto da parede. Mas fora surpreendido por mais um ataque do Sabaku. Ele jogou sua espada com uma força inumana em direção do oponente, mas o ataque não foi tão efetivo. O aço passou ao lado do Yakushi.

Com a distância favorável, e vendo que seu oponente estava sem arma. Kabuto resolveu se recuperar dos momentos de angústia que havia passado. Sua respiração era funda, tentava buscar o ar de todas as formas possíveis.

— Gaara é infinitamente mais poderoso do que a mim, se eu mantiver dosando meu poder para que ninguém o veja. Mas eu preciso passar para a final, preciso enfrentar Sasuke Uchiha. Pela minha honra, pelo pedido do tutor, pela minha família, pelo meu pai — Kabuto olhou para os camarotes onde os reis e lordes estavam — Me desculpe, mas eu terei que usar pelo menos metade do meu poder para vencer Gaara — pensou para si mesmo, pegando a espada que o Sabaku havia jogado nele, e devolvendo para ele — Pegue sua espada! — mandou Kabuto, jogando a arma para Gaara.

O Sabaku pegou-a pela lâmina, não ligando para o corte que ela poderia causar em sua mão.

— Gaara, se não tem muito problema para você, eu gostaria de te fazer perder mais um tempo. Preciso fazer uma coisa rápida, prometo que não vou ataca-lo — disse jogando sua espada ao chão, o Sabaku olhou mais alguns segundos. Resolveu ter piedade. Cravou a sua arma na areia, assim concedendo o tempo que o Yakushi precisava.

— Esse Kabuto... Ele não está aqui para brincadeira — pensou Temari, enquanto via o Yakushi retirar sua couraça e a blusa que estava por baixo dela.

*

— Por que ele retirou a couraça? — questionou Tsunade.

— Tradição familiar — respondeu Orochimaru.

— Pelo o que eu me lembro, isso é uma tradição da sua família, Orochimaru — Jiraiya lembrou.

— Sim, também, mas os Yakushi que começaram com isso, minha casa só continuou a tradição, e depois foi repassada para todos do reino Orgulho — Orochimaru olhava para as ações do Kabuto, surpreso com o que via.

— E por que vocês fazem isso? — Tsunade continuava a interrogar.

— Quando uma couraça sofre um dano, nós achamos que ela não tem mais serventia, por isso a retiramos e lutamos sem. Precisamos mostrar ao oponente que daremos nosso sangue, e que não é um ferimento que nos impedirá de fazer isso — Orochimaru explicou para a Senju.

— Mas Orochimaru, você não retirou sua armadura durante a guerra. Me lembro que estava com bastantes machucados — rebateu Tsunade, jogando o homem contra a parede.

— Estávamos em uma guerra, não seria tão otário de fazer isso. Antes da tradição tenho que zelar pela minha vida — respondeu Orochimaru, sorridente.

— Por que ele mentiu sobre essa tradição? Os Yakushi não faziam isso, era tradicional dos Shirohebi — Jiraiya pensava para si mesmo, olhando para Orochimaru, e questionando-se o porquê dele ter mentido.

Finalizando o retiramento de suas vestimentas, Kabuto pegou a espada do chão. Respirou fundo, e partiu em direção ao Gaara. O Sabaku ainda estava com sua arma cravada na areia.

No último momento ele a retirou, e jogou-se para o lado. Esquivando-se do ataque de Kabuto. Passou seu aço nas panturrilhas do Yakushi. Com os pés, jogou o oponente de joelhos no chão.

Kabuto caiu, mas levantou-se em seguida. Atacou novamente. Gaara bloqueou com sua espada. Os dois começaram a utilizar da técnica de desarmamento, jogando as espadas uma contra a outra em direção negativa. Separam-se. Atacaram-se novamente.

Começou-se uma enorme colisão de aços no local. Ataques e desvios estavam sendo feitos. Entretanto podia-se ver que Gaara tirava vantagem do adversário devido sua locomoção rápida sobre a areia, de alguma forma aquele elemento o ajudava.

Kabuto mostrava o desempenho do primeiro combate. Magistralmente movia sua espada. Dava trabalho para o Sabaku, todos sentiam isso.

Os dois já estavam cansados, mas não fisicamente, e sim mentalmente. Havia chegado a hora que todos os cavaleiros mais temem. A utilização da força. Isso poderia resultar numa belíssima vitória ou numa fatídica derrota.

Os dois rapazes correram em direção de um para outro. Deram toda sua força, chocaram suas espadas. O inevitável ocorreu. O choque causou uma quebra no aço de ambos. Deixando todos boquiabertos.

— Para isso acontecer os dois adversários têm que ter uma força inumana. Muito alta — falou Itachi, admirado com o que havia visto.

Kabuto pegou a ponta de uma das espadas que haviam sido partidas e cravou na barriga de Gaara. O Sabaku caiu de joelhos no chão, era possivelmente o fim dele.

O Yakushi olhou para o público, todos comemoravam sua vitória, mesmo não tendo sido oficializava.

Kankuro estava preocupado com seu irmão, aquilo poderia tê-lo matado. Por outro lado, Temari mantinha sua calma, conhecia muito bem Gaara, sabia que ele não se entregaria com um simples ataque daquele.

De repente gargalhadas começaram a ser escutadas. Gaara estava de joelhos rindo. Todos se assustaram. O Sabaku levantou-se, gargalhava de forma assustadora.

— Você realmente achou que me derrotaria com isso? — o ar sádico de Gaara deixava Kabuto assustado — Saiba que você precisará de muito para me derrotar! — afirmou o Sabaku.

Rapidamente ele retirou uma faca de seu corpo, e cravou no ombro de Kabuto. O ruivo descia lentamente para o chão para pegar uma parte de sua espada. Levantou-a para o Yakushi. Estava decidido em matá-lo.

— Gaara Sabaku avança para a próxima fase! — anunciou Sarutobi, recebendo olhares de todos os espectadores. Ninguém havia escutado Kabuto desistir do combate.

[...]

Mesmo com todos os acontecimentos no centro da arena. Sasuke não estava  acompanhando, precisava permanecer de repouso até que Orochimaru aparecesse e lhe ajudasse.

Entediado, o Uchiha resolveu ir passear pelos corredores. Ao sair do quarto, foi surpreendido com a presença de alguém.

— Usou a flor que eu lhe dei — disse Sakura, recebendo olhares do rapaz.

— Sim, me lembrei dela. Resolvi coloca-la, mas não por você — ele respondeu, não deixando a garota surpresa.

— Bem Sasuke Uchiha... — Sakura continuou — Quem você irá escolher ao vencer o campeonato?

— Não sei — retrucou rapidamente.

— Vamos, Sasuke, desembucha. Eu preciso seguir em frente, te amo desde que nos conhecemos, preciso saber se você sente o mesmo. Seja sincero comigo — a garota dos cabelos raros segurou o braço do rapaz e o puxou para perto — Você me ama como eu te amo? — ela perguntou mais uma vez.

— Quando um homem aprende a amar, ele deve aguentar o risco de odiar. Talvez seja por isso que odeio tantas coisas nessa sociedade — Sasuke respondeu, soltando-se de Sakura e caminhando em frente.

Os olhos da Haruno brilharam de felicidade. Sua pergunta havia sido respondida de maneira estranha, mas ela percebeu que o Uchiha sentia o mesmo que ela sentia por ele.


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Notas finais do capítulo

O grande favorito caiu de forma vexaminosa. Será que as palavras dita pelo Lee são verdadeiras? O que esperar de Neji?

Mais uma vez Shikamaru venceu sem sequer enfrentar seu oponente. Seria ele o espadachim mais sortudo dos sete reinos?

Gaara venceu Kabuto, mas com interferência de Hiruzen. Será que o protetor dos sete reinos temeu pela vida do Yakushi? O que Sarutobi pode tramar para o Sabaku após aquele breve momento deles?

E finalmente tivemos os aguardados momentos entre SasuSaku e NaruHina! Mas uma dúvida párea pelo ar. Será que eles conseguiram mesmo ficarem felizes na companhia de um ao outro?

Opinem sobre o capítulo galera. Acho que muitos devem ter ficado furiosos com algumas cenas. Mas enfim, obrigado por lerem até aqui! Se possível deixem um review para alegrar esse leitor.

Até a próxima!



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