Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 22
Chapter Extra - Igneel Dragneel


Notas iniciais do capítulo

lá pessoal!!! Aqui, como prometido está o capitulo bonus especial de vinte capítulos!!!Agora, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/689084/chapter/22

 Se perguntarem para o humilde e hospitaleiro povo de Fiore qual a estação do ano que mais gostam, certamente a maioria falaria a Primavera. E não é para menos, as árvores floridas e o céu azul fazia tudo parecer uma das lindas pinturas que circundavam os salões das enormes casas dos nobres, a fim de provocar uma boa sensação ao olharem.

 Mas para o jovem príncipe Igneel Dragneel, sua estação favorita era o Verão. Para ele não havia ambiente melhor do que aquele. O Sol quente em seus cabelos e em sua pele bronzeada, a água dos rios onde costumava nadar com seus amigos desde pequenos era fresca. Nada se comparava com o prazer de andar de cavalo pelos campos numa bela e estrelada noite de Verão.

 - Igneel! – Um jovem de cabelos loiros platinados, no auge de seus dezessete anos gritava o nome do amigo enquanto a agua subia até seu pescoço, mesmo estando de pé no lago onde pararam para se refrescar. – Venha logo! Ou vai ficar aí de bobeira?

 - Já vou Weisslogia! – Um jovem gritou se aproximando do amigo, que estava cercado por mais dois rapazes. – Você, Metallicana e Skiadrum nem pensaram duas vezes em me deixar para trás! – Ele resmungou, mas seu sorriso travesso acabou denunciando que não estava com nem uma ponta de raiva dos amigos.

 - Me desculpe, Vossa Alteza! – Um rapaz de longos cabelos negros gritou para o jovem, que era o único que ainda não havia se molhado. – Vai querer que a gente saia para Vossa Excelência entrar?

 O jovem revirou os olhos.

 Nos olhos da maioria das mulheres, Igneel era simplesmente estonteante. Com dezoito anos, já tinha o corpo de um homem, e com seus rebeldes cabelos vermelhos e seus olhos cinzas encantavam todos. E fora que ele tinha uma paixão especial por saber que um dia poderá governar o país, no lugar de seu pai, o rei Norio Dragneel. Era cheio de energia, e não gostava nem um pouco de ficar parado.

 Durante várias gerações, a Casa Dragneel fazia parte da realeza de Fiore, por serem muito fortes em armamento e também por serem muito ricos. E isso também provocou a conciliação com várias Casas, também muito poderosas. E foi há dois anos quando o jovem príncipe iria se casar com uma completa desconhecida. Ele apenas sabia seu nome: Ayumi Hiwata. Era a única descendente da Casa Hiwata, uma poderosa família da época, que tinha bastante dinheiro graças às várias plantações que tinham, e vendiam seus produtos da melhor qualidade para diversos países fora todo o reino de Fiore.

 Nunca a viu, nem mesmo se interessou em conhecê-la. Claro que ele sabia que teria que fazer isso, e não achava ruim. Desde pequeno foi ensinado que um grande homem se sacrifica por seu país. Então não foi grande surpresa quando anunciaram que ele já havia uma noiva. Agora, no começo do Verão, ele soube que ela viria para o castelo. Não sabia exatamente o dia, mas ela viria. Não que estivesse muito preocupado com isso. Ele apenas iria conhecê-la.

 Afastou esses pensamentos enquanto retirava suas roupas, ficando apenas com sua calça preta. Logo depois saltou de cabeça na água gelada, e com o calor que estava, sentiu todos os seus músculos se relaxarem quando estava totalmente submerso. Depois de alguns curtos segundos, ele voltou para a superfície, se juntando em uma animada conversa com seus amigos Metallicana Redfox, Weisslogia Eucliffe e Skiadrum Cheney.

 - Então, Igneel, seu pai melhorou? – Skiadrum, um jovem esguio, de pele pálida e cabelos negros, perguntou.

 - Infelizmente não. – O rosto do rapaz se enrijeceu. – Ele está tossindo ainda mais do que nas últimas semanas. Eu e minha mãe estamos preocupados com ele.

 Todos ficaram um segundo de silêncio, vendo o desconforto repentino da conversa.

 - Não se preocupe. Os deuses estão olhando por ele. – Weisslogia disse sorridente. Desde jovem, o rapaz de cabelos loiros sempre fora muito religioso, apenas não demonstrava isso com muita frequência. – Mas e a rainha Ania? Ela está bem?

 - Sim. – O jovem príncipe murmurou. – Minha mãe está tomando conta dos negócios do reino enquanto meu pai está de cama, e já que eu não posso tomar posse...

 - Entendi. – Metallicana disse. – Ah! Igneel! Antes que me esqueça, recebi uma carta de Gildarts! Ele avisou que irá voltar de sua viagem dentro de alguns dias.

 Igneel molhou seus cabelos na água, enquanto sorria olhando para o céu azul.

 - Aquele ali nunca soube ficar quieto, sempre gostou de sumir por entre essas cidades. – Ele comentou.

 - Ele nasceu com a sorte de não ser tão sortudo como nós, futuros lordes... E futuro rei de Fiore. – Skiadrum disse sorrindo para Igneel.

 - Com certeza. – O jovem de cabelos vermelhos disse sorrindo para seus amigos. – Mas posso dizer que estou satisfeito com a pessoa que sou hoje.

 Aquele era um dos poucos momentos que tinha paz nas semanas que se passavam desde que seu pai ficara doente. O rei Norio era muito conhecido por seu braço de ferro, não deixando nada ilegal atravessar o reino, ou coisa semelhante. Porém, desde que ele ficou doente, pequenas revoltas começaram a acontecer em partes isoladas de Fiore, e sua mãe, a rainha Ania teve que tomar contar de tudo.

 Porém, como também tinha seus próprios afazeres reais, ela acabava entregando grandes tarefas para Igneel, o que fazia o despreparado rapaz ficar muito cansado e muito estressado ao longo dos dias. Percebendo isso, seus amigos de infância o chamaram para passar uma tarde no campo, onde andaram a cavalo, passaram por várias vilas, comeram em tavernas e cortejavam belas camponesas por onde passavam.

 Porém seu momento de descanso acabou quando todos ali ouviram barulhos de cavalos, e pelo olhar que Metallicana lançou a Igneel, ele pôde ter certeza que era a...

 - Guarda Real. – O rapaz de cabelos vermelhos suspirou frustrado ao ver que estavam o procurando. Se não fosse isso, por que estariam ali?

 Ele saiu rapidamente do lago, no mesmo momento em que o capitão das Tropas Reais descia de seu cavalo e se dirigia para o rei.

 - Vossa Alteza. – Ele se curvou. – Sua mãe, a rainha, está te procurando. Ela disse que tem assuntos muito sérios para tratar com o senhor.

 - E que tipo de assuntos? – Igneel perguntou colocando preguiçosamente sua blusa de linho branca, seu casaco de couro fino por cima e seu cinto, com a sua espada dourada embainhada nele.

 - Sua noiva, a senhorita Ayumi está requisitando sua presença urgentemente no castelo.

 Nesse momento, até mesmo o pobre Weisslogia, que tentava sair do lago sem escorregar na lama que a agua fazia na terra mais próxima dele, acabou falhando em sua tentativa.

 - Ah, ela está requisitando minha presença? – Igneel arqueou uma sobrancelha. – Ela está aqui?

 - Bem... Tecnicamente é a rainha que ordenou que eu viesse atrás de você, mas ela aceitou de bom grado a vontade suprema da Majestade Ania. – O capitão falava baixo e com palavras polidas.

 - Entendi... – Ele comentou pensativo. – Vá na frente e diga que dentro de poucos minutos estarei de volta ao castelo, já que não estamos muito longe dele. – Igneel disse se virando para os rapazes, onde viu que Skiadrum ajudara Weisslogia a se recuperar de sua pequena queda, e Metallicana já estava colocando suas roupas.

 Assim que a Guarda saiu, todos ali começaram a fazer muitas perguntas, e quase todas sem respostas certas. Ninguém ali sabia de nada de Ayumi.

 - O que ela veio fazer aqui sem ao menos avisar? – Igneel começou a murmurar. – Será que alguma coisa aconteceu?

 - Se for, tem que ser uma coisa muito importante para ela, e provavelmente sua família terem vindo até aqui sem avisar. – Metallicana disse abotoando sua camisa.

 - Será que ela é bonita? – Weisslogia perguntou distraído, e Igneel revirou os olhos. Apenas ele para perguntar tal coisa assim, repentinamente.

 - Seria de bom grado que a futura rainha de Fiore seja exuberante, não é mesmo, Igneel? – Skiadrum perguntou para o amigo em tom de malícia. Dentre os quatro, Igneel era o mais velho, no final de seus dezoito anos. Logo depois vinha Metallicana com dezoito recém-formados e Skiadrum e Weisslogia, com dezessete. O jovem de cabelos vermelhos novamente revirou os olhos.

 - Não posso lhe garantir nada, apenas sei que ela é jovem, assim como eu. Deve ter a idade de vocês, Skiadrum e Weisslogia. – Ele comentou montando em seu corcel marrom. – Vejo vocês depois. – Ele disse e percebeu que Metallicana também montara em seu cavalo, pronto para segui-lo rumo ao castelo. – Vamos.

 E em trotes rápidos e largos dos dois cavalos, o futuro rei de Fiore e seu fiel amigo deixaram os jovens lordes ali, sozinhos e ainda colocando suas devidas roupas, rindo da cara do outro e fazendo piadas sem sentido.

 Igneel não queria de forma alguma deixar transparecer alguma coisa, mas confessava que tudo aquilo o pegara de surpresa. Nunca ouvir falar de sua futura esposa, e agora ela o espera em sua casa, sabe-se o porquê. Estava ansioso para vê-la, para, ao menos, saber como ela é, do que ela gosta e do que não lhe agrada. Queria vê-la para ter uma noção de quem seria a mulher que iria se casar em um curto período de tempo, provavelmente.

 Rapidamente chegou ao palácio dos Dragneel, em Magnolia. A estrutura era simplesmente estonteante, e segundo seu pai, não mudara nada desde que era uma criança. E se fosse por Igneel, também não modificaria nada, para ele tudo estava na mais perfeita ordem. Atravessou o jardim, uma grande área cercada por uma grama verde-escura e vários arbustos, e parou seu cavalo bem na porta.

 - Igneel, espere. – Ele ouve a voz de Metallicana atrás de si e se vira rapidamente. O jovem de cabelos pretos se aproximou do amigo e arrumou a gola de sua camisa, dando uma olhada geral para checar se Igneel estava, ao menos, apresentável para conhecer uma dama como Ayumi Hiwata. Ele deu um aceno com a cabeça, aprovando o visual do amigo e o colocou para andar. – Vá logo! E não a deixe esperando! Não se esqueça, seja educado e gentil, a faça gostar de você, e tente gostar dela, por favor. Ah, e mais uma coisa... Fale para sua mãe que mandei minhas condolências. – O rapaz disse sorrindo para Igneel, e em seguida montou novamente em seu cavalo e saiu pelos portões do castelo.

 Ele estava ali, sozinho. Não gostava disso. Queria ter sempre alguém ali do seu lado, nem que seja ao menos para conversar. Não gostava da solidão. Em passos decididos, foi até a Sala do Trono, onde os guardas lhe avisaram que sua mãe estava o esperando.

 Os corredores em si estavam pouco movimentados, apenas havendo uma criada ou outra passando pelos corredores, ou até mesmo alguns nobres caminhando lentamente, como se estivessem esperando o tempo passar rápido.

 Antes de entrar na Sala do Trono, viu que ali por perto havia um pequeno espelho pregado na parede. Estava razoavelmente bem, tirando a pele brilhando por conta do suor. Sua pele estava mais bronzeada que o normal, e seus cabelos estavam um pouco compridos demais. Se deu uma bronca por não ter cortado ele na noite anterior. Mas não estava tão ruim assim, ou pelo menos era o que ele estava torcendo para a moça que estava ali do outro lado da porta pensasse.

 Sem esperar nem mais um minuto, Igneel se pôs em passos largos e decididos quanto a porta se abriu, revelando a rainha Ania de muito mau humor... O que já era de se esperar de sua mãe.

 - Onde você estava, Igneel? – Ela disse preocupada. Assim como o filho, sua pele era bronzeada e suas bochechas eram bem rosadas (talvez até um pouco exagerado pela maquiagem, que adorava usar.), porém sua estatura era um pouco mais baixa e tinha curvas bem ressaltadas, principalmente através do corpete que envolvia sua cintura.

 - Aproveitei que não havia muitos compromissos hoje e eu e meus amigos resolvemos dar uma espairecida pelos campos. – O jovem disse enquanto sua mãe ajeitava seu cabelo desesperadamente. Olhando ao redor do Salão, percebeu que não havia mais ninguém ali. – Ah... Mãe... Me avisaram que Ayumi Hiwata estaria aqui...

 - Sim, ela está aqui no castelo... E é assim que se veste para ver sua linda futura esposa? – Ela indagou nervosa. – Tens sorte de que a moça está cansada demais para qualquer encontro agora, devido à longa viagem, e pediu para que hoje à noite você fosse encontrá-la. Ai sim poderá se vestir como um futuro rei. – Ela disse enchendo a boca de orgulho para falar a última frase. – Enquanto isso, fique em seu quarto, e não saia de lá até que esteja limpo, cheiroso e com a melhor roupa que tiver, já que não temos mais tempo de comprar outra... Ah, e veja se seu pai precisa de alguma coisa. Acabei de sair do quarto e ele parecia bem, mas nunca se sabe... – Ela falou ajeitando seus longos cabelos pretos, que estavam presos por um coque bem alto e bem feito, ressaltando mais ainda suas bochechas protuberantes e seus olhos cinzas. – Pelo visto o pai de Ayumi veio tratar de negócios com um nobre aqui em Magnolia e aproveitou para que a filha deles conhecesse você.

 Igneel apenas concordou sorrindo aliviado e partiu rumo ao quarto Real, que era onde seu pai, o rei Norio Dragneel estava repousando há semanas. Segundo os curandeiros e enfermeiras da região, ele tem uma doença incurável, onde aos poucos irá perder completamente sua força. Isso já estava acontecendo, quando todos ali perceberam que ele mal conseguia se sentar sozinho.

 Entrou no quarto e encontrou seu pai sentado em uma poltrona de frente para a janela, que dava para o jardim. O quarto era todo baseado nas cores marrom, preto e dourado. Seu pai estava deitado na enorme cama no centro o cômodo. Em sua juventude sua mãe contava que ele era um homem alto, de pele pálida e olhos castanhos estonteantes, mas agora, com sua doença e as consequências de um início de velhice, estava magro e franzino. Seus cabelos, que antes eram tão vermelhos quanto o do príncipe, agora estava mais desbotado, e com alguns fios brancos espalhados, mas não perdia o semblante sério e autoritário que sempre teve.

 - Olá, pai. – Ele disse se sentando na beirada da cama. Norio estava com os olhos fechados, mas assim que ouviu a voz do filho, os abriu.

 - Igneel. – Ele disse fraco. – Sua mãe estava te procurando, ela o encontrou? – Ele perguntou com a voz rouca.

 - Sim. Já conversamos sobre Ayumi. – O jovem disse calmamente para o pai, que concordou levemente com a cabeça.

 - Ela veio aqui com seus pais. É uma jovem linda e educada... – Ele comentou, mas em seguida uma crise de tosse interveio, não o deixando terminar.

 - Pai... Descanse agora. Irei me encontrar com ela mais tarde. – Igneel disse caminhando para mais perto do velho e arrumou seus travesseiros, a fim de ficar mais confortável.

 - Por que não a leva para os jardins? Acho que ela iria gostar. – O homem disse e o rapaz prontamente concordou. Depois disso deixou que os criados entrassem para ajudar seu pai a tomar banho e tomar seus remédios, e se dirigiu para seu quarto.

 Depois de algumas curtas horas dormindo, Igneel acordou preguiçosamente e foi se lavar. Tomou um banho um tanto quanto demorado, com vários sais. E assim que saiu de seu banheiro, percebeu que um criado (com certeza a pedido de sua mãe) deixara uma troca de roupas prontas e limpas em cima de sua cama, que também já estava arrumada.

 - Mas ela pensou em tudo... – Ele disse passando a mão em seus cabelos molhados e dando uma gargalhada em seguida.

Enquanto se trocava, seus pensamentos finalmente o levaram á razão. Ele iria conhecer a sua futura esposa, a mulher de seus filhos e a futura rainha de Fiore. Admitiu que uma pontada de ansiedade surgiu em seu peito, mas tentou disfarça-la com outros pensamentos.

 Usava uma calça preta de veludo, com uma fina camisa de linho branco, com cordões de ouro em volta de seu pescoço e um casaco de couro marrom que ia até um pouco acima de seus joelhos. Colocou uma bota preta e seus anéis de ouro favoritos. Seus cabelos já estavam secos, então colocou sua coroa, que era muito bem guardada em uma redoma de vidro em um dos cantos do quarto. Por fim colocou um pouco de seu perfume. Queria parecer bem hoje. Apesar de não amá-la, nem tê-la visto ainda, queria passar uma ótima impressão.

 Saiu em passos rápidos ate onde seria o quarto dela, pelo menos onde os criados disseram que ela estava hospedada. Bateu na grande porta de madeira maciça, e uma senhora atendeu. Ele rezou mentalmente para que ela não fosse Ayumi.

 - Alteza. – A senhora de cabelos rosas claro disse sorridente e se curvou. – Estou muito feliz em vê-lo aqui. Sou Emi Hiwata, mãe de Ayumi. Ela está se trocando.

 - Ah. – Igneel pareceu um pouco desconcertado. – Sem problemas... Ahn... Peça para ela me encontrar no jardim, sim? – Ele perguntou meio tímido, e saiu pelo corredor assim que recebeu um aceno positivo da mulher.

 Percebeu que estava suando frio. Confessava que estava muito nervoso. Desde pequeno fora preparado por sua mãe para ser o maior cavalheiro de Fiore.

 “Mulheres gostam de homens que morreriam por seu amor, mas amam os corajosos que se arriscam a viver por ele.”— Ele se lembra dessa frase que a rainha Ania dizia sempre para ele. Tinha que reconhecer que a mulher estava certa. Por ser um bom príncipe e um bom rei, faria o que fosse possível para conquistar Ayumi Hiwata.

 Chegou ao jardim do palácio e se sentou em um dos bancos de madeira branca que havia ali, bem no centro do local, rodeado por flores de todos os tipos.

 Como ela era? Era bonita? Era educada? Gentil? Ou o oposto disso? Seria uma mulher séria, ou gostava de pregar peças? Essas perguntas rodeavam Igneel, sendo que ele mal percebeu uma pequena agitação nas plantas ás suas costas.

 Quando percebeu que havia um barulho de passos se aproximando, ele se levantou e virou para trás.

 - Me desculpe por ter te assustado, Alteza. – Ele ouviu a voz dela mesmo antes de vê-la claramente. A jovem saiu de trás de uma árvore e parou bem a sua frente, com um sorriso singelo nos lábios. – Sou Ayumi Hiwata.

 Toda a angústia e todo o nervosismo de Igneel desapareceram assim que ele a viu. Ela era linda. Seus cabelos eram de um tom de rosa igual ao das flores de cerejeira em plena primavera, seu olhos eram verdes como a grama fresca no verão, e sua pele era clara e pálida como a Lua numa noite estrelada, exceto por suas bochechas, que estavam rosadas no momento, e ele não soube dizer se era pela maquiagem ou pelo calor que estava fazendo. Tudo nela o lembrava de alguma coisa, e isso era intrigante para ele.

 - É um prazer. – Ele se curvou para ela.

 - Me disseram que queria me encontrar aqui nos jardins. Me desculpe por chegar aqui tão repentinamente. – Ela disse suavemente.

 - Sem problema. – Ele disse sorrindo para ela, tentando mostrar o máximo de gentileza e cortesia possível. – Bem, poderíamos dar uma volta pelo jardim, o que acha?

 - Eu iria adorar. – Ela disse sorrindo para o rapaz. Até agora tudo ia muito bem. Ele ofereceu seu braço e a moça aceitou, entrelaçando sua mão no antebraço de Igneel.

 Uma parte do passeio foi silencioso, apenas com os dois aproveitando a presença um do outro. Nesse meio tempo, Igneel pôde reparar mais nos detalhes da mulher. Seu rosto era fino e delicado, seus cabelos lisos e rosas estavam presos atrás da cabeça, mas uma parte descia como uma cascata por suas costas, que no momento estavam expostas pelo decote do vestido atrás. Usava uma vestimenta branca e delicada, sem muitos detalhes. O vestido era justo da cintura para cima, realçando seu busto, que não era tão curvilíneo quanto de sua mãe, e a saia era rodada, deixando um pouco mais difícil para a moça se locomover por entre as plantas. Porém Igneel estava ali para ajudá-la no que ela não conseguia.

 O príncipe foi o primeiro a quebrar a tensão.

 - Então, onde mora? – Ele perguntou.

 - Nós temos uma área perto do Sul de Fiore. Ficamos por ali, já que a terra é bem fértil, meu pai consegue ter muitos lucros por lá. – Ela disse sorrindo.

 - Entendo. – Ele comentou. – Bem... Como você já sabe, nós vamos nos casar...

 - Certamente. – Ela disse e pareceu meio desconcertada. – É um pouco estranho falar dessa forma. Como se nós não quiséssemos isso.

 - E você quer? – Igneel perguntou parando de frente para a moça, que olhou para o chão. Depois de alguns segundos ela sorriu para ele.

 - Eu acreditava que você era completamente diferente do que eu percebi, mas agora aqui, a sua frente, vejo que estou errada. Isso é um bom começo para nós, eu posso afirmar.

 Nisso o rapaz de cabelos vermelhos sorriu para Ayumi, nunca esperava uma resposta dessa de nenhuma mulher.

 - Bem... Então acho que devíamos continuar nosso passeio. – Ele disse se aproximando da moça, sentindo um leve aroma de rosas vindas de seu cabelo. Ela sorriu mais largamente e se afastou do rapaz, desta vez com uma expressão mais diferente do que ele havia visto anteriormente. Um semblante travesso.

 - Vou me retirar agora, Alteza. Afinal, acho eu teremos algum tempo para ficarmos juntos nos próximos anos. – Ela disse sorrindo para o rapaz e sumiu por entre as flores e árvores.

 E olhando para o nada, Igneel saiu pelo lado oposto de onde ela havia ido. Sorria como um bobo, e não sabia o porquê, sendo que só depois de alguns anos ele percebera que já havia se apaixonado por Ayumi Hiwata.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
PS: Neste capítulo, na idade de Igneel, ele ainda não tinha conhecido Silver Fullbster, por isso que ele não é citado nesse capitulo.
Gostaram? Querem que eu faça outro assim? O que eu preciso melhorar? Me digam!
Obrigada por lerem! Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kings And Queens" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.