Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 2
Chapter 1 - O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Gente! Estou muito feliz com o começo da fanfic! Espero que ela continue assim! Estou muito animada com ela! Bom capitulo!
Queria agradecer muito á Luxy Heartfilia e á LightDevil por serem as primeiras a comentar na minha fanfic! Adorei o comentário de todas vocês!



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Seis anos depois da morte de Layla Heartfilia...

 - Aí está meu dragão! – Igneel sorria enquanto via seu filho, Natsu Dragneel, correr até seu encontro. Havia acabado de ter uma estressante reunião com o Conselho, a fim de decidir o que faria com intrusos que invadiram Fiore e mataram uma família de fazendeiros. O que mais precisava agora era de ter seu filho nos braços.

 - Papai! – Ele disse se soltando da mão da governanta dele e correndo até o rei. Natsu já estava com seis anos de idade, o que em outras palavras dizia que ele não sabia o que a cansaço significava.

 Pulou no pai e se pendurou em seu pescoço, enquanto o homem ria da cara de divertimento da criança em seus braços.

 - Ele está se alimentando bem? – Ele perguntou para a governanta, que concordou prontamente com a cabeça.

 - Como um dragão de verdade. – Ela disse em tom de divertimento.

 - Fico feliz com isso. – Ele respondeu olhando para o menino, que ansiava que o pai fosse brincar com ele no jardim.

 Desde que sua esposa morreu no parto, Natsu era cuidado por uma governanta, já que com suas responsabilidades reais, Igneel mal tinha tempo para o garoto.

 - Então vamos brincar um pouco? – Igneel perguntou para Natsu, que soltou um grito de alegria.

 - Vamos brincar de cavaleiro, papai! – O menino disse alegre saltando do colo do homem para o chão, e saiu correndo por um dos largos corredores do castelo.

 Assim que conseguiu alcançar Natsu, ele já estava brincando em um dos balanços. Nesse mesmo parquinho improvisado no palácio estava Gray Fullbuster, filho de Silver, brincando junto com Ultear, filha de Ur Milkovich.

 Gray tinha a idade de Natsu, só era um mês mais novo que o rosado, e Ultear era a mais velha, com nove anos.

 Ur era uma das nobres que viviam no palácio, já que ajudava muito em planos de batalha junto com Silver e Metallicana. Também era dona de maior parte das Terras do Norte, onde havia as Montanhas de Gelo, lugar que se fabricava várias armas que eram vendidas para o reino em épocas de guerra. Ultear era sua filha, e era muito amiga de Gray desde que era pequena, já que Ur praticamente o adotou como um segundo filho, já que Silver quase nunca estava no castelo para lhe fazer companhia, por conta das batalhas e missões que era enviado.

 - Gray! Esse brinquedo é meu! – Natsu disse reclamando com o garoto, que parecia alheio a tudo o que o jovem príncipe fazia.

 - Eu só peguei emprestado! – O garoto de cabelos pretos reclamou e focou seus olhos negros no rosado, pronto para discutir ainda mais, se não fosse Ultear para interromper os dois.

 - Meninos... Tem mais brinquedos na caixa... – Ela apontou para um baú grandão do lado dela.

 Nisso, ouviu-se mais uma conversa de meninas, e apareceu no parque uma garota com longos cabelos escarlate e olhos castanhos, acompanhado por outra de cabelos brancos e olhos azuis. Eram Erza Scarlet e Mirajane Strauss. Ambas eram um ano mais velhas que Natsu e Gray, tendo assim, sete anos de idade.

 - Erza... Se pegar na minha boneca de novo, você vai ver só! – Mirajane falava para a ruiva, que ficou vermelhinha de raiva.

 - Eu não peguei nada, Mirajane! – A ruiva falava brava.

 Erza Scarlet foi acolhida pelo rei em seu castelo quando Gildarts a trouxe quase morrendo de fome, vinda de um orfanato que fechara as portas e jogara as crianças na rua. Ele contou que sua aldeia tinha sido invadida por mercenários, e que ela foi uma das poucas pessoas a sobreviver. Todos os sobreviventes marcharam para o norte, a fim de construir uma nova vida, mas como ela ainda era muito pequena, não quis ir para não abandonar seus pais... Que já estavam mortos. Um grupo de comerciantes clandestinos a achara e como via que a garota não tinha nenhum valor, a jogaram num orfanato. Depois que Gildarts a achou, ela virara uma grande amiga de Natsu Dragneel.

 Mirajane Strauss é filha de um dos comerciantes mais importantes de Magnólia, e ela e seus dois irmãos, Lisanna e Elfman, são muito amigos de Natsu e Gray, sendo assim, ficam maior parte do tempo no castelo, enquanto o pai faz negócios com a maioria dos nobres que também vivem ali. Ela costuma ser bem calma quando tem adultos por perto, mas apenas Erza e suas amigos sabem que quando está nervosa, Mirajane consegue ter um temperamento bem explosivo.

 - Gray! Me devolve! – Ouviu-se Natsu gritar com o outro garoto.

 - Você que pegue outro! – O outro menino replicou, e nisso ouviu-se a voz aguda de Erza.

 - Parem já com isso! – Ela gritou com os dois que, incrivelmente, ficaram quietos. Nisso, Igneel se aproximou de onde as crianças estavam, e todas, sem exceção, arregalaram os olhos.

 Ultear se levantou rapidamente e se curvou, porém percebendo que Gray apenas ficava encarando o homem, o pegou pelo braço e o fez fazer o mesmo. Mirajane e Erza, em apenas um movimento, se curvaram graciosamente para sua Majestade.

 - Natsu, não devia ficar discutindo com os outros, sabe que isso é falta de educação, filho. – Igneel disse acariciando os rosados cabelos do garotinho, assim que todos voltaram ao normal, e apenas ficaram o olhando.

 - Mas o brinquedo... – Natsu começou a reclamar para o pai, quando um bonequinho azul o atingiu na cabeça. – Ai! – Ele olhou para trás, e viu Gray Fullbuster rindo da cara dele.

 - Se queria tanto o brinquedo... – O menino revirou os olhos. Mas arregalou os mesmos assim que viu uma figura atrás do rei, uma pessoa que ninguém havia notado até então. – Pai! – Ele saiu correndo e abraçou o homem moreno, que encarava tudo com certo sorriso maroto no rosto. Mas no fundo tinha uma expressão sombria. Acontecera alguma coisa.

 - Igneel, perdoe meu filho. – Silver disse abraçando Gray e depois o pegou no colo, o colocando em seus ombros. – Ele sabe ser carrancudo quando quer... E até quando não quer.

 - Acho que herdou isso do pai, não? – Igneel zombou e Silver deu uma risada fraca.

 - Olá, General Fullbuster. – Mirajane, Erza e Ultear o cumprimentaram e receberam um aceno com a cabeça em troca. Logo depois Silver se voltou para Igneel.

 - Majestade... Você tem uma visita. – Ele disse.

 - E desde quando você sabe se tenho visitas ou não, Silver? – Igneel perguntou em tom de divertimento enquanto Natsu corria a sua volta com dois bonecos na mão, aos risos.

 - Igneel. – Ele o chamou. O rei já percebeu que quando seu general (e velho amigo) o chama pelo nome naquela seriedade, alguma coisa acontecera. – Jude Heartfilia está aqui. Quer conversar com você.

 Todos os músculos de Igneel se contraíram, o fazendo ficar desconfortável, e todas as crianças ali presentes sentiram isso.

 - Ei, Natsu! Aposto que não consegue ganhar de mim em uma corrida no jardim! – Gray gritou para o menino, pulando das costas do pai com facilidade.

 Desde que era bem pequeno, o moreno sempre via seu pai, Silver chamando seus soldados com uma expressão parecida no rosto, ele nunca soubera o que era, mas tinha certeza absoluta que não era um assunto que o pai gostaria que ele ouvisse. E como seu pai também estava com aquela cara no momento, decidiu sair dali e levar Natsu consigo, para ele não atrapalhar.

 Assim que os dois meninos saíram correndo que nem bobos pelo jardim do palácio, Erza se virou para os dois homens, que se encaravam, parecendo que estavam tento uma conversa silenciosa.

 - Ultear, Mira... – Ela chamou as duas garotas, que se viraram para ela. – Vamos. – Ela disse saindo do local, sendo seguida pelas duas meninas. Em menos de dez segundos todos dali haviam sumido.

 Igneel se virou e começou a andar para dentro do palácio, sendo seguido por Silver Fullbuster.

 - Faz seis anos... – Igneel começou. – Há seis anos eu tento achá-lo. Mas depois do que aconteceu no farol de Hargeon, ele simplesmente sumiu. Por que ele quer me ver agora? Por que recusou as ordens de um rei durante seis anos?

 - Majestade... Espero que se lembre do que exatamente aconteceu naquela noite. A esposa dele morreu, e você mais do que ninguém sabe o que é isso. – Silver disse caminhando logo atrás do rei, com as mãos nas costas. Igneel e ele eram amigos de longa data, então o moreno apenas se referia a seu rei como “Majestade”, fora isso, o trata como um amigo normal.

 - Nós dois sabemos, Silver. – Igneel disse sombrio. - Nós dois sabemos.

 E abriu-se a porta do Grande Salão do castelo, onde Igneel se sentou em seu trono: Uma grande cadeira bem no meio de um pedestal do fundo do salão, onde lhe dava vista de tudo. Era feita de uma madeira negra, onde no apoio dos braços era ornamentado de detalhes em ouro puro, incluindo duas cabeças de dragões na ponta. Sua parte estofada era de um vermelho bem semelhante à cor dos cabelos do rei, um vermelho escuro, com alguns fios de ouro entrelaçando-se com o tecido.

 Ao seu lado tinha o trono da rainha, que há seis anos estava vazio. Sua forma era bem parecida com a do rei, porém sua madeira era branca, e no apoio dos braços tinha detalhes em ouro branco, onde pequenos dragões foram desenhados minuciosamente. Seu estofamento era todo na cor vermelha, mas era um vermelho mais claro, não tão forte quanto a do rei. Há histórias de que Igneel viajou durante duas semanas apenas para mandar fazer a cadeira para sua amada esposa, Ayumi, em um dos melhores marceneiros de Fiore.

 Quando descobriu que a rainha estava grávida, Magnólia inteira virou uma festa, já que a mulher era amada por quase todos, e admirada por sua doçura e simplicidade, e claro, sua beleza. Mas, infelizmente, na noite de seu parto, Ayumi não resistiu, e acabou morrendo assim que pegou seu pequeno Natsu nos braços.

 Desde então, Igneel manda os criados lustrarem aquele trono todos os dias. Não, ele não tinha esperanças de que ela voltasse, mas sim de que, de onde quer que ela estivesse olhando, veria o quanto ele ainda a ama.

 - Majestade? – Silver o chamou, o tirando de devaneios. – Está tudo bem?

 - Poderia estar melhor. Mas sim, estou bem. – Igneel disse se recompondo. – Mande-o entrar.

 Jude Heartfilia não estava tão diferente quanto da ultima vez que o viram há seis anos. Continuava com os mesmos cabelos castanhos sedosos de sempre, e sua veste fina estava impecavelmente limpa.

 - Vossa Majestade. – Jude se curvou. – Peço-lhe desculpas por não dar nenhum sinal nos últimos anos... Muita coisa aconteceu. – Ele foi o mais objetivo possível.

 - Temos tempo. Me conte o que aconteceu. – Igneel disse. Logo depois ele olhou para Silver, que estava de pé ao seu lado, e com apenas um aceno ordenou que todos os criados ali dentro se retirassem, ficando apenas os três.

 - Assim que soube da morte de Layla... Entrei em luto, fiquei doente... Ela era tudo o que eu tinha, no final das contas. Um ano se passou muito rápido sem que eu sequer perceba. Depois disso, nossa filha já estava mais crescida, então achei melhor me mudar para um local mais afastado. A casa onde morávamos juntos estava cheia de fantasmas do nosso passado. – Ele disse olhando para os próprios sapatos. – Me mudei com minha filha para uma fazenda, bem no interior do país, a fim de me recompor de tudo o que havia acontecido, e pensar no que eu iria fazer em seguida.

 “Mais um ano se passou e decidi voltar a trabalhar como comerciante, e reabri minha companhia. Lucy já estava com três anos, e ficava cada dia mais parecida com a mãe... O que me apertava o coração. Sinto muito a falta dela. – Jude continuou e em seguida olhou para Igneel, que ouvia tudo com atenção. – Nunca me esqueci da promessa que fiz a ela, de vir aqui nesse castelo e lhe contar todos os sonhos que ela teve, e de cuidar muito bem da nossa filha. Mais três anos se passaram, e com a volta da minha empresa no mercado eu acabei ficando completamente ocupado com o trabalho, e com Lucy. Até que, finalmente, vim para cá para lhe falar tudo.

 Igneel se remexeu em seu trono, mas não tirava o olhar de Jude.

 - Continue. – Ele disse sério. – O que diziam esses tais sonhos?

 - Layla tinha um dom. – Jude começou depois de uns segundos de silêncio. Ele parecia escolher muito bem as palavras na frente dos dois. – Pode parecer estranho, confuso... Mas tudo o que falarei aqui é a mais pura verdade. Ela conseguia ver o futuro, em forma de sonhos, e ás vezes de visões. Pesquisei e descobri que Layla não foi a única na história a ter esse dom. Em seu primeiro sonho, que aconteceu quando estava grávida de Lucy, ela viu uma guerra, que nas palavras dela era a pior guerra que toda Fiore havia visto. E tinha vários soldados no campo. Várias pessoas mortas e feridas. Ela me disse que viu tudo borrado, e que não conseguia ver os rostos das pessoas, mas sabia que eram um reino do Ocidente, pelas suas armaduras. Ela teve seu segundo sonho na mesma noite que Lucy nasceu. Ela sonhou com seu filho, Majestade. Quando Lucy nasceu, seu filho já estava com quatro meses. Ela o viu rindo e brincando em seu quarto, ele parecia ter uns dois anos de idade, e dentro de seus brinquedos tinha um punhal, onde no cabo estava um desenho de um dragão, desenhado em ouro branco, como no trono de sua falecida esposa, a rainha.

 Igneel olhou para os detalhes no trono, e em seguida se voltou para Jude.

 - Ela sonhou mais? – Ele perguntou e o homem assentiu.

 - Mais um sonho. Ela sonhou a noite no farol. Tudo o que aconteceu ali, até mesmo sua morte ela havia previsto. Layla me disse que sonhara um pouco mais, mas ela se recusou a contar para mim. Apenas disse que desse sonho vossa Majestade não precisaria saber o final, apenas tinha que treinar as crianças desse castelo, pois a guerra será deles, e não nossa.

 Assim que Jude terminou, Igneel coçou seu queixo com uma das mãos, e parecia bem pensativo. O que tudo isso queria dizer? Para ele, essas visões de Layla eram uma parede em seu caminho, onde ele não conseguia ver nada além, nem pensar nada além disso.

 - Layla me disse mais uma coisa. – Jude interrompeu seus pensamentos. – Ela teve uma visão na noite que dava o primeiro banho em Lucy. Ela viu Lucy jovem, bem parecida com ela. E ela vivia aqui no castelo, e de alguma forma, sentiu que sua importância aqui era muito grande. Ela viu que Lucy irá morar nesse palácio.

 - Aqui? Como sabe disso? – Silver perguntou desconfiado. – Nem conhecemos a garota, como quer que a aceitemos aqui?

 Nisso, Jude olhou sombriamente para os dois.

 - Porque se Lucy não estiver aqui na hora certa, Natsu Dragneel e Gray Fullbuster irão morrer pelas mãos de seus inimigos mais rápido do que a morte pode carregar suas almas... Foi o que Layla disse, com essas palavras.

 Os dois arregalaram os olhos para o homem a frente deles.

 - Como ousa...? – Silver disse sacando sua espada e apontando para a garganta do nobre.

 - Silver… Isso não será necessário. – Igneel disse calmamente, e o General, relutantemente, abaixou sua espada.

 - Então, temos um acordo, ou preferem arriscar a vida de seus filhos e de todos de Fiore?

 Igneel encarou o homem. Ele soube direitinho convencê-los do que seria bom e ruim. E ele não gostava de ser manipulado daquela maneira. Mas não havia outro jeito, não havia brechas no que Jude acabara de falar. Tudo no homem parecia que ele realmente estava falando a verdade, e depois do que presenciara no farol, tinha certeza absoluta de que Layla não era mulher de ficar fingindo coisas.

 - Pois bem. – Igneel se levantou a caminhou até Jude, ficando cara a cara com ele. – Quando sua filha e meu filho atingirem dezoito anos, ela vem morar aqui, mas apenas se acontecer alguma coisa que ela realmente precise de nossa ajuda, ou que nós possivelmente iremos precisar dos serviços dela. Caso contrário, ela ainda continua com você, e sem mais nenhuma condição. – Ele disse sério.

 - Então acordo fechado. – Jude disse imponente enquanto apertava a mão do rei.

  Jude fazia isso por sua filha, Igneel fazia isso por seu filho. O que os dois não esperavam era que seus próprios filhos já estavam com seus destinos selados há muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, eu quero saber o que estão achando da história!
Bem, agora Natsu e os outros estão com seis, sete anos, por ai... Mas fiquem tranquilo que haverá mais uma passagem de tempo mais pra frente. Quero tentar explorar essa história da maneira mais legal possível!
Até o próximo!
beijos!



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