Quando Foi mesmo que Me Apaixonei? escrita por valentinaLB


Capítulo 31
Capítulo FINAL - E ELES FORAM FELIZES PARA SEMPRE


Notas iniciais do capítulo

Meninas, enfim o último capítulo. Dever cumprido. Como já disse, minha intenção era mostrar a adolescência da Nessie. A fase adulta vai aparecer rapidamente neste capitulo. Espero que gostem. Foi escrito, assim como os outros, com muito carinho.
Um beijo tamanho de um dinossauro pra aquelas que leram e comentaram. Muito obrigado também para oa leitoras(es) anônimas (os).



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CAPÍTULO FINAL – E ELES FORAM FELIZES PARA SEMPRE...

(POV NESSIE)

Quando entrei em casa, Jake segurava Hannah no colo. Seu rostinho ainda estava banhado em lágrimas, mas não chorava mais. Aconchegada no colo do pai, se sentia segura e amada.

- O que aconteceu? – Perguntei preocupada.

- Ela estava engatinhando e cortou o joelhinho. Não foi nada, um cortezinho bem pequeno, mas acho que se assustou com o pouquinho de sangue que saiu.

Peguei minha filha linda e gorduchinha do colo de Jake e a apertei em meus braços. Era um bebê fofo de oito meses. Sua pele era de uma cor dourada, nem tão moreninha quanto o pai, nem tão branca quanto eu. Seus cabelos eram avermelhados e cacheados e tinha olhos escuros como os do pai.

Não tinha como não se encantar com sua beleza.

- Pronto, meu amor, a mamãe chegou. Tá com soninho? Quer que a mamãe cante pra você dormir?

Entrei em seu quartinho e comecei a cantar sua musiquinha preferida: “Pela estrada afora eu vou bem sozinha...”. Jake sempre ria quando a cantava.  Tanto brinquei que Hannah acabou mesmo se apaixonando na canção. Não demorou muito e ela dormia como um anjo em meus braços.

DOIS ANOS ANTES

Não posso dizer que eu e Jake não brigamos outras vezes depois disso, mas fazer as pazes era tão bom que não me importava em passar algum tempo chateada com ele. No final ele sempre se explicava e eu o perdoava, até porque era eu que acabava, na maioria das vezes, fazendo uma tempestade num copo d’água. Sempre comemorávamos a volta da paz na cama. Era tão bom...

Os dias passavam-se rapidamente. Talvez  porque eu era a pessoa mais feliz do mundo. Dizem que a felicidade faz isso com o tempo... Transforma horas em minutos.

O clima de festa na casa e a euforia da Tia Alice deixavam evidente que algo estava acontecendo. E estava mesmo. Era meu aniversário de sete anos. Segundo meu avô, de vinte e um. Enfim eu era mais velha que meus pais. Nem Freud explicaria...

Iríamos comemorar com um jantar em família. Meus avós Charlie e Rennè também viriam. Eles agora já sabiam do nosso segredo, mas não se sentiam tão à vontade assim para conviverem freqüentemente conosco. Mas hoje era um dia especial.

Já fazia um tempo que não acontecia nenhuma mudança em meu corpo, mesmo as mais sutis, notadas apenas por meu avô e seus exames, e isso queria dizer que meu desenvolvimento tinha se completado.

Minha matrícula e a de Jake já estavam feitas na Universidade do Alaska, para onde todos nos mudaríamos.

Já era hora de começarmos um novo ciclo de convivência com os humanos, até ser necessário mudarmos novamente.

Eu iria cursar Antropologia e Jake, Engenharia Mecânica.

Tia Alice me comprou um vestido maravilhoso para usar na festa. Era de cetim de seda creme, de um ombro só e curto.

Depois de horas nas mãos dela e da Tia Rose, me olhei no espelho e vi uma mulher linda. Sim, eu agora era uma mulher.

Desci as escadas e me deparei com uma decoração magnífica, digna de um palácio. Jake vestia um terno que o deixava sem educação, de tão bonito. Tremi quando nossos olhos se encontraram. A paixão, o amor e o desejo entre nós aumentavam a cada dia.

Os olhos de meus pais brilhavam. Uma lágrima rolou do meu. Abracei-os e, como sempre, senti-me inundada com o maior amor do mundo. Não acreditava que outra filha no mundo fosse tão amada quanto eu era.

Todos vieram me abraçar e para desespero de Tia Alice, borrei toda a maquiagem. Chorei por todos que não podiam.

Jake aguardou todos me cumprimentarem  e então me segurou em seus braços e me deu um beijo ardente e apaixonado, na frente de todo mundo, me deixando completamente vermelha.

- Desculpe-me Edward, mas não resisti. Se quiser me matar, morro feliz. – Jake falou, fazendo gargalhadas soarem por toda a sala.

- Não brinque comigo, Jacob, eu mordo! – Meu pai levou na esportiva, mas no fundo, se pudesse, arrancava a cabeça de Jake ali mesmo.

A risada mais uma vez foi geral.

Era muito engraçado ver aquela mesa enorme, rodeada de gente e repleta de comida, porém apenas quatro pessoas comendo. Se bem que Jake comeu por umas cinco.

Charlie e Rennè não estavam muito à vontade, mas fariam qualquer sacrifício para estarem comigo naquela noite.

Depois da sobremesa começaram a entrega dos presentes.

Do meus pais, ganhei uma Ferrari linda, vermelha,  do jeitinho que tinha pedido. Esme e Carlisle me deram um apartamento em Anchorage, para quando me casasse com Jake. Rennè e vovô me deram uma linda jóia que tinha sido da mãe de Charlie. Era um colar com um pingente em forma de gota, lindo. Tia Alice e Tio Jasper me deram a nova coleção de Inverno de Giorgio Armani e Tia Rose e Tio Emmet uma caixa cheia de lingeries sensuais e caríssimas que fizeram meu pai rosnar de raiva e eu quase desmaiar de vergonha. Jake não conseguiu disfarçar o sorriso malicioso quando viu o presente. Tinha de me lembrar de matar aquele lobo tarado depois.

Jake me deu uma linda aliança de compromisso cravejada de rubis. Segundo ele era para eu me lembrar dele na forma de lobo, com seu pêlo avermelhado.

A noite foi perfeita, como tudo que Tia Alice organizava.

Um mês depois nos mudamos para Anchorage, no Alaska.

Frequentar as aulas na faculdade se mostrou uma experiência maravilhosa. Ouvir meu nome sendo pronunciado por tantas pessoas era uma música para meus ouvidos. Enfim eu tinha amigos.

Em pouco tempo já tínhamos uma turma formada por alunos do meu curso e do de Jake e saíamos sempre para dançarmos e nos divertirmos.

Algumas vezes pintava umas briguinhas de ciúmes entre mim e Jake, mas sempre resolvíamos com muita paixão e luxúria.

Papai, mamãe, Tia Alice e Tio Jasper freqüentavam a escola secundária. Tia Rose e Tio Emmet cursavam  veterinária juntos. Tio Emmet brincava que fazia culinária. Ele era um bobo mesmo.

Nossas vidas transcorriam perfeitamente bem, até que pouco mais de um ano após nos mudarmos descobri que estava grávida. Não tinha sido planejado, mas ficamos felicíssimos com a notícia.

Casamos, como queria meu pai (e nós também, é claro) numa cerimônia linda. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

 É claro que a preocupação com meu bem estar logo veio à tona, mas para espanto de todos, nove meses depois de uma gestação tranqüila nasceu Hannah, minha princesinha.

Jake se mostrou o melhor pai do mundo. Não sei da onde tirava tanto amor e carinho para nos dar. Seu encantamento quando olhava para a filha era algo lindo de se ver.

Não demorou muito para constatarmos que ela era diferente de nós... Era humana, completamente humana.

Os exames confirmaram que ela tinha vinte e três pares de cromossomos, exatamente como a maioria da população do mundo.

Não sei o tamanho do sacrifício que minha família tinha de fazer para conviver com Hannah, preferi não perguntar, mas era impossível não notar o quanto a amavam.

Nosso bebê era lindo, perfeito e completamente... MORTAL.

Um dia, num futuro não muito longe, o medo de perdê-la nos obrigaria a tomarmos uma decisão na qual evitávamos pensar agora. Não conseguia me imaginar vivendo mais que minha filha... e acho que Jake também não.

Coloquei Hannah no bercinho e apaguei a luz. Jake estava na porta, contemplando nosso momento mãe e filha.

Olhei para aquele homem que tinha estado ao meu lado a vida inteira  e me senti a mulher mais feliz do mundo. Abracei-o e encostei meu rosto em seu peito. Eu tinha a eternidade para amá-lo e ser amada. Era pouco...

Fim.


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