Quando Foi mesmo que Me Apaixonei? escrita por valentinaLB


Capítulo 29
Capítulo 24 - O OUTRO LADO - PARTE 7


Notas iniciais do capítulo

Este e o próximo capítulo serão dedicados ao PDV de Jake. Depois deles, a estória volta para seus momentos finais.
Obrigada pelos reviews, sempre muito carinhosos, e espero que curtam mais uma vez o nosso querido Jake e sua forma ímpar de ver os fatos. Bjs.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68908/chapter/29

CAPÍTULO 24 – O OUTRO LADO – PARTE 7

(P0V JAKE)

Era uma das poucas vezes, desde que conheci Edward, que o via acuado, sem saber o que fazer.

O nascimento de Nessie tinha definitivamente aflorado seu lado humano. Quando se tratava dela toda a sua coerência, paciência e racionalidade se esvaiam.

Ninguém imaginaria que aquele homem atormentado e confuso, parado no meio da sala, alvo de olhares ansiosos, era um vampiro de 109 anos de experiência. Não...  Ali, diante de mim, existia apenas um pai desesperado, tendo de decidir se deixava a única filha se casar aos seis anos de idade.

- Pai, gostaria de conversar a sós com você antes de dar sua resposta. Vamos dar um passeio? – Minha garotinha tinha uma ligação muito forte com o pai para deixá-lo sofrer daquela forma. Ela percebera seu desespero. Não fiquei surpreso com sua atitude.

O olhar de alívio que Edward lhe lançou deixou claro o quanto precisava daquela intervenção.

Nessie deu-lhe a mão, num gesto protetor, quase numa inversão de papéis. A criança desamparada ali não era ela.

Ela me olhou e antes que dissesse alguma coisa, fiz-lhe um sinal de que concordava com o que estava fazendo.

Os dois saíram da sala. Ficamos todos em silêncio por alguns momentos.

- Bella, desculpe-me por toda esta situação. Nessie estava me abandonando e o medo de perdê-la me deixou transtornado. Concordo que o que fiz foi prematuro e irresponsável, – ela sabia que estava me referindo ao fato de ter feito amor com Nessie sem preservativo – mas agi por amor... Pelo maior e mais forte amor do mundo.

- Eu nem sei o que pensar, Jake. Eu me sinto no olho de um furacão. Nem bem descubro que me filhinha se tornou uma mulher e já me dizem que posso me tornar avó aos vinte e quatro anos, ou dezessete, como preferirem. – Bella não estava bem.

Eu estava extremamente constrangido. Minha vida sexual era o assunto do dia. Todos naquela sala sabiam que eu e Nessie tínhamos feito amor, quantas vezes e até como, referindo-me ao meu sogro.

O mais difícil de encarar era Carlisle, afinal de contas ele tinha confiado em mim, deixando Nessie em La Push, se sujeitando à ira do filho, e eu a devolvia possivelmente grávida. Sempre que eu pensava com a cabeça de baixo me metia em encrencas.

Não sabia quanto tempo ia durar a conversa de Nessie e Edward, então preferi ir pra minha cabana. Queria saber notícias do meu pai. Depois ligava para Nessie.

Despedi-me de todos e fui embora.

No outro dia Nessie me contou toda a conversa que teve com o pai e fiquei feliz que eles tenham se entendido.

- Então só nos casaremos se estiver grávida? – Perguntei.

- Sim, Jake. Concordo com meu pai, temos uma vida enorme pela frente. Não precisamos nos precipitar.

- Edward está certo, você tem muito que ver e aprender ainda, minha menina. Espero realmente que não tenha engravidado. – Falei, cheio de culpa.

- Eu também, Jake. Carlisle quer que eu espere mais alguns dias e então faremos um exame para ver se estou grávida.

- É verdade então que ele não vai mais se opor a irmos além dos beijos? – Perguntei rindo, sussurrando em seu ouvido.

- Ele viu que não adianta mesmo. Ninguém segura a gente. – Nessie falou rindo também.

Apesar do fim das regras de Edward, naquela semana mal nos beijamos. A ansiedade era tanta que me atirei no trabalho para não surtar de vez.

Billy já estava em casa, quase recuperado totalmente e eu só não estava completamente feliz porque aguardava ansiosamente para saber se seria pai.

Ter filhos com Nessie era um sonho que me acompanhava desde que soube que ela era a mulher da minha vida, mas agora não era o momento. Nessie sequer tinha completado seu desenvolvimento. As imagens da trágica gravidez de Bella me acompanhavam dia e noite. O barulho de seus ossos se quebrando, os hematomas, as dores... Tudo aquilo me assombrava. Nessie não era totalmente humana como Bella, mas também não era uma vampira completa, tanto é que poderia ter filhos... Ou seja, como seu corpo se comportaria diante de uma gravidez era algo imprevisível.

Enfim o dia do exame chegou. Estava tentando me manter calmo, mas quando Carlisle cravou as presas nos pulsos de Nessie, achei que ia desmaiar. Minhas pernas tremiam e minhas mãos suavam.

Tudo bem que o Carlisle não era chegado num sangue humano, mas todo mundo tem seu dia de tentação (Foi por causa de um dia como esse que eu estava ali, aliás). Vai que o vampiro abstêmio me inventa de ter uma recaída justamente naquela hora. Minha respiração parou.

Para meu alívio e felicidade dos meus pulmões ele soltou o pulso dela e pude ver o sangue fluir pelos furos. Voltei a respirar, mas fiquei chocado com a cena.

- E aí, vô, meu sangue é gostoso? – Nessie perguntei brincando.

“Brincadeira sem graça”, pensei.

- Melhor que de alces, querida... Muito melhor –  Carlisle respondeu rindo. Realmente parecia que ele tinha completo domínio da situação.

- Pronto, Nessie, dentro de alguns minutos saberemos se há presença do hormônio BHCG em seu sangue. Eu mesmo vou realizar o exame. Esta amostra seria a descoberta do ano no meio médico. Não queremos sua foto numa revista científica, não é mesmo?

Se eu e Nessie já seríamos uma verdadeira aberração para os cientistas, imagina um filho nosso??

Dr. Cullen saiu com o vidrinho cheio de sangue da Nessie. Assim que a porta se fechou ela me olhou. Podia ver a angústia em seus olhos e esperava que ela não notasse meu desespero. Tentei disfarçar ao máximo.

Tudo o que mais desejava era que aquele exame desse negativo.

Segurei a mão de Nessie, tentando acalmá-la. Todo aquele sofrimento e ansiedade que vinha passando era minha culpa. Deixei-me levar pelo desejo por seu corpo e não me preocupei com sua segurança. Agi como se fosse um moleque. Era imperdoável.

- Jake, se estivermos esperando um filho eu vou ficar muito feliz também – Nessie falou com sua voz doce, tentando me fazer sentir melhor.

- Eu também quero muito ter filhos com você, Nessie, mas uma gravidez agora te privaria de aproveitar a vida. Você foi quase uma prisioneira durante esses quase sete anos e agora que poderia começar a conviver socialmente com outras pessoas, eu dou uma derrapada dessa. Eu não me perdôo por isso, foi muita irresponsabilidade. – Quanto mais falava, mas me certificava da loucura que tinha feito.

- Não fale assim, Jake. Você não fez nada sozinho. Que eu me lembre, eu participei ativamente – sorriu maliciosamente, me lembrando porque era tão difícil resistir aos meus impulsos. - Também não me preocupei com isso. Se algo acontecer, será porque nós dois deixamos que acontecesse.

Apesar da pouca experiência de vida, às vezes Nessie era bem madura.

- Edward vai me jogar isso na cara pelo resto da vida – desabafei, me lembrando de ter feito o mesmo com ele quando Bella voltou grávida e doente da lua de mel.

- Isso é entre a gente. Se eu não estou te culpando, não tem que se preocupar com o que os outros pensam.

- “Eu” me culpo, Nessie... Eu... – Isso era o que me deixava pior ainda.

Nessie deitou a cabeça em meu ombro e fechou os olhos. Como desejei ter os poderes de Edward naquele momento para saber o que ela estava pensando. O que se passava em sua cabeça? Será que estava com medo? Será que me culpava, que estava arrependida de ter se entregado a mim?

Estava tão distraído com meus pensamentos, que quando Carlisle entrou pela porta, quase quebrei a mão de Nessie, apertando-a de susto e nervoso.

Ele nos olhou com uma expressão indecifrável.

- Não consegui fazer o exame, Nessie. Seu sangue não aceita os reagentes. Teremos de esperar algumas semanas para ver se sua menstruação desce. O ultra-som seria uma possibilidade, mas nossa pele atrapalha sua realização. O jeito é esperar para ver se aparecem os sintomas: enjôos, tontura, aumento do apetite, cólicas, seios doloridos e aumentados...

Ai meu Deus!! Eu teria de esperar mais tempo ainda. Eu era o único que poderia morrer do coração naquela família e já desconfiava que estavam inventando aquilo para se livrarem de mim. Devia ter o dedo do Telepata nisso.

- Vô, quantos dias mais teremos de esperar? – Nessie perguntou.

- Bem, Nessie – Carlisle começou a explicar – segundo me contou, você ficou menstruada no dia cinco do mês passado. Estamos no dia vinte e sete. Então só daqui a mais ou menos nove dias é que saberemos se iniciará outro ciclo. Se não menstruar...

Ele não precisou nem continuar. Sabíamos o que seu silêncio significava.

- Tente não pensar muito nisso ou vai acabar somatizando sintomas, o que chamamos de “gravidez psicológica”. Relaxem e se divirtam. Não há nada que vocês possam fazer a não ser esperar. – Aquele vampiro era mesmo um cara incrível. E pensar que eu poderia transformá-lo num bisavô.  Sinistro!!!

Ele cuidou do braço de Nessie, usando saliva em vez de iodo. Por mais que estivesse a anos ao lado deles, ainda me chocava com algumas cenas.

Já tínhamos despedido para irmos embora quando ele nos chamou:

- Meninos, levem isso, por enquanto.

Ele me entregou uma caixinha cheia de camisinhas. Nunca fiquei tão envergonhado em toda minha vida. Devo ter ficado roxo de vergonha. Realmente nossa vida sexual estava na roda. Me sentia um ator pornô.

- Obri... obri... obrigado. – Tentei não gaguejar, mas a voz não saía.

Saímos rapidamente dali.

Entramos na caminhonete. Queria dizer alguma coisa, mas não sabia o quê.

- E agora? – Nessie quebrou o silêncio.

Puxei-a para mais perto de mim e afaguei seus cabelos.

- Como Carlisle disse, só nos resta esperar, Nessie. Não fique preocupada, vai dar tudo certo. Eu estarei sempre do seu lado e o que quer que tenha acontecido, enfrentaremos juntos. – Falei carinhosamente, esperando que Nessie percebesse que não estava sozinha.

Senti-la perto de mim me despertou uma vontade louca de beijá-la. Coloquei minha mão em sua nuca e aproximei sua boca da minha, beijando-a cheio de desejo.

Sentia falta de estar com ela, de lhe fazer carinho... carícias. A forma como seu corpo tremia mostrava claramente que Nessie também sentia minha falta.

Comecei a beijar seu pescoço, e fui colando meu corpo ao dela. Se pudesse, faria amor com Nessie ali mesmo.

- Ei, estamos no estacionamento do hospital, lembra? Quer que todos nos vejam de amasso no carro? – Nessie me lembrou, já quase sem fôlego pelo calor do momento.

- Você me faz perder a razão, menina. – Afastei-a de mim. Mas uma vez quase me deixei levar pelo desejo alucinante que sentia por ela.

- Quer ir lá pra cabana? – Perguntei sorrindo, sem fazer a menor questão de esconder minhas intenções.

- Tudo bem, vamos – Nessie respondeu, vermelha como um tomate.

Ri da sua timidez e dei partida no carro.

Não via a hora de fazer amor mais uma vez com minha menina.

TO BE CONTINUED


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, eu não sou alérgica a review não, viu!! Podem mandar.KKKKKK



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando Foi mesmo que Me Apaixonei?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.