Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 8
Marry me Katniss?


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos os meus queridíssimos leitores. Eu já estava com saudades de vocês? Como estão? Espero que bem... Quero agradecer a cada comentário do capítulo passado, vocês como sempre são demais. Obrigada tbm aos novos leitores. E vim postar hoje pois tive uma semana corrida, trabalhando aqui e ali rss... devo dizer que todos ou quase todos estão exaustos com a atitude dessa Kat com o nobre Mr. Mellark, mas pessoal essa é a ideia rss ela resistirá um pouco, mas acabará chegando em um ponto desesperador por este magnifico cavalheiro rss. E, é neste clima gostoso de muito frio e final de semana do Dia dos Namorados que venho trazer este capítulo romântico rss, acho que todos irão gostar, acredito que vcs merecem um pouco disso rss. E, acredito que nem preciso dizer o significado do título do cp, preciso? kkkkkk.
Sinto muito pelo mundo em que vivemos cheio de criminalidade e tristes tragédias. Todas as pessoas ligadas a isso devo transmitir meus sentimentos e dizer que não devemos perder a fé. Mesmo o mundo sendo assim temos que crer num amanhã melhor rss. É isso quero que aproveitem bem a leitura fiz com muito carinho e por favor leiam as notas finais, tenho surpresa o/

Boa leitura...



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Tentei não ficar encarando Lorde Snow, mas era quase impossível já que seus olhos tenebrosos não se desviavam de mim.

Após o jantar – que não durou o tanto de tempo que imaginava – Lorde Snow se levantou e pediu que os cavalheiros que receberam a notificação para a reunião privada se levantassem e o acompanhassem. Todos os requisitados fizeram isso, inclusive Peeta que com gentileza disse que não iria demorar.

Eu, minha irmã e os demais acompanhantes fomos levados à um amplo salão de bailes, onde uma pequena orquestra já solava alguma música. O ambiente estava agradável.

Fiquei conversando com Dália o tempo todo. Uma ou duas horas se passaram e o salão começou a encher. A reunião estava encerrada. Finnick logo nos encontrou, mas Peeta não estava com ele.

— Foi cansativo querido? – minha irmã pergunta a ele enquanto ajeita sua gravata.

— Exaustivo, seria a palavra correta. – disse soltando uma lufada.

— E, onde está o Peeta? – Dália corre os olhos pelo salão.

— Alguém o chamou num canto para conversar. – meu cunhado se vira para mim – Tem alguém que quer conversar com você Katniss.

— E, quem seria? – perguntei, pois ditou as palavras seriamente.

— Lorde Snow.

— Por que Lorde, quer falar com minha irmã? – Dália pergunta o que temi pronunciar, já que ao ouvir isso meu coração dispara e sinto meus músculos tremerem.

— Não sei, ele apenas me disse que gostaria de conhece-la.

Antes que eu perguntasse algo um homem se aproxima.

— Boa noite Miss Everdeen, sou o Primeiro Ministro Seneca Crane. Lorde Snow deseja vê-la. – olho para meu cunhado que apenas levanta as sobrancelhas. Sei que significa que devo ir.

Percorremos alguns corredores longe da aglomeração de pessoas. Paramos frente a uma porta fechada. Logo anuncia minha entrada e se vai.

— Sente-se, Miss Everdeen. – o Lorde estava sentado, mas levanta me indicando o acento frente a mesa – Fiquei intrigado em conhece-la, sabe... é simplesmente fascinante.

— O que é fascinante para o senhor? – são minhas primeiras palavras.

Ele não responde de imediato. Primeiro me investiga com seus olhos e depois beberica seu chá.

— Aceita chá, senhorita? – pergunta elevando sua xícara e nego com a cabeça – Pois bem, vamos ao que interessa então. Meu sobrinho se afeiçoou muito a senhorita. Disse para mim que te conheceu no Condado Eight.

— E quem seria ele?

— O Comandante Gale Hawthorne, minha cara. – ele coloca a xícara sobre a mesa e depois apoia os cotovelos me encarando – Ele tem desejo de se unir a você. – enrijeço minha postura – E, claro que me agrada muito a ideia.

— Já estou prometida a alguém Milorde. – não acredito no que vou dizer, mas puxo o ar dos meus pulmões para isso – Na verdade, estou noiva.

— Prometida? – ele enfatiza – Mas, a quem? Ou, não... não me diga que é do Sargento Mellark? – diz parecendo impressionado.

— Sim, é ele. Meu pai planejou tudo e estou muito feliz com a escolha. – tento colocar o melhor sorriso em meu rosto.

— Mas ele não tem quase nada e meu sobrinho herdará muito de minhas propriedades. – ele parece perturbado.

— Com todo respeito Milorde, não estou interessada a tanta riqueza. Tenho tudo do que preciso.

— Está disposta a arcar com o pior, Miss Everdeen? – sua voz soa como uma ameaça.

— Não entendi?

— Acho que você não ama esse rapaz o suficiente para se casar.

— O senhor não sabe o que se passa dentro do meu coração. - digo e ele meneia a cabeça.

— Posso ver a maneira que o trata quando estão juntos. Observei vocês o jantar todo.

Tento pensar em algo.

— Todo casal discute de vez em quando, o senhor não acha?

— Não um casal que se ama de verdade. E, você parece mais fria com ele do que o inverno que este país já sentiu.

Um medo quer se apoderar de mim, mas tento manter a calma.

— Como disse antes, o senhor não sabe o que se passa em meu coração. Devo dizer que eu amo o Peeta.

— Peeta? – franze a testa – Já não usam mais formalidade entre os dois? – nego levemente com a cabeça – Bem, sendo assim devo lhe parabenizar pelo noivado.

A expressão em seu rosto se torna peçonhenta.

— Obrigada. Será que posso voltar para o salão? – pergunto.

— Claro que pode, mas devo lhe dizer que esta conversa que tivemos não pode ser mencionada a ninguém. Fui bem claro?

Não compreendo o porquê de não poder dizer a alguém.

— Sim.

— Sim, o que?

— Não contarei nada a ninguém.

— Pode se retirar senhorita. – ele puxa o sino e logo o Primeiro Ministro aparece – Seneca, leva Miss Everdeen de volta ao salão.

— Sim, Milorde.

Abraço meu próprio corpo assim que sou deixada no salão de bailes onde muitos casais já estão valsando.

— Procurei você por toda parte. Onde estava? – uma voz conhecida soa um tanto séria atrás de mim.

— Peeta... graças a Deus. – envolvo meus braços em seu corpo que mantém postura firme e ereta.

— O que aconteceu? – agora sua voz está mais suave do que antes.

— Nada. – digo rapidamente – Não aconteceu nada.

— Você está me assustando. Parece tensa. – observa.

Firmo meu olhar no seu e digo:

— Estou bem, é sério. Apenas preciso de um pouco de ar.

Ele pareceu não acreditar muito, mas logo segurou minha mão e enroscou em seu braço. Atravessamos o salão e ao longe pude ver minha irmã dançando com o Finnick.

Ao chegarmos em um enorme terraço descemos alguns degraus, e atravessamos alguns arbustos para chegarmos perto de uma fonte de água.

— Respire fundo. – ordenou e logo puxei ar dos meus pulmões e fui soltando devagarinho – Sente-se melhor?

— Sim. – confirmei.

— Katniss, o que Lorde Snow queria com você? – pergunta pausadamente e tento me lembrar de não dizer nada.

— Só queria me conhecer.

Ele franze o cenho. Acho, que não acreditando muito em minhas palavras.

— No escritório dele?

— É. Acredito que pessoas como ele não gostam muito de se juntar aos meros mortais, você não acha? – antes de responder prossigo – E, você? Finnick me disse que viu um homem te arrastar para o canto? O que ele queria? – já que ele estava me investigando não achei problema em fazer o mesmo.

— Missão. Ele me entregou um documento sobre minha próxima missão.

Sinto minhas pernas bambearem e antes que ele perceba algo, sento na beirada da fonte.

— E a reunião, como foi? – pergunto e ele olha para um destino qualquer e depois se volta para mim.

— Desculpe-me. É assunto confidencial. Não posso dizer nada. – assinto com a cabeça – Katniss eu queria perguntar-lhe algo.

Ergo minha cabeça para encará-lo.

— Pode perguntar.

Leva sua mão direita para a parte esquerda interna de seu smoking e retira algo de lá.

— Katniss, sei que não está sendo fácil para você, ter que se casar com alguém que não queira. Mas também não está sendo fácil para mim aguentar seus olhares frios para mim e, as vezes até duras palavras que, não sei se mereço ouvi-las todas. – se ajoelha à minha frente – Perdoe-me se lhe ofendi de alguma forma, mas você sabe melhor do que eu que, nossa união é um grande desejo da parte do seu pai. E, claro mais desejo ainda de minha parte. Meu coração já pertence a você há muito tempo. – ele segura minha mão esquerda e em sua outra mão segura um lindo anel de brilhante – Case-se comigo, Katniss?

Seus olhos brilham com a luz do luar. Meu coração se aperta e um misto de sentimentos me invadem. Tenho que lhe dizer que será impossível eu, Katniss Everdeen fazê-lo feliz. Ele não me merece.

— Eu... – sinto que vou começar a gaguejar.

— Prometo que se casar comigo, não lhe farei mal algum. Terá seu quarto particular. Nunca tocarei em você sem a sua permissão. Darei tudo o que estiver ao meu alcance e o mais importante... – ele respira fundo – Se for preciso darei a minha vida para proteger a sua.

Sinto como se uma faca estivesse penetrando meu peito. Será que isso é real?

— Peeta... – sinto como se estivéssemos sendo vigiados e quando olho para o lado direito por cima dos ombros do Peeta vejo que Seneca Crane nos observa atentamente. Um pensamento me passa pela cabeça. Ele pode estar nos observando para o Lorde Snow. Volto a encarar aqueles olhos penetrantes à minha frente. – Sim, eu aceito me casar com você.

Ele parecia tenso, mas assim que escuta minha resposta seu sorriso se abre como nunca vi antes. Coloca o lindo anel em meu anelar da mão esquerda e antes de levar minha mão – a que está com o anel – até seus lábios para beijá-la, aproximo meu rosto até ficar bem próximo ao seu e encosto nossos lábios. Não sei o que fazer, mas ele sabe. Espalma uma mão em cada lado do meu rosto. Entreabre os lábios e beija meu lábio inferior. Um cheiro muito bom de menta vem de sua boca. Abro minha boca e logo sinto sua língua macia. Ele não faz nada com desespero ou pressa e admiro isso.

Não consigo imaginar quais eram os pensamentos do Comandante quando me atacou daquela forma na biblioteca, mas não gostei nem um pouco da atitude voraz. Peeta por outro lado é calmo e sereno parece estar me ensinando a fazer isso. Logo sinto um calor crescendo por dentro. Sinto a necessidade de levar minhas mãos até a sua nuca. Tento aprofundar o beijo, mas ele nos para.

— Por favor... Katniss. – parece ofegante, e olha que nem chegamos a aprofundar o beijo – Não posso fazer isso. – suas mãos ainda seguram meu rosto.

— Isso o que? – pergunto perdida em pensamentos.

— Te tocar de maneira inapropriada.

De repente a conversa que tive com a minha irmã me vem à mente. Olho na direção em que o primeiro ministro está, mas não o vejo ali.

— E o que faremos então? – agora afasta suas mãos do meu rosto.

— Não repetiremos isso até nos casarmos. Depois de casados... faremos o que você quiser... isso é claro, se, você quiser. – explica.

Balanço a cabeça em afirmação.

— Devemos entrar. Parece tarde. Finnick e Dália devem estar nos procurando. - me levanto e passo minhas mãos sobre a saia do vestido. Vejo um brilho refletir e percebo que vem do anel em minha mão.

Fico um tempo olhando para as pequenas pedrinhas de brilhante.

— Gostou do anel? – pisco meus olhos várias vezes, não tinha percebido ele se levantar e estar tão próximo de mim.

— Sim, adorei. Ele é lindo.

— Acho que não tão lindo como o brilho que há em seus olhos neste momento.

Sinto meu rosto se aquecer. Tento pensar em alguma resposta, mas não consigo. Ele parece entender meu embaraço e me estende o braço para encaixar o meu.

Não demora muito e nos encontramos com minha irmã e Finnick.

— Ah, aí estão vocês. – Dália desengancha o braço de seu marido e se aproxima de nós – Estávamos esperando para irmos embora. Isso é se, Mr. Mellark quiser ir.

— Sim, podemos ir. Assim poderemos aproveitar melhor o dia de amanhã.

— Ah, meu Deus! – Dália olha de repente para mim e praticamente grita histericamente.

— O que foi querida? É o bebê? Você está bem? – meu cunhado se desespera e ela revira os olhos.

— Eu estou bem, querido. Mas olhe para a mão esquerda da Kat. – ele faz isso e abre a boca em um perfeito “O”.

— Vocês estão oficialmente noivos? – Finnick parece até meio perdido.

— Sim, acabei de fazer o pedido. – Peeta responde.

— Vejo que terá muitas novidades para contar ao seu pai quando voltar Katniss. – meu cunhado diz com um sorriso sincero.

— É verdade.

Meu pai. Sinto tanta falta dele. Acho que nunca ficamos tanto tempo separados.

Chegamos tarde e havia uns três criados nos aguardando. Perguntaram se precisávamos de algo, ou algum chá. Dissemos que não, então Peeta os dispensou com um “obrigado”. Como sempre ele me deixa na porta do quarto e me deseja boa noite de uma forma até diferente.

— Boa noite, minha querida noiva. – o beijo desta vez é em meu rosto, ao invés de ser na mão.

E antes que pudesse dizer algo ele some na escuridão do corredor. Quando já estou deitada fico repassando os últimos acontecimentos em minha mente. A conversa com Lorde Snow. O pedido. O beijo. Com toda certeza senti uma sensação diferente ao beijá-lo. Eu sabia que seus lábios eram intensos no momento em que beijou minha mão demoradamente na outra noite.

(...)

Na manhã seguinte acordo bem cedo. Visto um vestido de estampa discreta. Arrumo meu cabelo e saio do quarto. Tudo está em um silêncio amedrontador. Desço as escadas vendo que as cortinas ainda estão fechadas. Que horas será?

Escuto algum barulho e o sigo. Chego à cozinha e vejo o tal barulho. Peeta está batendo algo sobre uma mesa. Ele está vestindo um avental por cima da roupa. Seu rosto adquiri uma expressão tão concentrada que só percebe que estou ali quando digo:

— Não sabia que o Sargento Mellark tinha dotes culinários.

— Bom dia. – ele para o que estava fazendo – Faço muitas coisas das quais você desconhece minha cara Miss Everdeen.

— Ah, é? – ele assente e me aproximo – Então, poderia me dizer o que está preparando?

— Estou preparando pão com especiarias. – mesmo a massa estando crua, o cheiro que sinto é maravilho.

— Que tipo de especiarias? – pergunto cruzando os braços.

— Vejamos. – ele parece pensar, mas logo começa a ditar – Além do trigo, ovos, fermento, um pouco de açúcar. Coloquei no meio da massa: nozes, uva passas e aneto.

— Uau! Consegue se lembrar de tudo isso e ainda sim, servir à Marinha? – ele se aproxima um pouco mais e sussurra:

— Meu pai ficaria desapontado comigo se eu não soubesse fazer nada disso aqui. Ele não se conforma com minha desobediência em estar fazendo o que eu quero e, não o que ele queria que eu fizesse. – ele se afasta – Quer tentar? – aponta para a mesa.

— Tentar o quê? – pergunto meio atônita.

— Sovar a massa. É isso que estou fazendo agora.

— Oh, eu acho que nunca fiz isso. Acabarei desandando o que você preparou.

— Eu te ensino. Te garanto que é bem fácil e até divertido. – insiste.

— Está bem, mas é melhor eu lavar minhas mãos primeiro. – lavo as mãos e ele me mostra onde enxuga-las – Tem mais alguém acordado além de nós?

— Sim, os criados. 

Olho para ele.

— Que horas são?

— Agora? – confirmo com a cabeça e ele olha para o alto da soleira da porta em nossa lateral – São 6:15 horas da manhã.

— E acordou tão cedo?

— Quando venho para casa, não consigo ficar sem fazer alguma coisa. Além disso, meu pai diz que isso ajuda muito, por eu ter desobedecido. – novamente se referência ao pai e, lembro quando ele almoçou em casa e meu pai começou uma conversa sobre seu pai não querer que ele estivesse na marinha, mas não entendi muito bem o motivo.

— Por que preferiu seguir carreira militar ao invés de cuidar dos negócios de seu pai?

— Ele tem certos receios. – Peeta não me encara, parece incomodado com minha pergunta.

— Que tipo de receios? – não desisto de perguntar.

— Você faz muitas perguntas, minha querida noiva. – sua voz parece emitir orgulho quando pronuncia as três últimas palavras.

— Você gosta de me chamar de sua querida noiva, não é?

— Fiquei feliz com sua resposta, apenas isso. – sorri de leve – Mas se quer saber, vou gostar ainda mais de te chamar de, minha querida esposa. – diz com doçura e, lembro-me de algo.

— Se vamos nos casar acho que devemos confiar um no outro. Você não acha? – ele para de mexer na massa e me encara.

— Quer que eu confie em você sendo que, você não confia em mim? – não fala com grosseria, mas acabo dando alguns passos atrás.

— Confio... claro que confio. – tento inutilmente colocar segurança em minha voz e não consigo.

— Não confia, não. – diz rapidamente – Se confiasse, diria a mim o que Lorde Snow queria com você.

— Você está querendo que a gente tenha uma discussão sobre isso? – demonstro um olhar triste e ele parece repensar.

— Tudo bem, deixa para lá. Quando se sentir preparada para me contar vai fazer isso, não vai?

Por enquanto minha resposta é: nunca direi nada. Mas sei que não aceitará, então me obrigo a dizer:

— Contarei.

— Pois bem, venha aqui. – desvia o clima tenso que pairou entre nós e volta sua atenção para o que estava fazendo – Me dê suas mãos. – me aproximo e logo segura minhas mãos entre as suas e as guia até a massa.

— Não! – exaspero de repente e ele levanta as sobrancelhas preocupado.

— O que eu fiz?

— Meu anel. Irá grudar massa nele, não acho que seria uma boa ideia. – logo começa a rir de mim.

Fecho minha cara e rapidamente volta à sua expressão normal.

— Perdoe-me minha querida noiva, não sabia que já criastes laços afetuosos com ele. – brinca e faço careta.

— Tudo bem, se quiser ver o anel que o senhor me deste todo sujo de massa, assim o farei. E, o que acha de colocarmos ele no meio da massa. Hã? Seria bem divertido, não seria? – uso um pouco de ceticismo e ele levanta as mão em rendição.

— Perdoe-me, lembrarei de nunca fazer referências com algo que esteja falando sério. Eu prometo solenemente. – faz gesto de promessa levantando uma mão para cima – A propósito, minha doce noiva. Preciso que vista isso ou vai sujar sua roupa. – caminha até um armário e tira de lá um avental e em seguida o coloca em mim.

— Obrigada.

— Não tem de que.  E, não vai tirar o anel? – aponta para minha mão e retiro o pequeno objeto de meu anelar – Deixe-me guarda-lo para você. – pega-o de minha mão e guarda no bolso lateral de sua calça.

Ele volta a segurar minhas mãos e as leva até a massa. Começa me instruir como sovar a massa e logo meus braços começam a doer.

— Como consegue fazer isso? – não faz nem dez minutos que estou sovando a massa e sinto meu pulso doer – Meus braços doem.

— Meu pai me ensinou quando ainda era garoto e depois veio o treinamento na marinha que me ajudou a fortalecer meus músculos. Acho que me acostumei. – fala naturalmente, mas não consigo prestar muito atençao porque meus olhos logo se desviam para seu tronco. Noto quão largo são seus ombros e quão fortes seus braços são – Está tudo bem? – me assusto com sua fala. Será que percebeu que eu o observava?

— Estou bem, sim. E, vai me contar o que seu pai teme tanto? – volto ao nosso assunto anterior.

— Não vai desistir até eu contar, não é? – nego com a cabeça e ele prossegue – Bem, em muitas de minhas missões tenho que me ausentar. Dependendo o período, leva até oito meses ausente. – o encaro assustada.

— Oito meses?

— Sim. Mas não se preocupe que te deixarei bem protegida. Ou se preferir aos cuidados de sua irmã ou de minha família. 

Tento imaginar nossa vida de casados e ele longe por tanto tempo.

— Eu não imaginava que levava tanto tempo uma missão.

— Pois é, depende muito. – ele respira profundamente – Meu pai acha isso tudo muito perigoso. Navegamos muitas vezes até por mares não mapeados e isso é bem complicado. Temos que estar a comando de um bom Navegador e Capitão.

— E se algo der errado? – sua mão está suja com farinha e logo suja a ponta do meu nariz com seu indicador – Ei! – grito indignada pelo que fez, mas não parece se importar.

— Há sete anos já navego com meus companheiros. Tenho aprendido muito com os mais experientes e te garanto minha querida noiva, já enfrentei muitos perigos, mas cá estou.

— Mas você tem que tomar cuidado.

— Está preocupada comigo?

Pego um pouco da farinha e faço um risco em seu rosto.

— Sou sua noiva, acho que devo me preocupar.

Ele parece pensar em algo, mas acaba por terminar de sovar a massa e a coloca para descansar. Depois me ensina a fazer biscoitos – que segundo ele – são os mais pedidos na padaria de seu pai.

E, assim continuamos nossa “diversão”, fazendo pão e biscoitos com cobertura de goiabada. Nenhum dos criados nos incomodou, apenas passavam pela cozinha para começar a preparar o café da manhã.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Uau né rss até que enfim... este pedido e o beijo não estava planejado para agora, mas senti que vocês queriam que isto tivesse acontecido rss então quis colocar isso aqui rss, terá muitos momentos inesquecíveis entre esses dois. Vou preparar um POV do Peeta, mas não será por agorinha. Ah, a surpresa rss, escrevi uma oneshort(uma história de 1 capítulo) de dia dos namorados e irei postá-la no domingo, quero convidar a todos a entrarem no meu perfil aqui do NYAH! No domingo ou quando puderem, ok? Tenho certeza que irão gostar e deve ressaltar que é de CATEGORIA JV rss, agora vou indo então e espero que tenham gostado, como sempre tento escrever os capítulos com carinho sempre pensando em vocês. Tenham todos um ótimo FDS. Quero muitos comentários rss. Beijos... Bye.