Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 2
The Moment


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal olha eu aqui de novo rss, estou contente com os comentários do primeiro capítulo, muito mesmo. Obrigada a todos que comentaram, vocês são especiais. Espero que estejam gostando e sei que está no começo, mas aguardem quem vem muita coisa por aí. Vi que muitos estão esperando pelo momento do baile e digo que será muitoooooooo bom rss. Então continuem comentando e favoritando que vou tentar voltar antes rss. Paulinha sei que vc recomendou CP depois de eu ter finalizado, mas quero oferecer este capítulo a você que tbm favoritou ela rss obrigada, e a Jéss Silva e a Maah Santos por tbm terem favoritado. Então espero que curtam o capítulo. Boa leitura.



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Como havia combinado com minha amiga Madge hoje iríamos até a casa das senhoras Duncan. Elas eram adoráveis e muito condescendentes. Uma era viúva e a outra que era a irmão mais nova nunca se casara. Disse-me uma vez que teve um grande amor e que ele o amava muito, mas por ela pertencer a uma família simples não puderam se casar. Me disse que ele insistiu, mas ela viu que se isso acontecesse o rapaz seria deserdado pela família.

— Entrem meninas, chegaram na hora certa. – Miss Georgetti nos cumprimenta com um de seus largos sorrisos assim que batemos a porta e ela nos atendera.

— Muito obrigada por nos receber. – digo abraçando-a e estendendo-lhe a piquenique – E, isso é para vocês.

— Grata minha doce Everdeen. – como sempre seus olhos transmitem gratidão e afeto.

— Eu trouxe flores e a torta de pêssego que Mra. Abigail adora. – Madge estende uma cesta também.

— Ela vai amar ficou tão tristonha achando que não viriam. – diz com certa dor no olhar.

— Imagine se quebraríamos nosso pequeno ritual. – digo e minha amiga concorda – Só não podemos ficar muito hoje, pois teremos de comprar fitas. – falo animadamente e logo um sorriso animado aparece no rosto de Madge.

— Oh, isso quer dizer que irão a um baile. – aponta seu indicador em nossa direção já adivinhando tudo pela nossa empolgação.

— Sim, isso mesmo um baile acredita, Miss Georgetti? – Madge se encontra em estase pela noite do baile.

Fomos para a pequena sala da lareira conversar mais um pouco. Nos ofereceu chá e aceitamos para depois nos despedir e ir até a loja de fitas.

— O que acha desta azul, Madge? – pergunto erguendo uma bela fita de cetim – Acho que combinará com meu vestido branco.

— Essa está perfeita. – escolhemos mais algumas e assim que saímos da loja peguei meu pequeno lenço com bordados - feitos a mão pela minha antiga governanta - e quando fui passar sobre o rosto para aliviar um pouco o suor é levado pelo vento que passa de repente.

— Acho que isto lhe pertence senhorita. – um rapaz o resgata para mim antes de ir ao chão.

— Obrigada. – digo a ele assim que me entrega.

— Não tem de que senhorita... – ele me lança um sorriso singelo – Como se chama? – pergunta.

— Katniss... – digo sem jeito – Katniss Everdeen.

— A filha de Mr. Benjamim Everdeen? – questiona com certa curiosidade.

— Sim, ele é meu pai. – não queria que essa conversa prolongasse.

Tomou fôlego parecendo que iria me perguntar algo, mas alguém o chama.

— Sargento Mellark, os outros nos aguardam!

— Perdoe-me Miss Everdeen o dever me chama. – segurou delicadamente em minha mão e levou até seus lábios e depositou um beijo nas costas da mesma – Foi um prazer conhece-la.

Como não consegui responder nada devido ao momento, apenas sorriu sem jeito e saiu. Madge que permaneceu muda ao meu lado - enquanto o rapaz de farda azul conversava comigo - me deu um toque nos ombros.

— Minha nossa Katniss, esse rapaz estava lhe cortejando. – a encarei com incredulidade.

— Não, não estava Madge. Vamos embora. – falei, mas nem deu importância para o que disse e continuou falando.

— Ele nem notou a minha presença, não percebeu? – como não atendeu meu chamado pego em seu pulso e a puxo com delicadeza.

— Não notei nada. – disse séria e comecei a guia-la.

Agradeci pela sua companhia e fui caminhando até em casa. Assim que cheguei perguntei sobre meu pai e disseram que estava em reunião no escritório. Não me envolvia nos negócios dele, então subi para meu quarto e lá tomei meu banho antes descer para o jantar.

— Como foi seu dia querida? – pergunta assim que servem o prato principal.

— Foi normal papai. As senhoras Duncan, ficaram felizes como sempre em nos receber. – explico a ele – Tomamos chá da tarde com elas, mas não tocamos piano. – lembrei de algo a mais – Ah, também compramos fitas para o baile.

— Está empolgada com o baile?

— Sim, muito papai. – quando terminamos de jantar ele pediu para que fossemos até a sala principal para nossa leitura. Papai tinha o costume de ler sonetos comigo. Lemos por uma hora.

Subimos juntos e, paramos frente a porta do meu quarto e me ele encarou com o mesmo carinho de sempre.

— Filha saiba que desejo o melhor para você. Quero que seja feliz e construa sua família ao lado de alguém que te ame e te proteja. – diz acariciando meu rosto.

— Mas sou feliz aqui com o senhor. – o abraço e encosto minha cabeça sobre seu peito.

— Eu sei querida, mas não me terá pela eternidade e, um dia você encontrará alguém. Este mesmo alguém amará você incondicionalmente. Tenho certeza que será feliz.

O que será que ele queria dizer com tudo isso?

— Papai não quero me preocupar com isso agora. – ele suspira cansado.

— Tudo bem, falaremos sobre isso outra hora. – beija minha testa me desejando boa noite e segue seu caminho até o fim do corredor, onde fica o quarto.

Quando deito minha cabeça sobre o travesseiro, meus pensamentos são invadidos pelo mesmo rosto de hoje à tarde. Viro de um lado para o outro. Não quero pensar nele. Aqueles olhos azuis, aquele rosto perfeitamente moldado e o sorriso cativante.... Onde quero chegar? Não é nele que quero pensar e, sim no comandante Hawthorne.

Acordo pela e logo Dulce vem me ajudar a vestir o espartilho e meu vestido.

— Bom dia menina, seu pai está te aguardando para o café da manhã. – fala enquanto escova meus cabelos.

— Bom dia Dulce. Por falar em meu pai... – mordo meus lábios sentindo-me ansiosa. Desde que minha adorável governanta se casou, Dulce tem sido minha confidente – Ele me disse coisas estranhas ontem.

— Coisas estranhas? – repete interrogativamente – Como assim? – respiro profundamente e tento lhe explicar.

— Algo sobre me casar... – deixo as palavras saírem, e o fato é que, não consigo pensar nessa hipótese.

— Querida. – ela termina de arrumar meu cabelo e se ajoelha ficando de frente para mim – Seu pai está certo em se preocupar desta maneira com você. Você é algo de mais valor e quer o seu bem.

— Eu sei que ele só quer o meu bem. – levanto e vou até a janela e vejo o sol que brilha lá fora – Mas tem alguém que já desperta... uma... uma felicidade que não consigo compreender.

— Menina, aquele cavalheiro não é para você.

— Mas e-eu, eu... o amo. – quando percebo o que disse tenho vontade de recolher as palavras.

Dulce se aproxima de mim e faz com que eu a encare.

— Acho que você ainda não descobriu o que é amor verdadeiro. Só lhe digo uma coisa, o caráter do comandante Hawthorne é mais baio que o do seu primo. – arregalo os olhos e devo estar com uma aparência de assustada.

— Não fale besteiras, Dulce! – sei que estou agindo por impulso, mas não posso permitir que ela o compare com meu primo.

— Não é besteiras. Escutei que na última viagem em que o navio fez para apaziguar o Condado Seven. – ela começa a sussurrar – Viram ele rodeado por algumas damas de aparência duvidosa.

— Escutou? Escutou isso de quem? – seu semblante é de tristeza.

Sei o quanto ela tem me protegido como uma mãe protege sua filha, mas estou crescida e não preciso da proteção de ninguém a não ser do meu pai.

— Tudo bem menina, me perdoe por tentar avisá-la. Agora, desça para encontrar com seu pai.

Antes que pudesse formular algo para que não fique triste comigo, ela se vai. Tomo ar e vou até o andar de baixo. Entro no cômodo em que o café da manhã está sendo servido e logo vejo papai lendo seu jornal.

— Bom dia papai, me perdoe pela demora. – vou até ele e o abraço como todas as manhãs e logo deixa o jornal de lado.

— Bom dia, minha querida. Dormiu bem?

— Sim, dormi. – sento ajeitando meu vestido e logo me sirvo com uma xícara de leite, canela e mel.

— Teremos um visitante para almoçar conosco. – diz cortando uma generosa fatia de pão recém saído do forno.

— Ah, é? E, quem seria? – pergunto com certa curiosidade.

— Você verá. Você verá.

Fez um ar de mistério. Eu detestava isso e ele bem sabia, pois pude presenciar um pequeno sorriso em sua expressão.

— Papai, o senhor sabe muito bem que não gosto que faça suspense comigo. – falo tentando parecer séria, mas isso é inútil, pois começa a rir de mim.

— Oh, minha pequena garotinha curiosa. – aperta levemente minha bochecha – Você não muda, não é mesmo?

Depois de tomarmos nosso café meu pai disse que iria cuidar de alguns assuntos no escritório e assim que ele se trancou lá, fui caminhar um pouco.

Caminhei até a campina que ficava pouco mais de meia da propriedade. Aqui é incrível. O ar puro e fresco. O cheiro das árvores e das flores era revigorante. Abaixei e colhi um dente-de-leão. Era uma florzinha tão simples, mas com um amarelo vivido que me transmitia força, energia e esperança para seguir.

Passei um bom tempo observando a paisagem até que Dulce vem de encontro a mim.

— Querida já está quase na hora de servirem o almoço e a visita que seu pai aguardava chegou.

Balancei a cabeça concordando e levantei da macia grama e seguimos para casa.

— Papai! – exaltei seu nome assim que adentrei o imenso corredor.

— Estou aqui na sala de música filha. – fui até lá e, entrei sorrindo, mas logo meu sorriso se findou com a visão de quem se encontrava parado ali – Filha, este é filho de um grande amigo meu. – sou obrigada a me curvar – Peeta, essa é minha filha caçula a qual lhe falei.

— Tive o prazer de conhece ontem à tarde, mas não conversamos. – como me mantinha de cabaça baixa meu pai gentilmente chamou-me a atenção.

— Filha, fale alguma coisa. – só então o encarei e lá estava seu olhar compenetrado em minhas ações.

— É um prazer tê-lo aqui sargento... – ele então me interrompe.

— Por favor, sem formalidades. Me chame de Peeta.

— Katniss tocará algo para nós após o almoço. – meu pai disse com entusiasmo e fiquei sem ter o que dizer.

— Com licença. – Darius o mordomo entra – Mr. Everdeen, o almoço está servido.

— Muito obrigado, Darius. – ele agradece – Finalmente vamos almoçar. Pedi para que preparassem pato selvagem, o qual lhe disse que cacei.

— Esplêndido Mr. Everdeen.

— Tenho certeza que irá gostar. Qualquer dia podemos ir caçar juntos, o que acha?

— Podemos sim. – meu pai e ele pareciam bem entrosados e de certa forma isso me incomodava um pouco.

O almoço transcorria tranquilamente. Meus olhos continuavam parados num mesmo ponto – no prato que comia – era difícil até para mastigar. Sinceramente para os dois a conversa fluía tranquilamente.

— Por Deus, naquela época você era só um garotinho, mas seu pai insistia em lhe ensinar tudo sobre pães e bolos, e agora você é um oficial da marinha. – nunca tinha visto meu pai tão à vontade, ainda mais na presença de alguém tão jovem - Peeta, seu pai deve estar desesperado. Tudo o que temia era que você não seguisse carreira militar. E o que fez? É um sargento e daqui a pouco mais chegará a uma patente maior ainda.

— Pois é, ele tem mágoas até hoje por causa disso. Papai queria que eu administrasse os negócios, mas não era esse o chamado que eu sentia no coração. – Peeta tinha uma voz penetrante e suave ao mesmo tempo, eu me senti excluída da conversa, mas na verdade não me importava muito com isto.

— E, Delly. Como está? – é a primeira vez que levanto o olhar para observar os dois e Peeta suspira antes de dizer algo.

— Não a vejo há três meses. Conversamos apenas por cartas.

— Ela deve estar crescida.

— Sim, está. Fez dezoito anos semana passada e sei que não irá me perdoar se não for vê-la.

— Katniss fará dezoito na semana que vem.

— Meus parabéns, Miss Everdeen. – ele me diz com um singelo sorriso.

— Obrigada. – limitei a falar somente isso.

E assim o almoço prossegue. Após a sobremesa meu pai nos encaminha de volta a sala de música e pede para eu tocar algo no piano. Toco uma antiga canção que minha mãe adorava tocar enquanto estava viva. Sei que não lembro dela, mas Dália minha irmã sempre tocava esta canção e com o tempo aprendi a tocá-la. Papai proibia minha irmã de tocá-la, pois lhe trazia tristes lembranças.

Então assim que me sento na macia banqueta meus dedos automaticamente deslizam pelas teclas com suavidade. A triste melodia começa a soar no antigo piano. Acabei decorando cada nota da partitura amarelada “Finale” que encontrei num quarto que meu pai nunca permitiu entrarmos. Mais tarde vim a descobrir que era um quarto de lembranças de mamãe o qual nem ele ousava entrar.

Meus dedos vão até a parte mais aguda e retornam para a parte mais suave. Sinto os olhos dos dois sobre mim. Tenho certeza que irei levar uma bronca, mas não me importo. Digamos que não gostei da presença de certo alguém.

— Você toca divinamente, Miss Everdeen. Tenho certeza que minha irmã iria adorar te conhecer. – ele elogia e novamente me limito apenas em dizer um “obrigada”.

— Divinamente até demais, Peeta. – diz meu pai com tristeza em sua voz.

Eles trocam mais algumas palavras e logo o jovem cavalheiro - que hoje está sem sua farda - se despede e vai embora.

— Com licença papai, vou para meu quarto. – digo me dirigindo para a porta, mas sua voz me para.

— Ainda não. Temos que conversar. – sua voz agora era séria, com autoridade.

Sabia que quando tocasse aquela canção, este momento chegaria.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bem sei que ainda é começo de tudo e olha que ainda tem muito pano pra manga rss. Bem gostaria de saber a opinião de vocês próximo capítulo já é o baile e vou dar um spoiler através de uma pergunta. Imaginem Peeta e Gale no mesmo salão de bailes com Miss Everdeen rss - sendo que Gale é um oficial acima da patente do Peeta - acho que isso não irá restar não rss. Aguardem então e quero que todos tenham um ótimo FDS e nos vemos nos comentários e assim que der respondo todos. Bjuss meus lindos.



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