Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 11
A Good-bye


Notas iniciais do capítulo

Eiiiiiii voltei queridos, vocês pediram e cá estou o/...eu disse que gostaria de uma recomendação e acreditem que bem, fui presenteada esta semana com uma linda capa(deem uma olhadinha, que TUDO) feita pela linda design que amo tanto e acho que praticamente todos a conhecem é a linda Eletryka, e bem considerei isso como uma homenagem a fic e de certa forma uma recomendação carinhosa a mesma rss...Eletryka muito obrigada pelo carinho de sempre e este capítulo dedico a você... bem eu estava com uma enxaqueca daquelas enquanto editava o capítulo, então por favor perdoem-me se acharem erros ou estiver dramático demais – na verdade queria enfatizar mais drama, mas não consegui – bom deixarei de blablabla e boa leitura, nos vemos lá embaixo....Ah, o título quer dizer "Um Adeus"....



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O tempo parecia não estar ao meu favor. Mesmo com todos me ajudando a organizar o casamento me sentia perdida. Dulce me acompanhou até o atelier de Cinna, e assim que soube que eu era a noiva, se prontificou a fazer-me um belo vestido. Disse a ele que não queria nada chamativo demais, nada exagerado. Ele foi bem rápido e em três dias eu já fazia a primeira prova.

No demais eu não queria muita decoração e nem uma grande festa. Com tudo que estava acontecendo com meu pai, não me encontrava no clima para “grandes feitos”.

Quase não vi Peeta e, praticamente não trocamos palavra alguma. Sei que todos os dias ele ficava um pouco com papai, mas depois saía para resolver assuntos; ainda no Forte.

— Você está triste, menina? – Dulce pergunta entrando na sala de música. Já fazia um tempo que estava sentada ao piano tocando sem ao menos prestar a atenção na melodia.

— Por que pergunta isso?

— Sei lá, você parece distante... – ela se aproximou com uma bandeja em mãos – Te trouxe chá com aqueles biscoitos que Mr. Mellark fez. Sei que adora, não é?

— Sim, é verdade. – parei de tocar e me levantei indo em direção ao sofá próximo a lareira – Dulce, pode me fazer companhia?

— Claro.

Ela se sentou ao meu lado e me serviu. Ficamos ali conversando por um tempo até Peeta aparecer.

— Preciso falar com você Miss Everdeen. – Dulce percebe que terminei meu chá e recolhe tudo. Antes de sair pergunta se meu noivo aceitava chá, mas ele nega.

— Sente-se aqui. – indico com a mão o espaço ao meu lado e ele senta.

— Recebi uma carta do meu pai. Ele me disse que está vindo para cá junto de minha mãe e irmã. – diz com a voz um tanto tensa – Chegam na sexta-feira antes do nosso casamento.

— Aconteceu alguma coisa que não queira me contar?

Ele respira fundo, depois desvia seu olhar do meu e diz:

— Não poderemos ter lua-de-mel. Meu período terminou e a frota alçará âncora um dia depois de nos casarmos. Eu sinto muito. – ele baixa a cabeça.

— Vamos marcar a hora para a parte da manhã, assim poderemos pelo menos passar uma noite juntos. – disse segurando em sua mão e logo me encarou surpreendido.

— O que disse?

— Foi isso mesmo que você entendeu. Não posso impedir você de ir, então passaremos pelo menos uma noite juntos.

Ele parece refletir e em seguida segura minhas mãos entre as suas.

— Prometo todo o amor, respeito e zelo por você.

— Eu sei, Peeta. Não duvido do amor que sentes por mim. O caso sou eu. Tudo isso é novo para mim. Tenho medo de muitas coisas e esta nova etapa na minha vida é algo que jamais pensei um dia em ter. – me desabafei com ele e claro que, já pensei sim em ter um futuro com alguém, mas não era ele e sim outro. Evidentemente guardei esta última parte apenas para mim, não precisava magoá-lo agora.

— Eu te entendo, Katniss e já disse que não irei te forçar a nada, me deixe apenas protege-la. – apertou minhas mãos com firmeza.

— Já me sinto protegida por você, muito obrigada. – seu rosto foi tomando uma característica mais carinhosa ainda.

Ficamos nos olhando por um tempo. De repente leva minha mão que contém o anel de brilhante até seus lábios e ali deposita um suave e casto beijo.

No jantar apenas eu e ele nos sentamos à mesa, pois meu pai ainda se encontrava acamado.

(...)

Nunca passou pela minha cabeça em dizer adeus a alguém, ainda mais se esse alguém for tão querido.

Fui acordada antes mesmo do sol nascer totalmente. Dulce vestiu meu robe em mim e me trouxe uma pequena bacia com água para eu lavar o rosto. Ela não me dirigiu palavra alguma e seu silêncio me incomodava um pouco. Quando lhe perguntei o que estava acontecendo apenas disse:

— Venha comigo.

A segui e percebi que todos os criados já se encontravam acordados e a maior parte deles aqui, na ala dos quartos.

Peeta também já se encontrava de pé, mas seu semblante era dos mais tristes e ninguém me dizia absolutamente nada até que o Dr. Wolf sai do quarto do meu pai e olha para mim.

— Eu sinto muito Miss Everdeen, mas devo informa-la que... – corri para o quarto do meu pai, eu não queria ouvir, eu não queria entender o que tinha acontecido eu só queria ver ele.

— Papai! – gritei, mas percebi que meu grito saiu quase inaudível – Papai... o senhor está dormindo? – eu sabia da resposta – Acorda papai... acorda, por favor acorda... – minhas lágrimas desciam pelo meu rosto sem que eu mesma percebesse e rolavam até àquele corpo inerte ao mundo real – Por favor... não faça isso comigo, por favor... não agora. – meu corpo tremia com a histeria de um soluço atrás do outro. Deitei minha cabeça sobre seu peito e tudo o que eu mais queria era escutar as batidas de seu coração, mas meus ouvidos captavam apenas o silêncio mortal.

Senti braços me rodearem e erguerem-me. Não era isso o que queria...

Eu não queria ser acalentada. Não queria ouvir ninguém. Não queria falar... eu só queria ter ele de volta. O que estava acontecendo não era justo. Não era.

— Shhhhh, respire... – ouvi a voz de Peeta tremular – Tente ficar calma...

Ele me ergueu e segurou-me facilmente em seus braços. Agora não importava os princípios, os limites que um casal teria que ter antes da união, mas ali estava ele tentando encontrar palavras de consolo.

— Me deixe sozinha... – foi o que consegui dizer com o pouco de força que restava em minha voz.

— Katniss...

— Saia daqui! Me deixe em paz... – me debati até quase cair de seus braços e o empurrei – Eu quero ficar sozinha com ele...

— Tudo bem Mr. Mellark, vamos dar um tempo a ela. – ouvi a voz do Dr. Wolf soar tranquilamente e no minuto seguinte me encontrava no silêncio daquele leito.

Me aproximei da cama novamente e o encarei. Parecia que dormia tranquilamente. Não havia sofrimento algum em seu rosto. Seus olhos e boca estavam fechado. Me ajoelhei ao lado da cama e busquei por sua mão.

— Papai eu sinto muito por tudo o que te fiz passar... – as palavras saiam embargadas e mesmo sabendo que falava apenas com a matéria, eu precisava desabafar – Sei que sempre quis o melhor para mim e, para Dália. Te prometo que vou tentar ser feliz... eu não sei como farei isso, mas tentarei... eu tentarei... – beijei sua mão que ainda não estava fria.

Pranteie por mais um tempo.

— Miss Everdeen o doutor disse que temos que preparar o corpo. – uma voz masculina falou atrás de mim – Já é quase hora do almoço e a senhorita nem tomou café da manhã...

— Eu não quero nada.

— Eu sei senhorita, mas temos de preparar o corpo do seu pai. O mensageiro já foi dar notícias a sua irmã e...

— Dália estará vindo para cá. – disse automaticamente.

Aproximei-me novamente do corpo e beijei-lhe a testa. Fui para meu quarto e me sentia zonza e perdida. Me sentei na banqueta de frente com a penteadeira, olhei meu reflexo no espelho. Meu semblante estava abatido, meus cabelos desgrenhados e minha pele pálida como um papel. Segurei a escova nas mãos e comecei a desliza-la pelos fios castanhos do meu cabelo.

Daqui exatamente uma semana eu não serei mais Miss Everdeen e sim, Mr. Mellark.

Alguém bate à porta e não consigo dizer nada e a pessoa acaba entrando mesmo assim.

— Te trouxe um caldo de legumes menina, imaginei que não quisesse descer para almoçar. – escuto quando Dulce deposita a bandeja na mesa e pelo espelho vejo-a se aproximar de mim – Por favor, Katniss você precisa comer. Já ficou sem o café da manhã e não permitirei que fique sem se alimentar.

Me levantei a contragosto e sentei na cadeira junto à mesa que continha o alimento. Dulce não disse nada, apenas puxou a outra cadeira, se sentou e pôs-se a me observar. Lentamente segurei no cabo da colher e comecei a tomar o caldo. O sabor estava gostoso, mas eu não me sentia bem então deixei boa parte e pacientemente Dulce foi me convencendo até que no fim o prato esteva vazio.

— Obrigada Dulce. Onde está o Peeta?

— Está lá embaixo almoçando.

— Por favor, diga a ele e aos demais para não me incomodar. Preciso ficar sozinha.

— Tudo bem, querida, tente descansar um pouco, mais tarde trarei um chá.

Ela saiu e eu deitei em minha cama. Os últimos acontecimentos passando por minha mente até que fechei meus olhos enquanto minha consciência me levava para longe.

Adeus, papai.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bom, ruim... péssimo? Bom não queiram meu pescoço por favor, quem não acredita volte na sinopse e leia com atenção as primeiras linhas... isso já estava previsto para acontecer, agora a pergunta é: Será que os sentimentos da Kat pelo Peeta irão mudar – já que parece que ela estava começando a ceder? E o casamento, será que acontecerá? Aguardo vcs nos comentários... e se ficaram curiosos e quiserem o próximo capítulo já sabem... beijinhos e tenham todos uma ótima semana.