Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 10
Without a Word


Notas iniciais do capítulo

Nosso título de hoje quer dizer (Sem uma Palavra). Muito obrigada a todos que comentaram no cap passado. Espero que curtam o capítulo vim postar hj pq FDS não vai dar. Bem não vou dizer nada vou deixar vocês me dizerem vossos pov ok? Boa leitura...



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Chegamos ao Condado Twelve no fim do dia. Papai estava à porta nos aguardando. E assim que Peeta me ajudou a descer da carruagem fui de encontro a ele.

— Olá, querida filha. Como senti sua falta. – diz ao me abraçar e logo começo a chorar.

— Oh, papai, também senti muitas saudades. Da próxima vez quero que me leve junto. – me afasto de seu abraço apenas para enxugar algumas lágrimas.

— Você não iria gostar de estar lá. Apenas discutimos tratados de paz. – ele coloca sua mão sobre a boca e inicia uma sequência de tosse.

— O senhor está bem, papai? – ponho minha mão em seu ombro e confirma com a cabeça.

Peeta se aproxima de nós e logo um gigantesco sorriso se abre nos lábios do meu pai.

— Olá, Sr. Everdeen. Trago saudações de minha família. – eles se abraçam como se fossem pai e filho.

— Obrigado, Peeta fico muito contente em revê-lo.

— Pois é, meu período de descanso está se encerrando. E como o navio sairá daqui aproveitei para acompanhar sua filha. – então meu pai desvia o olhar do meu noivo para mim.

— Espero que não vá para o Forte. Você será nosso convidado enquanto permanecer aqui.

— Fico muito honrado com o convite.

Entramos e logo abracei cada criado que senti falta. A começar de Dulce Maria - minha ama – que me achou mais magra. Depois abracei a bondosa senhora, cozinheira Anastácia Ripper e sua assistente Layla, em seguida Catharina e até o senhor mordomo Darius que se espantou com minha atitude.

— Ah, Miss Everdeen, você faz falta aqui. Esse casarão perde todo brilho e vida quando não está aqui. – Ripper diz com aquele enorme sorriso.

— Obrigada, eu senti falta de tudo aqui, de todos vocês. – todos suspiraram com um brilho no olhar e logo retornaram aos seus afazeres.

Quando Darius ia pegar as bagagens Peeta se oferece para ajudar. E Dulce me informa de que está tudo pronto para tomar meu banho, e assim tomo um relaxante banho.

 Enquanto ela me ajuda com o espartilho rapidamente nota o anel de brilhante em meu anelar.

— Foi ele quem te deu isso menina?

— Sim, Dulce foi ele. – suspiro e ela não deixa passar despercebido.

— Estas gostando dele?

— Ainda não sei o que é isso. – digo sincera.

— O que sente quando ele está perto?

— Me sinto segura, como se estivesse me protegendo.

— E quando ele está longe?

— Quando está longe? – reflito para mim mesma – É como se de alguma forma fosse perde-lo. – sinto minha respiração descompassada e me viro para encará-la – Dulce... o que tudo isso significa?

— Significa amor... – ela suspira com um sorriso – Se não o ama ainda, está à beira disso.

— Mas ele nunca foi minha escolha. Nunca o escolhi. – falo com determinação.

— O próprio Amor escolheu vocês dois. Nenhum de nós somos capazes de perceber quando ele está vindo, pois, o amor menina vem devagar. Daí quando você nota, já está amando.

Confusão. Me sinto mais confusa ainda. Será que realmente estou amando? Só sei que me sinto bem ao seu lado. Gosto de ouvi-lo falar. Sua voz é melodiosa quando se dirigi a mim, diferente de como o vejo com outras pessoas. Não que trate os outros com descaso, não é isso. Ele é bondoso com todos, mas comigo parece mais cuidadoso, protetor...

(...)

Desço para o jantar e vejo que meu pai e Peeta me aguardavam. Os dois parecem que já tomaram banho. Conversavam, assuntos aleatórios na sala de estar. Quando percebem minha presença me encaram e meu noivo está com um dos mais perfeitos sorrisos no rosto.

— Aí está ela. – meu pai se levanta nos direcionando à sala de jantar. Peeta puxa uma cadeira para eu sentar e retribuo o gesto com um sincero sorriso – Vocês estão diferentes. Aconteceu algo que eu não saiba? – papai está com seu típico sorriso divertido e Peeta parece congelar ao meu lado. Acho que pela primeira vez noto isso nele, no geral é muito bom com disfarces.

Respiro fundo e tomo a frente estendendo minha mão esquerda para que aquele que me criou veja que seu desejo está se realizando.

— Peeta pediu minha mão papai e eu aceitei.

Seus olhos brilham enquanto intercala o olhar entre: o anel, Peeta e eu.

— Oh, meus queridos não poderiam fazer este velho mais do que feliz, como já estou.

— Mr. Everdeen o senhor abençoa nossa união? – meu noivo parece achar a própria voz.

— Claro, claro que vocês têm a minha benção. – ele se levanta e se aproxima de nós dois com os braços abertos. Peeta e eu nos olhamos e levantamos para abraça-o.

Papai derramou algumas lágrimas entre nós dois.

— Não chore. – digo com um sentimento meio de culpa por dentro. Será que para ele nossa união era tão importante?

— Ah, minha filha... se sua mãe estivesse aqui, com toda certeza aprovaria esta união.

Penso no quanto minha ela deve ter gostado de Mr. Mellark e que, se sentiria feliz em me ver se casando com o filho daquele que tanto amou.

Peeta fica em silêncio e penso se não deve ter lembrado de toda a conversa que teve com seu pai.

Pouco depois do jantar fomos para a sala de músicas e toquei novamente a canção Nenhum outro Amor. Sei que meu pai aprecia muito essa. Depois de tocar, todos subimos para nossos aposentos. Como tem sido o costume Peeta me leva até a porta do meu quarto.

— Você está linda como sempre. – diz segurando minha mão e a levando até seus lábios.

— Então quer dizer que você espera meu pai virar as costas para me cortejar inapropriadamente? – faço graça e pensa que falei sério se afastando um pouco, mas me aproximo para intimidá-lo – Me beija. – peço.

— Sabe que não posso. Já ultrapassamos demais os limites de um casal que ainda irá se casar. – seu semblante é um misto de surpresa e nervosismo.

— Eu não me importo com nada disso. De qualquer forma vamos mesmo nos casar. – digo encarando seus lábios que parecem mais corados.

Então, ele se aproxima do meu rosto e vagorosamente beija minha bochecha, mas o surpreendo segurando seu rosto a força e juntando nossos lábios. Tento invadir sua boca e ele resiste a princípio. O empurro, prensando suas costas numa das paredes em frente ao meu quarto e ainda sim continua resistindo, tentando me empurrar. Minhas mãos que seguravam seu rosto agora descem para seu tórax. Ele arfa, e consigo o que queria passeando com minha língua dentro da sua boca.

Por fim segura firme em meus pulsos e me afasta de seu corpo que, nem prestei a atenção que estava tão colada a ele.

— Por favor, Katniss... – ele se atrapalha ao falar.

— Por favor, o quê? Vai me dizer que você não gostou, ou que não queria isso.

Falo tudo o que vem à minha cabeça.

— Você me ama? – agora eu é que recuo e ele dá alguns passo à frente.

Não estamos conversando alto e mesmo assim agradeço pelo corredor do quarto do me pai ser mais distante do que o meu.

— Sabe o que eu sinto por você. – ele me analisa por alguns segundos.

— Na verdade eu não sei. Em um momento você me olha como se eu fosse o ser mais repugnante da face da Terra e em outro parece... – ele olha de um lado para o outro e novamente se perde com as palavras.

— Só sei que, há um tempo atrás eu nem queria te olhar, mas agora você tem o que eu preciso. - ele parece impressionado com minhas palavras, pois abre e fecha a boca várias vezes, mas não espero que diga nada – Tenha uma boa noite, Mr. Mellark. – rapidamente fecho a porta e escoro minhas costas na mesma.

Sinto meu coração mais acelerado do que antes e tenho que inspirar e respirar várias vezes para que tudo se estabilize.

Procuro organizar minhas ideias e a verdade é que não consigo. Ele com toda certeza levou embora minha capacidade de pensar.

Ao levantar pela manhã vejo que há um grande movimento nos corredores aqui em cima. Alguns criados passam para lá e para cá, levando em mãos bacia, panos brancos e outros objetos que não consigo distinguir o que é.

Encontro Catharina e, assim que me vê tenta se desviar para outro lado, mas consigo pará-la e perguntar o que está acontecendo, ela parece nervosa ao falar.

— Oh, senhorita... seu pai não está bem.

Sem mais delongas vou até seu quarto, mas à porta Darius não me deixa entrar.

— Não senhorita, temos que saber o que ele tem.

— Mas Darius, é o meu pai! – tento entrar e ele me segura.

— Mr. Mellark foi buscar o Dr. Wolf, logo estarão aqui, caso contrário não posso deixar que entre.

Sinto as lágrimas transbordarem de meus olhos. Da porta posso vê-lo deitado com uma leve elevação apoiada atrás de sua cabeça. Ele parece tão distante daqui. Está tão pálido quanto os lençóis de sua cama. Meu choro aumenta e logo sinto alguém me abraçar. É Dulce Maria.

— Vem menina. – ela puxa meus braços e me leva dali.

— Ele estava tão bem ontem Dulce, você viu?

— Sim querida, eu vi.

E, estava mesmo. Ele só tossiu depois de me abraçar e depois do jantar. O que está acontecendo?

Dulce faz com que eu tome meu café da manhã, mas não é isso que eu quero. Algumas horas se passam e logo Peeta chega e entra porta a dentro parecendo que tinha perdido o fôlego. Logo atrás o Dr. Wolf entra.

— Peeta... o que houve? – me aproximo dele.

— Eu não sei. Quando acordei encontrei Darius preocupado e pedindo para que alguém chamasse o doutor, então me prontifiquei para busca-lo.

Logo o Dr. Wolf sobe até o quarto do meu pai e fica por lá o que me parece horas. Quando nos chama já está perto do almoço. Peeta ficou ao meu lado o tempo todo.

— O quadro não é bom. – ele seca o rosto suado com um lenço cinza – A princípio achei que fosse tuberculose, mas a verdade é que parece envenenamento. De um tipo que nunca vi. – o doutor suspira – Ele está sagrando pelas vias respiratórias e não sei quanto tempo ele tem. Dei a ele um xarope para desintoxicar o que é que, esteja em sua rede sanguínea, mas não há garantia.

Com esta informação sinto meu corpo todo tremer e meu noivo percebe e logo sinto seus braços ao meu redor e não nos importamos com os demais ao nosso redor.

O Dr. Wolf informa que ficará por aqui para observá-lo, pois ainda tem muita febre.

— Vamos almoçar, querida. – Peeta diz quando meu choro sessa.

— Eu não quero.

— Mas você não comeu nada.

— E, nem você Peeta. Pode ir, eu não quero. – é verdade Peeta ficou ao meu lado desde que o doutor chegou e nem sei se tomou café da manhã.

Ele suspira cansado, beija minha mão e vai se afastando aos poucos. Sei pela minha visão periférica que está me observando, mas não estou anima para retribuir seu olhar.

(...)

Os dias vão passando e a febre do meu pai baixou, e todo esse tempo permaneceu inerte a todos nós.

— Miss Everdeen, seu pai acordou e quer vê-la. – o doutor me informa e rapidamente subo as escadas correndo.

Ninguém deixou que eu me aproximasse do quarto do meu pai. Estavam com medo de ser algo grave.

— Papai, estou aqui. – digo aproximando de sua cama. Ele se encontra na mesma posição e parece mais magro. Seus olhos acinzentados como os meus agora me encaram e logo seguro sua mão entre as minhas.

— Peeta... – ele sussurra sofregamente – Onde ele está? Quero vê-lo também.

Darius se retira, acho que para chama-lo e logo Peeta aparece e se põem ao meu lado.

— O senhor mandou me chamar? – meu noivo parece muito abatido também, notando agora parece sofrer por tudo isso e nem tive conversando muito com ele por esses dias.

— Sim, mandei. Eu quero que prometa a mim... – ele tosse um pouco mais – Quero que na verdade mantenha o que te pedi há algum tempo...

— De proteger, cuidar, amar incondicionalmente sua filha? – Peeta parece completar o que meu quer dizer.

— Isso... exatamente isso que mis desejo. – fala com um pouco de dificuldade.

— Sim, meu senhor, farei o que está me pedindo. – Peeta suspira, olha para mim e depois para meu pai – Eu prometo de todo meu coração.

Um singelo sorriso surge nos lábios do meu pai que, agora volta a atenção para mim.

— Minha pequena... sabe o que mais quero?

— O que papai? – pergunto sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

— O aniversário de sua mãe é daqui a duas semanas. Se ela estivesse aqui faria 51 anos. Gostaria que vocês se casassem nesta data.

— O senhor realmente quer isso? Então seria no dia seis de agosto. – assim que falo ele sorri para mim.

— Isso minha filha, seis de agosto. Desculpem-me, por querer nesta data. Pedi ao Darius que todos estejam dispostos para a organização. Peça a Dulce para ir com você até o Cinna, sei que fará para ti minha filha o mais lindo vestido de noiva...

— Papai... – meu choro sai quase um miado.

— Foi isso o que sempre desejei, filha. Esteja no seu posto de dever e tudo ocorrerá bem. Me deem muitos netos. Posso até imaginar o quão lindo, eles serão. Vocês dois formam um casal muito bonito.

— Tudo bem papai começarei os preparativos.

— Obrigada Katniss. – ele olha para meu noivo e pergunta: - Está de acordo?

— Sim, claro que sim, meu senhor.

— Então a data do casamento de vocês já está marcada. E, Dominik conversará com ambos.

Dominik administra todas as propriedades de papai.

— Como o senhor quiser.

Dr. Wolf conseguiu um antidoto para o meu pai e pelo que sei ele está voltando a se alimentar, mas apenas caldos. Deixamos ele descansar enquanto vou começar a organizar tudo para o casamento. Peeta diz que tem que resolver alguns assuntos no Forte. Sem nenhuma palavra mais ele se vai.

Quase não trocamos palavra alguma depois do pedido do meu pai. Peeta parece tenso, enquanto eu, sinto como se um terremoto começasse a me agitar por dentro.


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Notas finais do capítulo

Eiiiii quem aí está batendo palminhas por um certo casamento que será realizado?
Bem toda a situação é triste eu sei.
E essa interação da Kat, heim?
Pessoal volto assim que tiver uma recomendação, vocês sempre dizem que estão gostando e tals, então deixarei o próximo capítulo em vossas mãos, okay?
Um grande abraço e até aos comentários.