Only You escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá olha eu aqui mais uma vez com uma nova fic. Bem espero que me deem uma chance e me ajude com os comentários - eles me ajudam muito na hora de criar algum capítulo - pessoal é a primeira fic que escrevo com esse universo mais antigo, mas eu gosto bastante. Já li e assisti muitas obras de Jane Austin sou apaixonada pela escrita dela. Bem esse primeiro capítulo está bem lite é mais para dar um ponta pé no que vem por aí, então digo que será uma história cheia de idas e vindas no quesito mistério, sofrimento e muito romantismo da parte dos nosso casal mais adorável. Será mais ou menos a ideia de THG entendem mas sem os jogos é claro. Será uma história de chantagens envolvendo ameaças emocionais...e por favor paciência rss sem mais delongas embarquem comigo nesse universo e perdoem qualquer coisa. Crítica são bem-vindas, pois me ajudam a melhorar...espero que gostem deste Prólogo.



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Era uma bela manhã no condado Twelve que se situava no país de Sibíam cujo a capital era Barem. Miss Everdeen já havia acordado com os cantos dos pássaros em sua janela. Despertara com um belo sorriso no rosto, pois sua noite fora agradável. Sonhara que estava a correr atrás de um garotinho de cabelos castanhos e quando o alcançara viu que ao longe vinha a cavalo um homem de farda azul e quando ele aproximara dela os raios do sol lhe atrapalhara a visão e assim despertou.

— Será, o meu amado comandante?— pensou sentando-se na ponta de sua enorme cama.

— Vamos despertar donzela. – Dulce Maria entra batendo palmas gentilmente no     enorme cômodo.

— Deixe-me dormir só mais um pouquinho. – disse ela com uma rouca e afinada voz.

— Não, não senhoria. Seu pai pediu para que eu viesse aqui e prepara-la para a colheita. – a jovem senhora de cabelos ruivos e encachiados lhe abriu um sorriso gigantesco e assim não teve como a jovem não acompanha-la naquela alegria.

— Oh, sim, como pude esquecer da colheita dos morangos! – disse saltando da cama e começando a dar pulinhos de alegria.

— Sim, senhorita Everdeen, todos nós sabemos como ama aquela plantação. – bem sabia a serva o quanto aquela moça adorava a fruta.

— E, papai. Onde está? – pergunta apreensiva.

— Ele teve que ir até o condado de Thirteen para tentar convencer você sabe quem, a não entrar em guerra com a capital. – sim, bem sabia que seu pai sendo um pacifista iria fazer de tudo para apaziguar a relação entre a duquesa e o lorde.

— Então terei de tomar o café da manhã sozinha? – perguntou quase que melancolicamente.

— Acho que sozinha não seria a resposta certa já que, Miss Undersee se encontra na sala de visitas. – a jovem arregala os olhos e abre seus carnudos e avermelhados lábios em um perfeito “O”.

— Minha querida amiga está aqui? – pergunta atônita.

— Sim, sim senhorita. – Dulce responde.

— Então o que estou fazendo aqui ainda? – a bela pergunta a si mesma fazendo uma leve posição de corrida.

— Hum-hum. – Dulce Maria resmunga – A senhorita não irá receber sua estimada amiga vestida assim. – ela encara a garota de cima a baixo. Cabelos castanhos levemente trançados e bagunçados, o par de belos olhos cinzentos que puxara de seu pai levemente inchados de tanto ler a luz de velas antes de dormir e, em seu corpo uma longa e confortável camisola de algodão branco.

— É verdade, não poço aparecer lá em baixo assim. – ela própria se avalia – Me ajude a escolher algo para vestir querida Dulce? – ela tratava a todos na casa com muito carinho e afeto, gesto que aprendera com o pai, já que de sua falecida mãe não se lembrava muito.

— Venha querida, vou escolher para você aquele vestido que a alfaiataria fez semana passada. – a garota torceu os lábios e olhou para cima como se tentasse lembrar de qual vestido falava, pois tinha um pequeno cômodo em seu quarto que continha milhares de vestidos: os de passear no campo, os de eventos em família, os de viagem, os de festas, os habituais que usava em casa e aqueles que mais detestava - os de funerais.

A criada entrou no tal cômodo e saiu com um belo vestido azul celeste que combinava perfeitamente sobre a pele da jovem.

— Esse está perfeito. – diz sorrindo ao acariciar a textura do delicado vestido – Quem fez? Será, que foi o Cinna? -perguntou e pelo sorriso da criada confirmava sua teoria, pois Cinna era um dos melhores alfaiates que já existiu na história. Ele tinha uma bela loja na Capital e uma no condado de Eigth que não ficava muito longe dali.

O quarto já estava bem iluminado pelo maravilhoso sol que irradiava todo o ambiente. Dulce terminava de abrir as enormes cortinas enquanto Katniss encaminhava-se para a casa de banho que havia ali em seu quarto. Ela lavara o rosto e fizera sua higiene pessoal. De volta a seu quarto Dulce começara a arrumá-la ajeitando o espartilho aqui e ali. Depois vestindo uma camisa branca - a qual ficaria por baixo - do maravilhoso vestido que, caíra como uma luva em seu esculpido corpo. A jovem tinha uma fina cintura como a mãe, seus quadris eram até certo ponto avantajados, seus seios eram belos e pareciam ter sido esculpido por um daqueles artistas plásticos.

Depois das vestes estarem em seu corpo e os calçados confortáveis em seus pés, ela sentara frente a sua penteadeira e pelo espelho analisava a criada escovando seus cabelos levemente encachiados nas pontas. O comprimento era até o meio de suas costas e isso deixara seu pai satisfeito, pois lembrava sua falecida esposa Anis Everdeen qual originalizava o nome de uma flor que tinha por significado: promessa.

Depois de ter seus cabelos escovados com carinho e leveza como Dulce sempre tivera, um coque foi feito e uma bonita presilha o prendia e enfeitava ao mesmo tempo. Katniss não ligava muito para certos caprichos como as demais jovens. Ela possuía muitas joias - sim ela tinha muitas -, mas poucas eram usadas. Os acessórios mais utilizados eram os de prender cabelo, esses eram seus preferidos, principalmente as tiaras para eventos especiais como os bailes.

Oh, sim Katniss Everdeen adorava bailes. Ela possuía o dom da música isso incluía: tocar perfeitamente: piano, harpa, flauta transversal, mas acima disso tudo, sabia melhor ainda cantar. Sua voz possuía uma suavidade fora do comum e seus pés sabiam exatamente o que fazer quando um acorde era tocado por alguma orquestra.

— Pronto senhorita, agora está mais linda ainda, como a primavera lá fora. – as duas sorriram – Ah, já ia esquecendo de passar um pouco de pó em seu rosto para disfarçar suas olheiras. – a jovem revira os olhos fazendo graça.

— Terminei de ler outro livro. – ela suspirou e riu ao mesmo tempo.

— Ah, menina você irá ficar cega de tanto ler até tarde. – disse preocupada, mas a jovem não se importou e assim que estava pronta deu um salto de sua macia banqueta.

— Agora sim estou parecendo uma dama. – fez reverencia – Posso ver minha estimável amiga estando mais apresentável. – e no minuto seguinte Dulce Maria foi deixada para trás pela sapeca Everdeen que saíra correndo escada abaixo e parando de repente no penúltimo degrau.

— Miss Everdeen. – a loira de cabelos cacheados e olhos verdes a cumprimenta fazendo postura de dama e com isso as duas sorriem uma para a outra.

— Bom dia, Miss Undersee, como a senhorita está nesta agradável manhã? – as duas riem mais alto ainda, pois adoravam brincar uma com a outra.

— Eu estou perfeitamente bem e você como tem passado minha amiga. – agora elas se abraçam aconchegadamente, não se viam há pelo menos um mês, pois a família Undersee estava em viagem ao Sul.

— Sem a sua presença aqui fico meio perdida e as senhoras Duncan tem perguntado bastante sobre você. Imagine eu ter que escutar a senhora Duncan mais nova falar por duas horas seguidas. – a amiga apenas ria achando graça das feições que Katniss fazia ao contar as visitas que sempre fazia a casa das senhoras, onde sempre levava sua piquenique cheia de tortas, bolos dentre outros quitutes.

— Podíamos visita-las hoje, o que acha? Prometo que toco bastante piano para elas enquanto você ajeita a mesa de chá da tarde. – Katniss abre um enorme sorriso ela amava aquilo, passear com a melhor amiga e poder distribuir o que as pessoas da sociedade mais baixa precisassem.

— Sim, vamos, mas antes preciso tomar meu café da manhã. Você me acompanharia bela dama? – Miss Everdeen curva-se para frente e estende a mão para a amiga lhe acompanhar e a mesma aceita.

— Sim aceito, pois acho que com a caminhada que fiz meu café da manhã já deve ter digerido. – elas vão de mãos dadas até a enorme sala de jantar onde seu café da manhã que mais parecia um banquete dos deuses estava posto a mesa.

— Me conte tudo sobre a viagem. Quero saber de cada detalhe. Cada aventura. Vocês pegaram tempestade em alto mar? Se pegaram, foi assustador? – Miss Undersee não sabia por onde começar com tantas perguntas vindo da amiga, que tinha uma curiosidade absurda.

— Graças a Deus foi uma leve tempestade, o capitão do navio era o melhor que já vi na vida. Quando chegamos as águas do Sul vi uma baleia, uma baleia! – ela ficou eufórica de repente enquanto Miss Everdeen passava geleia em uma fatia de pão recém saído do forno.

— Sério? E tubarões você viu algum? – ela arregala os olhos querendo saber mais sobre a viagem.

— Não, não vi, mas o capitão disse que é por que a maior parte da viagem fiquei em minha cabine emaranhada, mas quando retornamos vi um monte de golfinhos. – elas comiam as delícias da mesa enquanto conversavam animadamente sobre a viagem.

— Com licença senhorita Everdeen. – o mensageiro de sua família entra – Vim trazer esta carta a seu pai, na verdade são duas cartas: uma da senhorita e a outra para seu pai. – ele estende as cartas e rapidamente ela as pega e arregala os olhos assim que vê o remetente.

— É de Dália Rosie. – fala animadamente, pois fazia tempo que não recebia notícias de sua irmã mais velha cujo significado do nome era: delicadeza, seus pais amavam flores e assim como a mãe, as filhas receberam o nome de flores – que no caso de Katniss estava mais para uma planta aquática do que para uma flor, mas a mãe sentira desejo de comer essa tal planta quando estava grávida da que levara este nome, já que a planta era comestível e o significado era: “pertence a uma flecha”. Exótico, não? Mas assim que a mãe deu à luz aquela bela garotinha não hesitou em chama assim.

— E o que ela diz na carta? – a amiga sabia o quanto Katniss amava a irmã e ansiava por vê-la.

— Diz que está esperando outro bebê.  – Katniss já tinha três sobrinhos: dois meninos - um de oito anos e o outro de seis e uma sobrinha de quatro. Eram as coisinhas mais fofas que este mundo jamais viu – Oh meu Deus! Ela diz que virá para cá na próxima semana! – seu sorriso se alarga.

— Que bom! – sua amiga comemora juntamente com ela.

A jovem agradece ao mensageiro e assim que ele se vai ela coloca a carta endereçada a seu pai no amparador da sala e assim termina de tomar seu café da manhã.

— Madge, iremos fazer nossa visita somente a tarde, né? – ela pergunta a amiga que confirma.

— Sim, somente a tarde e por que? – Katniss solta um sorriso ladeado.

— Por que está na época da colheita dos morangos!

Antes das duas partirem Dulce Maria aparece colocando um enorme chapéu cujo enfeite era uma espécie de véu em Miss Everdeem combinando assim com o vestido. Sua amiga já usava um com uma fita amarela rodeando a aba do mesmo. Layla assistente da cozinheira aparece entregando duas cestas uma para cada uma das jovens.

— Tragam bastante morangos senhoritas. – as duas apenas assentiram antes de saírem correndo porta a fora segurando o barrado do longo vestido com uma mão enquanto a outra segurava a cesta. Pareciam duas garotinhas, e na verdade eram mesmo duas garotinhas de dezessete anos.

As duas se divertiam bastante colhendo uma das frutas que mais amavam. Depois do que pareceram horas colhendo se encaminharam até uma árvore e sentaram embaixo da refrescante sombra. Ambas ofegavam e viam o suor escorrer na face uma da outra.

— Sabe amiga, aconteceu algo nesta viagem que não lhe contei. – Katniss a olhava apreensiva enquanto abria seu cantil de água e oferecia a amiga em seguida.

— E o que seria? Conte-me logo. – um tímido sorriso se formara nas rosadas bochechas de Miss Undersee.

— Me apaixonei pela primeira vez, minha amiga. – Katniss arregalou aqueles olhos acinzentados.

— Então quer dizer que agora estamos quites. Eu tenho alguém que admiro e você também? Podemos segredar uma para outra a partir de agora, o que acha? – nem tudo Katniss contava a amiga - não porque não confiava, mas é que tinha vergonha em entrar nesses assuntos que, em sua visão eram constrangedores e a única ligação que as duas tinham no quesito romance eram os livros que ambas liam e comentavam entre si como por exemplo: os acontecimentos e fatos de cada enredo.

— Não posso contar agora, mas contarei em breve e assim espero você revelar-me seu misterioso cavalheiro. – ela pensou por um instante e afirmou com a cabeça.

— Miss Everdeen e Miss Undersee, venham almoçar. – Catharina uma das servas da casa convocou-as.

As duas saltaram do chão onde, ambas estavam sentadas e de mãos dadas correram em direção a mansão para assim almoçarem. Ao pararem na entrada Catharina as detém ajudando a tirarem o chapéu e guiando-as até um lavabo para lavarem as mãos.

O almoço ocorreu divertidamente elas riam e se deliciavam com a comida bem-feita pela senhora Anastácia Ripper. De sobremesa comeram alguns dos morangos que colheram. Claro que a equipe da cozinha não permitiu que comessem tudo, pois como produziriam as recitas que tanto Miss Everdeen apreciava? E tinha outro fato mais importante ainda de não poderem consumir com todo morango - a equipe da cozinha estava preparando uma pequena surpresa para a delicada moça da casa que nem desconfiava de nada. 

As duas foram para sala de música e assim Madge sentou-se ao piano enquanto Katniss sentou-se em uma banqueta e começou a dedilhar Ode à Alegria, nona sinfonia de Beethoven em sua enorme harpa. No segundo movimento Madge dançava seus dedos sobre as teclas do piano e assim as duas harmonizavam aquela bela canção. E sem perceberem começaram um dueto com suas afinadas vozes. Katniss em um belo soprano lírico enquanto Madge no contralto perfeitamente alinhado a voz de sua amiga.

Vez em quando trocavam de voz, sabiam muito bem o que faziam. Quando destrocaram novamente uma voz masculina interviu entre as delas formando assim um trio agora com o tenor mesclando na canção que as duas entoavam.

E assim cantaram em trio até o fim da última estrofe. Madge batia com ímpeto as notas finais nas teclas do piano enquanto olhava a partitura em sua frente. O jovem aplaudiu-as com animação e as duas se entre olharam.

— Acho que minha presença não precisa ser anunciada já que praticamente cresci nesta casa.

— Joshua a que devo a visita? – Katniss se levanta colocando a harpa em seu devido lugar.

— Me liberaram mais cedo dos estudos devido as boas notas e quis fazer uma visita ao tio Ben. – o moço era um primo distante que estudava medicina na Capital.

— Infelizmente papai não está. Ele foi até o condado Thirteen tratar de alguns assuntos.

— Assuntos com a Duquesa Coin, imagino. – aos olhos de Katniss o primo distante era um intrometido e ela não daria o braço a torcer.

— Acho que isto não é da sua conta. – então o jovem riu sarcasticamente.

— Vejo que ainda não arranjou um cavalheiro para lhe ensinar boas maneiras, não é priminha? – ele soltou farpas e a moça apertou os punhos e semicerrou os olhos.

— Eu não preciso de ninguém além do meu pai para me educar. E tem outra, se não tiver mais nada para falar por favor retire-se. – diz apontando seu indicador a saída. Madge fica sem saber o que dizer e o rapaz continua a encarar a moça com um olha debochado.

— Eu irei, mas nos encontraremos em breve, queridinha. – ele lhe lança uma piscadela e ela faz cara de nojo.

— Vai sonhando. –  diz assim que ele se retira dali.

Seu humor estava se decaindo por conta daquela visita. Era bom demais para ser verdade o exibido chegando de supetão e intervindo no momento que só pertencia a ela e a amiga.

— Kat não fique assim, veja pelo lado bom. – ela encara a amiga com as sobrancelhas erguidas – Ele pode até ser bonito, mas seu pai não obrigará vocês a se casarem.

De fato, o jovem de vinte e seis anos era belo sem sombra de dúvidas. Seus cabelos castanhos - a franja caía ladeando em sua testa. Os olhos cor de mel certamente era sua marca registrada. Mas sua arrogância lhe marcava muito também.

— Que tipo de conversa é essa? – Katniss arregala os olhos e a amiga tenta concertar seu pequeno embaraço.

— Bem amiga, você sabe, como sua família não tem um herdeiro homem, na certa teria que se casar com você sabe quem... – ela deixa a frase no ar.

— Nunca em minha existência me casaria com este prepotente, preferiria a morte. – rosnou e Madge baixou a guarda.

A amiga prometeu a Miss Everdeen que nunca mais ousaria falar daquele assunto. Quando as duas se encaminharam para a sala de artes logo esqueceram o ocorrido e começaram a pintar na tela a imagem do belo jarro de flores que enfeitava a mesinha. Madge torceu os lábios ao terminar sua pintura ela não era tão perfeita como a amiga nessa habilidade. Mas, Katniss como boa amiga que era deu algumas dicas que no fim deixou Miss Undersee com um sorriso satisfatório no rosto.

— Então eu já vou indo querida amiga. Muito obrigada pelo dia agradável que tive em sua presença e peço-te perdão por algo que falei. – Madge estava no último degrau da saída da bela arquitetura colonial da residência Everdeen.

— Eu é que agradeço a companhia que me fizera e as risadas que conseguiu tirar de mim no chá da tarde. – sim, Miss Undersee conseguia ser cômica quando queria, apenas para agradar a querida e estimável amiga – E, espero um dia poder ouvir mais detalhes sobre sua aventura nos mares sulistas. – as duas riem em cumplicidade.

— Contarei com o maior prazer. – ela ri enquanto o cocheiro da família Everdeen abre a carruagem que levará Miss Undersee até seu destino, pois o sol já estava quase se pondo.

— Espero nos vermos em breve. – as duas se abraçam mais uma vez – E me perdoe por não termos ido até a casa das senhoras Duncan. – as duas se distraíram tanto que acabaram se esquecendo do que combinara mais cedo.

— Não tem problema, podemos combinar para amanhã. O que acha? – Miss Everdeen pensou um pouco, mas logo sorriu e confirmando – Então como iremos fazer? – perguntou e logo amiga teve a ideia.

— Sua casa fica a caminho, então irei a pé e nos encontraremos no lugar de sempre.

O lugar de sempre ficava próximo a campina que ela adora caminhar e colher flores silvestres. Lugar que sonhara mais cedo. Será que um dia veria aquele homem de farda azul em seu cavalo vindo a seu encontro? Não tinha certeza. A única certeza era que em seu coração crescia um sentimento imensurável por aquele comandante.

Miss Undersee acenou animadamente para amiga. Assim que se foi Miss Everdeen fechou a enorme porta atrás de si, encostou-se e pôs-se a pensar quem seria o dono do coração de sua melhor amiga. Quem nesta viagem turbilhoaria seu coração? Sua curiosidade em descobrir o mais novo segredo da amiga não parava de lhe rondar a mente.

Rapidamente subiu até seu quarto e logo foi para seu banho que já a aguardava. De banho tomado desceu toda elegante e cheirosa. Caminhou até a enorme biblioteca – um dos lugares favoritos de sua casa – e sentou-se na confortável poltrona, mas antes ascendendo alguns castiçais e assim começou a ler mais um livro até que seu pai chegasse.

— Onde está a pequena do papai? – disse Mr. Everdeen assim que adentrou a biblioteca.

— Papai, o senhor voltou! – fazia horas que ela lia e já estava na metade de seu livro e quando seu pai apareceu diante de seus olhos largara imediatamente o que estava fazendo – Senti tanto sua falta. – ela rodeou seus delicados braços em volta do pai que retribui o gesto na hora.

— Também senti, minha querida. Vamos jantar e daí me conta tudo o que fez na minha ausência? – a jovem assentiu e assim seguiram até a sala de jantar.

A moça lhe contara tão animadamente a trajetória de seu dia que seu pai mal podia respirar para comentar algo, pois não dava tempo.

— Ah, papai o senhor perdeu. – ela ria e seu pai mal podia acreditar vê-la daquele jeito. Para ele sua filha valia a mais pura e rara joia que já existiu.

— Que bom minha doce Katniss, pelo visto seu dia foi agitado. – ela lhe atropelou com palavras dizendo mais e mais até que em um momento silenciou – Filha preciso conversar com você sobre um assunto... – ela sempre o respeitara e nunca o interrompeu enquanto lhe explicava algo, mas estava tão eufórica que no minuto seguinte cortou sua linha de pensamento.

— Papai chegou uma carta para o senhor. – se levantou rapidamente fazendo uma reverencia para se retirar da mesa – Aqui. – ela lhe estendeu e na mesma hora o pai abriu-a e deixou seus olhos correrem sobre a extensão do papel - De quem é, papai? – sua curiosidade era impressionante.

— É apenas uma confirmação de nossa presença no baile que haverá na semana que vem. – ela abriu um enorme sorriso de menina, pois adorava bailes.

— E onde será? – seu pai havia planejado um baile em comemoração de seus dezoito anos, mas era surpresa e a garota nem desconfiava de nada. A colheita dos morangos seria para preparar o enorme bolo de cinco andares que encomendara de George Mellark dono da maior franquia do país. A principal confeitaria Mellark’s  ficava na capital, o dono era muito amigo de seu pai, mas Miss Everdeen não o conhecia.

— Será no Condado de Eight. Tem um casal de amigos meu, que oferecerá esse baile para alguns amigos. – os olhos da jovem brilharam e alegria, pois bem sabia onde ficava aquela localidade. Sua governanta Janeth Bingley, que fora como uma mãe, se casara há um ano com um viúvo muito conhecido no condado e em boa parte de Barem. Desde então Katniss vivia preenchendo seus dias com todos os tipos de atividades só para não ter tempo de pensar na querida governanta.

— Oh, papai... nem sei o que dizer. – o homem acaricia as belas maçãs do rosto da filha e afaga os cabelos da mesma.

— É só me dizer se está feliz ou não. – ela o abraça como forma de agradecimento.

— Estou muito feliz. Muito mesmo, mas o que o senhor queria conversar comigo? – ela ficou apreensiva de repente.

— Nada não querida. – o pai fez suspense como se quisesse contar algo, mas preferiu adiar o assunto e a jovem por incrível que pareça não se mostrou curiosa – Queria saber se era só esta carta que chegou? –  então ela se lembra da carta de sua irmã.

— Na verdade, papai. – levantou-se e foi em busca do papel perfeitamente escrito – Dália me escreveu. – ela estendeu para que o pai pudesse ler.

O pai sorriu ao terminar de ler a carta. Ficara feliz pela chegada de mais um membro a família e mais feliz ainda com a visita de sua adorável Dália Rosie. Amava demais as filhas. Para ele não tinha nada mais valioso no mundo do que elas. Agora, ansiava ver sua Katniss casando-se e formando sua própria família ao lado de alguém dócil e responsável. Já tinha em mente quem poderia lhe oferecer um futuro assim e, no que dependesse dele concretizaria esse desejo.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal espero que tenham gostado, quero voltar o mais rápido, mas por causa dessa lei da Anatel não sei como vai ficar, pois posto os capítulos pelas redes móveis e sempre consigo, mas eu não sei o que aconteceu caiu muito mais rápido que as outras vezes em que consegui. Eu sinto muito por isso e espero que isso não revigore. Até mais então pessoal e por favor comentem e me deem a opinião de vocês, pois para mim é muito importante. Também tenho outra fic em andamento entrem aí no meu perfil. Beijos e tenham todos um ótimo FDS.



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