I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 82
2ª Temporada - Sim!


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores, mais um capitulo de I Miss The Misery. Estamos na reta final!

Boa Leitura~



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“Caralho, ás vezes a angústia é tanta que parece que alguém enfiou a mão dentro do teu peito e está literalmente a apertar o teu coração”

—Machine Gun Kelly

 

(…4 meses depois…)

 

 

Faz hoje exatamente 1 ano que engravidei. E com isso vieram as lembranças do Verão passado. Aquelas férias em Maiorca que nunca esquecerei, a primeira gravidez, o rapto e o aborto espontâneo. Castiel e todos aqui em casa acharam melhor arranjar um psicólogo depois da Prada nascer. Tiveram medo que eu tivesse alguma espécie de recaída e sinceramente eu também tive. Tenho sempre me posto de lado. Tenho posto o meu bem-estar de lado pois há prioridades agora.

A minha carreira foi completamente posta de lado, tanto no mundo da moda como da música. A música sobre o Machine ainda está guardada no laptop ainda por concluir, e já lá vai mais de 1 ano que a comecei.

Ser mãe tem sido difícil, especialmente porque Castiel tem passado muito tempo fora de casa. É um sacrifício que ele tem que fazer para garantir comida na mesa e o ordenado á Gwen. Christina e Nate já não moram aqui. 1 mês depois de a Prada nascer, os pais de Castiel passaram a casa para ele. Eles compraram um apartamento mais pequeno no centro da Vila, na mesma rua onde mora Rosalya e Lysandre.

Por falar em Rosalya, a platinada já teve a sua menina. Brooke, como lhe chamaram, nasceu saudável 1 mês certo depois de a Prada nascer. Pareceu destino.

Aproveitei que a Prada estava a dormir a sesta e fui tomar um banho. Castiel foi ao centro da Vila fazer alguma coisa. Ele não me contou muito, ele tem andado estranho ultimamente. É como se escondesse algo. Desço as escadas, secando o cabelo quando a campainha toca. Sacudo o cabelo, pensando profundamente quem será. Eu não estou á espera de ninguém. Pouso a toalha no sofá e caminho em direção á porta. Abro a mesma. O meu coração quase que me cai aos pés.

 _Hey… -ele sussurra. A minha boca semiaberta de espanto surge.

—Menina Ladylake, quem é? Precisa de alguma coisa? -oiço Gwen perguntar do corredor. Eu sou incapaz de dizer uma palavra.

—Por favor, eu sei que mereço ficar fora da porta, mas eu imploro-te -devolve Machine.

Eu caio em mim e pisco os olhos várias vezes para ter a certeza de que não estou a sonhar. Abro mais a porta e dou espaço para que entre. Gwen entra na sala e coloca a mão sobre o peito assim que vê Machine olhando em volta.

—Não precisa de fazer essa cara Gwen -tranquilizo-a_ ele não é uma ameaça.

—Eu só não quero que você e o menino Castiel discutam -responde com um olhar mais carregado_ Se precisarem de alguma coisa, eu estou na cozinha.

Ela sai da sala e desaparece no corredor, deixando-me sozinha com Machine. Eu faço sinal para que ele se sente, e o tatuado assim faz.

—Eu não represento uma ameaça? -debocha, rindo.

—Não me faças arrepender de o ter dito -devolvo, curta e grossa. Ele dá um sorriso triste.

—A pequena está por ai? Gostava de a conhecer… -diz, tentando me convencer da sua boa vontade, mas eu não o vejo ou falo com ele á mais de 1 ano. Não faço a menor ideia das suas intenções.

—Está a dormir a sesta. Ela não dorme muito então talvez acorde enquanto cá estejas -rebato, com pouco ânimo. Apesar de estar a morrer de vontade de o abraçar, eu tenho que mostrar força.

O silencio reina por 1 minuto. Simplesmente ninguém fala. Eu apenas consigo ouvir Gwen na cozinha e a sua respiração pesada.

—Tive saudades tuas… -acaba por dizer. Eu reviro os olhos.

—Se vieste até aqui para isso eu… -ele corta-me.

—Tu podes revirar os olhos o que quiseres, desprezar-me o quanto quiseres e chamar-me todos os nomes existentes no dicionário, mas ouve-me primeiro! -resmunga. Eu dou um pequeno grunhido_ Eu sei que dei cabo dos teus planos, eu sei que dei cabo da tua reputação. Eu gostava de ser mais homem e assumir os meus atos! Eu coloquei-me em primeiro lugar e sinceramente acho que me fudi. Eu cometi erros com todas essas mentiras e tentei encobri-las com fumo…, mas perdoa-me.

Eu engulo. Parece que ele andou a pensar no que me dizer durante dias. Um barulho de choro abafado ativa os meus instintos maternos e sou obrigada a deixá-lo sozinho na sala por uns segundos. Volto com Prada nos braços e sento-me no sofá com cuidado. Machine dá um sorriso derretido assim que a pequena olha para ele.

—Eu não estou zangada contigo -começo. Sinto os seus olhos em mim_ foi apenas o meu rancor e orgulho que me fizeram estar afastada de ti durante este tempo todo.

A minha filha olha para ele como se fosse um Deus vivo. Percebo a curiosidade inocente no olhar dela. Dou um pequeno sorriso e coloco-a no colo de Machine. Ela derrete-se completamente nos braços do tatuado como se fosse o pai dela. Percebi imediatamente que esses dois vão ter uma ligação de tio e sobrinha.

—Tu sabes que eu nunca vou-te conseguir esquecer… -sussurra. A minha visão ficar turva. Vou começar a chorar_ aquele ano… aquelas noites… aquelas pequenas risadas debaixo dos meus lençóis… não digas que isso não foi verdadeiro porque eu á anos que não me sentia tão vivo.

Uma lágrima cai. Tento controlar o choro respirando fundo, mas percebo que é inútil quando um aperto no coração me priva de respirar e um nó na garganta me impede de engolir e abafar o que guardo á meses dentro de mim.

—Porque é que esses lindos olham estão tão magoados? -pergunta aproximando-se de mim.

—Porque eu sinto que perdi um grande amigo…

Machine encosta a sua cabeça á minha e com um braço percorre as minhas costelas e cintura.

—Tu nunca me perdeste, eu é que te perdi…

Oiço umas chaves rodarem na fechadura e afasto-me imediatamente de Machine. Limpo os olhos encharcados de lágrimas e limpo o rosto, botando um sorriso bobo nos lábios.

—Hey amor -recebo Castiel. Pego na Prada e aproximo-me do ruivo que olha desconfiadamente para Machine atrás de mim.

—Hey -ele me beija_ estás a chorar? -eu nego_ olá lindona…

Ele pega na pequena e enche-a de pequenos beijos.

—Vocês ficam mesmo bem juntos -elogia Machine. Castiel levanta uma sobrancelha.

—O que fazes aqui? -pergunta o ruivo um pouco ríspido.

—Vim apenas conversar com ela -ele começa a caminhar para a saída_ vou estar por Lisboa ainda uns dias, qualquer coisa… liga-me quando quiseres.

Acompanho Machine até á saída. Ele despede-se com um beijo discreto perto da minha boca e vai-se embora. Fecho a porta e olho para Castiel que me olha de maneira estranha.

—O que foi? -pergunto.

—Convidaste-o? Podias tê-lo feito comigo aqui, não precisavas de esperar que eu saísse -devolve meu rude.

—Eu não o convidei -defendo-me_ ele apareceu aqui.

—Sozinho? -ele ri_ que querido…

Levanto o meu olhar para o teto.

—O que foste fazer á Vila? -mudo de assunto_ ainda estiveste fora algum tempo.

—Fui fazer umas coisas -responde sem me encarar. Começo a ficar irritada.

—Andas-me a trair? -acabo por dizer. Ele olha para mim surpreendido.

—Que raio de pergunta é essa? De onde é que tiraste isso? -pergunta_ Isso não faz sentido nenhum.

Castiel começa a subir as escadas com Prada nos seus braços. Ele entra no quarto da pequena e deita-a no berço com cuidado.

—Não faz sentido? É que na minha cabeça está a fazer bastante sentido -começo_ desde que ela nasceu que tens andado estranho -o ruivo olha-me_ já não me procuras durante a noite, já não durmo nos teus braços… passas 2 semanas em casa e depois 1 mês fora. Quando te pergunto onde estiveste, responde “a fazer coisas”. É normal que desconfie…

—Bom… é normal que não goste de ver o rapper que te andou a foder durante 1 ano ao pé de ti, sentado no nosso sofá com a minha filha ao colo -ele continua_ não me peças para gostar dele porque isso nunca vai acontecer. Por ti, eu tolero-o.

Ele aproxima-se, puxando-me pela cintura para perto dele com um ar malandro. Olho para outro sítio, para não cair na tentação. Castiel segura o meu rosto com as suas duas mãos e obriga-me a olha-lo nos olhos. Sinto as minhas bochechas corarem de vergonha.

—Eu não te ando a trair sua tonta -ele ri, fazendo pouco das minhas paranoias_ Porque não vamos jantar hoje os dois sozinhos? Um momento só nosso…

—E a Prada? Deixamos ela com quem? -pergunto_ eu não sei Castiel, eu não me sinto bem em deixá-la assim…

—Posso pedir aos meus pais. Eles vão adorar passar um pouco de tempo com a neta -diz.

Eu acabei por dizer que sim. Ele fez uma carinha de cachorro abandonado e como sempre não lhe consigo dizer que não. Para além disso, vai-me fazer bem sair um pouco. Um bebé consegue mesmo dar cabo de nós a nível de cansaço. O turno de Gwen terminou mais cedo. Ás 20:00 eu já passava o batom vermelho escuro nos lábios pela 3ª vez só para confirmar se estava perfeito.

Oiço a campainha tocar e vozes conhecidas invadirem o espaço. Christina abraça-me com forma e faz questão de dizer que sempre que eu e Castiel quisermos sair e precisarmos de alguém para ficar com a Prada que não há problema nenhum em pedir para eles.

Castiel apressa-nos, pois estamos a ficar atrasados para o jantar. Dou um valente beijo no rosto da minha filha e despeço-me sentindo-me mal por deixa-la para me ir divertir. Quando subimos ao 2º andar do restaurante, toda a gente olha para nós. Começo a ficar nervosa e lembro-me de que as pessoas são venenosas e vêm coisas que não existem. Não quero que pensem que não sou responsável. Eu não saio de casa á 4 meses, eu também mereço um pouco de paz e sossego depois de passar o dia inteiro a ver fraldas e biberões. Castiel pega na minha mão e passa o seu polegar pelos meus dedos acariciando-os. Automaticamente a minha tensão alivia.

Pedimos os pratos e enquanto esperamos trocamos pequenos olhares de cumplicidade. As minhas bochechas fervem quando ele me olha num tom mais provocativo e desvio o olhar de vergonha.

—A maternidade assenta-te bem-diz com um leve sorriso nos lábios.

—A sério? Pensei que o facto de ter ficado mais gorda, com estrias e irritadiça fizesse com que tu fugisses -brinco bebericando um pouco de sumo.

—Estás diferente-conclui_ Mas mesmo estando diferente ainda consigo ver aquela garotinha rebelde de 17 anos que me pôs no chão com uma facilidade incrível e hoje em dia ainda me pergunto como é que uma fraca figura de 1 metro e meio fez tal coisa.

Eu rio-me, lembrando-me desse episódio. Algumas pessoas mais perto de nós não se contêm em dar uma olhada para nós. Os pratos finalmente chegam e começamos a comer.

—Eu nunca pensei que fosses ser o pai dos meus filhos -começo_ nós passamos por tanta coisa, por tanta discussão, provocações…estivemos a 5 mil km de distância durante 1 ano e mesmo assim não conseguimos nos esquecer um do outro.

Castiel pega na minha mão e beija a mesma com carinho. Eu aproveito o momento e faço um carinho no seu rosto. A sua barba já saliente pica a palma da minha mão, causando-me cócegas.

—Eu sei que tenho andado ausente e que estar fechada naquela casa um dia inteiro com uma criança não deve ser nada fácil. Eu sei que essas dúvidas a meu respeito são lógicas… -ele trava_ porque realmente eu ando a esconder algo de ti…

Eu franzo o sobrolho, mudando instantaneamente a expressão facial. Eu tento puxar a minha mão de volta, mas ele prende com força, impedindo-me de me libertar dele.

—Eu vi algo no centro da Vila á 4 meses atrás que me fez pensar na minha vida. Fez-me pensar nestes últimos 3 anos e em como nós os dois crescemos um com o outro. Brigámos, chorámos, batemos com portas e partimos coisas, mas também rimos, cantámos, dançámos e fizemos as maiores maluqueiras possíveis -ele suspira e levanta-se, caminhando até mim_ mas algo me diz que nós ainda terminamos por aqui então… -ele agacha-se, ficando de joelhos e retira do bolso das calças uma caixinha em veludo vermelho e abre a mesma revelando um lindo anel_ Queres casar comigo?

Eu fico sem reação. As minhas mãos cobrem o meu rosto já inundado de lágrimas de felicidade e de remorsos por ter pensado mal dele. Eu olho para o rapaz de 22 anos que espera desesperadamente pela minha resposta. Vejo pequenos pingos de suor na sua testa e não contenho um riso.

—Sim… -assento_ sim! sim! sim! sim! sim! -abraço-o_ Oh meu deus sim!

Oiço palmas vindas do fundo. Derramo as minhas lágrimas no seu ombro enquanto os seus braços firmes e fortes me abraçam com força.

—Eu nuca te iria trair doida… -ele sussurra_ eu apenas saia para encontrar o anel perfeito para a mulher perfeita.

—Perdoa-me -fungo_ eu sinto-me tão estúpida…

Ele desfaz o abraço e segura no meu rosto encharcado de lágrimas. Aposto que tenho a maquilhagem toda borrada e tem gente que está a filmar isto para por no Instagram. Os seus lábios aproximam-se dos meus e eu quebro a pouca distância entre nós num beijo forte e apaixonado.

(...) A medida do amor, é amar sem medida (...)


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Notas finais do capítulo

Eles vão casaaaaaar! aaaaaaaaaaa eu ando á espera deste momento á 3 anos ♥

PRÉVIA DA NOVA FANFIC - https://www.youtube.com/watch?v=ei6wueldxu8

Postarei o trailer original no último capitulo de I Miss The Misery mas por enquanto deixo-vos uma pequena pitada de curiosidade ♥ espero que gostem.

Até ao próximo capitulo~

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