I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 71
2ªTemporada-" Everything 4 you"


Notas iniciais do capítulo

Oie meu amores, estou de volta com mais um capítulo para vocês. Espero que gostem ♥

Boa Leitura~



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“A fama deve surgir como um dos resultados de um bom trabalho, e nunca o contrário” 

Ladylake Storm 

 

 

Abro os olhos e enxergo a linda manhã que Nova Iorque tem para oferecer. Que saudades de acordar com esta vista. Os raios de sol quentes do Verão batem no vidro criando uma pequena estufa. Que calor! Coloco a mão á frente dos olhos para não cegar e destapo-me virando-me para o lado. Castiel dorme pacificamente com o peitoral definido descoberto pelo lençol branco, e com o rosto virado para o outro lado. Pego o meu celular da mesinha de cabeceira e ligo a tela do mesmo. 10:42 marca. Poxa como dormimos!  

Aproximo-me de Castiel com um sorriso maroto nos lábios e começo a beijar os seus braços, ombros, clavícula, pescoço e bochechas para que acorde. Oiço um pequeno grunhido vindo dele.  

—Acorda -passo o lençol por cima de mim e coloco-me em cima dele, continuando o meu ataque de beijinhos_ Acorda, são quase 11 horas seu preguiçoso.  

Ele abre os olhos e encarar-me com uma certa raiva por o ter acordado. Ele detesta que o acordem. Dou um sorrisão inocente e Castiel abana a cabeça com um leve sorriso no canto da boca, fechando novamente os olhos em seguida.  

—Tu és tão chata -sussurra_ Vai dormir, estamos de férias.  

—Não tenho sono -faço beicinho_ Não tenho nada para fazer.  

—Vai chatear a minha irmã e o Lysandre -boceja.  

Saio de cima dele desanimada e vou até ao banheiro. Eu dormi de roupa interior então quando volto, visto uns shorts cinzentos da Adidas e um top preto simples apenas para andar por casa. Se Lysandre não estivesse connosco eu iria mesmo de lingerie. Rosalya já me viu nua mais vezes do que a minha própria mãe.  

Antes de sair do quarto olho uma última vez para Castiel, que adormeceu de novo. Abro a porta do quarto e caminho pelo corredor. Começo a ouvir música e deparo-me com Rosalya a preparar o seu pequeno-almoço ao som de Lady Gaga-“Applause”. A música acabou de começar!  

 

I stand here waiting for you to bang the gong 
To crash the critics saying, "is it right or is it wrong?" 
If only fame had an IV, baby could I bear 
Being away from you, I found the veinput it in here 

I live for the applauseapplauseapplause 
I live for the applause-plause, live for the applause-plause 
Live for the way that you cheer and scream for me 
The applauseapplauseapplause 

Give me that thing that I love (Turn the lights on) 
Put your hands upmake 'em touchtouch (Make it real loud) 
Give me that thing that I love (Turn the lights on) 
Put your hands upmake 'em touchtouch (Make it real loud) 

 

 

Junto-me a ela cantando á vez cada estrofe da música que fala de fama. Cantamos e dançamos em redor da grande ilha de mármore batendo palmas e interpretando a letra como se estivéssemos no vídeo clipe. Lysandre achou piada e pegou no seu celular para nos gravar enquanto dançávamos em cima da ilha e pela cozinha toda com as costas coladas uma na outra batendo palmas.  

Soube bem este momento. Há muito tempo que não cantava com a minha melhor amiga e a tristeza das últimas semanas desapareceu por uns minutos. Parece que encontrei a minha cura. Porque não pensei nisto mais cedo?  

—Eu não sei se vocês se aperceberam, mas acabaram de ir para o Instagram –sorri Lysandre_ Que boa maneira de começar o dia meninas.  

 

 

(…) 

 

 

O tempo estava perfeito para almoçar fora e foi o que decidimos fazer. Depois de demorar horas para tentar fazer com que Castiel saísse da cama e fosse tomar um banho, podemos finalmente sair do apartamento e aliviar a nossa fome. Descemos até á garagem e abro a mesma revelando o Alfa Romeo Stelvio vermelho que me foi emprestado durante o meu estágio.  

—Esse carro era teu? -pergunta Castiel de olhos arregalados olhando para a beleza com 4 rodas á sua frente.  

—Não era bem meu. Era meu, da Sarah e do Max –respondo destrancando o veículo_ Eu não sei conduzir então era sempre o Max que nos levava a todo o lado. Alguém quer fazer as honras?  

Todos levantam a mão. Até mesmo Rosalya que nunca segurou um volante ou pisou travões. Castiel logo lhe tirou a ideia da cabeça, dizendo que não queria ser testemunha de homicídios involuntários. Lysandre chegou-se á frente e pegou as chaves da minha mão, entrando dentro do carro e sentando-se no lugar do condutor. Toda a gente concordou em Fast Food então Mc'Donalds era o nosso destino. O silêncio reinava dentro do carro e por isso, Rosalya ligou o seu celular e por via Bluetooth, sincronizou a sua playlist com o mesmo.  

—Mete "24K Magic"- Bruno Mars—peço para Rosalya no banco da frente.  

—Não mete nada, atreve-te -ameaça Castiel_ Juro que se metem essa música eu vou a pé.  

Eu gosto imenso de o provocar. Castiel detesta essa música sem nenhuma razão especifica. Lysandre está com um olhar divertido e provocador e olhando para Castiel pelo espelho, carrega no play. O ruivo bufa e tapa os ouvidos. Cantamos os 3 bastante alto, apenas para o irritar ainda mais.  

—Eu espero que vos dê uma dor de barriga depois do almoço! Aos 3! -resmunga.  

—Porque não gostas? É tão alegre e festiva –pergunta Rosalya, olhando para o irmão.  

—Alegre demais! Contagia-me com energia positiva –responde. Rosalya ri abanando a cabeça.  

—Chegámos meus caros amigos –anuncia Lysandre entrando para o parque de estacionamento. Assim que o carro para, retiramos os cintos de segurança.  

Ainda bem que o Mc'Donalds não estava cheio. Deve ter sido uma das raras vezes que eu vim aqui e isto não estava com uma fila até ao Central Park. Pedimos a nossa comida e esperamos pacientemente. Lysandre foi marcar lugar nas mesas e eu e a Rosalya pedimos gentilmente á bolinha de neve que levasse as nossas malas. Ele assim fez sem reclamar, mas Castiel nunca perde uma oportunidade para tirar sarro dos outros.  

—Devias de arranjar uma coisa dessas meu velho, fica-te bem. Dá-te um ar mais jovem –ri o ruivo. Lysandre revira os olhos.  

—Fala a pessoa que foi apanhada mais do que uma vez com resíduos de batom vermelho escuro nos lábios -rebate pegando no seu tabuleiro_ Ah e ainda disse para eu me habituar, porque gostava muito daquela cor. 

Eu e Rosalya não conseguimos parar de rir. Castiel provou do seu próprio veneno. Dou um leve encontrão no ruivo que revira os olhos rindo. Lysandre come uma batata frita de forma vitoriosa e desafiadora á frente de Castiel, que tenta ignorar o facto de que se enterrou completamente.  

Sentamos-nos os 4 na mesa que Lysandre guardara á pouco e sento-me do lado da parede. É o meu sítio preferido! Castiel ficou á minha frente e Rosalya sentou-se ao meu lado á frente de Lysandre. 

—Hey, olha para mim, deixa-me tirar-te uma foto -pede Castiel pegando no seu celular_ Estás linda assim.  

—Hi, sorry to interrupt but can you give me an autograph? -oiço uma voz e percebo que se dirige a mim. Viro o meu rosto e uma garotinha estende um papel e uma caneta. Não deve ter mais do que 7 anos.  

—Sure –pego a caneta e rabisco. Entrego-lhe de seguida.  

—Thank you! I love you so much! -ela abraça-me com força e sem pensar duas vezes, retribuo o gesto.  

Depois de me dar um grande sorriso, a garotinha corre para perto das amigas e acena dizendo "adeus". Aceno de volta, com o coração mais derretido que manteiga.  

  

(…) 

 

 

—Alguém quer mais refrigerante? - pergunto antes de me levantar.  

Castiel e Rosalya levantam o copo e pego os mesmos para voltar a encher no Free Refil. Aproximo-me da máquina e coloco o copo de plástico por baixo, pressionando o botão de seguida. Sinto alguém atrás de mim e uma sensação estranha corre pelo meu corpo. Esse pressentimento confirma-se, assim que sinto umas mãos cobrirem os meus olhos. Sorrio e toco com as minhas mãos nas dele.  

—Já vou Castiel, volta para a mesa –viro-me assim que termino a minha frase. O meu coração quase para ao ver quem realmente é.  

—Não teria acreditado senão viesse ver com os meus próprios olhos –quase que sussurra.  

—Machine? -pergunto para ar. Ele dá um pequeno sorriso_ O que fazes aqui?  

—Oh tu sabes, pintar as unhas, arranjar o cabelo... esse tipo de coisa –ri. Eu dou uma risada nervosa.  

Desvio o olhar do tatuado e encaro os meus amigos na mesa. Castiel olha-nos atentamente, tentando perceber o que se passa.  

—Quando me irias contar que tinhas voltado? -pergunta tapando o meu campo de visão. Machine coloca-se á minha frente para que olhe para ele.  

—Provavelmente hoje ou amanhã -respondo_ Podemos falar mais logo? Eu tenho que ir entregar as bebidas aos meus amigos e acabar de comer.  

—Eu posso me juntar a vocês, estou sozinho. São aqueles ali ao fundo certo? -volta a perguntar. Eu assento mordendo o lábio, já me arrependendo.  

Caminhamos para junto de Rosalya, Castiel e Lysandre. Machine sentou-se ao lado de Rosalya, que não se importou minimamente com a sua presença. Castiel parecia que ir ter um colapso ao ver Machine a bater papo com a sua irmã e Lysandre estava indiferente. Sento-me ao lado da minha melhor amiga e olho para Castiel. O ruivo come lentamente, olhando para mim como se dissesse por telepatia "Porque o trouxeste?"  

Engulo em seco, visivelmente desconfortável.  

—Como é que tu e a Lake se conheceram? -pergunta Rosalya. Dou-lhe um leve toque na perna por baixo da mesa e ela me olha com um ponto de interrogação na testa.  

—Por acaso é uma história engraçada -começa Machine. Oiço Castiel sussurrar insultos_ Ela tinha acabado de chegar aqui e eu nessa altura fazia pequenos shows de música e dança pelas ruas de Nova Iorque. Nessa noite, o destino trouxe-a até mim. Ela estava na plateia e eu vi-a e puxei-a para dançar comigo. Não sei o que me deu, senti-me logo atraído por ela.  

Vejo o copo de plástico que Castiel segura a mão passar de um simples copo de Mc'Donalds a um saco de pancada. Aquele copo certamente já teve melhores dias. O ruivo aperta e vai esmagando o mesmo á medida que Machine vai falando. Ele vai explodir.  

Coloco a minha mão sobre a dele tentando acalmá-lo e um choque elétrico atinge-me, fazendo com que retire imediatamente a minha mão.  

—Vou apanhar um pouco de ar –levanta-se bruscamente, arrastando a cadeira e caminhando em direção á saída.  

Fito Lysandre e suspiro molhando os lábios. A bolinha de neve dá um pequeno sorriso tranquilizador.  

—Qual é o problema dele? -pergunta Machine. Fuzilo-o com o olhar_ O que foi que eu disse?  

Levanto-me da mesa e caminho apressada para fora do edifício. Olho para todos os lados procurando por Castiel. Não há sinal dele. Desvio-me das pessoas que ateimam em bater contra mim. Eu sei que sou pequena, mas fogo. Oiço um estrondo, como se tivessem dado um pontapé em alguma coisa. Parece que o encontrei.  

Aproximo-me cuidadosamente dele e encaro-o de forma triste.  

—Desculpa, eu tive mesmo que sair senão eu não sei o que lhe fazia –sussurra, com os braços sobre uma grade e o olhar grudado no chão.  

—Eu não te julgo –dou de ombros, olhando para outro sítio que não ele_ eu no teu lugar nem me controlaria. Ele fez de prepósito.  

—Ainda me custa acreditar que vocês os dois... Só de imaginar! -ele dá um soco violento na grade. Estremeço com o estrondo.  

Castiel encosta-se na grade de costas voltadas e me encara com um toque de desprezo e desapontamento. Suspira, molhando os lábios e abana a cabeça.  

—Não te quero ao pé dele Lake –diz. Eu levanto uma sobrancelha.  

—Ele é meu amigo, não podes pedir isso –aproximo-me. Fico literalmente a uma curta distância dos seus lábios. 

—Amigos? -ele ri irónico_ A sério? Eu sei muito bem que tipo de amigos vocês são.  

—Isso acabou! -resmungo_ Não me atires isso á cara sempre que discutimos! Também amavas a Debrah? Ou era só pelo decote que fazia questão de mostrar a meio mundo?  

—Eu amava-a –ele me olha nos olhos, acabando quase com a distância entre nós. Podia sentir a sua respiração perto da minha boca_  Eu gostava daquela rapariga tanto ou mais do que cheguei a gostar de mim mesmo. Não dês lições de moral quando não a tens Lake, fica-te mal.  

Ele pega no maço de cigarros do bolso e retira um do mesmo, acendo-o de seguida com o isqueiro. Castiel dá um bafo e expira-o. Depois me encara. Os meus olhos estão marejados.  

—Eu posso não ter amado o Machine, eu posso não ter amado o Kentin quando embrulhei debaixo dos seus lençóis. Posso só ter pensado em mim nessa noite, nesse momento. Na manhã seguinte eu podia me sentir satisfeita, mas o sentimento de culpa era tão grande... -soluço_ Não me digas que eu não sei amar porque essa é a única certeza que eu tenho na minha vida. Eu amo-te Castiel... -uma lágrima cai e eu limpo_ eu punha-me á frente de qualquer coisa por ti!  

Ele engole em seco, desconfortável. Desvia o olhar de mim e encara o céu por dois segundos.  

—Devíamos de voltar, Rosalya e Lysandre já devem estar á nossa espera... 

Castiel nem me olha e lança o seu cigarro quase morto para o chão, apagando-o de seguida com o pé e caminha de volta ao Mc' Donalds. Apresso o paço e coloco-me á sua frente. Determinada, coloco-me nas pontas dos pés e puxo-o para um beijo desesperado e longo. As minhas mãos seguram o meu rosto com medo que ele fuja. Que fuja para longe de mim.  

Separo-me sem fôlego, inspirando e expirando continuamente com o dobro da velocidade normal. Mordo o lábio e o contacto visual fica impossível de se quebrar. Podia cair o fim do mundo á nossa volta neste preciso momento que eu saberia que nenhum de nós tiraria o olhar um do outro. Castiel puxa-me para um leve selinho, que deposita nos meus lábios húmidos e quentes.  

 

 

(…) 

 

 

should use my heart 
should use my heart, I should use my heart less 
Use my heart 
should use my heart 
should use my heart less 
No 

 

"Heartless" estava praticamente pronta. Só faltava gravá-la no estúdio, mas isso fica para amanhã. Estou quase rouca. Bebi uma garrafa de 2 litros inteira só nesta tarde para conseguir cantar. Castiel e Lysandre ajudaram-me imenso a formá-la. A prepósito, Lysandre vai entrar, cantando comigo o refrão. Estou entusiasmadíssima com a ideia de gravar com ele e mal posso esperar que "Heartless" saia. Já rolam ideias na minha cabeça para a próxima música e esta ainda nem saiu. Rosalya foi ver a sua nova Universidade e disse que não sabia quando voltava, pois, ia fazer compras.  

O meu celular dá sinal de vida, vindo da mesinha á frente do sofá e pego o mesmo depois de dar uns goles de água na garrafa. É Machine.  

 

—Posso ver-te esta noite? Tenho saudades tuas Anjo –Machine 

—Eu não vou  Machine, não depois do espetáculo de hoje –Ladylake 

—Por favor, eu tenho que te contar uma coisa.... -Machine 

(...) Sabem porque a decepção doí? Porque ela nunca vem de um inimigo (...) 


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Se sim, deixem ai um comentário. Notei que a Fic tem andando meio parada ;-;

O que Machine terá de tão importante para contar á Lake? Castiel e Machine num confronto direto? Lysandre e Rosalya vão-se reaproximar? O que esperam de "Heartless"?

Até para a próxima meus lindos ♥



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