I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 67
2ªTemporada- Vem comigo!


Notas iniciais do capítulo

Oie meu amores, espero que esteja tudo bem com vocês! ♥ Lamento a demora mas vi-me negra para começar o capitulo, simplesmente não sabia como o começar e por isso demorei mais tempo.

Não vos atraso mais, boa leitura~



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“Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva”

—Kentin More

 

 

Oh Vila Doce, como eu senti a tua falta. Calma, mas com aquela dose certa de movimento. Pacifica, mas com os seus perigos á espreita. Saio do carro ansiosa por entrar em casa e pego nas minhas bagagens no carro, retirando as mesmas para fora. Rosalya segue-me, em pulgas. Maiorca foi maravilhoso, mas se me retiram a minha casa, retiram-me tudo. Apesar de esta não ser a minha verdadeira casa, eu sinto-me bem aqui e é aqui que Castiel vive.

A platinada e eu arrastamos as nossas coisas até á entrada e esperamos por Castiel. Conseguimos ouvir Dragon a ladrar do outro lado da porta. Castiel pega nas suas chaves de casa e abre a mesma devagar, revelando logo de seguida um focinha escuro feliz por nos ver.

—Hey amigão -o ruivo acaricia-o. O pastor de beauce está á beira de um ataque.

—Também tive muitas saudades tuas coisa linda -agachada, dou-lhe um abraço bem forte. Ele vai-me dando leves lambidelas no rosto e nas mãos como forma de carinho.

Ouvimos alguém largar loiça e a correr até á entrada. Gwen, bastante apressada, vai limpando as mãos no avental enquanto corre até nós.

—Os meus meninos! -grita com uma voz triste, mas aliviada.

Ela abraça-nos como se fosse uma mãe que não via os seus 3 filhos á meses. Ela adora-nos, eu sei. Apesar de ás vezes nós os 3 sermos bastante complicados de lidar, ela está sempre pronta á ajudar.

—Vou fazer um bolo de cenoura com molho de chocolate para vocês os 3 como boas vindas! -ela prepara-se para ir para a cozinha, bastante determinada.

Eu olho em Castiel e Rosalya e ambos me dão aquele sorrisinho de “conta”. Olho de novo para Gwen, que quase desaparece no corredor.

—Gwen -chamo.

—Diga menina -devolve e espera que eu continue.

—Faça para nós os 4 -finalizo e ela me olha um pouco confusa, mas assim que Castiel me puxa para perto dele e coloca a mão sobre a minha barriga, uma explosão de felicidade muda o seu rosto.

 

 

 

(…)

 

 

 

Acabo de vestir o meu biquíni e pego na minha toalha para descer até lá abaixo. Rosalya já me espera á beira da piscina. Abro a porta de correr de vidro e fito a platinada nadar de uma ponta á outra da mesma. Coloco a minha toalha na espreguiçadeira e aproximo-me da beira molhando os pés de seguida.

—Como é o Verão em Nova Iorque? Aposto que não é tão bom como aqui -Rosalya nada na minha direção.

—É diferente -respondo, suspirando, olhando para o nada_ Há certos sítios da cidade em que as temperaturas chegam quase a ser tropicais e outros em que já é preciso uma leve jaqueta por causa dos arranha-céus.

—A sério? -ela levanta uma sobrancelha. Eu assento.

—Há algumas regras também, estúpidas na minha opinião -começo_ Existem certos restaurantes lá em que não é permitido o uso de shorts. E digamos que o uso de chinelos não é muito confortável no meio de uma grande cidade em movimento.

—Seria bué engraçado se alguém perde-se um chinelo no meio de centenas de pessoas e depois anda-se á procura dele -Rosalya dá uma gargalhada e eu sou contagiada pela sua risada.

—Um dia eu levo-te lá -sorrio piscando-lhe o olho_ Já sabes o que vais fazer depois do Verão?

—Não -responde fazendo uma careta_ estou a pensar ir para a Universidade, algo na área do estilismo e moda, mas não faço ideia de para onde ir. Então e tu?

—Eu vou ficar por aqui depois do Verão. Eles vão dispensar-me em Nova Iorque assim que disser que estou gravida então… -meio que sussurro.

—Vocês não precisar de dinheiro? O meu sobrinho vai precisar de roupas, berço… essas coisas -Rosalya faz um ar preocupado_ e o meu irmão nem trabalha.

—Eu com isso estou desencasada -rio_ tenho todo o dinheiro que ganhei em Nova Iorque bem guardado para caso acontecesse algum imprevisto na minha vida.

—E é algum montante de jeito? Tipo… algumas centenas? -pergunta, ainda com aquela cara de preocupada.

—Milhares -rio.

—Milhares?!? Oh God -ela se deixa cair para trás.

 

 

 

 

(…)

 

 

21:57 marca o meu celular. A minha barriga está ás voltas. Já me deitei de barriga para cima, de lado, baixo, a fazer o pino mas a dor de barriga e o enjoo não desaparece de maneira nenhuma. Gwen já acabou o seu turno hoje então foi Castiel que foi lá abaixo preparar algo que me alivie.

Oiço o meu celular vibrar e abro os olhos. Pego-o da mesa de cabeceira de Castiel e ligo a tela do mesmo. É Sarah! Abro o Instagram e clico no ícone de chat. Aquela doida mandou-me uma foto do Coliseu de Roma. “Guess where am I bitch!” escreveu na legenda.

Não demoro muito a digitar uma resposta e pouso de novo o celular na mesinha de cabeceira. Oiço a porta abrir e fito Castiel com um tabuleiro nas mãos. Sento-me na cama com um sorriso fraco e espero que ele mo entregue.

—Chá? -faço uma careta e olho para o líquido amarelado na chávena.

—Cala-te e bebe, trouxe biscoitos caso quisesses -responde, deitando-se ao meu lado.

Pego na chávena e beberico um pouco, fazendo cara de nojo de seguida. Castiel ri da minha cara de sofrimento. O sabor disto é horrível.

—Não dramatizes, não sabe assim tão mal -ri.

—Queres bebê-lo tu? -pergunto resmungona.

—Não sou eu que estou grávido -devolve com um sorriso divertido no rosto.

Reviro os olhos e continuo a beber.

—Quando pensas contar aos teus pais? -o ruivo pergunta, me olhando.

—Nos próximos dias, vou a Lisboa. Isto não é coisa que se conte por telefone -respondo_ Gostava que viesses comigo.

—Ir contigo Lake? -a sua expressão muda completamente.

—Qual é o problema? -pergunto.

Ele mantém-se em silêncio durante uns segundos.

—Eu vou ser comido vivo -sussurra.

—Achas que vou ser poupada por ser filha? Com o meu pai as coisas não funcionam assim -respondo.

—Mais me ajudas -resmunga.

—Vá la, vem comigo -coloco-me me cima dele. As suas mãos seguram a minha bunda.

—Já te disseram que és uma grandessíssima chata? -Castiel ri. Devolvo o sorriso.

 

 

 

 

(…no dia seguinte…)

 

 

 

Saio do banho enrolada na toalha. Inspiro fundo e o bafo quente do quarto cai sobre a minha pele bronzeada. Castiel, em cima da minha cama, faz uns acordes na sua guitarra. Em cima da minha cama, já está a roupa que irei vestir no dia de hoje. Deixo a toalha cair e o olhar malicioso de Castiel fica evidente. Adoro provocá-lo. Ele começa a cantar…

 

Bed, stay in bed
The feeling of your skin locked in my head
Smoke smoke me broke
I don't care, I'm down for what you want
Day drunk into the night, wanna keep you here
'Cause you dry my tears
Yeah, summer loving and fights
How it is for us, and it's all because

Now if we're talking body
You got a perfect one, so put it on me
Swear it won't take you long
If you love me right
We fuck for life, on and on and on
Now if we're talking body
You got a perfect one, so put it on me
Swear it won't take you long
If you love me right
We fuck for life, on and on and on

Eu vou-me vestindo, sensualizando também aos poucos como se estivesse num anúncio comercial fazendo igualmente playback. Visto uma t-shirt sem mangas e umas jeans cor cinza rasgadas. Calço umas botas frescas pretas e faço uma maquilhagem baseada me tons neutros. Juntos uns acessórios para finalizar o look e coloco o meu celular no bolso de trás.

—Onde vais assim toda… -ele me olha de cima a baixo mordendo o lábio_toda jeitosa.

—Vou ter com a Rosalya ao shopping -respondo, pegando na minha bolsa.

—Força, Lysandre e eu vamos ensaiar.

Despeço-me dele com um beijo demorado. Sua língua roça na minha de forma atrevida e eu dou um sorriso entre o beijo. Antes de sair, Castiel me dá um leve tapa na bunda. Pego nos fones e carrego no play. “David Guetta - What I Did For Love” começou a tocar.

Antes de apanhar um táxi até ao centro comercial, passo pelo pequeno café. Abro a porta e o pequeno sino ecoa no estabelecimento. Fito os olhos verdes, vivos, me encarando com algum desprezo. Vou até ao balcão e Kentin se aproxima para me atender.

—Boa tarde senhorita, o que vai ser? -pergunta. Fico um pouco confusa.

—Não me trates como se não me conhecesses -peço. Kentin quase que fura com os olhos.

—Vais-me dizer o que queres ou não? -devolve ríspido.

—Um batido de chocolate -respondo e vou-me sentar.

Sento-me num sofá e espero. Suspiro irritada. Idiota! 2 minutos depois, Kentin vem-me entregar o batido. Pago sem lhe dizer nada.

—Fica com o troco -respondo ríspida. Oiço-o suspirar.

Saio do café e começo a caminhar em direção ao estacionamento taxista. De repente, umas pingas de chuva começam a cair e logo se transformam numa tempestade de Verão. Boa, era mesmo o que faltava. Acaricio os braços, um pouco arrepiados e frescos, até que deixo de sentir as pingas no meu corpo. Olho para cima e fito um guarda-chuva me protegendo.

—Eu disse-te que estaria sempre aqui -começa_ Disse que sempre seriamos amigos. Fiz uma promessa e vou mante-la até ao fim.

—E agora que está a chover mais do que nunca, ainda bem que nos temos um ao outro -digo meiga.

—Vem cá, podes ficar debaixo do meu guarda-chuva -abraça-me.

 

 

 

(…)

 

 

 

Entro no centro comercial e desligo a música. Depois de Kentin me ter acompanhado ao estacionamento taxista, voltou para o trabalho. Foi querido da parte dele me ter acompanhado. Se não fosse ele, neste momento estaria encharcada. Estranho uma tempestade de Verão nesta altura do mês. Mando uma sms a Rosalya a perguntar onde aquela doida varrida está. Segundos depois, ela responde, dizendo que está numa lanchonete.

Subo as escadas rolantes e caminho em direção ao “Verlet”, uma típica lanchonete francesa no último piso. Vejo a platinada sentada á fina numa das cadeiras vintage com a perna cruzada, prestando atenção ao seu celular. Aproximo-me e sento-me botando um enorme sorriso no rosto.

—Estás atrasada -diz amuada.

—Eu sei -continuo com o sorrisão.

—Freak -devolve, rindo baixinho.

Peço um café com espuma ao garçon, que me vem entregar uns minutos depois. Eu sei que já bebi um batido e que tenho que ter cuidado para não engordar muito, mas preciso mesmo de energia.

—Vou para Nova Iorque -Rosalya diz, sem rodeios, direta como sempre. Quase que me engasgo com o café.

—Porquê essa decisão assim de um momento para o outro? Eu sei que queres muito que eu te leve, mas calma aí Rosa -brinco_ Eu vou daqui a uns dias, podes vir se quiseres.

—Não estás a entender. Encontrei uma Universidade de estilismo super boa -ela começa, vejo o brilho nos seus olhos_ está num ranking super elevado e eu vou tentar.

—Acho que fazes muito bem -felicito-a_ está ganho Rosa.

—Obrigada -ela sorri meia sem jeito_ É por isso que vim ás compras. Para concorrermos, temos que criar uma maquete e hoje já vim comprar um monte de tecidos e estampas. Tenho que entregar até ao inicio de Agosto -ela suspira_ as 10 melhores ganham uma bolsa.

Levanto as sobrancelhas mal ela termina de falar. Nota-se pela sua forma de falar que quer muito isto. Pouco a chávena no pires e molhos os lábios.

—Devias de falar com o Alexy, ele tem jeito para isto também. Aposto que ele ficaria contente em te ajudar -respondo.

Ficámos a conversar durante um bocado até decidirmos passear um pouco pelo shopping. Rosalya deslumbrava-se com as montras. Okay eu admito, eu confesso que até mordi o lábio a certas t-shirts. Passamos por uma loja de bebé e Rosalya puxa-me para dentro da mesma sem pensar duas vezes.

—Oh meu Deus Lake, olha! -ela pega num babygrow_ leva….

—Nem sabemos ainda se é menino ou menina -repreendo-a colocando um conjunto no lugar, depois de ver.

—Chata -faz debocha_ não tens piada nenhuma. Espero que seja uma menina.

—Eu também, sempre quis ter uma rapariga a quem passar o mau feitio -rio e ela não fica atrás.

 

 

 

 

(…uns dias depois…)

 

 

 

 

Fecho a minha mala de viagem e suspiro. Dentro dela, levo apenas uma muda de roupa. Não conto passar mais do que uma noite em Lisboa então levo apenas o que necessito e uma roupa lavada para tomar banho. Tenho saudades do meu pai. Morro de saudades de todos, mas a minha vida agora é aqui. Talvez um dia a gente se mude, não sei quais são os planos de Castiel. Por falar nele, alguém bate á porta e um pontinho vermelho sonolento espreita, perguntando sem palavras se já estou pronta. Eu assento.

É a primeira vez que Castiel conhecerá a minha família e não nego que estou um pouco receosa. Claro que já falei dele á minha família nos meus telefonemas semanais, mas nada por aí além. Não sei qual será a reação do meu pai em saber que estou grávida. Tenho apenas 19 anos e Castiel 21, somos duas crianças ainda.

Descemos as escadas e Rosalya já nos espera encostada no sofá. Dragon levanta a cabeça assim que nos vê.

—Já vão? -pergunta a platinada.

—Sim, amanhã depois do almoço estaremos aqui novamente para preparar as malas novamente para ir para Nova Iorque -respondo colocando a mala no chão.

Pedi para que Castiel viesse comigo também para Nova Iorque e ele aceitou sem resmungar. Ele está danadinho para ir, mas é demasiado orgulhoso para o admitir.

—Liguem-me a contar como correu -ela abraça-me_ vou querer saber pormenores.

—Está combinado -rebato.

Despedimo-nos de Gwen e Dragon e seguimos para o carro. Coloco as malas no banco de trás e ato o meu cabelo num ponytail para me refrescar. Castiel arranca e suspira pesado.

—Nervoso? -pergunto olhando para ele, colocando a minha mão na sua perna. Ele nega.

—Preocupado -responde, sem me olhar, focando-se apenas na estrada.

—Com o quê? -volto a perguntar. Ele desvia o olhar da estrada por um segundo e me encara com um leve sorriso.

—Nada de especial -responde dando leves tapinhas na minha coxa.

Ele não disse mais nada e eu também não insisti mais. A viagem foi calma. Calma de mais. Castiel está com este olhar desde que voltámos de Maiorca. Eu conheço-o, sei que algo se passa, que algo o preocupa e que não me quer dizer. 1 hora e meia depois chegamos a Lisboa e ensino-lhe o caminho para o meu bairro. O BMW para e fito o edifício alto á minha frente. Suspiro, ganhando coragem para tocar á campainha. Inspiro fundo e toco.

(...) Chegaram a Lisboa no fim da tarde, na hora em que a suavidade do céu infunde nas almas um doce pungimento (...)


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Notas finais do capítulo

Ui como será que a familia da Lake vai reagir á gravidez? O que tanto preocupa Castiel? Rosalya em Nova Iorque?

Até ao próximo capitulo ♥
Ladylake~



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