I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 61
2ªTemporada- Julguem-me


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores, eu peço imensa desculpa pela longa demora. Foram 26 dias eu sei e espero não voltar a acontecer. O carregador do meu computador morreu de vez e tive que andar á procura de um que servisse, coisa que não acontecia. Como um pedido de desculpas, este capitulo for maiorzinho então espero que gostem ♥



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Só tinha o mar como companhia. Abraçava os meus joelhos sentada na praia ás tantas da madrugada porque não tinha sono. Estava perdida nos meus desvaneios, apenas ouvindo o barulho das ondas do mar. A brisa fresca do mar refrescava-me de tal forma que me arrepiava. Estão todos a dormir nas suas tendas faz tempo…

 

P.O.V. Ladylake Off

P.O.V. Kentin On

—Não devia de ter bebido tanto guananá…. –sussurro comigo mesmo dando o laço nos calcões de banho.

Paro quando a vejo, sentada na areia abraçada ás pernas, quieta. Apenas a brisa do mar faz os seus cabelos dançar levemente. Solto um pequeno sorriso ao ver as suas nádegas cheias de areia e aproximo-me.

—Insónias de novo? –pergunto e ela olha-me surpreendida.

—Já se tornou um hábito –responde colocando uma mecha atrás da orelha_ E ainda por cima, a Rosalya ressona…

—Posso dizer a mesma coisa do Nathaniel –brinco e ela ri.

 

P.O.V. Kentin Off

P.O.V. Ladylake On

 

(… na manhã seguinte…)

 

 

—Bom dia belas adormecidas! –sinto água a cair-me no rosto_ Dormiram bem?

—Foda-se Armin! –resmungo junto com Kentin, deitado ao meu lado.

—Não tinhas outra ideia menos molhada de nos acordar? –pergunta Kentin se levantando. Porque é que eu pensei porcaria?

Limpo a cara á camisola e acabo por me levantar também. Sinto uma pequena pontada na barriga e faço uma careta. Sarah me olha.

—Dor de TPM? –pergunta me entregando um pacote de sumo natural e pão com manteiga.

—Provavelmente –pego_ e já vem atrasado.

—Bom dia meninas! –Sophie vem cumprimentar_ dormiram bem?

—Kind Of (mais ou menos) –respondo bebericando um pouco de sumo.

—Insónias de novo? –pergunta Sophie e eu acento. Sarah me olha séria…

—É sinal de gravidez… Já vou Max! – responde gritando ao moreno_ Tu vê lá…

Sarah caminha em direção a Max, deixando-me sozinha com Sophie que me olha branca.

—Do que ela estava a falar? –pergunta se aproximando. Eu baixo um pouco a cabeça.

—Nada, não te preocupes. –sorrio fraco.

 

 

(…)

 

 

Todos se divertiam na lagoa. Kentin mandava água contra Kira e ela devolvia pior ainda. Armin cuspia água na cara de Alexy e o azulzinho jurava por tudo que um dia ainda o afogava. Nathaniel ficava longe da confusão e mantinha-se á sombra lendo um livro em cima de uma toalha. Eu aproveito para apanhar sol junto com Angel e Rosalya. Este sitio é lindo e o bafo quente das 11 horas da manhã fazia-se sentir na pele, queimando.

—Adoro esta sensação –diz Rosalya deitada na toalha apanhando sol com os seus óculos estilosos.

—De sossego? –pergunta Angel colocando o seu longo cabelo escuro para trás.

—De relaxamento –rebate_ está-se tão bem aqui, a manter o bronze, sem pais, sem preocupações, sem a agitação da cidade…

—Bem podes dizer – ri Angel_ e tu Lake? Praia ou cidade? Lake!

—Han? Desculpa estava distraída –retiro o olhar do ruivo, que sai da água como se estivesse num anúncio para a Calvin Klein.

—Praia ou cidade? –volta a perguntar.

—Cidade, gosto de movimento. No verão, depois de tantos dias de férias começa a ficar aborrecido. E claro que o calor insuportável também não ajuda… -respondo finalmente_ Vou dar um mergulho, alguém vem?

—Eu vou –levanta-se Angel.

Angel empurra-me enquanto corre para água e começamos a rir que nem doidas. Mando água para ela e ela para mim como fazíamos quando éramos miúdas nas férias de Verão no Algarve. Bons velhos tempos…

 

 

(…)

 

 

Saio da água torcendo o cabelo para retirar o excesso de água. Á minha espera, estava a minha toalha e uma Coca Cola fresca em cima da mesa na varanda. Subo os degraus enquanto as pingas de água salgada se apressavam a cair do meu corpo para o chão. Pego na minha toalha e seco-me, bebendo de seguida um golo de refrigerante. Voltamos para casa á 1 hora atrás. Temos que voltar a repetir o acampamento na lagoa.

—Jesus Christ assustaste-me –coloco a mão no peito assim que vejo Castiel me encarando junto da porta_ O que queres?

—Vim ver como estavas… ouvi a conversa entre ti e a Sarah de manhã –responde.

—Agora deu-te para ouvires as conversas dos outros? –pergunto sarcástica secando o cabelo.

—Andas com dores? –pergunta se aproximando ignorando por completo a minha pergunta.

—Vou tomar banho –acabo de beber e pouso a garrafa. Passo por ele, mas Castiel me prende pelo pulso e me joga na parede.

—Não volto a perguntar –sussurra.

—Nem eu a te responder –devolvo olhando-o nos olhos.

—Está tudo bem por aqui? –oiço uma voz perguntar. Olho para o lado e o moreno de olhos verdes nos encara de sobrolho franzido.

—Está tudo bem Kentin –me solto_ ele já se ia fazer o jantar, não é Castiel?

—Se precisares de ajuda ai com esse animal avisa que eu estou lá dentro –provoca Kentin sorrindo.

—A quem é que estás a chamar de animal seu filho de uma… -seguro Castiel antes que partisse para cima de Kentin.

—O que se passa aqui? –pergunta Lysandre, segurando no Kentin que estava prontinho para dar uma surra no ruivo.

—Foi esse filho de uma cadela que se anda a intrometer entre mim e a Lake! Não te metas! Ela não te quer iludido! –grita Castiel que quase se solta dos meus braços.

—Não é o que parece –Kentin sorri_ Aceita que perdeste! Ela vai acabar por abrir os olhos e ver que tu nunca a vais conseguir fazer feliz! Eu não lhe viro as costas ao contrário de ti!

—Acabou!!!! – grito metendo-me no meio_ A partir de agora sou a Suíça okay?!? Ninguém me diz com quem é que eu devo ou não de ficar! Nos estamos de férias pelo amor de Deus! Se eu quiser estar com o Kentin, eu estou –viro-me para o ruivo que me olha fulo_ e tu não provoques! –olho no moreno.

Kentin se solta dos braços de Lysandre e Nathaniel e vai para dentro. Castiel segue na direção contrária e desaparece na costa uns minutos depois. Eu suspiro, irritada, farta até á ponta dos cabelos e olhem que eles são bem compridos. Entro em casa e subo para o quarto, fecho a porta atrás de mim e dispo-me. Eu preciso de um bom e demorado banho!

 

 

(…)

 

 

Saio do banho enrolada na toalha e suspiro. Que bem que me soube. Fecho os olhos e inspiro um pouco de paz e sossego. Está-se a passar tanta coisa na minha cabeça neste momento que é demais para mim. Eu preciso de deitar isto para forma de qualquer forma. Seguro na toalha para que não caia e vou até á minha mala de onde retiro o meu caderno e um lápis.

Alguém bate na porta mal escrevo a primeira palavra. Asério? Reviro os olhos. Levanto-me da cama e abro a porta segurando a toalha com força.

—Hey… -ele começa_ eu estive a pensar se… não quererias vir jantar comigo hoje, só os dois, para fugirmos um bocado á tensão e á confusão aqui em casa.

—Kentin…-suspiro_ Kentin eu não sei se é muito boa ideia depois da confusão de á bocado.

—Por favor, vais ver que não te vais arrepender –rebate_ eu quero me redimir depois da confusão que criei á bocado, não deve ter sido fácil. Eu pago –ri.

—Pronto okay –eu rio_ convenceste-me. Dá-me 15 minutos –peço e ele assente.

Okay não foram 15 minutos. Foram 25. Estive quase os 15 minutos que tinha planeado inicialmente só á procura de algo decente que não fossem calções, t-shirt ou tops. Acabo por vestir um vestido longo que mostra a perna e uns saltos altos simples. Faço uma maquilhagem básica, apenas focada no batom vermelho e no delineador preto.

Saio do quarto assim que estou pronta. Fecho a porta e percorro o corredor para descer as escadas até lá abaixo, quando oiço passos a subirem os degraus.

—Isso tudo é para mim? –pergunta o moreno de olhos verdes me encarando de cima a baixo.

—Queres que eu troque? Dá-me 5 minutos que eu visto uma t-shirt velha, uns calções rotos e calço umas havaianas –cruzo os braços.

—Já me calei –levanta os braços como sinal de rendição_ Vamos indo antes que o restaurante fique cheio.

Assento para o moreno e desço as escadas junto com ele. Todo o mundo no olha assim que chegamos perto. Rosalya franze a testa com um ponto de interrogação gigante no meio da testa.

—Nós vamos jantar fora –Kentin começa_ Não sabemos a que horas voltamos.

Ele finaliza colocando a mão á volta da minha cintura. Kentin!!

Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha e olho para o chão sem ter coragem de olhar para os meus amigos.

—Okay… vão lá –Angel está confusa também e nos encara de celho levantado.

Nesse momento a porta abre e o meu coração para. Um longo arrepio percorre todo o meu corpo desde a ponta do pé até ao pescoço e sinto uma sensação estranha. Ganho coragem e viro a cabeça, olhando por cima do ombro. O ruivo me encara de sobreolho carregado e de maxilar cerrado surpreendido certamente pela imagem á sua frente. Kentin lhe olha também e dá-me um leve toque na cintura como um sinal.

—Vamos? –pergunta sussurrando. Eu desvio o olhar de Castiel.

—Sim vamos indo –respondo_ estou cheia de fome, tenho o estômago a dar horas.

Caminho em direção á porta e passo por ele sem dizer nada, nem mesmo uma palavra ou uma leve troca de olhares por mais pequena que fosse.

 

P.O.V. Ladylake Off

P.O.V. Castiel On

 

­_Vocês viram? Vocês todos viram! –aponto para a porta de onde acabou de sair a mulher que me faz tremer as pernas e bater o meu coração_ Ela está nem ai! Ela adora isto! Ela adora brincar com nós os dois!

—Castiel... para –Rosalya pede_ não dramatizes, eles vão apenas jantar.

—Não dramatizo? Asserio Rosalya não dramatizo? É a única coisa que te veio á cabeça para dizeres ao teu querido irmão? –pergunto irónico.

—Toda a gente sabe o que vai acontecer naquele jantar –rebate Nathaniel. Sophie lhe dá um encontrão no braço e todo o mundo fuzila o loirinho.

—Nathaniel… -Lysandre repreende.

—Não Lysandre, é verdade! Pela primeira vez na vida estou de acordo com esse idiota cabelo de milho. Toda a gente sabe o que vai acontecer naquele jantar, e eu não vou estar aqui para ver…

 

P.O.V. Castiel Off

P.O.V. Ladylake On

 

—Estás bem? –pergunta Kentin. Eu desvio o olhar do mundo lá fora e olho nele, que vai retirando os olhos da estrada de vez em quando para me fitar com um sorriso fraco nos lábios.

—Sim… -respondo sem motivação nenhuma. Aposto que não fui nada convincente.

—Não acredito nem um pouco –responde.

—Eu só… -suspiro_ eu só gostava de não o ter visto…

Kentin não diz nada. Apenas cerra um pouco o maxilar e tenta disfarçar o incómodo.

—Estamos quase a chegar –acaba por dizer.

 

 

(…)

 

 

O restaurante é lindo, disso eu não me posso queixar. É baseado em vermelho, castanho e outros tons escuros que dão um certo ar ao sitio. Tem espelhos enormes nas paredes e sofás confortáveis em vez de cadeiras que fazem doer as costas depois de meia hora. Já tínhamos pedido as entradas e o pão de alho e o camarão não tardaram a vir.

Pela primeira vez na vida, pedi vinho, algo que os jovens de hoje em dia não apreciam de maneira nenhuma ao jantar. Encho um pouco o copo e cheiro o liquido avermelhado dentro do mesmo.

—Cheira a fruta –observo e beberico um pouco_ Não sabe àquele vinho amargo que o meu avô bebia á refeição quando eu era pequena.

—Eu disse que ias gostar –Kentin beberica o seu sem tirar os olhos de mim. Eu sorrio um pouco sem jeito.

Olho para o lado e aprecio o espaço em si. O meu olhar para no pequeno palco no canto do restaurante que passa despercebido quando se entra. Abro um pouco a boca e engulo em seco molhando os lábios.

—Estás danadinha para subir, ou estou errado? –pergunta o moreno com cara de gozo.

—Estão a montá-lo… -sussurro sem retirar o meu olhar do banco á frente do microfone, onde uns homens estão transportando e a montando coisas.

Os pratos chegaram e eu esfrego as mãos de contente. Tem um ar tão apetitoso. Um homem sobe ao palco e bate levemente no microfone fazendo ecoar um leve zumbido que chama a atenção a todas as pessoas no restaurante.

—Su atención por favor. Nuestra noche comenzará dentro de minutos.

Um rapaz sobe ao palco de seguida e apresenta-se. Aproxima-se do microfone e começa a cantar.

“Pablo Alboran- Quién”. Uma música que faz chorar até o homem mais forte. Aplaudi com lágrimas nos olhos quando o rapaz finalizou a última nota.

—Porque choras? –pergunta Kentin sorrindo fraco.

—Tocou-me –respondo_ Choro com esta música.

—Nós não choramos por causa da música, mas sim do que ela nos faz lembrar –rebate as esmeraldas verdes me encarando, como se tivesse esta resposta guardada á horas.

—Verdade –beberico o vinho_ Esta música lembra-me que por muito más que as coisas estejam… o tempo cura tudo.

—O tempo… e as pessoas…. –sinto a sua mão passa de leve pela minha perna e dou um pequeno salto na cadeira.

Recomponho-me e molho os lábios um pouco constrangida. Nunca esperei que ele fizesse isto num sitio como este.

—Kentin… não faças isso aqui –peço olhando em volta e retiro a mão dele sem tentar parecer muito suspeito.

—Então vamos para um sitio onde eu possa –sorri com malicia e eu rio um pouco perdida_ Garçon!

Olho para o meu prato que mal toquei e rio com a situação toda. Kentin pede a conta e saímos do restaurante em direção ao carro. Entro dentro do mesmo e suspiro, quando uns lábios chocam com os meus fazendo com que eu feche os olhos instantaneamente, como um reflexo. O vinho está a fazer o seu efeito…

 

 

(…)

 

 

Entre gemidos abafados, mudanças de posição e beijos molhados ao longo do corpo… eu sentia-me bem. Julguem-me, julguem-me por o meu melhor amigo estar neste momento dentro de mim a dar estocadas como eu nunca vi ninguém fazer. Julguem-me por espalhar beijos e dar pequenas rizadas debaixo dos lençóis junto com a pessoa que realmente quer estar comigo. Julguem-me por amar um homem e estar neste momento a partilhar a cama com outro. Por favor, julguem-me….

(...) Touch me like you never did (...)


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Notas finais do capítulo

Ui ui! algo esquentou entre estes dois! Kentin ou Castiel? irão as coisas correr bem?

Até ao próximo capitulo e não se esqueçam de comentar ♥



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