I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 52
2ª Temporada- Casa...finalmente ♥


Notas iniciais do capítulo

oie lindos e lindas. Peço desculpa pela demora mais uma vez mas aqui têm o tão esperado capitulo uhu

"Ladylake, como será o reencontro?!"

Boa leitura ♥



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"You only hate the road when you're missing home 

Ladylake Storm 

 

 

(...Dois dias depois...)  

 

 

É hoje. É hoje que voltarei a ver toda a gente. 1 ano depois sem saber grande coisa de cada um dos meus amigos, eu voltarei a abraça-los como se não houvesse amanhã. Nem dormi a noite toda. Pensando em cada um deles principalmente no ruivo e na platinada. A saudade até sufoca. Levanto-me um pouco mais tarde. Em vez de acordar ás 07:00 como habitualmente, levantei-me ás 08:00. Pretendo estar em Portugal ás 15 e tal da tarde e em Vila Doce ás 16:00.  

Tomo uma ducha rápida e volto para o quarto para me vestir. Vamos voltar aos tempos antigos! Um par de leggins rasgadas, botas pretas e um top bem fixe que comprei em promoção. Maquilhagem básica de sempre e junto uns acessórios para finalizar. 

Arrumarei a minha mala depois, primeiro vou me despedir de todos na agência que trabalharam comigo este tempo todo e depois voltarei para me despedir de Sarah e Max para de seguida seguir caminho, rumo até casa.  

 

 

(…) 

 

 

Alguns quase que choram. Abraço Julius com força e ele faz festinhas no topo da minha cabeça. Abraço vários meus colegas que me acompanharam neste ano espetacular e olho em volta á procura de Daniel. Supostamente era para ele vir ter comigo aqui.  

—Good luck girl -diz Julius sorridente.  

Digo adeus a toda a gente. Cá fora do edifício, Machine espera-me dentro do seu carro descapotável. É ele que me levará até ao aeroporto e ainda não se conformou com a ideia de eu me ir embora durante 3 meses.  

Entro no carro e pego no meu celular. Decido mandar uma sms a Daniel.  

 

—Onde estás? Estou á tua espera. - Ladylake 

—Eu não consigo fazer isto. Desculpa maninha... -Daniel 

 

Suspiro, desiludida. Ele disse-me ontem á noite que vinha comigo. Bem... parece que vou sozinha para Portugal. 

—Está tudo bem? -pergunta Machine colocando a sua mão na minha coxa.  

—Vai ficar –sorrio fraco_ Vamos? Quero chegar o quanto antes a casa.  

Ele assenta e arranca, estacionando no parque de estacionamento da residência subindo comigo. Entro em casa e Sarah e Max nos recebem.  

—Não vás! -implora Sarah com beicinho_ Quem é que vai fazer compras comigo e contar fofocas sobre os famosos?? 

—Penso que o Max dá conta desse trabalho com uma perna ás costas –rio olhando para os dois morenos á minha frente. Machine também ri. 

—O que raio é que isso quer dizer? -pergunta indignado. Eu apenas respondo com uma piscadinha de olho.  

—Bem, vou arrumar as minhas coisas. Tenho um avião para apanhar e saudades para matar.  

Vou em direção ao meu quarto e Machine segue-me, fechando a porta por trás de mim. Abro o meu armário e começo a retirar a minha roupa para fora.  

—Não consigo imaginar como vai ser a partir de agora. Eu aqui e tu lá... -ele começa e eu o fito_ com ele.... 

Suspiro ao ouvir a frase "com ele...". Olho para dentro do armário em silêncio.  

—Tu sabes que este dia havia de chegar. Eu nunca me comprometi contigo... eu tenho outra pessoa em Portugal –respondo segurando um par de sapatos com as duas mãos.  

—Eu sei, e é isso que me custa mais... -ele se levanta_ Uma última vez –pede se aproximando.  

—Não Machine –empurro-o de leve_ Eu vou embora para resolver a minha vida, por favor não insistas.  

—Nem um beijinho no canto da boca? -faz beicinho. 

Eu sorrio, sem saber onde me enfiar de vergonha. Olha só a audácia desse filho da puta! Ele encosta os seus lábios no canto da minha boca e dá uma leve dentada. 

—Tu não existes mesmo –rio_ Vá agora deixa-me acabar de arrumar as coisas. 

—Yes Sir! -Machine amando-se para cima da minha cama e assim ficou. 

 

 

(…) 

 

 

Arrasto as mil e uma malas e chego á sala onde todos já me esperam de caras cinzentas. Sorrio gentil e abraço todos com carinho. 

—Ainda não entendi porque vocês não vêm comigo para Portugal, íamos todos de férias para qualquer sitio passar o Verão...ia ser um máximo -quase que sussurro triste.  

 _Nós ainda temos coisas para fazer aqui, mas prometo-te que passaremos parte das férias contigo numa praia paradisíaca contigo miga –Sarah chora, deixando-se levar pelas emoções.  

—Vou sentir a vossa falta –acabo por chorar também.  

—Está a ficar tarde.... -avisa Machine e eu assento pegando nas minhas malas. 

Doí-me despedir-me deles. Parece que me habituei á presença destas duas pessoas maravilhosas... mas está na hora de ir, e rever pessoas que fazem o meu coração bater. 

Machine coloca as minhas malas na bagageira e senta-se no lugar do condutor para arrancar em direção ao aeroporto. No caminho, ligo o rádio. Odeio silêncio. 

—Olha a nossa música!—dizemos em conjunto. No rádio passava "Player".  

 

Live life like if I want, I do 
If I want love, I get it, get it, I get it 
Fooled me twice, if I fall for you 
If I go there, forget it 

So you better stay up, player 
Yeah, you better keep up, player 
'Cause tonight is a game-changer 
So you better stay up, player 

Playing with fire, if I burn, you do 
If I hurt, you won't let it (you won't let it) 
Stacked my deck like I ain't gon' lose 
Like a victim, forget it 

So you better stay up, player 
Yeah, you better keep up, player 
Cause tonight is a game-changer 
So you better stay up, up, player 

 

Pouco tempo depois, estava em frente ao aeroporto. A movimentação era notável e a confusão instalava-se. Suspiro e encaro o tatuado que me encara da mesma forma.... triste e confuso.  

—Não queria mesmo que fosses... -sussurra_ já te considerava minha... 

—Nunca fui de ninguém -sorrio de leve_ não é o meu forte viver sob a sombra de uma pessoa. 

—Tu entendes te o que eu quis dizer.... -ele se debruça sobre o volante_ vai la antes que eu mude de ideias e volta para trás. 

Dou um beijo e um grande abraço a Machine. Foi a primeira pessoa que conheci aqui e fez-me um bem danado neste último ano. Sei que voltarei daqui a 3 meses quando o Verão acabar mas mesmo assim, sei que não me vou esquecer deste doido.  

Pego nas minhas malas e sigo para dentro do aeroporto. Não me atrevo a olhar para trás onde provavelmente Machine me olha com um olhar vazio.  

Pago o bilhete e entro no avião. Sento-me no meu lugar e espero ansiosamente que o avião parta. Casa aqui vou eu!  

 

 

(…) 

 

O avião finalmente pousou. Pego nas minhas coisas e saio a correr para fora do avião onde passei as últimas 6 horas sentada esperando freneticamente a sua chegada a Lisboa. Arrasto a minha mala com pressa. Porquê? Porque alguém muito especial já me espera á frente do aeroporto.  

—Lake! -alguém me chama. Esta voz... 

Viro-me e enxergo o moreno de olhos verdes mais lindo do mundo. Largo as malas e corro até ele que me abraça com uma força sobrenatural. As lágrimas são incontrolaveis. 

—Estás diferente, estás mais crescida! Já nem pareces aquela coisa minúscula de 17 anos de que salvei de um atropelamento á 2 anos atrás -diz, pegando-me pelos ombros e olhando de cima a baixo.  

—19 anos –dou uma voltinha_ não é para todos.  

—Estás linda –ele dá um sorrisão. 

—Tu também estás um borracho –brinco_ mas me conta coisas, eu quero saber tudinho!  

Entramos para o carro com destino a Vila Doce. Kentin contava-me as suas novidades e eu contava as minhas. Contei sobre o Machine, a Sarah, o Max e o meu irmão. Ele ficou surpreso, realmente fui muita coincidência. 

Falei sobre a iniciação da minha carreira na música e ele disse que todo o nosso grupinho de amigos já tinha ouvido pois Rosalya mostrou a toda a gente. Kentin também me contou que Castiel e Lysandre estão a trabalhar num álbum de música que está quase pronto. Contém covers e músicas mesmo feitas deles, confesso que estou curiosa em ouvir.  

—Aposto que queres que te deixe em casa de Castiel –diz compreensivo. 

—Sim... por favor –respondo, já tremendo. Segurando o meu celular com força.  

O BMW para em frente da porta e o meu coração dispara. Que nervos, sinto o estômago ás voltas parece que vou vomitar. Kentin me ajuda com as malas e eu abro o portão da frente para subir as pequenas escadinhas que dão acesso á campainha. Toco e espero quase tendo um ataque cardíaco. 

—Eu vou Gwen! -oiço uma voz feminina dizer. Rosalya!_ AAAAAAAAAAAAA! 

Foi a melhor receção que já tive. Os seus braços fininhos e frágeis puxam-me para dentro de casa num abraço fortíssimo e cheio de saudade. As lágrimas caem do meu rosto e do dela e juntam-se nas nossas bochechas coladas uma á outra.  

Caímos redondas no chão e assim ficamos coladas uma á outra como se não houvesse amanhã. E nas nossas cabeças neste momento não existe.  

—Vocês fiquem ai. Eu vou trazendo as malas para dentro, quando terminarem avisem tá? -oiço Kentin dizer divertido.  

—Que gritaria é esta...? Menina Ladylake! -Gwen aproxima-se contente_ Não avisou que chegava hoje. 

—Quis fazer uma surpresa –devolvo abraçando-a_ Tive tantas saudades....  

—Nós também tivemos muitas saudades tuas –Rosalya sorri meiga, abraça-me de leve e dá um beijo no meu rosto.  

—Rosalya... onde ele está? -pergunto quase sussurrando. 

—Estou aqui.  

Viro-me ao ouvir a voz rouca que me assombra os pesadelos durante a noite. Na minha cabeça já ecoava Darko-"Until The Morning Comes" ao fitar os olhos cor cinza que me encaravam de um modo estranho. Mortos, mas o seu peitoral transmitia nervosismo pois elevava-se várias vezes por segundo.  

—Vou-vos deixar tranquilos –Rosalya subiu, me dando um até já. 

—E-Eu vou acabar de fazer o bolo. Quer cobertura de chocolate menino Castiel? -pergunta Gwen.  

—Sim, por favor –responde, sem tirar o olhar do mundo.  

Gwen também sai e desaparece no corredor que dá acesso á cozinha. Inspiro e expiro nervosa, sem nunca desviar o olhar. 

—"Por favor"? Deves estar doente -começo, dando um leve sorriso.  

—Fizeste boa viagem? -pergunta rápido e frio, cortando-me as palavras. 

—Fiz, por acaso fiz –respondo_ estava ansiosa por voltar. Tive saudades de todos. 

—Estás diferente –rebate. 

—Tu é que dizes " por favor" e eu é que estou diferente? -rio_ também tive saudades tuas....  

Um silêncio paira durante alguns segundos.  

—Muita coisa mudou desde que te foste embora lá para o estágio. Cada um exclusivamente. 

—Eu não tive nenhuma relação com o Machine Gun –olho-o bem fundo.  

—Não quero saber disso para nada –ele passa junto ao meu ombro dando-me um encontrão no mesmo, seguindo em direção á porta_  o teu quarto está ocupado. Dorme com a Rosalya se quiseres, isso não é problema meu. 

Castiel sai, batendo com a porta, deixando-me a olhar para o chão a remoer de raiva. Eu sabia que ia ser assim, não esperava uma receção diferente desta.  

Oiço pequenos espaços e vejo Gwen encostada na parede limpando as mãos ao avental. Ela me olha e sorri de leve.  

—Dê-lhe tempo. Ele ainda está muito chateado –aconselha e eu assento triste_ Quer-me ajudar a fazer o bolo?  

—Fica para o jantar Gwen, vou matar um pouco saudades de tudo primeiro –respondo. Ela assente e eu subo com as minhas malas.  

Passo pelo quarto e pouso as malas no chão. Quem é que estará aqui? Abro a porta e adentro. 

—Castiel emprestas-me uma...? Olha quem chegou –ela me olha. Não. Ela não!  

—O que raio é que tu fazes aqui?! -quase que grito.  

—Isso pergunto eu –Debrah me olha feio_ O que raio é que estás aqui a fazer, modelozinha da treta? 

Eu nem respondo. Bato com a porta e sigo acelerada em direção ao quarto de Rosalya deitando fumo pelas ventas. Abro a porta e ela dá um salto na cama com o susto.  

—Explica-me... o que é que aquele.... ser humanozinho asqueroso e nojento está a fazer no meu quarto –tento falar com a maior calma possível.  

—Acho que é melhore sentares-te –Rosalya fecha o livro e me olha. 

—Eu não me quero sentar! Eu quero aquela galdéria fora dali! -grito stressada.  

—Senta-te –ela pega na minha cintura e senta-me junto dela. Eu respiro fundo_ ele voltou para ela.... 

Foi uma faca no coração. Um aperto surge como aquele que senti á 3 meses atrás.  

—O quê? -deixo uma lágrima cair_ Não... ele... ele não pode Rosa.... 

—Ela está cá á cerca de 1 mês e meio. Ocupou o teu quarto porque Castiel pediu. Claro que eu disse que não, mas tu sabes como ele é.... 

—Eu voltei por causa dele... -fungo_ por todos aqui nesta casa mas, mais por causa dele –limpo as lágrimas_ posso dormir contigo hoje? -mudo de assunto.  

—Sim claro –ela acaricia o meu braço_ ele ainda te ama Lake... eu aposto que ele não deixou de pensar em ti um segundo que seja.  

—Mas voltou para ela, tem aquela... pessoa no meu quarto, na cama que era minha... 

—Ele está perdido, e com esta vinda repentina tua ele.... ele não soube como reagir... 

Sorrio sarcástica e deixo-me cair para trás resmungando. É melhor meter na cabeça, vão ser longos dias.... 

(...) Eu nunca sigo conselhos, e fui assim que fiquei tão magoada desta vez (...) 

 


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Notas finais do capítulo

Que receção hein! Debrah lá em casa? promete barraca! Como ficarão as coisas por ali?

Até ao próximo capitulo ♥



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