I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 45
Despedidas (Final da 1º Temporada)


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! último capitulo da 2ª temporada então espero que gostem! foi feito com muito amor e carinho ♥

Boa leitura



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(… 2 meses depois...) 

 

—Hey, Lake! Estás a ouvir-me?  

Pisco os olhos acordando do transe e olho na platinada sentada á minha frente.  

—Desculpa estava distraída -abano a minha bebida_ estavas a falar do que mesmo?  

Ela ri, cruzando os braços em cima da mesa e deitando a cabeça em cima dos mesmos.  

—Eu desisto.... -finge que chora_ Não adianta. 

—Desculpa, estava a pensar noutra coisa... -sussurro olhando para a bebida.  

—No meu irmão? -pergunta e eu fito-a.  

—Não, nós não trocamos uma palavra desde aquele dia... -suspiro_ e estou bem assim.  

—Claro, e eu entrego presentinhos ás criancinhas no Natal –rebate.  

—Parece que vou ter que meter na cabeça que eu e ele... não dá -suspiro e beberico o refrigerante que já vai perdendo o gás. 

—Talvez vocês dois são um pouco... -ela para um pouco para pensar_ Iguais?  

Eu dou de ombros. Olho em volta, fitando o ruivo do outro lado do refeitório que conversa com Lysandre. Suspiro e desvio o olhar para a platinada.  

—Já sabes o que vais cantar logo para a festa final de ano? -pergunto.  

—Rita Ora -"I Will Never Let You Down" -responde.  

—Owen So sweet... é para o Lys-fofo? -brinco, mas ela faz cara feia.  

—Não, não é para o Lys-fofo – goza, fazendo caretas_ Doida varrida. E tu? Já sabes o que cantar?  

—Halestorm-"I Miss The Misery"… -respondo_ Depois do concerto vou para casa para arrumar as minhas coisas... 

Rosalya faz uma cara triste. 

—Sempre vais...? -pergunta e eu assento_ Que pena... 

—Não te preocupes, se eu não me der bem eu volto daqui a dois meses –sorrio_ e vais ver que passa num instante.  

Ela sorri de leve e acaba de comer, colocando os talheres numa certa posição. Pouco tempo depois, o sinal bateu e fomos para as aulas. Todos os meus amigos tentam passar o tempo comigo pois sabem que me irei embora não tarda muito. Castiel não sabe de nada, pedi aos outros que guardassem segredo e que deixassem que fosse eu a contar quando achasse o momento certo.  

Pena que esse momento não aconteceu. Depois de acabarmos tudo naquele dia, nunca mais nos falámos. Esta cada um para o seu canto e só falamos quando são coisas urgentes em casa. Nunca admiti faltas de respeito muito menos que me comparassem a uma vadia que a única coisa que sabe fazer é estragar a vida dos outros.  

Se eu vou ter saudades dele? Claro que vou. Não deixou de ser uma pessoa importante para mim e por mais que me magoe deixá-lo desta forma, de uma maneira tão cruel, eu não posso abdicar desta oportunidade. Vai-me custar. Vai-me matar por dentro todos os dias em que acordar e me olhar ao espelho, mas há sacrifícios que temos que fazer na vida que não podem ser impedidos. 

Ele vai-me odiar para o resto da vida dele. Mas eu preciso de sair daqui, conhecer pessoas novas e pensar. Pensar no que quero, porque neste momento... 

Eu amo o Castiel como nunca amei ninguém na vida, mas há algo no Kentin que eu não sei explicar. Algo que me impede de me afastar dele ou de sentir borboletas na barriga quando ele está a centímetros de mim. Estes meses fora vão me fazer bem, tenho a certeza disso.  

 

(…) 

 

Está na hora do show. Todas as turmas do 11º e do 12º ano se juntaram no auditório para assistirem ao espetáculo. Resumindo, pelo menos um aluno de cada turma irá cantar uma música á sua escolha. Quem ganhar, irá receber um pequeno troféu e um cheque de 1000 euros.  

—Nervosa? -pergunta o azulzinho dando-me um leve encontrão.  

—Um pouco sim, nunca cantei para tanta gente –respondo suspirando_ vai ser uma estreia.  

—Vais ver que arrasas com toda a gente! -sorriu.  

O espetáculo decorreu normalmente. Havia gente muito boa nas outras turmas, vai ser difícil ganhar. Chegou a vez da nossa turma e Rute subiu ao palco para cantar K.O. - Pabllo Vittar . A seguir foi Rosalya que cantou Rita Ora –I Will Never Let's You Down". Eu fui a seguir. Respirei fundo e subi ao palco. Puta merda tanta gente, vai-me dar uma coisinha má aqui em cima. A música começou a dar e aproximei-me do microfone para cantar... 

Ohhh, I miss the misery! 

I've been a mess since you stayed, 
I've been a wreck since you changed, 
Don't let me get in your way, 
I miss the lies and the pain, 
The fights that keep us awake-ake-ake 
I'm tellin you! 

I miss the bad things, 
The way you hate me, 
I miss the screaming, 
The way that you blame me! 
Miss the phone calls, 
When it's your fault, 
I miss the late nights, 
Don't miss you at all! 
like the kick in the face, 
And the things you do to me! 
love the way that it hurts! 
don't miss you, I miss the misery! 

 

Todos aplaudiram assim que acabei de cantar. Agradeci e sai do palco. No caminho, Castiel e Lysandre já se apressava para subir. Senti o seu olhar me espetar por trás e um aperto surge no meio peito. Volto a sentar-me ao lado de Alexy um pouco abalada.  

—Foste ótima! O prémio é teu de certeza! -sorriu.  

—Eh.... talvez...  

Castiel e Lysandre começaram a fazer os acordes da sua cover. Á medida que ouvia ele a cantar mais o aperto aumentava e se tornava mais difícil de respirar. Cantava de uma forma que nunca vi ele cantar. Como se a letra da música fosse exactamente o queria dizer. Chegou a um certo ponto em que já não aguentei mais e levantei-me com os olhos carregados de lágrimas e dirigi-me ao banheiro feminino. 

Respiro fundo e soluço algumas vezes tentando controlar o choro. Oiço alguém bater na porta e limpo as lágrimas rapidamente.  

—Estou bem! -digo passando a mão pelo rosto.  

—Tu não me pareces bem. 

A voz rouca surge. Abro a porta do banheiro e vou molhar a cara.  

—Não tens nada a ver com isso –respondo_ Só me senti mal.  

—Eu estou preocupado! Podias ao menos mostrar-te grata por isso! -devolve o ruivo.  

—Fala baixo! Estás no banheiro feminino não te esqueças -argumento. 

Vejo o seu maxilar cerrar e a sua expressão ficar séria e zangada. 

—Vai fazer essa cara de mau pro raio que te parta! Vai ter com a Debrah, pode ser que ele se mostre mais grata por te ter na cama dela...  

Saio do banheiro sem dizer mais nada. Passo por ele que nem furacão e volto para perto dos meus amigos.  

—Onde foste? -pergunta Sophie. 

—Senti-me mal, fui até ao banheiro –respondo. 

—Depressa! Eles vão anunciar o vencedor! -diz Rute.  

Vejo a Diretora subir ao palco e pegar no microfone. Que bom ver esta velha pela última vez.  

—Os vencedores são....... Castiel Miller e Lysandre Moon do 11ºB! 

Todos batem palmas. Fico feliz por eles, e mais por ter sido alguém da minha turma, e AINDA mais por não ter sido a Debrah. Ela é boa, mas aposto que se ganhasse o cheque, andaria a vangloriar-se pelos corredores para sempre.  

O show acabou. Saímos todos do auditório e despeço-me dos meus amigos. Vou ter muitas saudades de todos.  

—Não te esqueças de nós hein puta... -chora Sophia. 

—Nunca suas doidas –devolvo.  

Sigo com Rosalya e Kentin para casa. Kentin irá levar-me até ao aeroporto e assim aproveito para me despedir melhor. Subo as escadas e entro no quarto. Apresso-me para ir tomar e quando termino, volto para me vestir. Visto uma blusinha preta estilo tricotado e uns shorts azuis claros. Maquilhagem baseada em batom vermelho e delineador preto e deixo o cabelo solto. Calço uns All-Star vermelhos e coloco uns assessórios. 

Passaporte, bilhete de avião, 500$… acho que tenho tudo. Agora é só arrumar as malas e descer. 

 

(…) 

 

As malas estão prontas. As despedidas estão feitas e agora só me resta ir embora. Olho pela última vez para o pequeno quarto onde morei quase 1 ano. Conheci as melhores pessoas e fui recebida da melhor forma. Um nó forma-se na garganta e as lágrimas começam a inundar o meu rosto. Vá Lake, não sejas mariquinhas! 

Desço as escadas arrastando as malas atrás de mim. Kentin e Rosalya se levantam e suspiram com uma cara triste.  

—Que caras são essas? Até parece que vou e nunca mais venho –ri. 

—É quase isso... -diz Rosalya.  

—É só 1 ano, vai ver que passa depressa -abraço-a_ Cuida dele... 

—Sempre... -ela percebeu a quem me referia_ Volta depressa e diverte-te.  

—Não te preocupes, eu vou.  

—Preparada? -sorri Kentin. 

—Vamos nessa chofer –ri.  

 

(…)  

 

Já estamos no caminho á 15 minutos. A paisagem la de fora passa a alta velocidade formando uma imagem distorcida e eu suspiro. Pego no meu celular e ligo para ele... 

 

—Estou? -Castiel 

—Liguei para me despedir. Estou indo para o aeroporto. -Ladylake 

Han? -Castiel 

Estou indo para Nova Yorque. Ladylake 

—Porque é que não me disseste nada?! - Castiel 

—Porque deveria...? -  Ladylake 

Lake espera! - Castiel 

—Perdoa-me... - Ladylake 

 

Desligo a chamada e uma lágrima cai. Limpo a mesma imediatamente e fungo segurando o choro. O meu coração aperta bem forte e uma sensação de agonia me invade por completo.  

—Fizeste o que tinha que ser feito –fala Kentin entre dentes.  

—Eu neste momento já não sei o que é certo e o que é errado... 

Guardo o celular no bolso e respiro fundo olhando pela janela do BMW preto. Vários flashback's passam pela minha cabeça e desvio o olhar da rua.  

 

(…) 

 

—Vou sentir saudades tuas... -sussurra o moreno diante de mim.  

—Eu também...  

Abraço-o com tanta força que consigo sentir os seus músculos firmes e quentes por baixo da sua t-shirt branca. É como um irmão para mim..., mas um irmão que eu pegava com toda a fé num cantinho da escola ás escondidas.  

Pego nas minhas malas e dirijo-me para as bilheteiras. Vejo Kentin sair depois de um aceno de mãos e foco-me no que realmente ai vem. Eu ainda mal acredito que vou para Nova York para ser modelo. Só espero me sair bem.  

O meu avião parte daqui a 10 minutos então vou em direção ao mesmo para não me atrasar.  

—Lake!! -oiço alguém me chamar. Oh não, esta voz não... 

Olho para trás e vejo exatamente o que não queria.  

—Castiel... vai-te embora –digo arrogante.  

—Por favor não vás! -pede_ não me deixes...  

—É um pouco tarde para isso não achas? É tarde demais para pedir desculpa... 

Dou-lhe as costas mas ele me pega pela mão.  

—Se me amas... não entres naquele avião... 

Estou em choque neste momento. O meu coração parece que me quer saltar pela boca e faz questão que Castiel veja isso.  

—Eu não vou voltar atrás, de desculpas vivo eu. Esquece que eu existo... 

Solto-me bruscamente e pego nas minhas coisas. Tenho 5 minutos.  

—Eu amo-te!! 

Paro por uns segundos e em seguida viro-me encharcada em lágrimas.  

—Não é motivo suficiente... -choro ao ver o seu rosto de desespero diante de mim_ perdoa-me...  

Vou em direção ao corredor e entro no avião apressadamente. Procuro o meu lugar e sento-me. Que raiva!! Porque é que ele tinha que vir!?  

Suspiro pesado e olho na paisagem linda lá em baixo. Até daqui a 1 ano Vila Doce... 

 

(…)  

 

O avião pousa no solo e saio em seguida do mesmo. Espero a minha mala e assim que a vejo pego-a e saio do aeroporto. Chamo um táxi e dou-lhe a morada da rua. Oi Nova York!  

20 minutos depois o motorista para e explica que será difícil avançar muito mais devido ao transito. Explica também que a minha casa já não é muito longe, só mais uns quarteirões e chego lá num instante. Pago a viagem e agradeço. Saio do táxi e pego as minhas malas.  

Tento ao máximo não bater com as malas em ninguém. Credo como é movimentado, estou sufocando aqui. Passo por um montinho de pessoas ignorando completamente, mas um trecho de música me chamou á atenção.  

Curiosa, tento espreitar e ver o que se passa, quando um mocinho, acompanhado de alguns dançarinos de rua, começa a cantar.

Todo o mundo se chega atrás quando o rapaz começa a querer puxar alguém para dançar. Quando eu dou por mim, estou a ser puxada pelo rapaz para a frente de toda a gente. Os dançarinos de break dance dançavam a minha volta e eu, sem comparação nenhuma e eles, aproveitava o momento dançando os poucos passos que sabia.  

Eu sentia-me bem-vinda de certa forma. Enquanto ele me fazia rodopiar eu divertia-me como não me divertia á muito tempo. O rapaz acabou de cantar e todos bateram palmas incluindo eu. Respiro fundo tentando ter algum folego. Olho nas horas.  

—Merda é melhor eu me despachar... -digo entre dentes sussurrando. 

—Hey miúda -o rapaz toca no meu ombro_ és portuguesa?  

Eu fico a olhar uns segundos para o moço que acaba de pronunciar a minha língua perfeitamente.  

—Sou... Oh meu deus! Ladylake Storm –apresento-me_ Lake para os amigos.  

—Colson Baker –sorri_ Mais conhecido como Machine Gun Kelly (MGK)  

—Oh meu deus agora é que eu te reconheci –falo depressa_ Puta merda eu estou á frente de Machine Gun Kelly... 

—Vejo que trazes bagagem, passar férias? -pergunta.  

—Não, estágio de modelo –respondo_ Se bem que estou um pouco perdida... 

—Dá-me a morada, conheço Nova York como a palma da minha mão. 

Dei-lhe a morada e ele sorriu. Okay... 

—É perto da minha casa, vem.  

Segui-o pelas ruas de Nova York. Colson colocara um lenço na boca e um boné. Creio que seja para se camuflar. 10 minutos depois, ele para e me olha.  

—É aqui –sorri_ eu moro ao fundo da rua, que achas de amanhã te mostrar a Cidade Que Nunca Dorme?  

—Parece-me bem. Obrigada por me trazeres –devolvo o sorriso.  

—Até amanhã então. 

Depois de uma piscadinha de olho, Machine Gun vai embora. Aproveito e olho para o apartamento lindo diante de mim. Entro no mesmo e subo no elevador. 11º andar. Pego nas minhas chaves e abro a porta, mas algo me surpreende. 

—Opa –a rapariga á minha frente ajeita-se na toalha de banho. 

—D-Desculpa, eu não sabia que tinha mais gente a viver neste apartamento –digo meio atrapalhada.  

—Oi moçinha -aparece um garoto— Como foi a viagem? 

—Max! Sabias que vinha uma nova rapariga e não me disseste nada?? -rebate a rapariga diante de mim.  

—Devo-me ter esquecido –brinca o rapaz.  

—Arrgh que chato. Vem –ela me puxa pelo braço_ Vou te mostrar o teu quarto. 

Ela arrasta-me pelos corredores e abre uma porta que logo revela um quarto. Pera, erro meu, uma suite com vista para Nova York inteira.  

—Uau... -a minha boca abre-se num perfeito "0".  

—Eh né... -ela sorri_ Sou a Sarah Watson  –apresenta-se. 

—Ladylake Storm –devolvo_ podes chamar-me Lake.  

—Aquele engraçadinho lá fora é o Maxwell O´brien. Podes trata-lo por Max –sorri_ Vou-te deixar apreciar a vista e arrumares as tuas coisas, bem-vinda.  

Eu acento e Sarah sai alegre. Olho em volta do quarto e coloco as malas em cima da enorme cama. A vista magnifica de Nova York sobressai completamente. Bem, acho que é aqui que vos deixo. A gente vê-se daqui a uns meses, fiquem bem! 

(...) Odeio despedidas... (...) 


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Notas finais do capítulo

último capitulo! espero que tenham gostado! A segunda temporada só sairá daqui a uns tempos. vou aproveitar e fazer uma pausa.

Vejo-vos na 2ºtemporada ♥

Link do Max -http://cadeoleo.com.br/wp-content/uploads/2011/04/Barnes2.jpg

Link do trailer- https://www.youtube.com/watch?v=uJOuuPXBahM



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