I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 32
Síndrome de Estocolmo


Notas iniciais do capítulo

Antes de me atirarem as pedras eu posso explicar ^^" eu tive uns problemas pessoais e a minha escola começou de novoe tem sido uma bagunça completa. Agora a menina tem namorado :V e tem passado as tardes livres com ele em vez de escrever (eu sei que não é grande desculpa mas eu não andava com grande inspiração para escrever)

Boa Leitura ~



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"De quem é aquela sombra que me mantem refém? Estou aqui faz dias. De quem é este sussurro que me diz que nunca irei sair daqui? Eu sei que eles chegarão para me encontrar brevemente mas confesso que me acostumei a ti. Oh não...olha o que fizeste comigo...olha o que fizeste agora. Eu nunca irei se me continuas me prendendo desse jeito. Quem é esta louca que está segurando seu punho forte enquanto fala dos teus lindos olhos? Ela costumava cantar sobre ser "livre" mas agora mudou de ideias. Eu sei que eles estão chegando....mas a minha Síndrome de Estocolmo está no teu quarto....sim, eu me apaixonei por você...." 

 

É de noite eu acho. Está mais escuro do que o habitual e apenas a pequena luzinha de presença cai sobre mim. Tenho frio, fome e sono...mas não consigo dormir mesmo que queira. Meu tornozelo doí demais e o medo não me deixam pregar olho. Tenho tantas saudades de casa. A pesada porta de betão se abre e vejo Dylan entrar com algo na mão. Assustada, engulo em seco e olho para o lado fingindo que não vi nada. 

— Jantar para a minha princesa 

Dylan senta-se junto a mim do meu lado e estende para mim um prato com comida. Olho na mesma enojada e desvio logo o olhar antes que vomitasse a sandes que Derek me tinha dado ao almoço. Eu não vou comer isto. 

—Abre a boca – exigiu sério e eu neguei com a cabeça dizendo que não_ Tu fazes o que eu te digo uma vez na vida...?  

Sinto meu cabelo ser puxado para a frente fazendo-me embater com a boca no garfo que estava bem na minha frente picando os meu lábios.  

—Vais comer ou vou ter que te obrigar? - perguntou e a minha visão ficou turva. Lentamente, vou abrindo a boca aos poucos e o garfo que ele segurava entra completamente em contacto com a minha língua. 

—Eu odeio-te – meio que sussurro e olho nele com um olhar assassino 

—Eu sei que isso é mentira – riu_ Sabes o que é a Síndrome de Estocolmo? 

— É o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor- respondi confiante e direta_ Mas não penses que isso se pode aplicar a ti 

—Linda menina – sussurrou no meu ouvido_ Eu amo-te.......eu não vou deixar que nada nem ninguém te magoe ou te leve de mim..... 

Aquilo só podia ser brincadeira. Seus lábios beijaram meu pescoço e um arrepio atravessou a minha espinha numa velocidade incrível. Meu coração batia tão forte que queria saltar do peito de tanta adrenalina. O que se passa comigo? Dylan me desatou lentamente e eu pode finalmente mover as mãos. Seus lábios tocavam nos meus de leve, excitando-me de uma forma incrível e, agora com as mãos soltas, brincava com seus cabelos negros enquanto ouvia pequenos "hmm's" vindos dele. Meu corpo está pedindo desesperadamente por sexo, o que se passa comigo?!?!? Sinto meu corpo se elevar no ar e percebo que Dylan me carrega no seu colo enquanto que seus lábio frios como o gelo tocam no meu pescoço... 

—O-Onde me levas? - pergunto receando pela resposta 

—Já vais ver... - sussurrou 

Instintivamente, agarro-me no pescoço dele para não me desequilibrar e dou por mim fora das 4 paredes de onde não saí durante dois dias. Seus braços fortes e quentes me carregam contra o seu corpo enquanto caminha na direção de uma divisão escura, parece um quarto. Meu corpo é levemente tombado para trás e Dylan me deita com cuidado sobre a cama e me beija louco de desejo. Meio atordoada, retribuo louca, ainda sem entender porque raio eu estou tão excitada. Seus lábios gelados dão leves chupões no meu pescoço e eu olho em volta do quarto enquanto ele permanece ocupado me excitando, mas algo me chama a atenção. No chão do quarto, um pequena embalagem de plástico estava tombada com as seguintes letras á frente: E-C-S-T-A-S-Y. Ecstasy! O filho da puta me deu Ecstasy! Por isso é que eu estou tão excitada! Ecstasy é uma droga utilizada muito hoje em dia para estimular as pessoas para o ato sexual, mas, ao contrário do que se pensa, não é muito afrodisíaco....mas é realmente estimulador para meter duas pessoas debaixo dos lençóis por um bom tempo. 

Olho para todo o lado procurando por algo cortante, ou que seja capaz de magoar alguém tempo o suficiente para poder fugir daqui pra fora. Olho na mesa de cabeceira que se encontra ao lado da cama e pego na garrafa de vidro vazia com cuidado. Dylan está ocupado sugando e mordiscando meus seios que não se apercebe de que tenho a garrafa na mão, e, numa velocidade incrível, parto a garrafa na cabeça dele e empurro-o para o lado para poder fugir. 

—Ahh Sua Cabra!!!!!!  

Saí do quarto correndo como se a minha vida dependesse disso. Esta casa é um labirinto, nunca irei sair daqui a tempo! Entrei numa espécie de sala e peguei uma t-shirt cinzenta velha que estava estendida sobre um dos braços do sofá e vesti-a rapidamente. Os gemidos de dor de Dylan são a única coisa que oiço mas sei que não irá durar muito mais tempo, tenho que encontrar meu celular e ligar á policia e sair daqui o mais depressa possível. O som da porta do quarto abre-se e fecha-se logo de seguida de tal maneira com força que levantei 5 cm do chão com o susto.  

—Vem cá sua desgraçada!!  

Ele está tombando. Percebo pois oiço ele arrastar os pés. Isso é bom, ele não consegue correr o que me dá mais vantagem. Pelos vistos acertei em cheio com a garrafa. Vasculho por todo o lado a alta velocidade tentando achar meu celular e minhas roupas e quando acho o meu celular, vejo que está sem bateria. 

—Merda!!! - gritei furiosa e mandei o celular contra o chão de raiva 

—Te achei.... 

Olhei para trás depressa e tomei um susto quando vi Dylan nos limites da porta com sangue a escorrer pela sua cara com a voz fraca e um sorriso sinistro no rosto. 

—Eu vou te matar sua cabra! - falou arfando mas sério 

—Tens que me pegar primeiro 

Assim que dou impulso para ir para a porta, Dylan dá também na minha direção para tentar me pegar. Ele está fraco, então fui pondo várias coisas no caminho para impedir que venha atrás de mim. Abri a porta da rua e fechei-a rapidamente quando oiço um grito de dor vindo de trás, olhei e vi que tinha entalado seus dedos e mão na ranhura da porta. Fiquei olhando na mão e nos dedos dele por uma fração de segundos chocada. Abanei um pouco a cabeça para sair do transe, eu tenho é que aproveitar e sair daqui. Dou uns passos atrás e começo a correr sem olhar para trás. Eu tinha razão á pouco, é madrugada e o sol está quase a nascer. Está frio, e a única coisa que visto é uma t-shirt e consigo sentir tudo por debaixo dos meus pés pois estou descalça. Este sitio é enorme e está cheio de mato. Minhas pernas geladas pelo frio da madrugada tremem que nem varas verdes e os leves cortes provocados pelas ervas daninhas estão me a começar a doer. Chego ao fim da propriedade abandonada e vejo o muro feito de chapas de metal e as lágrimas vêm-me aos olhos de raiva. Tem 5 metros de altura e eu apenas 1,60 m como eu vou sair daqui??? 

—Ajudem-me!!!!! - berrei enquanto dava socos no muro_ Ajudem-me por favor.... 

Não vale a pena. Este sitio fica muito longe da civilização, ninguém me vai ouvir. Chorando de desespero, deixo-me cair no chão no meio das ervas e levo a mão á cabeça. Porque isto tem que me acontecer? Dylan não vai ficar preso por muito tempo, não tarda ele me encontra e me leva pro barracão de novo! Eu não quero voltar para lá! Eu quero e vou sair daqui! Começo a empurrar o portão velho com toda a força que tenho e deito o mesmo abaixo depois de muito esforço. Não penso duas vezes. Corro que louca para fora daquele sitio horrível e vou na direção da civilização o mais depressa que posso. Cansada de correr, paro um pouco na borda da estrada para recuperar o folego e verificar se ninguém vem atrás de mim. Estou exausta, não vou conseguir correr muito mais nestas condições. O sangue já chega aos pés e as minhas pernas estão a ficar dormentes por conta do frio. Estou gelada. De repente, um carro preto para a uns 100 metros de mim e vejo um rapaz sair de lá. Não o reconheço pois tem a cara coberta com uma balaclava preta que só deixa ver os olhos. O rapaz me olha e começa a correr na minha direção bastante apressado. Eles me acharam! Me levanto rápido e começo a correr de novo o mais depressa possível. Olho para trás e vejo que o rapaz deixou de me seguir então abrando um pouco o passo para me recuperar. 

—Eu preciso de descansar um pouco.... 

Entro dentro de um beco e ando de marcha atrás verificando que o rapaz de á pouco não me continua a seguir e vou arfando para ganhar folego de novo. Eu preciso mesmo de descansar. Controlo a respiração e fecho os olhos por um segundo mas abro os mesmo imediatamente assim que sinto alguém agarrar minha cintura com força. Assustada, me começo a debater. 

—Larga-me por favor! Por favor me solta! - me debato e as lágrimas inundam meus olhos num segundo  

—Calma! Sou eu! Lake sou eu!  

Aquela voz....olho nos olhos do rapaz que me segura e reconheço de imediato. Num movimento rápido, o rapaz tira a balaclava da cabeça e os cabelos vermelhos bagunçados pelos ombros surgem por minha maior felicidade. 

—C-C-Castiel? - nem falo direito de choque_ Castiel!!

—Estou aqui baixinha....estou aqui – sussurrou e num abraço forte, me acolheu nos seus braços quente 

—Eu tive tanto medo! - chorei enquanto o mantinha o abraço 

—Eu pensei que nunca mais te ia ver – fungou ele_ Não durmo á dois dias 

Lágrimas caem do meu rosto. Não de tristeza mas sim de felicidade por ele estar aqui, neste momento, num beco longe da civilização na cidade de Lisboa. Mas só uma pergunta me ocorre neste momento.... 

—Como me encontras-te? - perguntou ainda com a voz um pouco a tremer 

—Tu te esqueces-te que o nosso amigo Armin é hacker? Ele encontrou o sinal do teu celular e assim soubemos onde te procurar, mas todo o mundo ajudou – respondeu com um sorriso divertido no rosto 

—Nem acredito que vocês fizeram por mim... - sussurro com um sorriso no rosto 

—Mas fizemos – sorriu_ e agora vamos avisar a policia e depois vamos para casa, anda 

Sua mão pegou na minha e me saímos do beco. Castiel pegou no seu celular e digitou qualquer coisa no mesmo. Logo de seguida, o mesmo carro de á pouco aparece no meio da estrada e vem ao nosso encontro.  

—Me esconde – fui para trás das suas costas e me escondi atrás das mesmas que são largas, logo, eu com 1,60, sou facilmente escondida. 

—Calma – riu divertido_ Olha bem quem são 

Espreitei por de trás das suas costas e 4 pessoas saíram do carro, 3 raparigas e o rapaz de á pouco. As balaclavas pretas foram tiradas e poder ver os familiares rostos de alivio 

—Alexy? Meninas? - meus olhos se enchem de lágrimas e a minha visão fica borrada. Num movimento rápido, saio de trás de Castiel e vou a correr ter com eles para dar um abraço do tamanho do mundo. 

—Tivemos saudades tuas piringuete – disse Sofia  

—Não me faças isso de novo, apanhámos um susto enorme! - reclamou Rosalya e eu abracei-a forte 

—Me desculpem, assério... - funguei 

—E para a próxima, a menina não é para correr ouviu? 

Alexy bagunça meu cabelo com força e eu faço uma careta de desprezo total... 

—Não sabia que eras tu arrombado - brinquei

—O importante é que ela está aqui connosco, vou leva-la de volta para Vila Doce o mais depressa possível - Castiel passa sua mão na minha cintura e dá um beijo na minha bochecha de um jeito meigo 

—Sim leva-a o mais depressa possível, nós vamos avisar a policia , ponham-se a milhas daqui, nós vamos no carro dos pais depois – Rosa faz um carinho no meu braço e me dá um sorriso meigo 

—Mas....eles precisam de mim para descrever o gangue, e o sitio onde estava não? - perguntei 

—Não te podemos por mais em risco, vai com Castiel para Vila Doce, nós levamos a policia até ao sitio onde estiveste, temos o sinal do Armin, sabemos onde é - respondeu Rosa e eu assenti 

Corri para o carro e me sentei no lugar ao lado do condutor onde Castiel se sentou. São quase 07:00 da manhã, estou morrendo de fome e frio. Minha pernas começam a tremer e olho no Castiel com olhos de cachorra 

—Nós pensamos em tudo, não te preocupes 

O longo braço de Castiel vai no banco de trás e vasculha qualquer coisa rapidamente. Do nada, uma manta e um merenda mista com um suco de laranja aparecem nas minhas mãos. Me aconchego na manta e fecho os olhos.  

—Pronta para ir para casa? - perguntou irónico 

—É tudo o que eu mais quero neste momento.... 

O lindo som a motor de boa qualidade surge e sinto o carro arrancar por debaixo de mim. Não tarda estou em casa.... 

 

 

(…) 

 

—Chegámos 

Castiel abre a porta de sua casa e eu faço uma cara de ponto de interrogação. Porque ele me levou para aqui? Entro curiosa e olho em frente para o sofá 

—Mãe? - olho para o lado dela_Kentin??  

Vou a correr para eles. Aperto a minha mãe tanto que ela até nem consegue falar... 

—Tu estás bem meu amor? - perguntou olhando em mim enrolada na manta 

—Sim mãe, estou bem. Só preciso de um banho e de descansar um pouco 

—Estávamos todos muito preocupados contigo Lake – afirma Christina 

—Lamento muito 

—Não te preocupes, tens o teu banho á tua espera lá em cima – sorriu divertida_ Hoje ficas aqui  

—Mas... - comecei mas a minha mãe não me deixou terminar 

—Fica com ele hoje amor – ela aponta com o olhar para Castiel e depois me olha com carinho_ Sei que devem estar morrendo de saudades um do outro 

O único jeito foi sorrir. Despedi-me da mina mãe e de Kentin e subi com Castiel lá para cima. Não posso negar que estou exausta e que preciso de um bom banho.  

—Vou te buscar uma toalha... 

Castiel saiu e eu fiquei olhando o quarto com nostalgia. Caramba, á quanto tempo eu não entrava aqui, está tudo na mesma. O pequeno quarto continua pequeno e as cortinas continuam a deixar passar luz demais cegando-me. Tirei a velha t-shirt cinzenta e deitei-a para o lixo, nunca mais quero ver aquilo na vida. 

—Tens aqui a....  

Castiel trava completamente e fica olhando no meu corpo constrangido. Estou somente de lingerie mas isso neste momento não me incomoda. Seu olhar sério misturado com o rosto mais vermelho que seu cabelo é com certeza das coisas mais hilárias que vi na vida. 

—Para onde olhas? - pergunto divertida 

—Para lado nenhum – respondeu corado e colocou a toalha em cima da cama 

—Para onde foca o teu olhar? - sorri 

—No teu banho, vem aqui baixinha de meia tigela....

 

(...) E se eu pedir você vem? Te dou um espacinho na minha vida só pra você me fazer bem (...) 


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Notas finais do capítulo

Olha o amor rsrsr como iram as coisas correr daqui pra frente? Rosalya, Rute, Sofia e Alexy voltarão de Lisboa "bem"?

Até ao próximo capitulo >< ♥