Chego a casa e olho meu quarto. É a ultima noite que vou dormir na minha cama. No meu quarto. Amanhã pela manhã Lia diz que um motorista vai vir buscar as minhas caixas e que a mobília foi vendida junto com a casa. Ótimo.

Acalmo-me o suficiente para dormir, mas passa das duas da manhã. Acordo com as batidas na porta. O motorista usa um tom formal comigo e leva minhas coisas em minutos. O relógio diz que passa das três e eu estou longe de estar pronta. Tomo um banho longo e faço algo no cabelo e a maquiagem. Coloco o vestido dourado e saltos combinando. Quando termino só dá tempo de olhar uma vez no espelho e ouço as batidas na porta. Adrian está lá e seus olhos azuis incríveis estão arregalados.  Ele usa um smoking e ele parece um príncipe.

— Uau! Você está linda. – sinto corar.

— Obrigado. Você está bonito também. – ele me abraça. Olha pra mim por um tempo e sinto meu estômago oco. Ele se aproxima um pouco e por um instante penso que ele vai me beijar. Mas ele só se afasta. Passamos o resto do tempo só falando de coisas aleatórias até que chegamos. Tem uma coordenadora na porta.

— Sofia?

— Sim.

— Preciso que você entre em dois minutos use a porta da esquerda. Seu par já está lá. – balanço a cabeça. Olho pra Adrian.

— Vai lá eu vou me acomodar.

— Ok.

 Sigo pela porta lateral que está enfeitada com rosas brancas. Tem um pequeno corredor que está escuro. E então eu alcanço a luz. E Aléxis está lá.

— Que merda você está fazendo aqui? – pergunto antes que eu perceba. Estou com raiva, raiva por que ele me fez algo ontem, raiva por que ele me pressionou raiva por que ele é o único que sabe. Ele é um idiota Mas ele está paralisado, com os olhos arregalados. – Aléxis!

— Hey, pequenina.  – ele diz e se aproxima de mim. Ele está me olhando tão intenso e vindo para mim a passos tão lentos que me faz lembrar de um predador, merda! Se ele é um predador, ou sou uma presa? – Você está bonita. – Sua voz está rouca e profunda. E meu corpo treme quando ele me pressiona na parece e pressiona o seu corpo no meu. O- ow!

— O que você está fazendo? – pergunto em um sussurro. Ele está intenso. Me olhando nos olhos de um modo que me faz sentir calor. – Aléxis.

Ele abaixa e toma minha boca com a dele.Minha primeira reação é tentar empurra-lo, mas logo paro de pensar quando ele me beija. Ele é muito maior que eu e seu corpo está quente e é duro. Agarro-me a ele por que é só o que posso fazer, já que minhas pernas viraram geleia, e faço algo que eu nunca achei que faria em toda a minha vida eu o beijo de volta. Ele está me segurando apertado contra seu corpo.

Sua boca é macia e quente e quando sua língua sai e provoca a minha eu gemo. Ele aproveita e aprofunda o beijo, tomando mais de mim e me dando mais dele. Ele tem um gosto bom. Espere eu gemi? Para Aléxis? Não.

Suas mãos grandes estão na minha cintura e ele me beija ainda mais profundo quando me aproxima dele ainda mais. Eu gosto. Gosto do gosto da sua boca, gosto do jeito que ele me beija e gosto do seu corpo forte pressionando o meu. Eu não quero parar.

— Sofia? Aléxis? – ouço uma voz feminina no fundo. Isso me traz de volta. Aléxis está me beijando! Minhas pernas tremem, mas eu o empurro de qualquer forma.

— Merda! – Ele diz, parece que só sabe agora o que fez, ergo minha mão e pouso ela com força em sua face. Merda!  Encolho levemente quando olho para ele, ele está furioso, seu rosto está ligeiramente avermelhado por causa do tapa, mas eu não presto atenção, sua boca está inchada e ele está de perder o folego.

Merda! Talvez eu não devesse ter batido nele.

Dou um passo para trás,  eu sou uma idiota e se ele revidar ele tem todo o direito, mas isso não me faz sentir melhor.  Ele olha pra mim de um jeito que parece sentir meu medo, seus olhos se arregalam levemente.

— Eu...

— Vocês estão ai! Entrem! Estamos um minuto atrasados!

— O que? – pergunto mesmo que minha voz seja um sussurro. Ainda não sei por que Aléxis está aqui, pecaminosamente vestido de smoking. – O que ele tem haver com isso?

— Você não sabia? Ele é o filho do noivo.

— O que?

— Você não escutou? Eu sou o filho do noivo! Quem trouxe você, miudinha? Adrian? – ele diz, sua voz está cheia de raiva.

— Eu sou a filha da noiva! Idiota! - eu digo. Ele me beijou! Ele! E agora ele é que está com raiva?

— Hey! Eu não tenho tempo pra isso. Dê o braço pra ela! Entrem. - a mulher diz irritada e provavelmente confusa com a hostilidade. 

— O quê? – nós falamos, mas a mulher já está me empurrando para ele.

— Não! Espera...

— Pegue o braço dele querida.

— Moça... está cometendo um engano... moça...

A mulher não me escuta! No próximo instante ela está empurrando a nós dois para a entrada, eu ainda estou com os joelhos trementes e tenho certeza que eu estou corada de vergonha, e Aléxis está duro do meu lado, eu me recuso a olha-lo. E assim, nós dois juntos andamos em direção, a Edward, e atravessamos o tapete vermelho. As pessoas estão olhando pra nós e eu faço tudo pra ignorar isso, eu não sou boa com o publico. Como é que se lida com o casamento de sua mãe, depois de beijar o filho do noivo nos bastidores. Beijar não! Ser beijada! Meu coração ainda bate nas costelas e acho que se Aléxis não tivesse segurando meu braço eu teria saído correndo.

Edward está sorrindo para nós lá na frente. Ele está bonito. Ele é um homem bonito... Como eu não percebi a semelhança? Edward é uma versão mais velha de Aléxis!