A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 35
Afinal, você conseguiu o que queria não é?


Notas iniciais do capítulo

Boooooooom dia! Ontem eu não postei, essa autora está meio gripada, e estou me sentindo meio mal. Então qualquer coisa, qualquer errinho me desculpem, por que eu fiz a revisão do capitulo, mas como estou meio lerda pode ter passado algo.
Gente o que acharam desse? Eu estou meio triste. A história está rumando para o final : C
Minha indicação de hoje para musica. X ambassadors - unsteady
Beijinhos !



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— Sim. – digo puxando um jeans e uma camisa e colocando tênis. Não olho para ele. – Obrigada. – Digo. Mesmo que sua pena tenha me deixado humilhada.

— Não me agradeça.  

— Como é?

— Você ouviu. – ele diz friamente. - Para onde você e Lia estão indo?

— Não é da sua conta. – digo. Respondendo ao seu tom. Deixo de fora a parte que eu e Lia, não vamos para o mesmo lugar, ela pode ir ao inferno se quiser. Eu estou cansada. 

— Suponho que você tenha razão.  – ele diz.

— Olha Aléxis. Eu não sei o que você está fazendo no meu quarto. Ainda é meu pelos próximos cinco minutos! Então dá o fora! – ele aperta os olhos para mim. Deus! Eu estou sendo uma vaca. Eu sei.  Tudo que eu quero é que ele me coloque nos braços.

— Foda-se. – bem agora ele está com raiva. Ótimo. Alguém mais quer ficar com raiva de mim? Mas eu o provoquei. Ele anda em minha direção e eu desestabilizo totalmente. Quando suas mãos deslizam na minha cintura e me puxa para seu corpo duro eu estremeço. Engulo seco quando encaro seus olhos caramelos quentes. Deus! Eu quero empurrar ele. Ou trazer ele para mais perto.

— Me solta! – eu grito. Ele me dá um sorriso cínico que me deixa tão quente que sinto a umidade no meio das pernas.

— Diga-me pequena. Quando Adrian te beijou hoje o que você sentiu? – ele pergunta com raiva. Meu coração para. Ele viu. Engulo seco.

— Você viu... – sussurro.

— Sim, eu vi. Não era essa sua intenção? Ou você esperava que eu não visse?

— Não é assim. – digo tentando me justificar. Ele pensa que eu beijei Adrian!

— Não é? – sua voz fria me causa arrepios. – Me diga como é então pequena? Diz para mim que você não estava beijando ele quando eu disse para você que não o queria tocando você. Quando você concordou comigo quando estive dentro de você!

— Aléxis... – ele aproxima sua boca da minha eu lambo os lábios apenas por que não posso evitar.

— Eu deveria dar parabéns aos pombinhos? Ou só para você? – ele sussurra. Tudo parece ainda mais sombrio quando ele me olha assim. Eu não sei se sinto medo, ou fico excitada. – Afinal, você conseguiu o que queria não é?

— Aléxis. Escuta.

— Como você me disse outro dia? – ele inclina a cabeça como se estivesse tentando lembrar. – Ah, sim. Você não me deve nada. – Ele me solta de repente. E eu sinto a perda. O frio. À distância congelando minhas veias.

— Espera... – sussurro sentindo as lágrimas. Oh, Deus.

— Obrigado pelas fodas querida. Eu admito, nunca estive com uma virgem antes. Foi ótimo estourar sua cereja. Só que depois de um tempo. Eu fiquei cansado. – engulo seco. Ele realmente está dizendo isso?

— Você não tá falando sério.

— Não estou? Porra, nanica acorda. Posso ter qualquer uma por que eu ia querer justo você que não sabe o que está fazendo?

— Adrian disse que você era assim... Eu não queria acreditar. – ele me olha com mais raiva do que eu já vi ele me olhar.

— Seu precioso Adrian estava certo. Vá fique com ele, miúda. Vocês dois se merecem. – ele diz. Despedaça meu coração. Ele bate a porta do quarto e é isso. Saio pelos fundos. Da pior forma que podia ter sido. Deus! Tanta coisa podia ter sido diferente! Aléxis estava brincando comigo? Tudo aquilo não foi real? Droga! Lágrimas nublam minha visão e eu as obrigo a voltarem. Mal posso respirar pela segunda vez no dia.

Lia está ainda gritando por lá. Eu posso ouvir. Mas eu continuo andando para o ponto de ônibus. Quando finalmente eu entro no ônibus sigo para a parte baixa da cidade. Pego um quarto um hotel barato, e amanhã eu penso no que vou fazer a seguir. Quando finalmente deito na cama estreita e dura, passa da uma da manha. E então finalmente, finalmente eu choro.

Eu choro de soluçar. Eu choro com todo o fôlego que eu tenho como eu nunca chorei antes, eu estou chorando por que minha amizade de anos com Adrian acabou da pior forma possível? Por que Lia é a pior mãe da história do universo? Por que eu posso estar em um orfanato se ela decidir me ferrar? Por que eu sou uma sem teto? Não! Estou chorando principalmente por ele.

Eu nunca pensei que choraria por Aléxis.

Mas aqui estou eu chorando até o ponto de estar desidratada. Tudo que eu evitei por semanas está sob minha pele.

Eu estou apaixonada por Aléxis. Irremediavelmente.

Eu podia mentir, mas eu estaria mentindo a mim mesma. Talvez, minha paixão por Adrian tivesse sido algo de criança. Algo bobo e sem sentido. Por que, por Deus! Nunca doeu metade do que tá doendo agora. Não senti metade do que sinto agora. Não era a mesma coisa, eu tenho maldita certeza que nunca foi assim, desesperado e necessitado. Era algo. Algo que eu devo ter confundido. Por que eu sei agora como é estar apaixonada. E eu digo a vocês é uma merda.

Não se apaixonem.

Dói. É pesado. É difícil de respirar. E tudo por quê? Por nada! Ele pensou em mim como uma foda. Ele é cruel. Por que eu tinha que me apaixonar por alguém tão cruel? Oh, mais eu sabia não é? Desde o começo. E ainda eu assim não pude evitar. Aléxis sempre foi assim desde o inicio. Sempre. Eu sempre soube. Alguém consegue ver a ironia aqui? Eu me apaixonei por Aléxis, exatamente como ele é! Tudo ainda estava lá e ainda assim eu caí por ele. Eu caí feio.

E lembrar como ele olhou para mim?

Com desprezo.

Lágrimas fluem grosseiramente.

Que idiota. Eu me apaixonei por ele. Adrian tem razão! Eu sou uma idiota! O que eu estava pensando?

As lágrimas fluem até eu não eu não ter mais nada. É isso! Eu não tenho mais nada. Adrian pode até ter partido meu coração, mas Aléxis, ele tinha o poder de me quebrar e ele quebrou.  


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