A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 30
Estou quente.


Notas iniciais do capítulo

Vou falar do titulo, eu amo frio, mas Sofi está precisando de uma temporada escaldante!



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— Sim, isso. Vai me contar quem é?

— Oh, não é importante, Adrian, nós... Eu... Acho que nem existe um nós, então...

— Quem é esse ferrado? Qualquer um teria sorte em ter você.

— Não se preocupa com isso não.

— Promete que vai me contar se ficar serio?

— Claro. – digo, mas realmente sei que não vai rolar. Ele me abraça e beija minha testa e é nesse momento cronometrado por algum piadista que eu vejo Aléxis passar por nós; Ele está bravo. Eu posso dizer de longe.

— Hey! Mano! – Adrian grita e eu quase gemo em frustração. Ele passa os braços ao redor de mim como ele tem feito desde sempre, mas por algum motivo me parece só... errado dessa vez. Mas tenho certeza que é por que estou chateada com ele. Aléxis segue olhando o caminho que suas mãos fazem na minha cintura.

— E ai?

— Estive te procurando.

— Já vejo.

— Onde você se meteu? – ele aperta os olhos para mim.

— Ocupado.

— Ahã. – Adrian diz com malicia. Ele sorri. Aléxis não sorri de volta.

— Eu tenho que ir. – digo. Meu Deus! Os olhos caramelos de Aléxis me queimam. Eu me sinto totalmente exposta e meio nua quando ele me olha assim.

— Eu ti levo para sala.

— Não é necessário, Adrian. Nos vemos depois.

Eu saio de lá o mais rápido que posso. Meus ombros pesam uma tonelada. Mas, ao invés de pensar no quão estranho às coisas estão na minha vida eu me concentro na aula. Quando o sino toca para o final eu evito o estacionamento e vou para o ponto de ônibus, eu quase choro quando um ônibus passa em seguida. Estou longe e quinze minutos depois estou entrando na loja de cupcakes. Nina simplesmente abaixa os olhos.

— Sofia, não tivemos escolha. Somos pequenos e não começamos há muito tempo, não podemos nos dar ao luxo de sermos processados. – Ai está. Meu emprego aqui não existe mais. Meu coração se quebra. Eu realmente gostava de trabalhar aqui. Engulo a decepção, eu estou tão malditamente cheia.

— Tudo bem. – Estou sempre dizendo isso.

— Eu realmente sinto muito.

— Tudo bem Nina.

— Aqui, seus dias trabalhados. – ela estica um envelope para mim. Coloco na mochila sem olhar.

— Obrigada.

Eu saio de lá e dedico à tarde a andar por ai procurando lugares que estão contratando. Falta pouco para eu me formar, menos ainda para meu aniversário, e no exato instante que o relógio der meia noite eu estou indo embora.

Quando volto para casa, feliz em ter arrumado um emprego em um hotel cinco estrelas, de recepcionista, encontro Lia, vestida impecavelmente na sala.

— Oh, finalmente! – ela diz. – Vá se trocar! Anda! Nós vamos jantar no La Clair!

— Espera... Eu não.

— Não discuta mocinha. – ela diz enfiando as unhas no meu braço. – Edward quer sair para jantar em família e é o que nós faremos! – ela diz. Eu subo. Não discuto por que estou cansada. Coloco um vestido purpura que abraça meu corpo e uma sandália aplico maquiagem e isso é tudo. Aléxis está lá embaixo quando desço. Ele está elegante, sexy e de repente eu não consigo parar de olhar ele. Ele é alto, alto demais para mim, e isso me faz sentir ainda mais feminina. Quando ele olha na minha direção seus olhos caramelos parecem quentes. Sua boca se abre para dizer algo, mas Lia e Edward descem as escadas.

O caminho para o restaurante é desconfortavelmente silencioso. Aléxis está no banco de trás comigo e nossas coxas se tocam, é quase tortura, mesmo que seja uma parte inofensiva tendo contato eu o sinto intimamente. Eu preciso me comportar direito perto dele. Como antes, eu não ligava se ele estava perto ou longe, ele não me afetava em tudo, ou se afetava, eu podia muito bem ignorar e agora simplesmente não posso. Meu corpo não me obedece mais;

Quando sentamos no elegante restaurante percebo que fiquei exatamente do lado de Aléxis. Perto demais para minha própria sanidade. Lia, está o encarando outra vez. Deus! Ela parece faminta quando olha para ele. O garçom distribui os cardápios e troca algumas palavras com Edward. Logo ele serve vinho a todos, menos para mim, o que me faz querer revirar os olhos e Aléxis dar uma pequena risada.

— Além de pequena, esqueço que você é pirralha. -  Ele diz. Parece que estamos de novo naquele ponto que ele zomba de mim.

— Ontem você não estava notando que eu sou pirralha. – digo baixinho. Seus olhos escurecem.

— Algo que queiram compartilhar meninos? – Lia pergunta, mas seu rosto ligeiramente vermelho me diz que ela não gosta da proximidade entre mim e Aléxis. Se ela soubesse.

— Pequ... Sofia estava me falando sobre Adrian ter pegado ela para ir a escola hoje.

— Adrian? Oh, sim, claro. Ele é um menino de ouro não é? – Meu Deus! Eu odeio o tom que Lia está usando. Eu simplesmente odeio. É nesse momento que eu sinto. A mão de Aléxis desliza pela minha coxa e eu tenho que me esforçar muito para não reagir.

— Sim. – Aléxis diz com a voz dura. – Ele é um menino de ouro.

— É aquele que estava no nosso casamento?

— Sim, querido. – Lia pisca seus olhos para Edward. A mão quente de Aléxis sobe mais, assim como a minha pressão arterial. – Ele estava sempre seguindo Sofia, como um cachorrinho. Não é querida? – ela olha em minha direção quando a mão de Aléxis desliza ainda mais e alcança a borda da minha calcinha. Engulo seco.

— Não... Não é assim. Ele foi meu amigo quando precisei. – digo e Aléxis aperta minha coxa fortemente, não dói, merda, desperta outra coisa em mim. Estou quente. O meio de minhas pernas pulsa.

— Ele não era seu amigo Aléxis?

— Amigo? Acho que essa é uma palavra meio forte. – ele diz rigidamente. Lia ri. Por que ela está rindo de tudo alegremente.

— Você ficou meio antissocial filho. – Seguro a respiração quando suas mãos invadem minha calcinha descaradamente. Ele dá um pequeno sorriso quando suas mãos fazem contato. E o que ele encontrou ali me faz envergonhada. Eu estou molhada.

— Oh, querido. Talvez ele não tenha achado as pessoas certas para se relacionar. – Oh Deus! Ele me acaricia. Meu corpo se endurece, luto realmente muito duramente para não gemer. Aléxis está realmente fazendo uma merda assim? Aqui e agora? Lia está olhando ele com um olhar matador.

— É talvez.

— Não se preocupa pai.

— Talvez você pudesse levar Sofia para sair algumas vezes. – Um dedo desliza dentro.


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