A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 29
De repente o ar não ficou mais pesado?


Notas iniciais do capítulo

Booooa tarde gente! Tô tão empolgada hoje! Espero que vocês gostem!
Kissessssssssss



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Passamos o fim de semana indo e vindo, então, minhas resoluções, quais eram mesmo? Eu durmo em seus braços, acordo com ele e fazemos o que quer que seja o que estamos fazendo. Transando? Fazendo amor?

Comemos nos intervalos. Falamos nos intervalos, não as coisas importantes que estão na minha cabeça, coisas aleatórias.  E então finalmente na segunda de manhã Lia está de volta.

A aura da casa muda. A temperatura, eu juro por Deus! Eu sinto baixar. Eu me troco. O mesmo jeans camisa e tênis. Tento passar despercebida. Faço preces para que nenhum dos empregados tenha visto Aléxis se esgueirar do meu quarto hoje pela manhã.

E apesar de todos os meus cuidados, quando desço ouço a voz de Lia soar.

— Bom dia, querida. – estremeço dos pés a cabeça. Será que ela vai notar alguma coisa? Engulo seco. Tenho feito muito isso ultimamente.

—Bom dia, Li... Mãe. – Ela aperta os olhos para mim percebendo a gafe.

— Tenho novidades. – Ela diz. Seu rosto feliz me dá arrepios.

— Sim?

— Passei naquele seu empreguinho de merda. Fiz eles te demitirem.

— Como é?

— Oh, não é bom para você estar trabalhando. – Nina não faria isso comigo faria?

— Você não...

— Ameacei processa-los. Afinal querida você ainda é menor de idade.

— Falta algo mais para você tirar de mim?- sussurro. Mas seus olhos verdes, os mesmos que os meus desviam de mim para a escada. Eu vejo bem por que. Aléxis está descendo em toda sua gloria musculosa e quente. Seus jeans marcam suas coxas, sua camisa os bíceps, como eu disse, gloria musculosa. Eu sinto realmente quando ele me olha, seus olhos, apesar de ele ter me tido cada vez que quis esse fim de semana, parecem famintos. Lia não parece ver isso. O que por um lado é bom, mas por outro ela está concentrada no corpo de Aléxis. Deus! O pai de Aléxis é um homem quase igual! Forte, bonito. Por que diabos ela ia desejar o filho também? Oh, sim, por que Lia quer e precisa de tudo. Sempre. 

— Bom dia querido. – ela diz com a voz manhosa que me revira o estômago. Sinto meu coração realmente acelerar quando ela descaradamente lambe os lábios. Deus! Ela parece alguém que não come a séculos. E sinto minhas veias ferverem. Aléxis não é para ela olhar! Aléxis é meu!

No mesmo segundo que o pensamento me vem um gelo se instala no meu estômago. Tenho que me lembrar de que ele não é assim, ele não vai fazer a coisa de ser exclusivo comigo, ou estar em um relacionamento. Mesmo que eu quisesse.

— Eu tenho que ir. – eu digo. De repente o ar não ficou mais pesado? Meus pulmões simplesmente não conseguem alcançar algum oxigênio. Lia nem ao menos presta atenção quando deixo a sala. Isso realmente trabalha ao meu favor. Deus! Eu estou sem emprego!

Descido que vou falar com Nina. Quem sabe ela não reconsidere? Mas primeiro de tudo eu tenho que achar um ponto  de ônibus por aqui. É um bairro nobre então eu não acho que vá ter muitos. Então mal percebo um carro parando.

— Hey! Sofi! – A voz alegre de Adrian me alcança. É quase um alivio. – Achei que você ia querer uma carona.

— Uh! Você leu minha mente. – digo entrando sem cerimonia.

— Você sumiu o fim de semana inteiro! Tentei te ligar. – ele diz. Eu me esforço ao máximo para não corar. Deus! Eu estava na cama o fim de semana inteiro. Com Aléxis!

— Eu sei, me desculpe. Tive, hum, compromissos.

— Sei! Vai me dizer quem é esse compromisso?

— Como é? Não! Não é nada assim!

— Claro. – ele diz com ironia. – Como estão as coisas?

— Ruins. Lia me fez ser demitida. Ela ameaçou processar Nina por que eu não sou maior de idade.

— Inferno!

— Sim, eu vou falar com a Nina hoje, e caso ela não mudar de ideia vou procurar um emprego.

— Eu sinto muito Sofi.

— Não, está tudo bem. – eu digo. Por que realmente está. Estou malditamente acostumada a isso. Deus! Quantas vezes Lia fez questão de me puxar o tapete? Quantas vezes eu tive que me levantar? Mais vezes do que posso me lembrar.

— Não está Sofi. Quero dizer, você não tem que passar por isso. Talvez você só devesse parar de trabalhar. – Como é?

— O que?

— Sofi, o pai de Aléxis é um cara rico. Você não precisa mais...

— Estou guardando para a faculdade Adrian, você sabe disso. Eu não vou ficar por aqui.

— Talvez você devesse ficar. – ele diz.

— Sim, talvez eu deva. – eu digo. Ele não percebe a ironia. Talvez por que eu nunca contei a ele que Lia me agredia cada vez que tinha chance. Ele deve achar que eu estou exagerando. Que estou fazendo isso por capricho. Eu não vou dizer que ele está errado. Se ele é mesmo meu amigo, meu melhor amigo, ele devia saber melhor.

— Eu não falei isso para deixar você chateada Sofi, mas pense bem. – ele manobra para o estacionamento da escola. – Você tem estado frenética sua vida toda  e por que? Seu pai não deixou algum dinheiro para faculdade? Talvez se você morasse com Lia, quando estivesse na faculdade você não precisasse lutar tanto. – Lia me odeia. – Acho que você tem que parar de ser orgulhosa. – Orgulhosa? Não posso acreditar que Adrian está me dizendo isso. Engulo a bola na minha garganta. Eu não me permito chorar. Nunca! Não é questão de orgulho. Se Lia só simplesmente me deixasse em paz, tudo bem, e se eu tivesse certeza que ela ama Edward e vai ficar com ele, então tudo bem, mas isso não vai acontecer, não é que eu estou apostando contra, mas foda-se, Aléxis a essa altura já deve ter percebido como ela olha para ele. Deus! É repugnante. E eu só não quero estar próxima quando a merda bater no ventilador.

Quando saio do carro ele está do meu lado. Sorrindo. Brilhantemente quando me abraça apertado. Eu queria achar algum conforto em seu abraço, mas suas palavras me deixaram brava. Ele ajeita meu cabelo e focaliza algo em mim e franze a testa.

— Compromisso ein? – ele diz.

— O que?

— Você tem outro chupão. – ele diz, sua voz é dura, mas Adrian tenta manter um sorriso. Ele está estranho.

 


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