Alice In Blunderland escrita por Melancholy_Ink


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Então, falei da surpresinha pra esse capitulo e eh...:
Ta-dam!
Bella's POV =D
Só pra sentir um pouco do que ela tbm tava passando...
capítulo que vem volta a ser Alice's POV, tah?
Mas essa eh uma ocasião especial, neh meninas?
Soh quem jah passou sabe como é ;x
Enfim,
curtam bastante! (L)

Beijos,
Mosley, L.



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Eu ouvia atentamente Alice procurar as palavras certas a dizer. Ela me tinha nos braços, nossos corpos mais ou menos cinco centímetros de distância. Seus olhos estavam focados nos meus, pareciam cheios de medo e possível arrependimento. Se uma sinfonia obcecante de violoncelo tivesse uma forma específica, seria aquela. Aquilo me enchia de impaciêcia e só aumentava minha ansiedade. Eu não fiz nenhum movimento enquanto ela escolhia suas palavras, nem mesmo pisquei. O que quer que ela quisesse me contar, era vital. Eu podia sentir no ar que escapava de nossas bocas semi abertas. Eu queria tocar os lábios dela, sentir o frescor, a textura suave que eles tinham. Esse era um sentimento que eu estava acostumada, ainda que quase sempre viesse acompanhado do desejo de brincar com as mãos dela ou afagar seu rosto carinhosamente. Meus comuns olhos castanhos contemplavam os dourados dela, fogo na escuridão. Seu dedos estavam entrelaçados com os meus como ela nunca tinha feito. Quando estávamos de mãos dadas antes para guiar uma a outra por aí, era só como uma mão em cima da outra, e não se completando nesse jeito tão puro, dedos como peças de quebra cabeça, se encaixando perfeitamente.

Quando saímos de Forks juntas, eu nunca estive tão feliz, mesmo ainda preocupada por Edward, claro. Ele era como um irmão para mim. No avião eu tinha tido um sonho que começava a se repetir frequentemente nos últimos tempos: Alice e eu deixávamos minha casa, nos despedindo de Charlie. Nós sorrimos e conversamos enquanto entrávamos na floresta. Ela me ajudava a passar pelas árvores caídas e pelas grandes pedras, segurando forte minha mão com uma gentileza que era clara. Eu fazia muito barulho enquando tentava caminhar pelas folhas secas e lascas de madeira aos meus pés. O único barulho que eu ouvia ela fazer era do doce som de sinos da sua voz. Ela me seduzia para mais perto dela e logo depois estávamos de mãos dadas, balançando-as enquanto ríamos. Mesmo sem nada muito físico tendo acontecido, isso significava muito para mim e refletia meus sentimentos por ela. O sonho sempre acabava com ambas deitadas na grama, nossos olhos num estranho tom de violeta.

Eu apertei a mão dela para encorajá-la, esperando com todas minhas fibras o que ela iria me dizer. Eu não era boba, havia percebido a súbita mudança desde nossa viagem de compras, mas não acho que ela suspeitava que eu sabia. Eu via o olhar que se abria no rosto dela toda vez que nos tocávamos. Estava lá. Tinha que estar. E se não, então eu realmente queria que ela me mordesse, mas não para me transformar numa vampira. Para que mais existia o meu mundo se não fosse Alice Cullen, essa mulher encantadora, fascinante e meu único desejo? A resposta era melhor compreendida no silêncio que nos engolia. Era tudo tão forte, tão seguro e ainda sim me fazia querer pular de cima do terraço onde nós estávamos, olhos e mãos uma da outra. Por favor, Alice...

- Primeiramente, Bella, eu quero que saiba que você é a melhor amiga que eu já tive e eu nunca iria querer que alguma coisa mudasse isso. Você é muito melhor do que acredita, tanta beleza e caráter. Eu não poderia me comparar a você quando eu era humana, não só porque eu não lembro, mas porque eu sei que não haveria nenhuma semelhança, e nem há.

Por Deus, Alice. Diga. Meu coração batendo cada vez mais rápido.

- Eu... - ela tropeçou nas palavras, ainda assim continuava graciosa. Ela realmente não conseguiria fazer nada deselegantemente. - Eu... - ela não continuou e eu senti sua confiança sumindo.

Não, Alice. Não se atreva a desistir agora.

Eu respirei fundo, sentindo minha testa franzir quando eu estendi minha mão para segurar seu rosto. - Fale. O que quer que seja. - ela imediatamente levou a mão dela até a minha, retomando o controle nas nossas mãos enlaçadas. Alguma coisa parecida com um suspiro escapou de seus lábios.

- Eu não quero perder você...

- Alice, você não vai me perder! Eu estou com o ser mais seguro do planeta inteiro. Agora, por favor Alice... diga o que está pensando.

Pela sua expressão, ela notou minha pressa.

- Eu não quis dizer te perder desse jeito...

Eu sabia disso. Como ela poderia não saber que eu sabia? Os últimos dias, nossa proximidade... Ela estava se recusando a acreditar ou coisa do tipo? Minha frustração começou a ferver. Tentei manter meu rosto calmo mesmo assim, vendo que ela estava prestes a dizer alguma coisa. Sim... continue, amor... me diz. Vamos acabar com isso.

Ela fugiu de mim.

Eu continuei encarando o ar onde os olhos dela estavam antes. Virei para vê-la em pé na beirada do parapeito do terraço, olhando para o céu como se estivesse prestes a voltar para o paraíso. Eu quase acreditei que isso aconteceria.

- Alice! - Eu gritei para ela. Foi um chamado de irritação evidente, sem me preocupar em demonstrar isso, porque eu sabia que mesmo que ela caísse [impossível], a queda não iria nem arranhá-la. Ela provavelmente chegaria em pé. Ela apenas virou o rosto para o lado, sem olhar para mim e sim para sua esquerda, mas num claro sinal de que havia me escutado. Corri até ela, meu coração martelando loucamente agora. Raiva começou a me preencher enquando eu a alcançava. Nós vínhamos nos arrastando até esse ponto mas iria acabar naquela noite. Eu não ligava se tivesse que me jogar do prédio para provar o que eu queria dizer. Cerrando os dentes, eu agarrei as costas da blusa dela, puxando o mais rápido e forte que eu podia. Ela realmente caiu, para a minha surpresa, mas com uma manobra já estava de pé no segundo seguinte. Ela se recompôs, sua expressão levemente alterada. Era aquilo.

- Que se dane, Alice, se você não vai fazer então eu vou! - e fui até ela, levando meus braços ao redor de seus ombros, colando meus lábios nos dela. Fechei os olhos e movi meus lábios contra os dela, inspirando fundo. Eu murmurei uma pergunta a ela. Ela não respondeu. Eu me afastei rápido, quase perdendo o equilíbrio no processo. Seus olhos estavam vazios e ainda boquiaberta.

Não.

Eu tinha absoluta certeza. Eu não tinha imaginado tudo aquilo... o jeito que nossos olhos se encontravam, o passeio na gôndola, o jeito que ela me abraçava durante a noite, e todo o resto. Mas agora, depois de todas essas informações processadas, ela começou a falar.

- Bella? - Um sussurro. - Você...- ela levou a mãos aos lábios, mas sem tocá-los. - Você gosta de m-mim?

Eu olhei para ela e nada mais. Meu corpo entorpeceu. E... e se eu estivesse errada o tempo todo? Pânico tomou conta do meu corpo. Responda! minha mente gritava.

- Bella? - ela deu um passo em minha direção e pegou minha mão, então eu percebi que ela estava em choque. Beijei sua mão e fiz que sim com a cabeça

- Sim! Oh, céus, Alice. Sim.

Foi então que aquilo a atingiu. Seus olhos arregalaram e ela me puxou para um célebre abraço. Nossas mãos estavam cada uma na cintura da outra, massageando carinhosamente. Nossos rostos a menos de um centímetro de distância.

- Bella... você sabe o que eu vou dizer. - ela falou num sussurro.

- Diga mesmo assim.

- Eu te amo.

Colamos nossos lábios, mergulhando no beijo e nossos corpos começavam a relaxar. Ela envolveu os braços no meu pescoço e eu puxei o corpo dela para mais perto do meu, me apertando contra ela. Antes que eu pudesse descer minha mão pelo caminho de suas costas, ela me empurrou contra uma das bases das estátuas que nos cercavam. Soltei um gemido baixinho e subi minhas mãos pela cintura dela, parando logo abaixo de seus seios. Ela apertava uma coxa entre minhas pernas, me segurando com suas mão carinhosas. O beijo acabou de repente, meus pulmões precisando de ar e sem conseguir o suficiente pelo meu nariz. Ela se afastou suavemente, mesmo assim eu a segurei, só pra garantir que ela não fugiria de novo.

- Oh, Bela... - ela disse, afagando meu cabelo - Eu não tinha idéia. Quer dizer, eu queria que sim, mas... o tempo todo?

Fiz que sim.

- Eu te amo desde que eu me mudei pra Forks, provavelmente... só que me levou um tempo para perceber.

Com isso ela suspirou e se virou nos meus braços. A abracei pela cintura, suas costas apoiadas em mim, deixando minha boca repousar na curva de sua nuca, indo até seu ombro, acariciando sua pele com meus lábios. Ela pegou minha mão e nossos dedos se entrelaçaram de novo, se completando naturalmente. Ela deitou a cabeça no meu ombro, nossos lábios a menos de meio centímetro distante mas sem se tocarem. O momento era denso demais para isso e nós duas sabíamos disso. Eu podia, literalmente, sentir o peso sumindo das minhas costas, e, julgando pelo sorriso nos lábios de Alice, ela também sentia. Finalmente, a angústia desnecessária tinha acabado.

E sorte a minha, não precisei pular de prédio nenhum.


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Notas finais do capítulo

Fala serio, que capítulo fofo! (L)
Não acham?
Comentem, please!
Falem como achavam que iria ser o/
E divulguem, promovam, indiquem, comentem, distribuam panfletos...
Ajudem a fazer uma Autora e uma Tradutora felizes (L)
Amamos vocês :* Genteee! =O mais de 100 views em menos de uma hora, que bonito (L) Só tao fazendo feio na hora de comentar hein.. de todo mundo soh 2 comentarios? isso não bonito u_u



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