Alice In Blunderland escrita por Melancholy_Ink


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu sou muiito boazinha, fala serio u.u
quem mais postaria 6 capitulos em uma semana?
HAHA, eu nao gosto de torturar ngm :x
mas vcs tbm tem que ser boazinhas comigo, meninas.. comentem
vcs que me animam a continuar fazendo isso.
No mais, maior capitulo até agora
vai valer a pena, acreditem.

Enjoy
Mosley, L.



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Bella sorria quando finalmente acordou, qualquer vestígio do pesadelo já havia desaparecido. Seu cabelo estava bagunçado daquele jeito adorável, olhos castanhos quase dormindo ainda, perfume nunca tão doce. Ela parou bem perto de mim, se apoiando num cotovelo. Eu sorri para ela, movida por uma vontade que eu não sabia direito qual era. Raios de sol entraram pelo quarto, deixando seu cabelo num lindo tom de mel.

"Obrigada por ficar comigo noite passada" ela disse, segurando meu ombro. Levei minha mão até a dela, garantindo que não era nada e que ela teria efito o mesmo por mim, o que ela concordou prontamente. Nós tomamos banho, nos vestimos e combinamos os lugares que iríamos aquele dia. Mesmo ambas achando bobagem, concordamos em deixar o Coliseu para outro dia.
Ela me deixou arrumar seu cabelo e eu modelei ele de várias maneiras durante horas, me divertindo com isso. Ela parecia estar completamente em paz, sua voz ainda mais calma e seus movimentos mais planejados e até mais seguros, eu diria. Eu estava completamente enfeitiçada assistindo ela andar de um lado para outro no quarto, fascinada pelos simples movimentos que ela fazia, deslumbrada pela sua voz.

Seria por causa de ontem? O ótimo dia que tivemos? Ou seria porque eu a confortei durante a noite? Qualquer que fosse o motivo, eu estava ainda mais envolvida por ela. E isso é inexplicável e angustiante ao mesmo tempo. Felizmente eu estava começando a me acostumar com meus novos sentimentos, deixando a maior parte disso ser extraordinário. Para mim era tão fácil vê-la como vampira. Ela já era linda, mesmo que ela muitas vezes não enxergasse isso, se não sempre. Sá em pensar em todos os seus traços divinos ainda mais acentuados, mais fortes, uma onda de prazer descia pelas minhas costas numa temperatuda que arrepiaria até mesmo a minha pele gelada.

Nós andamos pelas ruas de novo e eu a comprei um Gelato, casquinha italiana. Ela deixou escorrer pela mão inteira, mas nem ligava. Sua mão estava grudenta quando ela a enlaçou com a minha. Isso mandou várias vibrações pelo meu corpo, mas o que esse gesto significava para ela? Ela me puxou para ver um artista com uma pequena jarra nos pés para as gorjetas. Ela deu a ele alguns dólares e ele nos deu um espetáculo engolindo e cuspindo fogo. Mesmo na sombra, eu puxei o capuz da minha jaqueta para o caso do fogo refletir na minha pele. Depois ela me levou até outro lugar, seu rosto brilhava como um outro sol do meu lado. Olhar para ela era como olhar a Itália como um todo: cheia de detalhes em sua beleza, e ainda assim simples o suficiente para despedaçar seu coração com um só olhar. De vez em quando ela tocava minha cintura ou casualmente afastava meu cabelo de lado. Nossos olhos se encontraram algumas vezes, me hipinotizando, e eu tinha que me forçar a desviar o olhar antes de fazer o inevitável. Esse dia foi, de alguma maneira, ainda mais maravilhoso que o último... Não dá para descrever. Eu era como um andarilho numa terra de fadas, vendo e sentindo, mas sem acreditar em um segundo vivido ali. Nós flutuamos pelo caminho e antes que eu percebesse, o dia já havia terminado.

"Você quer voltar pro hotel agora?" Eu perguntei, afogada no seu cheiro

"Não," ela disse, com um olhar estranho mas divertido. "Eu quero ir..." sua mão voou e apontou para um prédio bem alto, várias gárgulas pendendo do topo. "Lá."

Eu olhei para ela espantada, achando que era brincadeira. Mas vendo sua excitação segurou minha risada. A encarei por um momento.

"Por... quanto tempo?" De alguma maneira, eu já sabia a resposta.

"A noite inteira"

Mordi o lábio, tentando agradá-la mas também sendo realista.

"Bella..." eu disse, já imaginando um milhão de coisas que poderiam dar errado. "O hotel é seguro. 4 paredes e aquilo tudo. Se você cair, vai parar no carpete do chão. Ali em cima..." me encolhi em pensar como terminaria aquela frase, a duração da minha pausa a fez entender.

"Não, Alice, é você que me deixa segura." inclinei minha cabeça ao ouvir essas palavras. "O hotel é tão perigoso quanto qualquer outra parte da Itália, de qualquer lugar, para mim. Agora vamos, você nem precisa dormir então pode só sentar lá comigo a noite inteira como sempre faz e ficar alerta."

Eu considerei suas palavras com cuidado, reconhecendo o mérito. Verdade, vontando para o hotel tudo que eu faria era vigiá-la dormindo. "E se você ficar com frio?" perguntei, ainda preocupada.

"Eu ficarei bem" ela disse, insistindo na ideia.
Olhei para os ombros descobertos dela, levantando uma sobrancelha.

No outro instante eu havia tirado minha jaqueta e colocando nela. "Vamos ver se eles nos deixam subir, então."
Ela pulou -sim, de verdade- de alegria, quase tropeçando nos próprios pés. A segurei pela cintura e comecei a andar até a entrada principal. O caminho de pedra que nos leva até a porta brilhava como se uma chuva tivesse acabado que cair. Bella tentou a maçanete e bateu umas duas vezes.

"Estão fechados..." ela disse, todo o encanto sumindo do seu rosto, baixando a cabeça. Vê-la assim me magoou e eu a segurava fortemente pela cintura, mas bem gentil. Bella Tola queria dormir no terraço de um prédio ridiculamente alto... então iríamos. Eu suspirei e dei de ombros enquanto puxava e colocava ela nas minhas costas.

"Alice, vamos correr para algum lugar?"

"Quase isso." e comecei a escalar.

Ela se segurava no meu pescoço, soltando gritos meio agudos sempre que olhava para baixo, coisa que eu obviamente mandei não fazer. A parede do prédio parecia madeirasob minhas mãos, mesmo sendo feita de pedras e metal. Senti as pernas dela se enrolarem em mim com força, e eu sabia que ela tinha olhado para baixo de novo. Eu ri enquanto peguei sua mão, a tirei das minhas costas e coloquei em uma das estátuas na beira do terraço. Ela não subiu nela como eu queria, mas provavelmente foi melhor assim. Prendendo meu braço ao redor dela, eu pulei no topo da gárgula, uma cabeça de leão, e então para o chão, a colocando de volta em terra firme. Olhei de volta só para ter certeza de que ninguém viu nossa aventura, mesmo eu tenho escolhido o lugar mais escondido na sombra para subir, e não fiquei surpresa de não ver nenhuma cara assustada. Bella ainda estava parada longe da borda, apertando seu estômago.

"Bella? Você tá bem?" ela fez que sim com a cabeça, seu sorriso me confirmando que sim.

"Só... aquilo foi..." ela riu, misturando medo e orgulho. Eu sorri de volta e estendi meus braços para ela. Ela correu para ser envolvida por eles. Se eu fosse humana, a empolgação dela teria jogado nós duas para fora do prédio. Mas como não, eu continuei tão firme quanto as estátuas que nos cercavam, fisicamente, pelo menos. Minha cabeça mergulhava descontroladamente toda vez que seu cheiro intoxicante chegava até mim. Eu a levei até uma das maiores gárgulas que estava em cima de uma coluna bem larga, sentando no chão e escorando nela. Bella se acomodou do meu lado e eu enlacei meu braço no dela, respirando o ar gelado daquela noite.

"Alice?" ela disse depois de um tempo.

"Sim, Bell?"

"Eu estava pensando..."

Ela parecia nervosa, pelo modo que suas mão estavam. Eu olhei para ela e minhas suspeitas se confirmaram quando a vi girando os polegares, olhando fixamente para a noite, procurando as próximas palavras. Eu esperei pacientemente. Ela respirou fundo antes de continuar.

"Eu sei que as coisas andam bem loucas com Edward e Tanya, dele ter tentado se suicidar e tudo..."

Eu passei minha mão pelas costas dela, encorajando-a a continuar.

"Bem, eu estava pensando, agora que as coisas se acalmaram, e só nós duas estamos aqui..."

Meus dentes rangeram por antecipação. Onde ela queria chegar?

"Talvez nós... talvez você poderia..."

"Diga, amor." eu a apressei, virando seu rosto para que ela me encarasse.

"Morda-me."

Eu suspirei, soltando o rosto dela. E não estava esperando ela confessar seu amor por mim, mas não consegui conter minhas esperanças naquele momento.

"Bell, querida, nós já discutimos isso."

"Sim, e você disse que iríamos falar disso de novo quando as coisas estivessem se ajeitando... e elas estão." suspirei de novo, deixando meus braços a largarem, levantando para ficar mais perto da beirada do terraço, uma mão segurando uma das estátuas.

"Eu quero, Bella… Você sabe que quero."

Ela veio até mim, olhos preocupados, cabelo flutuando com a brisa suave. Uma mão subiu pelo meu braço, parando em meu ombro firmemente. Sua voz se transformou em um sussurro.

"Então, por que não?" suas palavras soaram como se ela soubesse que não era tão simples, mas sua voz tremia com a ansiedade.

"Existem consequencias que nem você ou eu conhecemos. E ainda tem mais uma coisinha que é uma possibilidade definitiva."

"O que? Que você acidentalmente me mate?" ela zombou.

Eu virei para ela, um pouco zangada agora.

"Sim, Bella, que você estaria morta de verdade para sempre." eu disse, como um rosnado.

Ela entendeu meu humor e desceu sua mão, e me acompanhou encarando a cidade incandescente. O ar frio queimava nossa pele e ela puxou a jaqueta que eu a havia dado para mais perto dela. Seus lábio grossos franziram.

"É lindo," ela murmurou depois de um tempo, ainda parecendo formal.

Um milhão de coisas estavam passando pela minha cabeça naquele momento, as mais importantes eram, primeiro, Bella e eu queríamos que ela fosse uma vampira. Segundo, que ela estava segura e as coisas estavam caminhando calmamente. Agora seria o momento ideal para a tranformação. O terceiro pensamento se sobressaía dos outros dois, fazendo que fossem praticamente insignificantes. Eu estava apaixonada por Bella e ela não fazia ideia disso. Se eu a transformasse e só então contasse a ela tudo que sentia, o que iria acontecer em algum momento, eu corria o risco de tê-la me odiando por toda a eternidade.Só havia uma maneira: Falar para ela e esperar que ela aceite (eu me preocuparia com a rejeição depois) e então deixá-la escolher se quer continuar sendo esse ser humano lindo e radiante ou se converter ao vampirismo.

Suspirei, tentar prever algum acontecimento futuro, mas mais uma vez, não achando nada. Eu acho que tive medo de procurar e ver que alguma coisa deu errado... a tranformação mal sucedida ou ela me rejeitar depois de contar como eu me sentia. Tentei afastas esses pensamentos da minha cabeça e me concentrar no agora. A pele e lábios dela tão suaves, tão puros. O cabelo flutuante, dedos longos, cílios... Ela havia me tomado de corpo e alma, eu tinha certeza disso, e eu tinha que contar a ela mesmo que aquilo me matasse. Ela merecia isso.

Antes de me dar conta do que estava fazendo, eu entrei no espaço que havia entre nós, peguei sua mão, entrelacei nossos dedos. Olhei fixamente para ela e ela virou o rosto para me olhar também. Aproximei nossos corpos ainda mais, sabendo que eu provavelmente estaria corando ou suando se fosse capaz. As estrelas se abriam para a noite, vários tambores tocaram.

"Bella, tem uma coisa que eu preciso te contar"


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Notas finais do capítulo

AHH! É agora :x
Obrigada por lerem (L)
e nao esqueçam, por favor, comentem ç_ç
Faça uma autora e uma tradutora feliz
E tem surpresinha proximo cap. MUAHAHAHAHA
um doce pra quem acertar :x



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