Déjà vu escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Antes de começar esse capítulo preciso agradecer à linda da Luísa Jaguar pela recomendação inspiradora que fez à minha história nessa semana. Espero que você saiba quanto eu fico feliz em saber que DV te deixa da maneira como descreveu, e espero que continue até o final! Muito obrigada! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/687490/chapter/12

A segunda-feira acabou para mim depois da conversa com Harry, tudo o que eu queria era que chegasse logo o dia seguinte para eu ter algo a fazer além de ficar sozinha com meus pensamentos indesejados e uma torrente de lembranças que só tocar no assunto me trouxe.

Tive o resto do dia para controlar minha fúria repentina e pensar em tudo o que havia acontecido. Perguntas como aquela era exatamente o motivo de eu me afastar das pessoas, principalmente aquelas com quem eu tive algum tipo de relacionamento, e esse foi meu primeiro impulso com Harry também, mas ao mesmo tempo eu me justificava dizendo que se desde o começo ele sempre foi tão curioso, uma hora perguntaria sobre isso também, mas não o faria por mal.

Passei o dia todo dividida entre listar motivos pelos quais eu deveria parar com esses encontros e argumentando comigo mesma que eu poderia deixar isso pra lá e continuar saindo com ele e aproveitando esses momentos bons enquanto eles durassem. Parar seria fácil, afinal não é difícil cortar o contato com alguém que não faz parte do seu círculo profissional, nem familiar e nem de amigos, mas havia algo significativo dentro de mim que não queria isso, ao menos não nesse momento.

Por que eu o estava defendendo dos meus próprios padrões era uma pergunta para a qual eu não tinha resposta. Talvez porque com Harry eu estava me divertindo como não acontecia há... Bem, eu não me lembrava de já ter sido tão divertido assim.

Decidi ficar na minha por uns dias e deixar coisas como estavam, quando nos falássemos de novo eu saberia se ele deixaria o assunto de lado ou não. Ao mesmo tempo em que eu esperava que sim, porque aí eu não precisaria me preocupar com sua curiosidade entrando em assuntos pessoais e atrapalhando os momentos descontraídos que compartilhávamos, eu me perguntava onde é que isso iria parar se ele me desse mais motivos ainda para continuar.

Não nos falamos novamente até na quinta-feira, quando ele me ligou a noite depois do trabalho e coincidiu com um momento em que eu estava livre para atender.

—Oi, Harry. - Atendi no mesmo tom de todas as outras vezes que recebi alguma ligação dele.

—Oi, Gin. - Me respondeu cheio de tato, num tom estranhamente contido. - Tudo bem?

—Tudo. Já está em casa?

—Acabei de chegar.

—Aqui está super calmo hoje, quer vir jantar comigo? – Quando dei por mim já tinha convidado.

—Sério? - Perguntou surpreso, mas inquestionavelmente mais animado.

—Uhum. – Confirmei deixando de lado a cara confusa que eu fazia para mim mesma.

—Claro, agora?

—Sim. Mas a lanchonete daqui não é muito legal, você pode passar naquele restaurante e trazer comida chinesa para a gente, que tal?

—Ótimo. - Confirmou e eu ouvi o barulho de chaves batendo. - Eu te chamo quando chegar?

—Estaciona lá atrás e me liga, a gente come no carro mesmo. - Me referi ao local onde ele normalmente parava quando vinha até aqui me buscar ou me trazer, por ser mais vazio e também distante das portas de entrada.

—Já estou indo. Até daqui a pouco, Ratinha.

—Até. - Desliguei o celular rindo daquele apelido ridículo, a que eu por reflexo respondia.

Vinte minutos depois meu celular tocou, exibindo a mensagem que dizia que ele já estava lá fora me esperando. Não me preocupei em responder, apenas me levantei e saí para o estacionamento em direção ao carro parado numa das vagas ao fundo, de frente para o portão que dividia o hospital da calçada.

Entrei sem me preocupar em anunciar minha chegada e fui recebida com um sorriso satisfeito, acolhedor. Retribuí com a mesma intensidade o abraço e o beijo que ele me deu antes de entregar minha caixinha de comida, de onde um cheiro delicioso exalava.

Conversamos durante todo o tempo em que comemos e por muitos minutos depois que as embalagens vazias foram colocadas de novo na sacola e deixadas no banco de trás. Falamos sobre qualquer coisa que aparecesse, mas o assunto do nosso último encontro felizmente sequer foi mencionado.

Em algum momento Harry afastou seu banco todo para trás e eu me deitei em seu colo para continuar nossa conversa enquanto ele deslizava os dedos pelos meus cabelos, e assim ficamos até eu ser chamada de volta ao trabalho, mais de uma hora depois que ele chegou.

—Pronto, acabou a festa. - Lamentei lendo o chamado da emergência.

—Até estranhei ter durado tanto. - Ele comentou, tirando a mão para que eu me levantasse.

Refiz meu rabo de cavalo assim que me sentei novamente e me virei para nos despedirmos.

—Obrigada pela comida, salvou a minha noite.

—Obrigado pelo convite, salvou a minha. - Retribuiu, soando tão bajulador quando nas nossas primeiras conversas. - Vamos nos ver amanhã?

—Eu espero que sim. - Finalizei com uma piscadinha, soando sugestiva.

—Então está combinado. - Decidiu e me puxou o mais para perto possível, considerando que estávamos dentro de um carro. - Minhas orações para que ninguém se machuque na sexta-feira a tarde estão funcionando, não estão?

Ri do seu tom esperançoso, mas acabei concordando.

—Estão funcionando um pouco, sim.

—Então vou continuar. - Afirmou me puxando para um beijo.

Demoramos um pouco mais do que o normal para eu me despedir, o que me obrigou a voltar correndo para o hospital assim que consegui sair do carro.

Quando ele chegou na minha casa no dia seguinte eu nem me lembrava mais que havia ficado brava em algum momento e aproveitamos todos os minutos possíveis, até irmos dormir cansados e já bem tarde. As conversas e inúmeras gargalhadas estavam presentes tanto durante a noite quanto no sábado de manhã, durante o breve momento entre acordarmos e eu sair para trabalhar enquanto ele ia embora.

Duas semanas depois troquei nosso encontro de sexta-feira para comemorar com Luna e Colin o fim da residência dela em um restaurante legal. Foi divertido vê-la tão radiante e fazendo planos agora que trabalharia menos, porque por incrível que pareça residentes trabalham ainda mais que nós.

—Semana que vem vou definir meu horário fixo. - Contou a nós dois enquanto comíamos a sobremesa.

—E você tem alguma preferência? - Perguntei interessada, afinal dividiríamos a mesma área.

—Eu gostaria de ficar no horário que você faz, mas não sei se tem grade para mais um ortopedista, de madrugada não tem mesmo, já confirmei. - Comentou se lamentando. - Eu não sou muito de acordar cedo, mas se precisar tudo bem.

—E como está a grade da manhã? - Perguntei em dúvida.

—Bem mais tranquila.

—Quer ficar à tarde para me ver mais tempo, eu sei. - Colin afirmou convencido, nos fazendo revirar os olhos para ele e mudar o assunto para sua habitual auto estima elevada.

Cheguei em casa já bem tarde e enquanto tomava banho pensei sobre o que ela havia falado a respeito dos horários. Quando comecei no meu horário atual eu gostava bastante de não acordar tão cedo, mas era também o horário onde mais recebíamos emergências e estava ficando cansativo dormir sempre tão tarde, porque sair bem depois do meu horário normal era quase uma regra.

No dia seguinte, depois de muito divagar sobre o assunto antes de dormir, escrevi minha sugestão de mudança em um papel e fui mais cedo para o hospital com a intenção de passar na sala do chefe de cirurgia antes de começar a trabalhar.

Ele me atendeu após uma batida na porta e pediu que eu entrasse quando coloquei a cabeça para dentro e pedi licença.

—Por favor, Dra. Weasley, se acomode. - Pediu indicando a cadeira à sua frente. - Em que posso ajudá-la?

O Dr. Lupin era sempre uma pessoa muito simpática, mas também sempre ia direto ao assunto.

—Essa semana os residentes concluintes vão escolher seus horários definitivos, certo? - Perguntei apenas para introduzir o assunto, mas ele assentiu confirmando mesmo assim. - Eu gostaria de verificar a possibilidade de mudar o meu horário, agora que uma nova cirurgiã ortopédica está se formando.

—E você já tem uma sugestão?

—Sim, aqui está. - Confirmei entregando o papel a ele.

Aguardei paciente enquanto ele analisava meu pedido e vi franzir a testa um momento antes de se voltar a mim:

—Você quer seu plantão de vinte e quatro horas das seis as seis da manhã entre sexta e sábado, folga aos domingos, meio turno na quinta e das seis da manhã às seis da tarde nos demais dias? - Perguntou confirmando, como se quisesse ter certeza que não entendeu errado.

—Se for possível, sim. - Confirmei encarando-o de volta.

—E o seu horário atual? Não podemos ficar descobertos.

—Tenho quase certeza de que a Dra. Lovegood ficaria muito feliz com ele.

—Vocês conversaram sobre isso?

—Sobre minha sugestão de mudança não, mas sobre ela preferir meu horário atual, sim.

—Então tudo bem. - Fiz de tudo para controlar minha expressão surpresa quando ele concordou tão facilmente, porque eu achava o meu pedido um tanto quanto extravagante e já estava preparada para negociar alterações até que nós dois ficássemos satisfeitos. - Fique até amanhã meio dia, tire seu dia em casa normalmente na segunda e na terça você começa no novo horário e a Dr. Lovegood no seu horário atual.

—Obrigada, Dr. Lupin. - Agradeci com um sorriso e me virei para sair.

—Pode pedir a ela que me procure, por favor?

—Claro, assim que vê-la.

Fechei a porta atrás de mim satisfeita com minha decisão, pois além de conseguir chegar em casa mais cedo eu teria meus finais de semana livres, coisa que não tinha há muito tempo. Quem sabe até não poderia fazer uma viagem de dois dias com Ron? Não se comparava às duas semanas que ele queria, mas era melhor que nada.

Cruzei com Luna enquanto entrava no vestiário e aproveitei que estávamos apenas as duas para dar o recado.

—Acabei de voltar da sala do Dr. Lupin, ele quer te ver.

—Você pode me dizer por quê? - Perguntou confusa.

—Definir seu novo horário.

—Mas já? Achei que fosse na semana que vem.

—É que há novidades agora. - Adiantei com um sorriso.

—Quais? - Questionou curiosa, me olhando por trás da porta aberta do seu armário.

—Você vai ficar com meu horário. - Falei sem fazer suspense.

—E você?

—Pedi para mudar para o turno da manhã.

—Algum motivo específico?

—Só mudar um pouco, chegar mais cedo em casa.

—Sei. - Comentou irônica. - Ter mais noites livres.

—Isso também.

—Não imagino por que. - Cantarolou em tom sugestivo.

—É bom mudar um pouco. - Afirmei terminando de amarrar o cadarço e me virando para sair.

—É mesmo, principalmente com uma companhia daquelas. - Concordou rindo, mas eu ignorei essa parte.

—Faça cara de surpresa. - Recomendei, me referindo à conversa que ela teria com nosso chefe. - Até mais, Lu.

Dei um beijo em seu rosto quando passei por ela e saí em direção ao meu último plantão no final de semana.

Harry já tinha me dito que precisaria sair na segunda à noite e não poderíamos nos ver, algo a ver com Michael, seu melhor amigo, mas na verdade não prestei muita atenção em toda a explicação. Depois de acordar mais tarde do que o normal e arrumar algumas coisas que estavam fora do lugar na minha casa, liguei para Ron e me convidei para passar o resto da tarde na casa dele.

Fui recebida com um abraço assim que passei pela porta destrancada da entrada, quando o sol já estava se pondo, mas ele rapidamente voltou ao cômodo adaptado para se tornar seu escritório. Puxei uma cadeira para seu lado e me acomodei olhando enquanto ele digitava milhares de códigos estranhos em uma tela preta, concentrado em alguma coisa.

—Por que não me disse que estava ocupado? Eu não teria vindo.

—Você não atrapalha em nada. - Afirmou sem me olhar. – Aliás, isso aqui eu já sei de cor, é a parte padrão, as personalizações eu faço a noite, que é mais tranquilo e eu me concentro melhor.

—Entendi. E você está bem? - Perguntei colocando os pés apoiados no canto da mesa dele.

Notei seu olhar reprovador na direção das minhas pernas, mas ele não falou nada e eu não me mexi.

—Muito bem, e você?

—Muito bem também.

—E o cara da sobremesa? - Perguntou distraído.

—Até a última vez que falei com ele, estava muito bem também. Ele está sempre muito bem, na verdade, e muito feliz, e muito animado e muito disposto. Mas hoje ele está disposto para sair com um amigo, e não comigo. - Contei normalmente, olhando minhas unhas que estava seriamente precisando ser pintadas.

Ron me olhou de esguelha por alguns segundos, como se tentasse entender alguma coisa.

—O que foi? - Perguntei olhando de canto.

—Nada. - Respondeu rápido demais, voltando a olhar para sua tela esquisita. - E como é o nome dele mesmo? Henry?

—Harry. - Corrigi voltando a atenção para minhas mãos.

—E quantos ele tem?

—Vinte e sete.

—Está testando a teoria sobre caras mais novos terem mais disposição ou é só coincidência mesmo? - Perguntou sorrindo com ironia.

—É só coincidência mesmo, mas a teoria é verdadeira. - Respondi no mesmo tom divertido.

—E no que ele trabalha?

—Com investimentos de risco. - Informei, apesar de achar a pergunta estranha. - Está pensando contratá-lo para trabalhar com você ou quer sair com ele também? - Falei desconfiada da quantidade de perguntas.

Ele riu e nem me olhou ao dar de ombros e dizer:

—Inclua nas suas suposições a possibilidade de eu só estar curioso. Tem uma foto aí?

Desbloqueei meu celular e passei a ele depois de selecionar a fotografia que Harry tirou de nós dois na casa dele, algumas semanas atrás. Estávamos deitados na cama dele e eu sorri para a câmera, mas depois pedi a ele que, por favor, deixasse meu telefone quieto onde estava, a isso, é claro, ele riu e não deu a menor atenção.

—É... Ajeitadinho. - Falou depois de olhar por alguns segundos para a imagem e me devolver o aparelho. - Mas você ficou super bonita na foto.

—Ajeitadinho? Ron, ele é um gato. - Opinei e ele me olhou de canto com o cenho franzido.

—Se você acha. - Deu de ombros.

—Não só eu, Colin e Luna também.

—Bom, se o Colin acha então eu acredito. - Lançou mão de todo seu sarcasmo ao dizer isso, e a expressão que acompanhou a frase me fez gargalhar.

—Ah, tenho uma novidade. - Falei mais alto que o normal quando me lembrei e ele me olhou curioso. - Mudei meu horário no trabalho.

—Agora vai trabalhar vinte e quatro horas direto? – Sugeriu irônico.

—Com certeza, mal posso esperar para vender meu apartamento já que nunca mais vou ter tempo de entrar lá. - Respondi no mesmo tom e depois contei a ele meus novos horários.

—Isso é ótimo, Gin. – Comentou se virando para mim. - Você ficava em casa em uns horários muito diferentes, pelo menos agora é quando a maioria das pessoas também está livre.

—Sim, vai ser legal ter os fins de semana livres. O lado ruim é acordar tão cedo, mas eu me acostumo.

—Na verdade parece que você nem precisa dormir, então se acostumar com isso não é problema. - Me tranquilizou. - Quando você começa?

—Amanhã é meu primeiro dia durante a manhã.

Ele olhou no relógio de pulso, clicou no link de salvar e afastou a cadeira da mesa enquanto se espreguiçava.

—Então vem, vou fazer alguma coisa para você comer e não ir embora tão tarde. Melhor começar a dormir um pouco mais cedo.

Me levantei e o acompanhei até a cozinha, onde o ajudei a preparar um cardápio rápido para nós dois e nos acomodamos no balcão para comer e continuar conversando enquanto nossos pratos eram esvaziados. A comida do Ron sempre seria a minha favorita no mundo.

—Você tem visto a Mione? - Ele me perguntou casualmente um tempo depois.

—Às vezes, e você? - Respondi em meio a uma garfada generosa.

—Faz um tempinho que não nos vemos.

—Então a última vez foi de arrasar, hein? Ela estava mais produzida que o normal. Onde vocês foram? - Perguntei curiosa, porque tinha que ser um lugar digno de toda a produção da minha amiga.

—Não é da sua conta. - Falou sem nenhuma delicadeza.

Nesse momento eu soube que provavelmente tinha falado demais, para responder daquele jeito ou eles foram num lugar realmente macabro que ele não queria que eu conhecesse, o que não era a cara de nenhum dos dois, ou não era com o meu irmão que ela tinha saído.

—Mas poxa, Ron, você passou o sábado inteirinho em casa e não ligou pra ela? - Falei tentando mudar o foco do assunto.

—Liguei, mas ela estava muito ocupada com outra pessoa. - Respondeu rabugento, me dando certeza que de a segunda hipótese era a correta para minha questão anterior.

Me concentrei no meu prato sem querer me intrometer mais no assunto.

—Ginny... - Chamou um tanto quanto relutante, depois de um momento de silêncio enquanto eu pousava meus talheres após terminar de comer.

—Oi.

—Você conhece o Ced? - Perguntou com um leve desdém ao falar o nome do rapaz.

—O assistente da Mione? - Questionei e ele assentiu para que eu continuasse. - Pessoalmente não, nunca coincidiu de eu estar em casa nas vezes que ele foi na casa dela, mas já vi fotos, ele é super bonito, e sei que eles são bem próximos, passam o dia todo juntos e ela vive falando que não viveria sem ele, ou algo assim. Por quê?

—Uhn, só para saber. - Murmurou carrancudo quando eu terminei de dizer tudo o que sabia.

Avaliei sua expressão por alguns segundos enquanto ele mexia com o garfo no resto da sua comida, olhando para o prato como se pudesse estraçalhar a louça na cabeça de alguém.

Se eu ainda conhecia as caras do Ron, era com o Ced que a Mione estava. O que só tornava a situação mais engraçada ainda, porque o Ced era o Ced. Ele era praticamente o Colin da Mione. Não aguentei e ri.

—Eu faria um comentário maldoso agora, mas sua cara me deu pena e eu desisti. - Ele me fuzilou com os olhos quando falei isso. - O que aconteceu?

—Não aconteceu nada, só estou perguntando porque ela o levou para jantar nesse fim de semana, era aniversário dele.

Tentei conter o riso, mas o comentário eu tive que fazer:

—Vai ver ela está interessada em testar a teoria sobre caras mais novos também. - Expus minha hipótese com o copo a caminho da boca, mas recebi um tapa cujo impacto me fez derrubar metade do suco que estava dentro. - Ai, seu idiota. – Xinguei vendo o líquido escorrer do balcão para o chão e me virando para que não caísse na minha calça. - Não vou limpar nada, também.

—Te garanto que Mione não precisa de caras mais novos. - Afirmou e eu o olhei com a sobrancelha erguida, cética. - E desfaça essa cara!

—Não está mais aqui quem falou. - Ergui minhas mãos em rendição e ele assentiu satisfeito.

Sem dar ao Ron a chance de me interromper deixei meu copo de lado e peguei o dele para mim, bebendo todo o conteúdo em um gole só e arrancando mais um olhar bravo.

Quando nos despedimos era bem mais cedo do que eu normalmente ia embora, então cheguei em casa ainda bem desperta. Apesar da total falta de sono tomei um banho, ajustei meu despertador para o novo horário e fui direto para baixo das cobertas, onde me forcei a dormir para estar descansada e disposta para minha nova rotina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, pessoal, como estão?
Algo me diz que a Dra. Weasley já está tratando o paciente especial dela um pouquinho diferente do que o normal para seus outros relacionamentos, não?!
E agora com esses novos horários? Alguém aqui acredita que ela só estava cansada de chegar muito tarde em casa e quis ajudar uma amiga? Bom, ela acredita nisso por enquanto!
E a falta de sutileza dela com o Ron no final foi uma coisa que só se vê mesmo entre irmãos sem terminar em homicídio... hehe
Não deixem de me dizer tudo o que estão achando! Aguardo vocês nos comentários.
Beijos e até semana que vem!

Crossover: Será que o Ron vai ficar encanado com toda a descrição que a Ginny fez do Ced? Eu acho que sim...
Além disso, de onde será que veio o interesse dele em saber mais detalhes do "cara da sobremesa"? Não deixe de ver o capítulo 8 de Backstage, que foi postado ontem:
https://fanfiction.com.br/historia/692675/Backstage/capitulo/8/