곁에 머물러줄래

Você ficará ao meu lado?
내게 약속해줄래

Vai me prometer?
손 대면 날아갈까 부서질까

Se eu soltar sua mão, você vai voar para longe
겁나 겁나 겁나

Eu estou com medo medo medo disso

→ Narcisa

Narcisa achava que sua antipatia era algo bobo até Lily voltar depois de falar com Marlene. O rosto da menina estava pálido e ela parecia que iria desmaiar a qualquer hora. Ela não pensou duas vezes antes de puxar a menina até a avenida e pegar um táxi. Aquela vagabunda tinha feito algo para Lily e Narcisa iria fazê-la pagar depois.

Assim que entraram no mesmo, Narcisa ficou mais desesperada ainda. Enquanto mantinha o celular na orelha, apoiado no ombro, segurava Draco no seu colo e ainda tinha que manter a menina mais nova colada a ela.

Lily desmaiou menos de um minuto após entrarem no carro, e Narcisa quase desmaiou junto.

O taxista também ficou desesperado e começou a andar um pouco mais rápido mas ainda em segurança.

Andrômeda tentou lhe acalmar no telefone, mas era impossível.

Em menos de cinco minutos, eles chegaram ao Hospital St. Mary’s e o taxista desceu para ajudar Narcisa a descer. Ela lhe deu a cesta de piquenique e apoiou Lily no banco antes de correr com Draco nos braços para a recepção. Ela se inclinou sobre o balcão e pediu enfermeiros para sua amiga desmaiada no carro. A recepcionista viu seu olhar antes de rapidamente chamar dois enfermeiros que saíram correndo. Narcisa os seguiu com aflição. Ela pegou a cesta de volta com o taxista e tirou sua bolsa de dentro, dando dinheiro para o homem mais que a viagem de sete minutos custou. Ela caminhou lado a lado dos enfermeiros.

— Ela está grávida de oito semanas… - Ela disse quando o enfermeiro perguntou o que tinha acontecido. - Ela foi conversar com uma amiga e quando voltou estava pálida, eu rapidamente a trouxe mas no meio do caminho ela desmaiou no táxi. - Explicou e os dois homens trocaram um olhar antes de caminharem mais a fundo do corredor. Um deles ficou para trás.

— Eu aconselharia a senhora ir até a recepção e fazer a ficha dela, pois de qualquer maneira a senhora não poderá entrar. - Ele disse antes de sair correndo para onde o colega estava.

Narcisa voltou e tirou alguns documentos que fizera questão de andar com e os apresentou para a recepcionista. A moça começou a escrever as coisas e lhe lançou um olhar engraçado quando viu a idade de Lily.

— Qual é seu parentesco com a garota? - Perguntou a recepcionista com um sorriso amável mas Narcisa viu a maldade pela sua voz. E ela deu um sorriso falso para a outra.

— Somos colegas de apartamento. - Respondeu mesmo sabendo que aquela pergunta era um pouco importante.

— Seu nome, por favor? - Questionou a moça mas daquela vez era para algo importante.

— Narcisa Black. - Respondeu mais uma vez. A mulher ergueu a sobrancelha mais alto naquele momento. O sobrenome Black talvez fosse comum mas provavelmente ela sabia quem ela era.

    A mulher lhe disse para aguardar na sala de espera e Narcisa foi apesar de estar inconformada. Ela queria estar com Lily mas entendia que não poderia entrar com Draco no local.

    Narcisa não conseguiu soltar o celular e a cada dois segundos, ela olhava para o ponteiro novamente.Quando se passou meia hora, ela olhou para cima para ver Andrômeda, Bellatrix, Regulus, Nymphadora e Ted vindo em sua direção. Bellatrix tinha uma expressão sombria que demonstrava claramente sua preocupação.

— Hey… - Ela falou quando eles chegaram até ela.

— Oi… - Andrômeda e Regulus cumprimentaram

— O que aconteceu, Cissy? - Bellatrix questionou, sentando-se ao seu lado. Narcisa suspirou, um suspiro pesado.

— Estávamos no Hyde Park e uma amiga dela chegou e ficou um pouco conosco. Após um tempo, ela chamou Lily para conversar e quando ela voltou parecia doente. Imediatamente chamei um táxi. Quando entramos no táxi, ela desmaiou após menos de um minuto. - Narcisa explicou e todos assentiram, preocupados. Andie fez uma careta, provavelmente pensando na garota.

    Ted sentou-se e Nymphadora sentou ao seu lado, impaciente. Narcisa ficou balançando Draco debilmente, pois o menino já dormia a sono solto. Era um movimento que fazia ela se acalmar, mas Bellatrix logo viu e a segurou pelos ombros. O olhar duro na irmã foi o suficiente para Narcisa se recostar na cadeira e esperar o médico.

    Narcisa voltou a segurar o celular e ficou mexendo no mesmo, vendo notícias sobre ontem e recebendo mensagens das pessoas da revista. Ela gostava da maioria, eram muito simpáticos e doces. Apesar de existirem aqueles que queriam subir uns em cima dos outros, era um ótimo local para trabalhar.

    “O que você acha de sairmos para algum lugar hoje? Eu, você, Edgar e Lily? - SPB” Ela viu a mensagem de Stugis e mordeu o lábio antes de responder.

    “Estou no hospital com Lily, ela passou mal a uma hora atrás, não podemos ir :( - N.” Ela respondeu e em menos de dez segundos, Stugis respondeu.

    “O QUE??? AI MEU DEUS, ELA TÁ BEM? QUE HOSPITAL VOCÊS ESTÃO? - SPB.” Ela sorriu um pouquinho com a preocupação do colega de trabalho.

    Era algo que surpreendia Narcisa: o modo como Lily conseguia fazer todos se apaixonarem por ela de uma forma tão rápida. De fato, a menina era encantadora. Como um raio de sol, Lily conseguia dar um sorriso e alegrar o dia de todos.

    “Estamos no St. Mary’s, Paddington... - N.”

    “Aí é muito caro, você poderá pagar? - SPB” Ele chamou atenção para aquilo que Narcisa não tinha prestado muita atenção, mas ela tampouco ligou.

    “Um tio meu é dono daqui :) - N” Ela respondeu, relaxada.

    “Eu e Edgar estamos indo para aí. - SPB.” O outro homem respondeu e ela ia começar a negar antes de outra mensagem chegar.

    “Mesmo que você diga não. - SPB.”

Ela suspirou mas sabia que não poderia fazer nada contra a teimosia de Stugis Podmore-Bones.

    Narcisa ouviu passos e ergueu a cabeça para ver uma mulher de branco chegar na sala.

— Responsável por Lily Evans? - Ela perguntou e ela levantou com Draco ainda no colo.

— Sou eu.  - Falou antes de entregar o filho para Andrômeda que o segurou com cuidado.

— Senhorita…? - Ela questionou ao se aproximar dela.

— Senhorita Black. - Respondeu.

— Eu sou a doutora Jones. - Se apresentou. - A senhorita Evans teve a pressão baixa causada pelo estresse, que foi o que causou o desmaio. - Ela começou e Narcisa assentiu. - Ela logo se recuperará, está tomando soro mas voltará ao normal. Ela já está acordada, se quiser vê-la.

— Eu quero. - Narcisa falou e olhou para Andrômeda e Bellatrix que balançaram a cabeça dizendo-lhe para ir.

Narcisa seguiu a médica pelos corredores brancos até chegarem num quarto. O quarto era consideravelmente confortável, com duas camas.

Lily estava em uma das camas, com soro na veia e com roupas de hospital. A coloração começava a chegar em seu rosto, que estava pálido antes. Mas a menina ainda parecia fraca, o que fazia Narcisa sentir um embrulho no estômago.

A loira se aproximou da cama e viu o sorriso fraco de Lily, abrindo outro. Quando estava ao lado da cama, ela abraçou Lily, não ligando muito para a médica.

— Você me deu um puta susto. - Ela falou ainda no abraço.

— Não era minha intenção. - A ruiva brincou.

Narcisa saiu do abraço e analisou Lily mais de perto, estranhamente incomodada. A médica pigarreou e ambas levantaram o olhar para ela.

— Senhoritas, o que aconteceu foi algo um pouco sério. Não algo seríssimo, mas algo para prestar atenção. Seu corpo está louco de hormônios, srta Evans, então não é indicado que tenha muito estresse, porque o episódio poderá se repetir e trazer complicações para a senhorita e o bebê. - Ela explicou calmamente e a mão de Narcisa apertou a de Lily firmemente, como um apoio.

— Como meu bebê está, doutora? - Lily perguntou com a voz afetada.

— Ele está bem, srta. O seu corpo está muito saudável, provavelmente pela dieta, eu presumo. - Ela lançou um olhar para Narcisa que assentiu. - Esses desmaios só voltarão a acontecer em casos de estresse extremo. Quando você terminar o soro, bipe por nós e estará livre para ir para casa. - Finalizou antes de sair do quarto.

    Narcisa se virou para Lily e voltou a abraçar a ruiva que suspirou no abraço.

— Eu fiquei com medo de perdê-lo, Cissy. - Lily disse no abraço e então começou a chorar silenciosamente.

— Eu tive medo de perder vocês dois… - A loira sussurrou. - Mas agora ambos estão bem e vamos voltar para casa daqui a pouco.

    Lily não parecia melhor com suas palavras mas fez o melhor para não continuar a chorar.

— Será que eu nunca vou ser livre desse sofrimento? Será que eu e meu bebê seremos felizes um dia, Cissy? - Ela perguntou, lamentando tudo. Narcisa sentiu seu coração pesar.

— Eu não vou deixar ninguém te ferir e muito menos á esse bebê que você carrega. - Narcisa prometeu contra os cabelo ruivos.

— Você não pode me proteger de tudo. - Lily contestou. Narcisa suspirou e se afastou, olhando para o verde que naquele momento estava tão claro que parecia azul.

— Não, eu gostaria que eu pudesse mas não posso e odeio isso. Porém, eu irei tentar de todas as formas te proteger. - Ela disse e viu lágrimas brotarem dos olhos de Lily.

— Marlene disse que é apaixonada por mim. Ela queria que eu fosse morar com ela. Ela acreditava que eu poderia me apaixonar por ela um dia. E quando eu recusei e disse que a amava apenas como amiga, ela disse coisas cruéis para mim. - Lily revelou tudo de uma vez fazendo Narcisa ter uma mistura de sentimentos. Desde raiva à ciúmes.

— O que ela disse para você? - Narcisa perguntou apertando os punhos com raiva. Ela já estava pensando em como iria pegar aquela menina e fazê-la pagar pelo que fez com Lily.

— Apenas algumas coisas, Cissy, não foi nada demais. - A ruiva tentou acalmá-la, pegando em seus punhos cerrados e acariciando.

— Foi algo muito grave sim, te fez parar no hospital, Lily Evans. - Narcisa contestou fazendo a outra suspirar e revirar os olhos.

— Ela apenas me fez sentir como se fosse descartável nas sua vida. Ela disse que assim que você tivesse mais dinheiro, iria me trocar por alguma babá melhor e mais experiente. - Lily disse, sem olhar nos olhos de Narcisa e com os ombros encolhidos. - Eu sei que foi um motivo besta, mas o pensamento de não ter mais você e Draco por perto não me faz se sentir bem…

    Narcisa tinha certeza agora que iria atrás de Marlene McKinnon para matá-la sem nenhuma pena ou hesitação. Como aquela garota tinha coragem de dizer que amava Lily e após isso ferir a menina com coisas rudes? Só poderia ser uma louca.

    – Isso nunca vai acontecer, eu já disse antes que você e esse bebê são parte da minha família assim como Draco. Eu te conheço há mais ou menos um mês Lily, e mesmo assim sei que não conseguiria trocar você por outra babá mesmo se eu pudesse contratar a melhor babá do mundo. Entendeu? - Narcisa disse e teve medo que fosse demais e Lily confudisse seus sentimentos mas a menina se jogou em seus braços e voltou a chorar baixinho. - E eu irei matar essa garota com minhas próprias mãos. - Ela alertou e Lily deu uma risadinha baixa mas Narcisa já estava pensando em como iria fazer para dar uma lição naquela menina.

    – Onde Draco está? - Perguntou Lily.

    – Com Bellatrix, Andrômeda, Ted, Regulus e Nymphadora. - Narcisa respondeu sentando-se na cama com a outra menina.

    – Você trouxe sua família todinha pra cá? - Questionou a ruiva com um sorriso divertido.

    – Sim. Jamais andaria por aí sem meu squad pesado.

    – Meu deus, você não falou isso. - Lily disse rindo e Narcisa começou a rir também.

    Depois de alguns minutos, Narcisa saiu do quarto de Lily e foi diretamente para o escritório do tio. Ela não se comunicava muito com o homem, mas o sangue que os ligava era algo que importava muito. Apesar de muitos não considerarem muito, as linhagens das primeiras famílias de Londres e descendentes da realeza antiga ainda tinham reconhecimento por nome. O sobrenome que carregava era pesado, em parte pela sujeira dos antigos familiares mas também pelo respeito.

    Ela bateu de leve na porta após se apresentar na porta e ouviu um entre ser falado lá de dentro.

    Narcisa entrou e viu seu tio Alphard ali sentado. Ela foi recepcionada por um sorriso grande por parte do tio.

— Sente-se, Narcisa. - Ele pediu com o sorriso ainda no rosto. Ela sentou dando um sorriso pequeno ao homem. - Confesso que quando me disseram que seu nome foi computado aqui, eu achei que fosse algo sério mas fiquei satisfeito que sua namorada não teve nada grave. - Ele disse, sua feição se alterando apenas um pouco em preocupação.

— Não é minha namorada, tio Alphard. É apenas minha colega de quarto. - Ela retrucou passando a mão na coxa.

— Seu tio não é um estúpido preconceituoso como seus pais e tios, Narcisa. - Alphard disse sério.

  – Sei que não, tio, mas estou falando sério quando digo isso. - Ela disse calma e o homem balançou a cabeça.

— Faz tempo que não nos vemos, não? Desde o enterro de seus pais à dois anos. - Ele refletiu e ela assentiu. - Achei ótimo quando você finalmente se livrou daquele seu marido. Acompanhei tudo pelas revistas sim. Adorei o que sua irmã fez com ele. - Ele elogiou fazendo Narcisa rir e esquecer da morte dos seus pais.

    – Eu tive que me livrar dele, não conseguiria criar meu filho num ambiente tão horrível como aquele. - Ela disse sorrindo levemente.

    – Seus pais eram pior que os meus quanto à casamentos. Primeiro tentaram fazer Rodolphus ficar com Bellatrix, sendo que o garoto era gay demais da conta. Depois tentaram arranjar um casamento de Andrômeda com um qualquer, sendo que ela sempre indicou que não importasse quem, ela não iria casar com alguém em um casamento arranjado. E depois, colocaram você para casar com um cara abusivo. - Ele contou nos dedos e Narcisa só fazia revirar os olhos.

    – Ninguém achava que Lucius era abusivo até ele mostrar a verdadeira cara quando casamos. - Narcisa disse encolhendo os ombros.

    – Touché.

Os dois continuaram a conversar calmamente e logo quando Narcisa disse o que veio fazer, Alphard não quis que ela pagasse o tempo que Lily ficou no hospital e disse que as próxima vez que precisassem, deveriam ir até o hospital pois seria de graça. Pelo sangue que nos une.

    Narcisa negou mas Alphard foi irredutível sobre isso, o que a fez ficar meio chateada mas ela aceitou.

    Ela voltou uma hora depois para a sala de espera e encontrou Edgar, Stugis e um garoto na sala. O menino parecia ter a mesma idade de Nymphadora e conversava animadamente com a menina, assim como seus pais e Bellatrix. Logo Bellatrix a percebeu na sala.

— Então? Como Lily está? - Ela perguntou e Narcisa balançou a cabeça lentamente antes de se sentar ao lado de Regulus que estava com Draco no colo.

— Ela está bem, a médica disse que foi apenas um desmaio causado pelo estresse e que era para evitar esse tipo de coisa. Ela vai ser liberada após terminar o soro. - Ela suspirou após a explicação e todos comemoraram.

    Só por aquela demonstração, Narcisa viu que Lily não precisava de pessoas como aquela garota. Apesar de todos serem amigos e familiares de Narcisa, eles tratavam Lily como da família mesmo com tanto pouco tempo de convivência. Ela os amava por isso e iria mostrar a Lily aquilo.

    Stugis e Edgar vieram cumprimentá-la e apresentaram-na o seu filho, Jeremy. O menino era loiro e baixinho, e era adorável. Narcisa conversou um pouco com eles e com as irmãs. Todos entenderam sua escolha de ir para casa logo após a alta de Lily. Stugis e Edgar se ofereceram para levá-las para casa, o que Narcisa aceitou imediatamente pois apesar de sua casa ser perto, não seria bom para Lily andar à pé.

*~*

Ter Lily em casa, segura, alimentada e relativamente bem - ainda não estava totalmente bem - fazia o coração de Narcisa acelerar. Era bom.

Quando tinham chegado em casa, Narcisa fez um jantar rápido enquanto Lily estava vendo filmes com Draco na sala. Ambas jantaram e Narcisa alimentou e pôs Draco para dormir.

Agora elas estavam sentadas na sala vendo um filme qualquer que Lily tinha colocado. Narcisa abriu um sorriso quando Lily se encostou dela no final do filme. A respiração lenta e uniformizada lhe disse que a menina estava dormindo.

Ela sabia que ali não era um lugar para Lily dormir, então a deitou no sofá antes de se levantar e a pegar no colo. Lily era leve e Narcisa a levou para cima delicadamente.

Ela colocou a ruiva no quarto e foi para o seu próprio pensando em como queria que Lily tivesse uma vida normal, sem nenhum tipo de dor à não ser a da barriga doendo por rir muito. Ela sabia que não era possível, mas ela ajudaria a Lily a ser feliz.